Fanfics Brasil - Cap. 9 - A Biblioteca Proibida Nárnia - O Rei Feiticeiro [+16]

Fanfic: Nárnia - O Rei Feiticeiro [+16] | Tema: Nárnia


Capítulo: Cap. 9 - A Biblioteca Proibida

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Edmundo estava na Sala de Reuniões, de pé, olhando os antigos mapas espalhados na mesa de mármore. Inquieto, mudava os pergaminhos de lugar, fazia anotações e revirava os mapas.


— Isso não está certo.


— O que não está certo? — Jadis entrou na sala vestindo um vestido simples, bordado em prata. Os cabelos estavam presos em um coque arredondado, deixando cair algumas madeixas pelos ombros.


— Esses mapas são antigos e estão diferentes uns dos outros. Preciso de um mais atual.


— Deve encontrá-los na cidade — disse ela examinando-os.


— De onde esses vieram? Temos uma biblioteca? Sabe, com pergaminhos e livros.


— Tudo desse castelo veio do outro em ruínas.


— Eu poderia trazer alguns livros sobre essa região: ervas, animais, feras. Não tenho muito conhecimento sobre esse território.


— Talvez encontrasse alguns desse tipo, mas sabe o que encontraria com certeza? A Styr. — Ela se aproximou com os olhos penetrantes, forçando Edmundo recuar alguns passos e cair sentado na cadeira. — Livros de feitiços, de maldições. É por isso que quer ir até lá?


— Quanto mais, melhor. Além disso, vou levar o Snow comigo.


— Snow?


— É um lobo branco gigantesco que encontrei na floresta, só que desde então ele tem me seguido.


— De olhos azuis? Não quer dizer o Senhor dos Lobos Brancos, Féarigan?


— Ah, esse é o nome dele? Snow até parece idiota agora...


— Ele o obedece? — Ela parecia intrigada.


— Claro, até me deixa montá-lo.


— Que inusitado...


— Por quê?


— Não é nada. De qualquer jeito, não se aproxime do Castelo do Abismo, trarei os livros que precisa mais tarde.


— Então vou até a cidade ver se encontro os mapas.


Jadis apenas lhe jogou um olhar desconfiado e saiu da sala.


Edmundo correu até o pátio procurando pelo lobo, mas ele não estava ali. Pegou um cavalo e partiu apressado para o Forte de Tír-Kalleb.


Chegando lá, se encontrou com Lúcia e Pedro.


— Sei onde fica a biblioteca, mas temos que ir rápido porque a Jadis irá para lá até antes do fim do dia. Creio que ela suspeita que eu vá antes, procurar por livros de magia.


— Será que ela intenta destruir os livros? — questionou Lúcia.


— Eu não duvidaria.


— E onde fica? — perguntou Pedro.


— No Castelo do Abismo, aquele de que falamos ontem.


Trumpkin estava ao lado com um olhar desaprovador, balançando a cabeça em negativa.


— Estão procurando sarna pra se coçar. Eu é que não piso naquele lugar. É amaldiçoado e cheio de monstros! Ninguém é tolo o bastante de se aventurar por ali, já que está cheio de artefatos da Feiticeira.


— Trumpkin — inquiriu Pedro —, já esteve lá?


— Não e nem quero! Só ouvi de outros anões o que estou contando.


— Então teremos que procurar antes dela, vamos! — disse Edmundo já se dirigindo para o pátio junto aos seus irmãos.


— Mas ninguém está ouvindo o que estou dizendo? Aah! Essa Realeza Narniana...


— Ah! E Trumpkin, pode me arranjar uns mapas dessa região?


— Isso eu posso fazer! E tenham cuidado! Vão se meter em encrenca, isso sim... — reclamou o anão para si mesmo.


 *****



Cavalgaram por muitas horas pela estrada nordeste, indo para dentro do bosque, escuro e opressivo. As árvores iam pouco a pouco assumindo uma aparência grotesca, desfolhadas e tortuosas, com as cascas escuras e quebradiças.


— Não gosto desse lugar — falou Lúcia se encolhendo dentro de sua manta felpuda. — Ed, e o Snow? Não era pra ele estar com você? Afinal, a mulher serpente pode tentar nos atacar...


— Ela que tente! — disse Pedro segurando o pomo da espada de Aslam, pendurado em seu cinturão. — Será uma fera a menos nesse mundo.


— Não a subestime, Pedro — alertou Edmundo. — Além de ser forte, ela consegue usar magia. Como os Narnianos Sombrios devem me obedecer, estaremos seguros contanto que não cruzemos com ela.


— Então vamos torcer para que o temor dela à Feiticeira seja maior que o ódio dela por você.


Algumas horas depois, se aproximaram dos portões do castelo semidestruído. Uma criatura parecendo um gárgula, esguio e cinzento, estava empoleirado sobre as pedras quebradas do portal de entrada. Ele abriu as esguias asas, flutuou até o pátio e se curvou somente para Edmundo.


— Majestade! O que o traz até essas ruínas? Sabe que não é seguro...


— Leve-me até a biblioteca. Preciso levar alguns livros e a Feiticeira Branca está esperando, então é melhor se apressar.


— Oh, sim, meu senhor! Por aqui! A biblioteca está no andar de baixo, mas está um pouco... desorganizada!


Desmontaram atentos aos arredores, principalmente Edmundo, que parecia visivelmente tenso por estar ali. Desceram a escadaria do saguão até chegarem em um deslumbrante salão de pedra, onde estantes de madeira embutidas ainda sustentavam alguns volumes de couro, pergaminhos e mapas. A luminosidade do dia passava pelos vitrais e paredes quebrados, mostrando a decadência do lugar: tudo estava empoeirado, sujo e jogado ao chão.



— Isso é maior do que pensei. — Edmundo mandou o gárgula esperar lá fora. Os Pevensie começaram a revirar toda aquela bagunça, procurando nas prateleiras e entre os montes empilhados no chão algum livro ou grimório de feitiços.


— Esse lugar é muito grande — reclamou Lúcia. — Vai levar uma eternidade... Ah, achei! É um volume só sobre joias mágicas! Ed, como é o seu anel?


O rapaz estava sentado sobre uma escada de madeira, folheando um grosso encadernado de folhas meio soltas. Respondeu sem prestar muita atenção.


— Ahm... É uma aliança de prata, triangular com um brilhante no centro.


Lúcia começou a procurar por aquela imagem, sentada sobre um banquinho de pedra, enquanto Pedro se aproximou de Edmundo, que mal notou sua presença.


— O que está lendo?


— É um grimório de magia. Acho que são os feitiços da Feiticeira; já reconheci alguns deles... Tenho que levar este comigo.


— Edmundo, nós viemos aqui pra encontrar uma forma de tirar o seu anel. Sem ele você não terá mais os poderes dela.


— Você tá certo... — Ele parecia decepcionado. — Mesmo assim, não deixa de ser uma vantagem conhecer os feitiços que ela poderia usar contra a gente — falou retomando seu desejo de levá-lo. Pedro já ia discordar quando Lúcia chamou a atenção deles.


— Achei! — E virou o livro aberto para eles. — É esse aqui, Edmundo?


— É esse mesmo! — falou Edmundo; Pedro se apressou em ir até lá para ver.


— O que diz aí, Lu? — perguntou ele.


— Bem...


Nesse momento, um grito ecoou pelo salão; a ponta de uma lâmina havia trespassado o peito de Edmundo. Ele cuspiu sangue e deixou o livro cair de suas mãos, ajoelhando-se com o ferimento mortal. Atrás dele, a mulher serpente se ergueu saindo das pilhas amontoadas de livros e mesas partidas, e recuou a espada.


— Ed! — Pedro desembainhou a espada e correu para acudir o irmão, enquanto Lúcia retrocedeu, com as mãos na boca, tentando não se apavorar; afinal tinha o Elixir de Cura em sua cinta. A Styr, contudo, agarrou o cabelo do garoto e pousou a espada ensanguentada na garganta dele. Pedro ficou paralisado. — Não faça isso! Está indo contra a ordem da Rainha Jadis!


— Minha Rainha enlouqueceu ao manter esse pequeno bastardo ao lado dela! Será um ato de devoção se eu a livrar desse traidor!


Pedro não tinha certeza se deveria avançar. O Elixir poderia regenerar qualquer ferimento, mas não traria seu irmão de volta à vida. Ainda assim, tinha plena convicção de que ela estava prestes a matar Edmundo.


Com uma voz estrondeante, Jadis entrou no salão seguida por um enorme lobo branco com tufos acinzentados nas orelhas.


— Como ousa... — bradou ela ameaçadoramente — tentar tomar o que é meu?! — Ela andou alguns passos, se aproximando de Styr.


— Minha Rainha... — Ela parecia acuada. — Eles estavam chafurdando em conhecimentos proibidos, apenas para alçá-los contra a senhora!


— Solte-o! Não pedirei uma segunda vez.


Como a serpente hesitou, lutando contra o desejo de decepar a cabeça do garoto, Jadis deu um passo adiante, jogando seus braços para a frente, formando uma súbita onda de frio brilhante, que atingiu Styr, antes que ela pudesse terminar o feito.


O corpo dela se enregelou, imobilizado por uma grossa camada de gelo; apenas a ponta de sua cauda estava livre do feitiço, se debatendo freneticamente contra o piso.


A Feiticeira Branca caminhou, formando em sua mão uma longa lança de gelo reluzente, e parou em frente à dela. Golpeou o braço da espada que prendia Edmundo e depois o outro que o segurava pelo cabelo. O rapaz foi puxado dali por Pedro, e levado até onde estava Lúcia.


Apesar do silêncio, a expressão de Styr era de pura agonia. Finalmente, Jadis rodopiou a lança e partiu o corpo da mulher ao meio. O pedaço do tronco se estilhaçou ao bater violentamente no chão. A ponta da cauda parou de se agitar, tornando-se tão estática quanto o restante do corpo congelado.


A Feiticeira virou-se e viu Lúcia pingando o Elixir na boca de Edmundo. Ele engoliu, meio engasgado, mas voltou a respirar normalmente. Viram que ela os observava, com o pomo da lança repousado no chão.



— Eu disse para não vir ao castelo. — Ela notou o livro que a garota havia achado, jogado no chão e fincou a lança no meio dele. O volume se congelou, trincou e quebrou em pedacinhos. — Agora saiam daqui!


— Deixe pelo menos o Elixir fazer efeito! — bradou Pedro.


Nesse momento, Jadis pareceu ficar zonza e cambaleou para o lado, apoiando-se em sua lança. Lúcia correu até ela, sem pensar duas vezes.


— O que foi? Está ferida?


— Não seja estúpida, é claro que não! Foi apenas uma tontura...


— Não deveria lutar nessas condições, pode prejudicar o bebê!


— Prejudicar? Por que diz isso?


— É muito esforço para o corpo gerar uma criança, por isso as mulheres grávidas devem ficar de repouso e evitar qualquer estresse.


— Como sabe dessas coisas?


Lúcia sorriu.


— Eu sempre ouvia minha mãe dar conselhos para outras mulheres. Sei de muitas coisas!


— Entendi. Não devo me exaurir, é o que está dizendo. Nesse caso, Gorath, queime todo esse lugar! Não quero que sobre nem uma única folha, entendeu?


— Sim, minha Rainha! — respondeu o gárgula que assistia a tudo do alto da estante de pedra.


— Não pode! — disse Lúcia alarmada.


— É melhor sair daqui com seus irmãos, minha querida, ou terá de usar mais desse precioso Elixir. — Jadis caminhou até o lobo e o montou, saindo pelo grande corredor de escadarias. Pedro carregou Edmundo para fora do castelo, e Lúcia os acompanhou, vendo todos os seus esforços virarem cinzas atrás de si.


Sem a Feiticeira por perto, Pedro e Edmundo se sentaram em um degrau de pedra no pátio, onde estavam os cavalos, para respirar por um momento. A garota se aproximou emburrada.


— Ela não precisava destruir tudo.


— Ela não destruiu. — Edmundo segurava contra o peito o volume de magia. Ele o colocou no chão, como uma pedra de gelo, pois havia sido também atingido pelo sopro congelante. — Vou levar pelo menos esse.


— Mas está congelado! E como você não está, se também foi atingido naquela hora?


— Acho que ela tem boa pontaria. — Edmundo pousou a mão sobre o gelo e em alguns momentos, a fina camada translúcida derreteu, desaparecendo sem nem mesmo encharcá-lo.


— Como conseguiu fazer isso? — Lúcia estava admirada.


— Não é difícil quando se entende o básico. É só usar a sua vontade e a magia flui naturalmente, pelo menos para coisas simples como essa.


Pedro trouxe os cavalos e olhou para o livro intacto nas mãos do irmão.


— Pena que o livro das joias se despedaçou.


— Bom — falou Lúcia, tirando umas folhas do corselete —, não todo ele.


— Quando você...? — Pedro pegou os pergaminhos. — Você é incrível, Lu!


— Falem baixo! — alertou, Edmundo — E vamos sair daqui antes que o gárgula perceba.


Saíram do castelo à galope, deixando para trás o castelo agora em chamas, soltando torvelinhos de fumaça para a escuridão da noite que se assomava sobre eles.


 *****


Já era bem tarde quando chegaram na cidadela. Cáspian os aguardava, com grande preocupação, pois Trumpkin já havia contado mais histórias do que realmente conhecia sobre o Castelo do Abismo. Viram as roupas de Edmundo encharcadas de sangue e Cáspian se desesperou.


— Minha nossa, o que é isso?


— Ah, isso? — mostrou Edmundo, dando de ombros. — Ferimento de espada, mas a Lúcia já me curou.


— Não sei se vou me acostumar a isso.


— Nem eu — replicou o anão.


Sentaram-se todos à mesa redonda do saguão reservado do Forte, e passaram as folhas de uma mão à outra, até que pararam nas de Edmundo, cujo sorriso se desfez suavemente.


— Mas isso está uma confusão! E que escrita é essa, rabiscada sobre as anotações? Nunca vi isso antes!


— Muito menos eu! — falou Cáspian.


Trumpkin suspirou e esticou a mão. Passaram os papéis e ele os observou atentamente.


— Hm... É como um anagrama, feito pra confundir os bisbilhoteiros.


— Sim, mas consegue ler? — perguntou Pedro.


— Sem problemas. Aqui diz que se chama Coração de Diamante... Blá, blá, blá... chato... sem importância...


— Não tem importância pra você! — protestou Edmundo. — Dá pra você apenas ler em voz alta? Por favor?


— Bem, diz que é feito de prata e diamante, usado para rituais e cerimônias... É do Reino das Sílfides, coroado pelas estrelas e... Aqui está rabiscado de verdade!


— O que a Jadis estaria fazendo com um anel das Sílfides? — questionou Lúcia.


— Foi roubado, provavelmente — respondeu Pedro.


O anão continuou listando o que conseguiu traduzir.


— Possui a magia protetiva para se manter longe dos olhos gananciosos, e afixado ao seu portador para que nenhuma magia o atraia. Também diz que não pode ser quebrado, exceto por uma lâmina sagrada, que deverá riscar o diamante.


— Pelo menos — falou Pedro — já sabemos como quebrá-lo.


— Mas o que ele faz exatamente? — perguntou Edmundo.


O anão pegou a outra folha, gastou alguns momentos lendo, e arqueou as sobrancelhas.


— Mas que diabos é isso? “Impõe o coração da alma contra as mudanças da mente, impelindo o portador a manifestar seu estado primordial.”


— O que isso quer dizer? — Cáspian estava confuso.


— Eu disse que sabia ler, não falei nada sobre interpretar.


Pedro coçou os olhos e recostou na cadeira.


— Não importa o que signifique. Se estava com a Feiticeira, a magia dele provavelmente foi alterada. É melhor tirar do que ficar na dúvida.


— Tem certeza? — Lúcia parecia indecisa sobre alguma coisa. — É que pareceu ser a descrição de um anel de proteção, não de dominação.


— Isso antes da Jadis pôr as mãos nele. Ed, ponha a mão na mesa. — E tirou a espada larga.


— Nem brincando! Você vai é cortar meu dedo fora! Se for pra usar uma lâmina sagrada, use a da Lúcia.


— Desculpa, Ed, eu não trouxe o punhal... — A garota encolheu os ombros.


— Por que não?


— Ninguém sabia onde o Cáspian tinha guardado. Só consegui reaver o Elixir.


— Ah! — Lembrou-se o Rei Telmarino. — Deixei na gaveta da cristaleira de adagas! Ia polir a lâmina e acabei por esquecê-la lá.


— Já que não há outra... — Pedro sorriu vendo como Edmundo estava receoso de ter a mão decepada. — Cáspian, uma mãozinha, por favor.


— Claro! — E se ergueu para segurar a mão e o braço do rapaz. — Edmundo, não se mexa!


— Precisa mesmo segurar meu braço? Não vou me mexer! — Contudo, quando Pedro aproximou a espada da mesa, Edmundo instintivamente fechou a mão e tentou recuá-la. Todos olharam para ele. — Foi involuntário.


— Eu não vou golpear — esclareceu Pedro —, só preciso fazer um corte.


— Sou um espadachim há muito tempo, ter uma lâmina prestes a cortar meu dedo me fez recuar por instinto. — Novamente, Pedro posicionou a lâmina, e o irmão caçula se remexeu sobre a mesa.


— Ed, não se mexa! Ou vou mesmo cortar seu dedo fora.


Trumpkin ficou de pé na cadeira e segurou o outro braço do garoto, pondo seu peso sobre ele.


— Ei! — Edmundo começou a ficar agitado, e perceberam não se tratar de uma reação normal. — Isso também é exagero! Não precisam me segurar desse jeito!


— Ed, fica parado! — falou Pedro, impaciente.


— Edmundo, se acalma! — Cáspian era mais pesado e mais forte que ele, mesmo assim, estava precisando se esforçar para mantê-lo imóvel.


No meio do falatório, Pedro raspou o fio da lâmina sobre o dedo dele e uma fagulha estalou sobre a joia. Todos se afastaram, exceto Edmundo, que ficou parado, com a mão trêmula e a respiração ofegante. Sentiu quando uma parte da energia saiu de seu corpo, e por isso se sentiu zonzo e um pouco fraco. Levou as mãos na cabeça.


— A magia se foi... — falou levemente frustrado.


Olharam a peça de prata, partida, e agora visível no meio da mesa. Lúcia pegou uma das partes.


— Não dá pra sentir mais nenhuma magia no anel. Você está livre do feitiço dela! — Mas não parecia que ele estava feliz com o feito. — Ed, o que foi?


— Não sei, estou meio nervoso ainda... Acho melhor eu me deitar um pouco, não estou me sentindo bem.


— Efeito da magia do anel? — Cáspian comentou com o anão.


— Não diz nada aqui sobre isso — respondeu olhando as folhas.


Pedro levou Edmundo até o quarto e o ajudou a se despir.


— Ed, posso chamar o curandeiro, se quiser. — Pedro pousou a mão na fronte do irmão. — Parece que está com febre.


— Não, sem curandeiros! — E tirou a mão dele, impaciente. — É só me deixar dormir, de manhã já estarei melhor. — E caiu no sono logo depois de falar.


Pedro se sentou na cama e ficou pensativo, tendo um pressentimento estranho a incomodá-lo.


— Será que a Lúcia estava certa e eu não? — Continuou em pensamento. “Não pode ser! Aquela bruxa nunca faria nada pra ajudar o Ed. Mas ela o protegeu da Styr... Interesse! Ela só quer o Edmundo como um meio para as ambições desvairadas dela.”


 


Fim do Capítulo 9



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Autor(a): callyzah

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Naquela noite, Edmundo teve febre e um sono agitado, povoado de guerras e batalhas das quais não havia participado; pareciam ser memórias de uma outra pessoa. Acordou sobressaltado e ofegante, ainda que fraco demais para sair da cama. Um médico o havia examinado, mas como não havia ferimentos, lhe receitou chás medicinais para a suposta gri ...


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