Fanfic: IMPROVÁVEL PAIXÃO | Tema: Portinon, RBD
Dulce
Estou excitada. Anahí Portilla é sensível demais e a porra do som do seu gemido ficará martelando em minha mente por um longo período. A garota se desmanchou em minhas mãos, totalmente diferente de todas as garotas que já tive. Todas, sem exceções, tentam provar a todo custo que são experientes, resistíveis e que podem me dominar na cama, acreditam que dando tudo de si garantirão meu coração.
A visível inexperiência de Anahí é atrativa, mas não no sentido de me vangloriar em ser a garota que chegará às vias de fato, e sim porque é diferente, é naturalmente pura. Posso apostar minha fortuna que a garota é virgem.
Conquistá-la será difícil, mas, após esse beijo, estou pronta e determinada a me esforçar nesta missão.
Após conseguir controlar a carga de adrenalina que tomou posse de mim, deixo o vestiário e decido voltar à aula.
No final da aula, decido dar algumas palavrinhas com as garotas que cruzaram o caminho de Anahí.
Não sou educada ou gentil.
- Dulc...
- Bruna, só para deixar registrado, não gostei da sua atitude com Anahí e espero que não se repita. Que entenda de uma vez por todas que não ficaremos juntas. Não adianta jogar sua insatisfação sobre ela, isso só fará com que eu me afaste ainda mais de você e comece a nutrir um sentimento não muito agradável. A propósito, não vou falar com Amanda porque sei que ela estava sendo comandada por você, mas certifique-se que ela saiba que não gostei.
- Foi apenas um acidente - ela se defende.
Eu sorrio.
- Que esse acidente tenha sido o primeiro e último então.
A deixo e então sigo diretamente para a minha próxima vítima: Ludmila, a única amiga de Anahí. Sim, tenho todas as informações sobre a garota. O suficiente para saber que não será difícil conseguir uma ajuda.
- Olá! - A cumprimento. Sua reação é quase exagerada. Ela parece está diante de um deus.
- Sou Dulce.
- Sei quem você é, sei do seu histórico.
- Todos sabem. Eu também sei quem você é - afirmo. - É amiga da Anahí , correto?
- Sim, sim. Eu sou amiga dela. A melhor. -
Sorrio, achando ela um tanto quanto atrapalhada.
- Perfeito, Ludmila. Bom, espero que possamos ser amigas também. Para darmos início a uma amizade sincera, gostaria de te pedir dois favores, sendo que um deles vem com um convite especial. - A garota arqueia as duas sobrancelhas e demonstra desconfiança.
- Isso nunca poderá ser boa coisa... - divaga. - Quais seriam esses favores?
- Primeiro, preciso que me dê o numero do telefone da Anahí.
- Ela mora no seu quintal! Como pode não ter o número dela? - Questiona, cruzando os braços abaixo dos seios. Parece um cão prestes a atacar.
- Acontece que não nos falamos muito, especialmente em casa - explico a situação. - Ficarei feliz se puder me passar.
Há outros meios de conseguir, mas preferi vir em sua amiga, para mostrar boas intenções. Talvez não sejam tão boas assim. Depende do ângulo que se vê.
- Diga o segundo pedido e então pensarei no seu caso.
- Haverá uma festa na casa do Chris, nosso colega de classe, sábado. Eu gostaria que você fosse e que convencesse Anahí a ir junto.
Ela dá uma gargalhada exagerada, não compreendo.
- Minha querida, é mais fácil fazer chover com a dança da chuva do que levar Anahí em uma festa. Digamos que ela não faz muito o estilo diversão. Ela prefere a companhia dos livros e Netflix.
- Tenho certeza de que pode convencê-la. Você tem cara de ser persuasiva, Ludmila. Além disso, Bruno, o garoto que você não tira os olhos, parece interessado em conhecê-la melhor. Fiquei sabendo que tiveram uma troca na aula de matemática.
-Oh! Você é uma trapaceira de uma figa! Isso é quase o mesmo que me chantagear, mas não ligo. - Agora sou eu quem arqueio as sobrancelhas. Essa garota é mais doida do que imaginei. - Posso convencê-la a ir, mas, além de Bruno, terá que pagar lanche para mim todos os dias da próxima semana. - Me pego rindo da sua proposta. Achei que ela exigiria algo mais difícil.
- Basta chegar na cantina, pegar tudo o que quiser e solicitar para colocarem em meu nome. Deixarei avisado sobre isso. Você terá lanches grátis por todo mês.
- Mentira!!!! Você é incrível! Convencerei minha amiga a participar dos perigos noturnos. Esse é o nosso segredinho. - Ela diz pegando um caderno e anotando um número que acredito ser de Anahí. - Bom, aqui está o número. Saiba fazer bom uso. Não assuste a minha menina. Ela é inocente o bastante para alguém como você. Se eu vir que irá machucá-la ou que está fazendo algo de errado, chutarei sua bunda!
Não tenho tempo de me defender. Nem mesmo me esforço. Sei da fama que possuo, assim como sei que pode ser um impedimento. Preciso convencer a garota de que não sou uma cafajeste completa.
...
Sexta-feira a noite e estou entediada, ansiosa para a noite de amanhã. Eu espero que Ludmila tenha conseguido convencer Anahí, porque, caso contrário, serei obrigada a raptar a garota. Preciso de um momento a sós com ela, longe do colégio ou do perigo que a nossa casa oferece.
Eu deveria estar na rua, em qualquer lugar que tivesse um pouco de diversão. Hoje, quando cheguei em casa, havia nada mais que uma Range Rover Evoque me esperando.
Meu pai finalmente cedeu ao meu "pedido" e, pela primeira vez em anos, o abracei por livre e espontânea vontade.
Qualquer garota normal estaria na rua estreando o carro, mas, contrariando as expectativas, estou em casa, sentada na janela do meu quarto, observando Anahí, que está deitada em uma rede lendo um livro. Gostaria de entender por que a garota invadiu minha mente e tomou conta de cada um dos meus malditos pensamentos. Nunca houve qualquer garota que conseguisse esse feito.
Obviamente já me interessei por várias, já criei expectativas, mas nada tão arrebatador como tem sido com essa garota específica.
Um dos motivos para eu ter evitado sair é para que ela perceba que minha reputação não precede quem sou (ao menos não agora).
Bom, talvez preceda, eu conquistei a fama que possuo, porém, sei ser decente quando necessário.
Eu gostaria de poder estar próxima dela agora, mas é necessário que eu espere todas as luzes da casa se apagar para conseguir me aproximar.
Anahí
Eu sempre perco a hora quando pego um livro para ler. Geralmente, leio apenas aos finais de semana, começando na sexta à noite e encerrando a leitura no domingo. É quase como um ritual. Sempre gostei de ler, porém, desde a morte do meu pai, passei a ler com mais frequência. Os livros são a minha fuga da realidade e meu gênero preferido é romance, seja ele hot ou não. Gosto também de ler fantasias, desde que haja algum casal na trama. Talvez eu seja uma romântica incurável que busca amor em todas as coisas.
Todas as luzes da casa estão devidamente apagadas, inclusive as da casinha onde moro com a minha mãe. Isso é um indício de que já está tarde o bastante. Confiro em meu celular e percebo que passam de 1h da manhã. Ainda não estou com sono. Decido me levantar um pouco para beber água e esticar o corpo. Porém, assim que fico de pé e me viro, quase grito de susto. Dulce está parada no balcão próximo à churrasqueira, isso faz com que eu leve a mão ao peito e tente controlar a respiração desregulada.
- Meu Deus! Nunca mais faça isso! Eu poderia ter gritado... - argumento, enquanto ela sorri.
- Sou tão assustadora assim?
- Qualquer figura que apareça na escuridão e no silêncio da noite se torna assustadora. -
Ela ri, eu retribuo. - Desculpe-me por tê-la assustado. Não era a minha intenção.
- Então qual era a sua intenção? - Quase me arrependo da pergunta, especialmente quando ela acende a lanterna do celular e mira em meu corpo. Para piorar, não estou vestida adequadamente. A noite está quente, estou vestindo um short curto e um top, apenas.
- Continuar o que começamos no vestiário. - Diz, simples e direta. Ela quebra a distância entre nós, enquanto meus pés paralisam. - Eu quero que seja minha. - Engulo em seco e me obrigo a reagir.
- Por que eu? Por que não as garotas da escola? Como quer que eu seja sua se mal nos conhecemos? - Movida pelo nervosismo, a encho de perguntas.
- Respondendo a primeira pergunta. Por que você? Porque é tudo o que tenho pensado desde a primeira vez que a vi - afirma, demonstrando estar segura em relação ao que quer. - As outras são todas iguais, todas. Elas se jogam muito facilmente sobre mim, são fúteis, fáceis demais. Eu não gosto que as coisas sejam fáceis demais para mim. Quanto mais difícil, mais interessante.
- E quando deixar de ser difícil? - Questiono.
- Uma resposta de cada vez - diz. - Estou aqui porque quero conhecê-la melhor. É assim que começa. Quero sair com você, ficar com você, nos conheceremos melhor no processo. - Aceno a cabeça em compreensão. - Quando deixar de ser difícil, algo me diz que você continuará sendo a garota mais interessante e diferente que já conheci. Não há garantias, Any. Nada nessa vida oferece garantias. Mas eu quero que você queira ficar comigo, que queira se arriscar.
- Sabe que não podemos..., seus pais, minha mãe..., nossa realidade.
- Eles não precisam saber agora. Primeiro vamos nos conhecer, e então veremos onde isso nos levará.
Ela possui resposta para todas as perguntas. E não sei se é bom ou ruim, mas há um grande poder de convencimento em suas palavras. Eu e minha parte inocente ficamos sem palavras. Se ela tem facilidade em responder, acredito que eu tenha uma certa dificuldade. Nunca estive diante de uma garota tão decidida, é desconcertante. Ceder à sua proposta é como uma desobediência. Nem mesmo cedi e já me sinto devidamente corrompida apenas pelo fato de estar ponderando e desejando isso. Eu sou uma pecadora. Ela não é uma santa. Onde isso pode nos levar?
Sem receber qualquer ação da minha parte, é ela quem parte para o ataque. Sou fraca demais para ignorar e resistir. Seus lábios se chocam com os meus, enquanto uma mão se fecha em meus cabelos e a outra me puxa pelo quadril. É um beijo insano, totalmente inapropriado. Remete a todos os pecados aos quais eu deveria me manter afastada. Mas estou envolvida em sua névoa muito rapidamente, me entrego como um fantoche perfeito, permitindo que ela faça o que bem entender. Meu corpo agora grita mais alto que minha mente. E o toque dela nubla minha racionalidade de forma que eu só consigo ansiar por mais, pelo próximo passo.
Ela me senta sobre a mesa de sinuca e se encaixa entre minhas pernas, então me puxa mais para a beirada, grudando-se em mim de forma que nem mesmo o vento parece capaz de passar entre nós. Sou virgem, mais inocente do que deveria ser, mas sei exatamente tudo o que estou sentindo e onde isso poderá nos levar. Ainda assim, decido não recuar.
Seu beijo é faminto, exigente. Suas duas mãos agora estão em meu quadril, e ela está me puxando ainda mais para seu corpo, como se não estivesse obtendo o suficiente.
Eu só me dou conta do quão entregue estou quando sua boca deixa a minha e desliza pelo meu pescoço, fazendo com que gemidos escapem de mim. Nunca me permiti ser tocada desta maneira. Ninguém ousou ir tão longe. E ela seguirá indo, até eu possuir racionalidade para estabelecer um limite.
Suas mãos agora deslizam por dentro do meu top e alcançam meus seios. Meus mamilos estão devidamente intumescidos, há uma umidade entre minhas pernas. Um alerta de que estamos passando do ponto.
A afasto delicadamente.
- Estamos indo longe demais, Dulce. Qualquer pessoa pode chegar aqui e nos pegar - argumento, ainda ofegante. - Eu nunca... Isso é...
- Você está me matando lentamente - dramatiza, passando as mãos pelos cabelos. - Deus! Você é muito gostosa! - Certamente minhas bochechas acabam de atingir um novo tom. Sinto-me mortificada.
- Podemos ir para outro lugar? Apenas preciso de mais. Você é como uma maldita droga viciante.
- Creio que não tenho a experiencia que precisa - confesso. - Compreende por que somos tão opostas?
- Você nunca...?
- Nunca. E não quero fazer isso em cima de uma mesa de sinuca, correndo o risco de ser pega pelos seus pais ou minha mãe.
- Merda! Eu desconfiava, mas então você pareceu tão quente. Você não parece uma garota inocente quando tenho minhas mãos em seu corpo.
Desvio meu olhar. Essa garota sabe como me afetar com as palavras.
- Ok, estou a deixando constrangida? - Pergunta com delicadeza agora.
- Sim, eu estou.
- Me desculpe, princesa. Você me deixou insana. Irei respeitá-la, ok? Vamos tentar ir devagar. Entendo sua hesitação. Me desculpe por ir tão longe.
- Tudo bem. Não é apenas culpa sua. Eu..., eu permiti. Está tudo bem, ok?
- Não quero que pense que estou tentando tirar proveito de você - admite.
- Não estou pensando isso. Só estou nos resguardando de um incidente. Prometi à minha mãe que me manteria distante de você. - Opto pela sinceridade. - Além disso, seus pais são incríveis comigo, em especial sua mãe. Me sentiria péssima em decepcioná-la.
- Duvido que a decepcione, Anahí.
- Prefiro não correr riscos - confesso.
- Amanhã será a festa de Chris.
- Ludmila me falou sobre, mas não estou certa sobre ir. Não costumo sair a noite. - Dulce sorri e volta a se aproximar. Ela envolve uma mecha dos meus cabelos em seus dedos.
- Você é certinha demais, garota. E se conforma com a zona de conforto. Faça uma experiência. Vá à festa. Permita-se agir como uma adolescente. Esperarei por você.
- E todas as garotas esperarão o momento exato para me atingirem - suspiro. - Não gosto de brigas, Dulce. Não quero virar alvo. Sempre tentei me manter distante, oculta. Estar com você me tira dessa posição.
- Ninguém vai mexer com você. Não se tornará alvo de qualquer pessoa. Estou garantindo a você. Vá, por favor. - A maneira como ela pede me faz ponderar. Deus! Será que essa garota vai conseguir tudo o que quiser de mim? Ela me dobra muito facil. Seu poder de persuasão é quase assustador.
- Pensarei melhor.
- Isso já é algo - ela sorri.
- Bom, é melhor entrar. Estou incomodada de estar nesta situação com você. Pode parecer exagero, mas sinto-me como se estivesse cometendo um crime. - Ela dá uma gargalhada quase alta demais.
- Que nossos pecados sejam perdoados, Any. É só o início de muitos outros. - A promessa faz meu corpo se arrepiar por completo.
Nos despedimos com um beijinho no rosto. Nem mesmo parece que estávamos em um outro nível de pegação minutos atrás.
Eu escovo meus dentes, me aconchego na cama e sinto algo parecido com o que li nos livros: as tais borboletas no estômago surgem mais uma vez.
É injusto desejar a única garota que eu deveria me manter distante. Que Deus possa perdoar verdadeiramente os meus pecados e me dar o mínimo de sabedoria para lidar com o trator desgovernado.
Autor(a): siempreportinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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tryciarg89 Postado em 08/08/2023 - 18:18:43
Que fofa, ameiii
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camila64 Postado em 16/05/2023 - 09:02:58
Faz mais histórias
siempreportinon Postado em 23/05/2023 - 01:11:09
Vou postar!
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camila64 Postado em 16/05/2023 - 09:02:38
Maravilhosa