Fanfics Brasil - Capítulo 2 IMPROVÁVEL PAIXÃO

Fanfic: IMPROVÁVEL PAIXÃO | Tema: Portinon, RBD


Capítulo: Capítulo 2

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Dulce


Tudo parecia perfeito após uma tarde atoa.


Porém, a entrada abrupta do meu pai em meu quarto, modifica o clima de paz em que eu me encontrava.


- Deveria bater antes de entrar - Digo a ele, em um tom nada amistoso.
- Acredito que sua mãe já te avisou sobre a garota... - Sorrio de uma maneira que ele reprova. Uma que deixa bem explicito que nenhum aviso me impedirá de fazer qualquer merda que eu queira.
- Acredito que não sou uma criança.
- Então aja como adulta, Dulce. As coisas não serão fáceis para você. Anahí está fora dos limites. Além disso, preciso que decida sobre a sua vida acadêmica. Há uma empresa que exige que você seja responsável para poder administrá-la. Já perdeu dois anos fingindo estudar nos Estados Unidos.
- Oh! Fique tranquilo, papai. Voltei com o intuito de cuidar do patrimônio que será meu. Me empenharei para que isso aconteça logo. Não quero que surja um bastardo que tenha o mínimo de direito na empresa que minha mãe o ajudou a construir. Aliás, acho que devemos marcar uma visita ao advogado. Quero que os meus direitos fiquem bem pontuados, para não ser surpreendido no futuro. Sou sua única herdeira e tenho planos de permanecer assim. - Ele dá um soco em minha mesa de estudos. Minha reação é sorrir.
- Cale sua maldita boca! Está indo longe demais! - Rosna, como um animal selvagem.
- Fique tranquilo, por enquanto nosso segredinho sujo está salvo. Só estará em perigo se continuar me tratando como uma criança e fazendo ameaças. Aliás, já providenciou o carro que pedi?


Ele sai do quarto mais rápido do que entrou.


Disposta a ignorar a raiva dentro de mim, pego um cigarro e me sento na janela, com vista para a piscina e jardim. Gosto deste horário em que o dia está se despedindo, dando lugar à noite. Não está tão claro, nem tão escuro. Ainda assim já é possivel ver as estrelas. Não sou uma fumante tão ativa, mas, em alguns momentos como o que acabei de ter, fumar me acalma, quando deveria ter o efeito contrário. 


As cinzas caem pelo jardim e é então que a vejo. Ela está sentada em uma das mesas, lendo um livro qualquer. Como um imã, seu olhar é atraído ao meu. A surpresa é que ela não foge. A garota se mantém me observando fixamente, sustenta meu olhar, e parece nem mesmo piscar uma só vez. Tenho a sensação de que ela parece não fazer ideia do quão bonita é. Estou falando de algo excessivo, de um tipo de beleza rara que não vemos todos os dias. Além disso, ela parece não ter instinto de autopreservação, ou talvez seja inocente demais. Sinto-me ligeiramente disposta a abandonar a fama de Bad Girl e investir nela. Minha vida tem sido monótona, especialmente por obter facilidade em tudo.


Algo me diz que Anahí é tudo, menos fácil.


Uma batida na porta me faz desviar a atenção por segundos e, quando volto a olhar para o jardim, a garota não está mais.


 


Anahí


Comecei a tomar café da manhã e fazer todas as demais refeições dentro do meu quarto. Raramente fico no jardim, como costumava ficar. Minha quota de desculpas já está acabando, inclusive. Felizmente, a volta às aulas marca o fim das ajudas que costumava dar à minha mãe, sendo assim, posso me dar ao luxo de ficar em segurança dentro da nossa casa.


Não imaginei que a presença de Dulce mudaria tanto a minha rotina e seria tão desconcertante. O fato é que ela me olha. Mais do que deveria. E, muitas vezes, não consigo ignorar. Vez ou outra, quando não há possibilidade alguma de evitá-la, me pego a encarando de volta. Confesso que, na primeira vez que nos vimos, seus olhos roubaram minha atenção por completo, impossibilitando que eu analisasse além deles. No entanto, a segunda vez que a vi me portei como uma tola hipnotizada. Se portando como a garota rebelde, ela estava fumando, sentada na janela de seu quarto. Então, como se fosse uma ideia nada brilhante, sabendo que seu olhar estava sobre mim, decidi que era o momento perfeito para analisá-la. Maldita seja eu por ter feito isso. Ela se parece mais com uma princesa encantada do que com uma garota rebelde. Ao contrário do que esperamos de uma garota rebelde, ela nem mesmo possui uma única tatuagem visível ou piercing. Dulce é linda, realmente linda. Foi naquela noite que passei a entender todo furor dos garotos da escola em torno dela.


Seu rosto parece ter sido milimetricamente desenhado, cada detalhezinho. Sua boca, seu queixo, seu nariz, os olhos... tudo perfeito! Os cabelos são uma bagunça de vermelho rebeldes. E, para melhorar meus conceitos, no dia seguinte, ela decidiu tomar um banho de piscina que me permitiu vislumbrar seu corpo. Seios fartos, braços definidos sob medida, barriga lisa, pernas levemente definidas, até mesmo o bumbum eu reparei…..e, Uau! Nada passou despercebido, mesmo eu tendo consciência de que deveria nem mesmo olhar para a direção dela. Isso tornou as coisas difíceis, pois, desde então, não tenho conseguido ignorá-la tanto quanto deveria. 


Demorou duas semanas para que as coisas mudassem.


Foi em um dos intervalos de aula (que milagrosamente decidi sair da sala) que notei que as coisas haviam ficado diferentes. Começou com os olhares das garotas sobre mim. As populares que antes me evitavam e faziam de mim uma garota invisível, de repente, tem seus olhos voltados a mim. Não são olhares amigáveis. Elas estão me olhando com desprezo, como se eu fosse um verme ou algo do tipo. Além de estarem cochichando e rindo.
- Por que diabos essas garotas estão olhando assim para você? - Ludmila pergunta baixo.
- Não faço a mínima ideia. - A respondo, mas logo fica bastante claro.


Talvez eu faça ideia sim.


Dulce e eu, chegamos juntas no colégio todas as manhãs, estamos bem próximas. Ela é a popular, a garota mais cobiçada e disputada entre elas. Logo, provavelmente, este é o motivo para me olharem desta maneira. Talvez haja um outro motivo. Não compreendo muito bem, embora me assuste e me deixe intrigada, mas, Dulce sorri abertamente para mim todas as vezes em que nos encontramos. Não é um sorriso qualquer. É um tipo que parece reservado apenas para mim e que me causa borboletas no estomago, o que é desconcertante o bastante.


O sino bate indicando o fim do intervalo.


Alunos se dispersam, e eu me despeço de Ludmila. Vou andando pelo corredor, caminhando rumo à sala de aula. Estou distraída quando noto uma turma de garotas caminhando em minha direção. Uma delas faz questão de me dar uma cotovela, enquanto outra derruba um copo de suco em minha blusa. Fico parada, perplexa o bastante, enquanto o som de risos ecoa por todo ambiente. Sinto-me ligeiramente humilhada e, durante longos segundos, pareço perder a capacidade de reagir. Odeio receber atenção indesejada. Tento fazer o possível para passar despercebida. Imagine se tornar o centro das atenções de um minuto para o outro?


Para piorar, atrás delas está Dulce, acompanhada de dois amigos. Isso contribui diretamente para que eu me sinta ainda mais humilhada. Quero sair correndo e chorando, mas, ao invés de agir como uma criança chorona, engulo o choro, ergo a minha cabeça e me forço a andar apressadamente rumo ao vestiário. Uma vez dentro dele, volto a respirar. Tento trancar a porta atrás de mim, mas a figura de Dulce surge, invadindo o local e impedindo que eu consiga fechá-la. Ela é mais forte que eu, seu corpo é sob medida (nem forte demais, nem magra demais), perfeita! Eu me torno uma formiga diante de sua presença.
- Está tudo bem?
- O que acha? - Questiono.
- Foi uma pergunta retórica. Sinto muito - diz de uma maneira sincera.


Aceno positivamente com a cabeça e sigo acenando enquanto a observo retirar a própria blusa. Por baixo dela há uma camiseta grudada em seu corpo e, embora não dê para ver além, me pego salivando.


O que está fazendo? - Minha racionalidade é quem me faz perguntar.
- Retire sua blusa e vista a minha. - Ordena. Sim, seu tom é nada mais que ordem.
- Estou bem assim.
- Não creio que esteja bem, Anahí. - Meu nome saindo da sua boca é quase erótico.


Para tornar tudo pior do que já está, agora ela está portando um sorrisinho confiante.
- Não vai querer que todos enxerguem seu sutiã branco de florzinhas rosas, não é mesmo? Notei que gosta de se manter no "anonimato".


- Eu sou anônima. - Rebato e, num ímpeto, pego a camisa em sua mão. Ignorando a racionalidade puramente por estupidez, retiro minha camisa molhada de suco sob seu olhar atento e visto a camisa que ela me deu. É então que o cheiro de seu perfume invade minhas narinas, quase cegando minhas ações. Leva tudo de mim para não subir a gola e inspirar seu cheiro mais profundamente. O perfume dela é incrível, parece amadeirado. Como se não bastasse todas as demais características de Dulce, até mesmo seu perfume é marcante.


- Hoje é uma das poucas vezes em que a vi fora da sala de aula. Por que se mantém isolada? - Sua pergunta me pega desprevenida.
- Prefiro ficar quieta. Acho que já percebeu que não me encaixo aqui - a respondo. - Não combino com todas essas pessoas, não temos absolutamente nada em comum.


- Realmente, você não combina com aquelas garotas. Você é infinitamente melhor. Elas são fúteis - afirma, para a minha surpresa.


- O que aconteceu hoje serviu para reafirmar que devo me manter isolada. Só não compreendo o motivo que...


- Simples. - Ela nem mesmo permite que eu termine meu raciocino. - Enquanto elas imploram por atenção, você não precisa fazer absolutamente nada para estar em foco.


Franzo meu cenho enquanto tento entender suas palavras. - Não me olhe como se não soubesse, Anahí.
- Não faço ideia do que está falando - afirmo. Ela quebra a distância entre nós e eu me vejo presa entre seu corpo e a pia do vestiário. Não consigo desviar do seu olhar.
- Todos os garotos do colégio dariam tudo para tê-la. - Dou uma gargalhada ao ouvi-la, mas ela se mantém séria, provando que não está para brincadeira.


Observo seus olhos descerem para a minha boca. Isso faz com que eu deixe de sorrir e adote uma postura defensiva.
- Desculpe-me, mas isso parece absurdo demais. Ou você está mentindo, ou todos eles são covardes. Nenhum garoto ousou se aproximar de mim.
- E agora eles vão se manter ainda mais distantes. Penso em perguntar o motivo, mas desisto. Essa conversa está no mínimo estranha. Além disso, estamos trancadas no vestiário feminino do colégio. Se alguém descobre, acarretará muitas especulações erradas sobre nós.
- Acredito que não seja adequado ficarmos aqui - digo a ela, que sorri.
- Você é certinha demais, não é mesmo?


Não a respondo. - Talvez eu deva conduzi-la a um pouco de diversão, Anahí . Estou tentado a arrancar essa pose de santinha. Posso garantir que a vida do outro lado é bem mais interessante.
- Estou bem estando do "lado de cá".
- Você precisa fazer coisas de adolescentes, ao invés de se portar como uma mulher de mais idade, que tem mais responsabilidade do que deveria ter. Viver é mais do que estudar e ficar em casa lendo livros. - Afirma, como se sua concepção de vida fosse a correta e a minha concepção completamente errada. - Você tem o quê? 17 anos?
- Isso. - Ela sorri e balança a cabeça negativamente.


- Só te digo uma coisa, Any, você disse que está bem, e eu te digo que poderia estar infinitamente melhor se estivesse do lado Dulce da força.

Parece que tornei uma viciada em engolir em seco na presença dela. Minhas pernas quase cedem quando ela toca meu rosto delicadamente com os dedos. Dou tudo de mim para não fechar os olhos e apreciar melhor. Acho que havia me esquecido como é receber carinho. Desde a morte do meu pai me tornei um pouco fria e me fechei dentro de mim. Eu e ele éramos inseparáveis. Amo a minha mãe, mas sempre tive uma maior ligação com o meu pai e ele sempre foi mais carinhoso comigo. Excessivamente eu diria. Encarar a vida sem a presença dele tem sido uma experiência dolorosa. Não há um único dia que eu não me lembre de sua existência ou que eu não chore por sua partida. E, por incrível que pareça, esse gesto impensado de Dulce me despertou para lembranças dolorosas.


Meus olhos estão lacrimejando agora, assim como todo meu corpo está tremendo. Estou confusa com tantas sensações; além de ter me lembrado do meu pai, meu corpo está queimando com a proximidade da única pessoa que eu deveria evitar. Quando ela desliza os dedos pelos meus lábios, agarro a pia atrás de mim.


- Dulce, o que estamos... 


A resposta que obtenho é seus lábios reivindicando os meus. Sinto-me fraca demais por não conseguir evitar ou fugir. Os lábios dela são macios, convidativos. Seu beijo começa suave, como se estivesse pedindo licença para aprofundar. Estou memorizando como é ter seus lábios contra os meus, quando ela decide que é o momento ideal para ir além da suavidade. Minhas mãos deixam a pia e agarram diretamente a camiseta dela. Sua pele está quente, de forma que sinto a vontade de tocá-la sem que nada atrapalhe. Embora eu seja virgem, já estive com um ou dois garotos, reconheço a sensação que estou sentindo agora, mas desconheço tal intensidade. Tudo em mim está quente, piora quando ela aprofunda ainda mais o beijo. Posso sentir seu quadril pressionado em minha intimidade. Isso me faz querer algo que desconheço, um alívio. Eu entrego tudo de mim nesse beijo proibido, e ela exige mais. Suas mãos agora deslizam até meus seios e se fecham em um aperto quase doloroso. Um som escapa de mim, deixando-me ligeiramente envergonhada e ativando minha racionalidade. A empurro delicadamente, precisando me distanciar do fogo.


- Isso não deveria estar acontecendo - digo ofegante.
- Por quê? Por que mandaram você ficar longe de mim? - Indaga. - Quem foi? Meu pai? - Há um pouco de revolta em seu tom.
- Não devemos nos aproximar. Moramos basicamente na mesma casa. Seus pais pagam meus estudos e o salário da minha mãe. Eles me dão tudo que eu jamais teria. Não posso decepcioná-los. Não devemos continuar. Além disso, somos opostos. Eu sou filha da empregada.


- E o que impede? Não é sobre nossos pais e seus respectivos empregos. Sente vergonha? Ser filha da empregada te desqualifica? É assim que quer conduzir sua vida? Quer que eu a trate como se fosse apenas a desqualificada filha da empregada? - Não a respondo. Ignoro a sensação ruim que acaba de se instalar em mim e deixo o vestiário, voltando para sala apressadamente. Não sinto vergonha, mas já tive uma quota de pessoas falando como se isso fosse uma humilhação ou me desqualificasse.


Independente de qualquer coisa, não é sobre ser filha da empregada. É sobre não ignorar a ordem que minha mãe me deu. Preciso me manter distante de Dulce.


Eu não posso deixar que isso aconteça outra vez.



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Autor(a): siempreportinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • tryciarg89 Postado em 08/08/2023 - 18:18:43

    Que fofa, ameiii

  • camila64 Postado em 16/05/2023 - 09:02:58

    Faz mais histórias

    • siempreportinon Postado em 23/05/2023 - 01:11:09

      Vou postar!

  • camila64 Postado em 16/05/2023 - 09:02:38

    Maravilhosa


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