Fanfics Brasil - Capítulo 18 - O último romântico Outono em Abril

Fanfic: Outono em Abril | Tema: Stray Kids


Capítulo: Capítulo 18 - O último romântico

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Hyunjin


Foi um pouco constrangedor almoçar depois que minha mãe havia dado o flagrante na gente, mas como demoramos para sair para comer, ela e meu pai acabaram almoçando antes, então Minho e eu não precisamos ficar encarando eles o tempo todo, apesar de que a sala de estar e a de jantar eram conjugadas, então minha mãe seguiu por perto ainda assim. Entretanto, por mais esquisito que fosse, eu senti que ela estava minimamente feliz em saber que eu tinha alguém, porque nunca antes eu apresentara uma pessoa para ela desse jeito; mesmo quando Felix visitou a casa dos meus pais, foi sempre frisado que era apenas uma amizade, mas Minho e eu não tínhamos como afirmar o mesmo após sermos pegos.


- Até mais, Sra. Hwang - disse Lee Know quando estávamos para ir embora, fazendo uma reverência leve com a cabeça. - Obrigado pelo café e pelo almoço, e me desculpa por qualquer coisa.


Dei sorte de parte do seu cabelo estar para trás, pois assim consegui enxergar as pontas de suas orelhas ficarem vermelhas. Eu adorava essa forma característica com que ele corava.


Nos despedimos dos meus pais, e eu entrei primeiro no carro que havíamos chamado, Minho entrou logo em seguida e, depois de fechar a porta, foi me empurrando cada vez mais para o canto, até que eu estivesse bem ao lado da janela esquerda.


- O que você está fazendo? - perguntei no tom baixo que geralmente conversávamos em carros de aplicativos para não sermos escutados.


Lee Know apontou para o centro da poltrona do motorista, como se desenhasse com o dedo uma linha imaginária ali e então puxou a minha mão direita para cima de minha perna, posicionando ela bem de frente para o ponto que havia indicado, e ficou a segurá-la com a sua mão esquerda. Era apenas isso, ele queria poder ficar de mãos dadas comigo durante a viagem sem que o motorista pudesse enxergar. Quando eu finalmente entendi e olhei para Minho, ele estava sorrindo de maneira muito amável - era um de seus sorrisos mais raros, então toda aquela cena me comoveu.


Eu fiquei com muita vontade de beijá-lo e de dizer que o amava, mas como não podia, apenas sorri de volta e virei a minha mão para poder tocar a palma da sua e entrelaçar os nossos dedos.


Aquele foi o momento mais romântico que vivi com ele e talvez pudesse até mesmo rankear como o mais romântico da minha vida, pois eu não tivera grandes experiências amorosas até ali, Felix conseguia ser fofo na época em que estávamos juntos, mas era muito mais como demonstração de amizade do que qualquer outra coisa.


O gesto de Minho era tão gratificante quanto doloroso também, porque eu me perdia emocionado com ações como essa, mas não conseguia deixar de imaginar que o nosso caso seria apenas passageiro. O polegar dele acariciava o meu dedo indicador e eu não conseguia nem descrever o que estava sentindo naquela hora.


- Eu não quero que você vá para casa ainda - falei.


O dia estava claro, não era nem seis horas, havíamos ficado um tempo a mais no condomínio dos meus pais para brincar com Kkami no pátio, mas acabamos saímos bem antes do entardecer.


- Você pode vir comigo, nenhum dos caras sabe de nada lá em casa, por isso não temos grandes riscos.


- Mas e o Bang Chan?


- Ele não mora lá - disse Minho com sarcasmo.


- Eu estou falando sério, a gente concordou em deixar ele pensar que tudo acabou e aí você além de sair de sair comigo durante a tarde, me leva para a sua casa à noite.


- Depois eu digo para ele que levei um tempo a mais para me despedir.


- Ele vai saber que a gente ficou.


- Deixe ele pensar, é uma despedida. Depois disso, Chan vai achar que não estará rolando mais nada e nós vamos estar livres para fazer o que bem entendermos.


- Certo...


Respirei fundo e senti Lee Know apertando a minha mão com carinho.


- Ei... - ele chamou minha atenção - vai ficar tudo bem, eu te prometi que lidarei com todas essas questões, você não tem que se preocupar.


- Eu não queria dizer isso e espero que não corte o clima, mas você precisa passar um tempo com o Han também ou vai começar a parecer estranha a sua ausência com relação a ele.


- Eu já passo muito tempo com Jisung nas gravações e ensaios do Kingdom.


- Você passa tempo profissional, não pessoal. Qual foi a última vez que vocês saíram juntos?


Minho me fitou com os olhos confusos, pestanejando um pouco.


- Você está realmente me empurrando para ele?


- Eu disse que não queria isso, mas precisamos manter as aparências. Eu não tenho ninguém a prestar contas, mas você tem.


- Como assim você não tem a quem prestar contas? É claro que tem.


- Quem? Você?


- Óbvio! - disse ele com a cara fechada, mas eu sabia que estava fingindo.


- Não somos nem oficiais.


- Na minha cabeça somos. Então se você estiver pensando em se engraçar com o Yongbokie de novo, eu vou ficar bravo.


Não aguentei e soltei uma risada alta, quebrando com a nossa conversa de sussurros.


- Eu não estou brincando - reforçou Lee Know com o clássico olhar de psicopata.


- Está sim - respondi, e só não deu tempo de ele continuar retrucando porque o carro parou em frente ao apartamento dos meninos e nós finalmente saímos.


Quando passamos pela porta de entrada, logo nos deparamos com a barraca que Lee Know tinha deixado montada na sala de estar, ela não estava mais no mesmo lugar, porque provavelmente alguém a afastara para poder assistir à televisão, mas pelo visto ninguém tinha tentado desmontar.


- Precisamos resolver isso - falei.


- Eu já tinha até me esquecido... - disse ele, quase rindo.


Ouvimos uma movimentação na cozinha e Minho já foi se esgueirando para ver quem estava por lá, eu apenas o segui.


- Oh, vocês já estão cozinhando - observou ele, com o rosto erguido, como se tentasse enxergar o que havia dentro das panelas -, é jantar para dois ou a gente pode se aproveitar disso também?


Felix e I.N, que estavam no comando do fogão, sorriram ao me ver acenando por trás do Lee Know.


- Estamos fazendo bastante comida, dá para todo mundo sim - respondeu Jeongin.


- Vocês vão ficar pela sala? - perguntou Felix.


- Não, por quê? - rebateu Minho.


- Para eu saber onde chamar vocês quando estiver tudo pronto.


- Vamos estar no quarto do Lee Know - falei, tentando soar o mais casual possível. - Está quase pronto? Eu já estou com fome só de sentir o cheiro.


- Ainda falta um pouco - disse Yongbok, concedendo-me um sorriso.


- Okay. Agora vamos, Hyunjin-ah! - ordenou Minho, falando em um tom bem elevado e me puxando pela camiseta, como se fosse uma coleira.


- Aff - reclamei, quando já havíamos adentrado a sala e estávamos passando para o corredor dos quartos. - No carro, você tinha falado sério mesmo. Você realmente está com ciúmes.


- Não estou com ciúmes - disse Lee Know, entrando no próprio quarto.


- Não mesmo? - perguntei, fechando a porta atrás de mim. - Que pena, eu tinha achado sexy.


Minho se virou muito rapidamente e me prensou contra a porta.


- Ah, é? - perguntou, mudando totalmente seu ar ranzinza para malicioso.


Mordi meu lábio inferior antes de encontrar minha fala novamente.


- Nós temos pouco tempo até o jantar - falei.


- Podemos retomar mais ou menos de onde paramos no seu antigo quarto - sugeriu, enquanto suas mãos já estavam abrindo a minha calça e uma delas se infiltrando para dentro.


- Você está invertendo os papéis - comentei e não consegui dizer mais nada porque o toque dele me fez ofegar.


- Eu gosto de te ver sofrer assim - disse. - É bem gratificante porque é pelas minhas mãos.


- Você tem que deixar de ser egoísta, Lee Know, você não pode monopolizar a situação sempre.


Ele sorriu com satisfação.


- Por que não? - perguntou quase sussurrando, em um tom provocante. - Você não gosta?


- Gosto, eu adoro - estava difícil falar quando eu estava ficando quase sem ar -, mas eu também quero te ver por esse ponto de vista.


- Tudo bem - cedeu, removendo a mão de dentro da minha calça e aproveitando para trancar a fechadura da porta. - Vamos para a cama.


Lee Know foi despindo a camisa e a calça antes de se deitar e eu fiquei vidrado, apenas assistindo. Ele se deitou na cama de lado, olhando para mim com uma expressão gentil.


- Vem - disse, batendo duas vezes com a mão no colchão.


Tirei minha calça para ficar mais confortável e deitei ao seu lado, também de frente para ele.


Minho afagou os meus cabelos e deslizou os dedos por eles na região da minha nuca, trazendo o meu rosto para perto do seu com delicadeza e me beijando lentamente. Parecia que dava para sentir o seu sentimento ali, então eu apenas mergulhei naquele beijo e me deixei levar.


Desci minha mão direita pelo seu peito, passando pelo seu abdômen, até chegar na sua boxer, onde provoquei, brincando de deslizar apenas um dedo de um lado para o outro por dentro do elástico, e com esse pequeno ato já senti a sua respiração fraquejar. Foi quando decidi levar a mão inteira a jogo.


O único problema é que não poderíamos fazer barulho, então Lee Know precisava ser o máximo silencioso ao sentir prazer, coisa que não é uma tarefa tão agradável assim, mas era o que tínhamos naquele momento.


Beijei seu pescoço enquanto o tocava e fui descendo, beijando seu peito, depois sua cintura e selando com meus lábios bem onde a sua pele dava de encontro com o elástico da boxer.


Virei meu olhar para cima, para poder enxergar como ele estava, e Minho me olhou com a boca entreaberta a ofegar. Decidi beijá-lo mais uma vez naquela região e assisti os seus olhos se fecharem e o seu corpo reagir.


Eu não sabia quanto tempo ainda tínhamos, mas pelo estado em que ele estava, talvez isso não fosse exatamente um problema. Puxei o tecido para baixo e passei a usar meus lábios para estimulá-lo.


Por muito pouco, Lee Know não soltou um gemido alto. Olhei para cima e vi que ele estava abafando a boca com a mão esquerda, e com a direita segurava firmemente o lençol, com seus dedos fechados em punho. Deslizei a língua com lentidão só para ver ele se contorcer mais um pouco, era tão magnífico que eu já estava lamentando não podermos fazer nada além daquilo, pois a minha vontade já estava latente.


Não precisei de tanto tempo mais para levar ele à êxtase e, após terminar, fiz o caminho reverso de beijos, subindo até até reencontrar os seus lábios.


- Eu te amo - disse Minho antes de segurar meu rosto com as duas mãos e me beijar.


Senti como se meu corpo tivesse derretido, meu coração batia muito rápido e, mesmo que eu não houvesse tido um orgasmo como ele, a sensação de paixão que eu tinha naquele momento era tão forte que quase substituía isso, pois era tão prazerosa quanto.


- Você tem um sério problema em mãos agora - falei.


- Que problema?


- Eu. Porque eu estou louco por você.


Lee Know me envolveu em um beijo novamente, com mais intensidade dessa vez e ficamos nisso até que escutamos alguém bater na porta.


- Gente, o jantar está pronto - avisou Felix do lado de fora.


Paramos abruptamente.


- Já vamos sair, Yongbok-ah!


Escutamos os passos de Felix se afastarem e então nos mexemos para nos vestirmos novamente.


- Eu notei uma coisa - comentei.


- O quê?


- Você só chama a gente assim quando quer fingir algo, Yongbok-ahHyunjin-ah... você usa esses apelidos quando a frase não é verdadeira ou tem algo por trás dela. Se eu já descobri isso, pode ser que outra pessoa perceba também.


- Yongbok não é tão inteligente quanto você.


- Sei... e por que não é ele o líder da Baboracha então?


- Não existe Baboracha - disse Minho entre risos, me abraçando pelas costas -, Changbin que inventou essa besteira.


- Achei que tinha sido coisa de Stay.


- Ah... se foi coisa de Stay, então a sua liderança da Baboracha deve ser levada a sério.


Revirei os olhos com o deboche dele.


- Vamos jantar, antes que a gente se atrase para essa refeição também - falei.



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Autor(a): leeluna

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Hyunjin Nos encontramos com os garotos na mesa de jantar, até mesmo Kim Seungmin apareceu um pouco atrasado, mas a tempo de comer. Confesso que aquela reunião me fez bem, porque longe do Stray Kids como ocupação profissional, o que me restava era me agarrar a cada momento que poderia usufruir da companhia de meus amigos como uma família. ...


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