Fanfic: IMPROVÁVEL PAIXÃO | Tema: Portinon, RBD

Dulce 

Eu não queria voltar para o Brasil. Não após ter vivido um período de pura liberdade em Nova York, sem ter qualquer pessoa para me controlar pessoalmente. Meus pais tentavam fazer isso, mas à distância, eu sempre os driblei como se estivéssemos jogando uma partida de futebol. Além disso, meu poder de persuasão é indiscutível, pois driblei até mesmo a funcionária que ficou responsável por cuidar da casa e da minha alimentação. Inclusive nos tornamos amigas, embora tenhamos uma grande diferença de idade. Eu esperava ir para a universidade em NY, mas meus pais tinham outros planos em mente. Diante do histórico que possuo com meu pai, não tive como não acatar a exigência. Eu voltei para o Brasil por ódio e para garantir que todo patrimônio da família seja exclusivamente meu. Nunca fui ambiciosa, mas algumas questões me transformaram. Agora estou mais que disposta a garantir que tudo saia conforme planejei. São 7:30h da manhã quando meu pai estaciona o carro diante do colégio Dimitri. Como diz o ditado, o bom filho à casa torna. Conheço a maioria das pessoas, então estar de volta não é um problema. Estudei aqui durante alguns anos, até meu pai, na minha fase rebelde, decidir que deveria me afastar das companhias; como se os meus amigos fossem os verdadeiros culpados pela minha transformação.
Após alguns acontecimentos, eu fui de 0 a 100 muito rápido; de garota exemplar, à uma rebelde incontrolável. Acredito que a diretora Veronica não está muito feliz com o meu retorno.
— Comporte-se, Dulce. Me custou muito caro conseguir trazê-la de volta.
— É assim que se despede da sua filha? — Questiono meu pai em tom de deboche. Ele não responde.
Sorrio, pego minha mochila no banco de trás e sigo para a entrada do colégio.  Alguns amigos caminham apressados em minha direção, isso faz com que eu volte a me sentir em casa. Enquanto os cumprimento, vejo Bruna, minha ex-namorada. Namoramos durante 6 malditos meses e nem preciso dizer que foi infernal. A garota era como um chiclete, uma sombra, algo do tipo. Me sufocava de uma maneira insana, e foi esse o motivo que me levou a terminar. Ela parece incrédula com a minha presença. Deixo de observá-la quando uma garota desconhecida atrai minha atenção. Aliás, parece que não sou a única que acaba de ser atraída. Ela é... Uau! Esplendida. Naturalmente linda. Enquanto a maioria das garotas estão cobertas de maquiagem e veem para escola como se estivessem se arrumado para um evento, é visível que sua pele está sem qualquer interferência. Ela deve ter em torno de 1.65m, seus cabelos são loiros, lisos e longos, o uniforme se encaixa em seu corpo bem até demais! A garota possui uma bela bunda e seus seios parecem volumosos sob medida por trás da blusa. Noto que ela anda apressada e não cumprimenta qualquer pessoa, parece determinada a passar despercebida, mas acredito que seja impossível. Raramente me impacto com alguma coisa ou com alguém, mas ela conseguiu esse feito. Estou impactada. Linda.
Absurdamente linda.
Simplesmente linda.
— Nem tente. — Meu amigo Chris diz, desviando minha atenção. — Perda de tempo. Ela é introvertida, não fala com qualquer pessoa, não socializa. Só possui uma amiga e fala apenas com pessoas selecionadas. É o sonho de consumo de 99% da população masculina do colégio, mas não dá abertura para que qualquer um deles se aproxime, incluindo eu. Além disso, Bruna parece não ter gostado da forma como você olhou para a garota.
— Qual o nome dela? — Pergunto, movida pela curiosidade. 
— Anahí — ele responde. É um nome latino, o nome da garota que é filha da empregada dos meus pais. Esse nome não é comum no Brasil. Qual a probabilidade daquela garota ser a filha da empregada?
Eu preciso descobrir.