Fanfic: Outono em Abril | Tema: Stray Kids

Hyunjin

Acho que voltamos ao apartamento por volta das duas da manhã, Felix, I.N e Seungmin foram direto para a casa lírica, mas Lee Know pegou carona com a gente para a nossa casa e fez questão de me puxar para o mesmo carro que dividiria com Han.

Durante a viagem, ele não tentou segurar a minha mão novamente, mas parou com o seu dedo mindinho encostando na lateral do meu sobre o banco de passageiros, e eu retribuí os toques sutis que ele fazia como afago dentro do carro escuro.

Chegamos um pouco depois de Bang Chan e Changbin, e logo todos nós cinco desejamos boa noite uns aos outros e nos retiramos para os nossos quartos - no caso de Minho, ele acabou seguindo Han para o dele, mas eu já esperava por isso.

O sono estava demorando a aparecer, porque eu ainda estava muito enérgico por causa da festa, então resolvi aproveitar que me sentia bem naquele momento, para tentar encontrar um pouco de inspiração nesse sentimento. Coloquei uma música para tocar baixinho no celular e esbocei alguns traços sobre uma tela nova, abrindo a paleta de aquarela e, logo depois, distribuindo cores novas sobre o branco. Acredito ter focado nessa atividade por quase uma hora, até que resolvi que deveria descansar um pouco.

Peguei a minha toalha e resolvi tomar um banho antes de ir me deitar. Quando eu abri a porta do banheiro, sobressaltei-me um pouco por notar que a porta do quarto de Jisung abrira quase ao mesmo tempo, e Lee Know saíra por ela, fechando a mesma atrás de si e vindo a meu encontro.

- Hey... - disse ele baixinho.

- Oi - falei no mesmo tom contido. - O que você está fazendo aqui fora?

- Eu ouvi passos e o barulho da maçaneta, e achei que poderia ser você no corredor.

- Como sabia que poderia ser eu?

- Você tem dormido com o cabelo molhado todas as últimas vezes que nos vimos, então imaginei que o seu banho noturno se tornara um hábito.

Eu sorri com a dedução dele.

- Bom, você não está errado, eu estou indo tomar banho mesmo - falei.

Os olhos de Lee Know estavam presos nos meus e, de repente, ele colocou um sorriso leve no rosto, que não combinava muito com o teor da pergunta que me fez na sequência.

- Eu posso ir com você?

Eu queria ter a firmeza de me manter fiel aos meus princípios e a todos os motivos que eu já havia citado anteriormente como razões pelas quais não poderíamos continuar nos envolvendo, mas eu simplesmente não conseguiria recusar aquele auto convite, com a onda de endorfina que circulava pelo meu sangue naquele momento.

Então eu apenas sorri mais uma vez para Minho e o puxei pela mão até o banheiro, fechando a porta atrás de nós dois.

Foi instantâneo, nós entramos e já começamos a nos beijar intensamente, após ele me encostar contra a parede. Durante aquele beijo interminável, nossas mãos foram tateando pelos nossos corpos e retirando as roupas com tanta agilidade, que desencostávamos os lábios por pouquíssimos segundos para fazer isso.

Lee Know beijou meu pescoço por um tempinho, aproveitando que ele tinha a altura perfeita para isso e depois foi descendo os beijos pelo meu corpo, até se ajoelhar no chão e pausar os lábios ao chegar no meu abdômen.

- Eu estava com saudade da sua cintura - disse, segurando a região com ambas as mãos.

Seus dedos deslizaram dali para o meu quadril e ele agarrou forte nele, enquanto levava a boca a me estimular. Eu não aguentei nesse momento e gemi um pouco mais alto. Os olhos de Lee Know abriram e ele me encarou com cara de riso, passando a língua por mim com lentidão para ver qual seria minha próxima reação. Mordi meu lábio inferior para abafar qualquer gemido, mas não consegui me conter de rir por estar sujeito àquela situação, então Minho subiu novamente de encontro à minha altura, com um sorriso satisfeito nos lábios, e me beijou com vontade, encostando toda a sua pele na minha.

- A gente poderia ter feito isso com o chuveiro já ligado para disfarçar o som - falou.

- Ainda dá tempo...

Lee Know se encaminhou até o chuveiro, ligando ele e já indo para debaixo d'água, entrei logo atrás, e passei uma mão a acariciar suas costas enquanto ele regulava a temperatura, como se eu estivesse a estudar a sua anatomia. Em seguida, Minho se virou e me beijou embaixo da chuva de gotas, e eu senti a sua pele molhada deslizar ao tocar a minha, fazendo com que eu ficasse ainda mais excitado.

Esperamos o calor se infiltrar no banheiro todo, a ponto do vidro do box embaçar, para podermos sair um pouco de baixo da água sem sentir frio. Lee Know saiu primeiro para perto da parede de azulejos oposta ao chuveiro e eu aproveitei para abraçá-lo pelas costas, descendo minhas mãos com fervor pelo seu corpo até tocá-lo abaixo do seu ventre, fazendo com que ele começasse a gemer sem parar a partir dali.

Mordi seu ombro enquanto aplicava mais pressão e seus gemidos constantes começaram a me atiçar cada vez mais.

- Eu quero te sentir agora - falei ao seu ouvido.

- Você quer que eu... - ele começou a dizer ofegante, mas eu o cortei.

- Não. Eu vou dessa vez - expliquei.

Minho não contestou o meu desejo, então pressionei uma mão no seu abdômen, posicionando o seu corpo com firmeza contra o meu, e senti as suas coxas sublimes tocarem nas minhas enquanto minha outra mão me auxiliava a finalmente poder penetrá-lo. A cabeça de Lee Know pendeu para trás, encostando no meu ombro quando entrei de vez, e pude ver seus olhos se revirando de prazer em me sentir.

Movimentei-me devagar apenas de início, pois logo acelerei a força que eu estava colocando e posso dizer que presenciei um raro momento de entrega por parte dele, pois Minho simplesmente sucumbiu a mim, deixando que eu o governasse. Uma de minhas mãos seguia firme na sua cintura, enquanto a outra levei a segurá-lo pelo pescoço enquanto eu beijava o lado oposto ao que estava tocando.

Continuamos assim até que ambos não conseguimos mais suportar tanto prazer e nossos corpos enfim se renderam. Lee Know amoleceu a sua envergadura sobre o meu peito assim que ele chegou ao fim e eu o abracei com carinho, sustentando o seu peso.

- Eu te amo - declarei-me, com a cabeça sobre o seu ombro.

- Eu te amo muito - disse ele de volta e virou o rosto para me beijar.

Depois disso, decidimos realmente tomar banho, mas acabamos rindo e brincando até mesmo durante essa atividade.

- Não tem como se afogar no chuveiro - falei, refutando algo que ele havia dito.

- É mesmo? Só tem um jeito de descobrir se você está certo, Hyunjinnie... 

Lee Know me puxou para baixo da água novamente e eu acabei rindo alto, porém, assim que o fiz, ele tampou a minha boca com a própria mão.

- Cuidado - pediu, também com cara de riso -, Bang Chan pode acordar e nos colocar de castigo.

Emprestei minha toalha para Minho se secar e ele vestiu de novo o pijama que estava usando, já eu, apenas enrolei a toalha na cintura após ter removido a umidade do meu corpo, pois não tinha levado uma roupa extra para o banheiro.

Ao que saímos dali, nos deparamos com a casa inteira em silêncio.

- Você vai voltar agora? - perguntei no corredor, indicando a porta do quarto de Han com o olhar.

Lee Know balançou a cabeça negativamente.

- Eu quero ficar com você.

Com a sua decisão tomada, fomos até o meu quarto e eu separei um pijama para vestir também.

- Por mim você não precisa usar nada - disse Lee Know, já deitado na minha cama.

- Não seria justo - argumentei enquanto colocava uma boxer -, já que você está totalmente vestido.

- Não seja por isso... - Minho se sentou na cama e começou a desabotoar a camisa do pijama, tirando ela.

Antes que ele levasse as mãos a despir o restante da roupa, eu me sentei ao seu lado no colchão e o envolvi em um beijo. Não era para ter sido um beijo longo, mas acabamos nos deitando durante ele e continuamos por mais um tempo.

Eu tinha sentido muita falta dos lábios dele e de como me faziam sentir toda vez que nos tocávamos, porque beijar Lee Know era sempre mais do que apenas um ato físico, era uma forma de compreender os seus sentimentos e recebê-los por inteiro. Pelo menos comigo era assim que ele funcionava e eu me sentia extremamente honrado de poder ter a chance de ser o motivo pelo qual ele transparecia paixão.

Ficamos nos olhando após o beijo e Minho acariciou o meu rosto.

- O que você quer me dizer? - perguntou. - Vamos, eu sei que tem algo passando na sua cabeça agora.

- Eu amo você...

- Estou sentindo que tem um "mas" chegando para completar essa frase dessa vez.

Assenti brevemente com a cabeça.

- Mas essa tem que ser a nossa última vez, está bem? - falei.

Lee Know engoliu em seco e seus olhos diminuíram um pouco de tamanho, adquirindo um ar melancólico. Então ele balançou a cabeça positivamente, concordando com o que eu acabara de dizer.

- Eu sinto muito que tenha que ser assim - admiti.

- Sou eu quem sente - disse ele, respirando fundo -, fui eu que te coloquei nessa posição e eu sei que você merece bem mais do que eu posso te dar.

- Eu não vou deixar de te amar, então você precisa entender que vou necessitar de um tempo para pelo menos aceitar que nós não podemos ficar juntos de verdade.

Ele assentiu com o rosto mais uma vez, mas os seus olhos estavam baixos, não encaravam os meus e eu tinha certeza que era porque ele se sentia incompetente, por ser incapaz de prover uma solução que trouxesse felicidade para nós dois.

Puxei o seu rosto com leveza e aproximei o meu, quase tocando os nossos lábios.

- Essa é a nossa última noite juntos desse jeito e, até o final dela, eu serei apenas seu como fui todo esse tempo que passamos juntos. Não precisamos nos despedir de forma triste, podemos simplesmente aproveitar essas últimas horas.

Minho não me respondeu, apenas envolveu a minha cintura com os seus braços e me beijou vigorosamente outra vez, apertando o meu corpo ao seu como se tivesse medo de me perder, e eu senti as partes da pele do seu rosto que encostavam no meu, umedecerem com suas lágrimas.