Fanfics Brasil - Capítulo 4 IMPROVÁVEL PAIXÃO

Fanfic: IMPROVÁVEL PAIXÃO | Tema: Portinon, RBD


Capítulo: Capítulo 4

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Anahí


O sábado chega e me sinto dominada pela indecisão. Um dos fatores que está contribuindo para isso é que não consegui dormir após o encontro quente com Dulce. Tudo nessa história me assusta, especialmente o fato de um simples toque dela me transformar em um poço de fragilidade. Me assusta ainda mais ter ouvido centenas de histórias sobre ela, que me fizeram acreditar que a garota possui todos os pecados aos quais eu deveria me manter distante, e, ainda assim, eu ceder tão facilmente e desejar tão insamente.


Eu vivi a espera do príncipe encantado, mas é a garota que parece o verdadeiro lobo mau que conseguiu despertar um lado meu que esteve adormecido por toda a minha vida.


Nada no mundo me preparou para isso. Não fazia ideia do poder que Dulce possuía, até eu virar alvo do seu interesse. E, embora eu tenha fugido na noite anterior, preciso confessar que quis voltar atrás e ter um pouco mais do que ela estava disposta a me oferecer. O que é uma loucura completa e me dá o atestado de insanidade.


Não estou certa sobre ir a tal festa. Parte de mim quer ficar em casa, quieta em minha zona de conforto. Mas há uma outra parte que quer experimentar ter um pouco de diversão.


Minha mãe e dona Blanca estão animadas sobre a possibilidade de eu aceitar. Inclusive, dona Blanca, sem saber dos recentes acontecimentos, sugeriu que eu vá com Dulce.


Isso fez com que eu sentisse uma pontada de culpa.


Estou no duelo interno quando Ludmila chega. Ela parece animada o bastante.


Voce está brincando comigo? - Questiona. - Não me diga que mudou de ideia, Anahí. Vá se arrumar! Te ajudarei a escolher um look ideal, faremos uma maquiagem bafônica e vamos arrasar!
- Não sei se é uma boa ideia.
- Anahí Portilla! É mais do que uma boa ideia! - Ela diz em um tom ameaçador. - Não vou permitir que desista. Usarei tia Mari a meu favor. São quase oito da noite, temos que nos apressar - explica animada.
- Ok - digo, respirando fundo. Já tomei banho. Meia hora depois, estou diante do espelho, encarando a garota que nunca achei que poderia ser e me sentindo ousada o bastante com o vestido que estou usando; um tubinho preto, que realça cada uma curvas que eu nem fazia ideia possuir. É realmente sério. Eu nunca me senti gostosa, mas esse vestido está causando essa sensação. Em meus pés há uma sandália de salto fina, também preta. Meus cabelos estão soltos e acabo de fazer uma maquiagem mais forte do que jamais fiz algum dia.
- Tem certeza que estou bem? - pergunto, sentindo-me devidamente apreensiva ao ver Ludmila boquiaberta.


-Estou chocada! - Ela afirma sorridente. - Uau! Por que nunca reparei seu corpo antes? Voce está incrível! Nem mesmo consigo colocar em palavras. Parece uma outra Anahí.


-Isso significa que estou bem? Bom, não sei como as garotas se vestem para essas festas. Aliás, voce está maravilhosa!


-Você está além de perfeita! Há um alguém que enlouquecerá - diz confiante.  


- Shiu!!!
- Desculpe-me. Foi mais forte que eu. Sorrio. É obvio que foi mais forte que ela. Ludmila não é boa em agir com discrição.


Quando chego na sala, minha mãe leva as duas mãos até a boca.
- Meu Deus! Filha! Voce está..., oh! Eu acho que não tinha me dado conta de que se tornou uma mulher. Um mulherão! Voce está linda, incrível! - Obrigada, mãe - a abraço. - Bom, nós estamos indo.


- Se cuide! E me ligue a qualquer momento se necessário for. No mais, divirta-se, filha! É jovem demais, precisa curtir um pouco a vida.
- Tentarei.
- Vamos? - pergunto. 
- Com certeza! - Lud se despede da minha mãe e saímos para irmos ao encontro de Dulce.
- O que eu posso esperar dessa festa? Estou curiosa. É a primeira festa que vou.
- Homens gostosos em geral, algumas garotas metidas e nojentas se jogando em cima dos garotos populares; garotas descoladas como eu, algumas pessoas normais como você, que preferem ficar escondidas em algum canto evitando socializar. - Consigo visualizar a cena em minha mente. - Ah! O ponto principal é: Nunca, jamais, deixe um copo de bebida, seja ela qual for, em qualquer lugar. Se for beber algo, certifique-se de ficar com seu copo em mãos e não o solte de forma alguma. Existem muitas pessoas babacas que adoram levar vantagem de garotas inexperientes como você.


-Ok! Me manterei atenta, mamãe - afirmo.


Quando deixamos o jardim, encontramos Dulce nos esperando próximo à garagem. Em um gesto bastante exagerado, ela arregala os olhos assim que me vê.


- Uau, Any! - Exclama, parecendo sob efeito de entorpecentes. Certamente, neste momento, pareço ter exagerado no blush. Minhas bochechas com certeza atigiram um novo tom. - Você está linda!


Ela está perfeita! Está vestindo uma calça jeans colada, saltos e camisa social branca. Em seu pescoço há um cordão de prata e em seu pulso uma  pulseira. E, para complementar, o cheiro do seu perfume pode fazer qualquer mera mortal delirar.


- Devo lembrá-la que estamos em sua casa? Relembro, tentando dissipar meus pensamentos.
- Devo lembrá-las da minha presença? - É Lud quem pergunta, cruzando os braços abaixo dos seios.


- Estou quase desistindo de levá-la, Ludmila. E não é uma brincadeira.


Quero rir da cara de Lud, mas decido ficar quieta. Dulce parece ameaçadora agora.


Agindo como uma cavalheira, ela abre a porta do carro para que eu entre. Ludmila não tem a mesma sorte. Ela praticamente esquece da presença dela por alguns segundos, até ela decidir começar a falar pelos cotovelos.


Vou silenciosa durante todo trajeto, apenas rindo e ouvindo as baboseiras de Lud. Estou tensa, não teria como ser diferente. Ontem praticamente fui atacada por garotas no colégio, e é provável que todas elas estejam na festa.


Quando chegamos em frente a casa de Chris, fico ainda mais nervosa.


Além de já ser possível escutar o som alto, há dezenas de carros estacionados pela rua e mais movimentação do que eu previa.


Estou nervosa como se estivesse indo perder a virgindade, sem exagero algum. Talvez isso se encaixe em uma perda de "virgindade", afinal, é a minha primeira vez em uma festa.


Estou trêmula quando desço do carro. Para complicar ainda mais a situação, Dulce segura minha mão e entrelaça nossos dedos, e é assim que fazemos uma entrada quase triunfal. É horrível! É como se o mundo parasse para olhar apenas para nós duas. Recebemos olhares de descrença de alguns, de outros o olhar é de nojo. Eu tento me desvencilhar de sua mão, mas ela não permite.
- Por favor, todos estão nos olhando - suplico baixo, próximo ao seu ouvido.
- Ignore-os. Se ficar ligada neles, perderá a diversão.
- Não é tão fácil - argumento.
- Não é tão difícil. Você consegue. Irei distraí-la de tudo isso. Prometo. Erga sua cabeça, demonstre confiança. Não abaixe a guarda para nenhuma pessoa aqui. - Aceno positivamente com a cabeça.


Após respirar fundo, levanto minha cabeça e decido sustentar as encaradas que estou recebendo, tanto de mulheres, quanto de homens.


Sinto uma leve inveja de Lud. Ela é infinitamente mais corajosa e cara de pau, se familiariza muito rapidamente aonde quer que vá.


Mal chegamos e ela já desapareceu.


Talvez o erro esteja em mim, na auto pressão que possuo, e na forma como tento buscar empecilhos para todas as coisas que ameaçam me tirar da zona de conforto. Tenho total consciência de que preciso vencer isso.


Seguimos até a cozinha, e me assusto com a quantidade de bebidas em cima de um enorme balcão. Além disso, há pessoas realmente bebadas no ambiente e acredito que a festa tenha começado há pouco tempo.


Enquanto Dulce fala com todos, eu apenas dou sorrisos como cumprimento, tentando ao máximo ser simpática. Ao analisar grande partes das garotas que aqui estão, percebo que escolhi um look comportado até demais, visto que elas estão quase seminuas.
- Está tudo bem? - Dulce pergunta em meu ouvido.
- Sim, só é estranho estar aqui. - Respondo, enquanto sigo observando o ambiente. Meu olhar é atraído para duas garotas, que estão em um canto se agarrando de uma maneira bem inapropriada.
- Assustada com o que vê? - Ela pergunta.


Provavelmente está se esforçando para não rir da minha cara.


- Apenas com a escolha de local para um quase sexo.
- Festas geralmente são assim. Não se assuste. - Levanto as sobrancelhas e então sorrio.
- Não é que eu seja púdica, mas jamais faria algo assim sem possuir o mínimo de privacidade. Há pessoas filmando elas! Imagina ter um vídeo seu em um momento de intimidade sendo espalhado?
- Concordo com você, em partes. É certinha demais, Any.
- Isso é uma critica? - Questiono, olhando em seus expressivos olhos.
- É uma constatação. E um desafio...
- Desafio?
- Deveria ser menos certinha, aproveitar um pouco mais a vida, fazer coisas erradas.

Explica, trazendo o polegar em meus lábios. Instintivamente mordo meu lábio inferior. Dulce solta um som rouco enquanto me observa. - Você não faz ideia do quão sexy é, Anahí Portilla - sussurra. - Vem, vamos pegar uma bebida e ir aproveitar um pouco. 


...


Na parte de trás de casa há um enorme jardim. O local está bem mais vazio e, finalmente, consigo voltar a respirar.


Dulce caminha até uma mesa, em um local discreto. Ela se encosta nela e me puxa contra seu corpo. Mal tenho tempo de racicionar quando sua boca reivindica a minha em um beijo. Quando nossas linguas se encontram, não há delicadeza. Sou diretamente transportada para outro planeta; um em que só existe nós duas e toda a privacidade do mundo. Não consigo obter um raciocinio lógico. O beijo nubla todos os pensamentos e me leva a uma névoa de luxúria. Meu corpo está em chamas. E, conforme ela desliza as mãos por meu quadril e as leva até minha bunda, a excitação se intensifica. Seu aperto forte faz com que uma parte necessitada minha grude contra o seu quadril. A fricção deliciosa arranca de mim um gemido.


- Porra, garota! Não faça isso ou perderei a compostura. - Ela avisa com um tom de voz deliciosamente rouco, enquanto seus braços fortes me envolvem por completo.


- Acho que estamos nos excedendo.
- Não há ninguém aqui. Não permitiria te expor dessa maneira. Do que tem medo? Por que está sempre na defensiva?
- Tenho medo da maneira como você me faz sentir. - confesso, escondendo minha cabeça em seu pescoço.
- É a mesma maneira que você me faz sentir, Any. Não há por que se preocupar. Não quero senti-la tensa e com ressalvas em relação a mim. Estou com você, apenas com você. É a garota que eu quero mais do que já quis alguma coisa na vida. - Suas palavras quase fazem meu coração doer. Não estava preparada para recebê-las. Acabo de ser pega de surpresa e nem mesmo consigo responder.


Consigo beijá-la e é exatamente isso que faço. Começo com suavidade, tentando fazer com que as coisas sejam mais calmas, mas falho miseravelmente. Não há calmaria quando estou com essa garota, isso é curioso. Ela despertou uma versão minha que estava adormecida, e agora tudo em mim vive bastante acordado. Ao invés da calmaria, tudo agora é mais necessitado, mais intenso. Suas mãos vão descendo novamente, e não impeço que ela avance mais. Não satisfeita, ela me pega em seus braços e caminha decidida até um canto escuro. Sou colocada contra a parede e tenho minhas pernas envoltas em sua cintura. 

- Deus! Eu quero tanto você que chego a sentir dor - sussurra em meu ouvido. Seu hálito quente arrepia toda a minha pele.
- Eu a quero, mas não sei como fazer isso. Eu nunca...
- Faremos isso em algum momento. Não hoje, não aqui. Faremos isso quando você atingir o limite da excitação e implorar, Any. Eu farei com que implore e queira isso como nunca quis qualquer outra coisa na vida.


- E se você não aguentar esperar? - Questiono envergonhada.
- Eu aguentarei. Valerá à pena esperar, eu sinto isso. E, uma vez que isso acontecer, garantirei que ninguém toque você enquanto eu respirar.


Novamente ela roubou de mim a capacidade de falar.







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Autor(a): siempreportinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • tryciarg89 Postado em 08/08/2023 - 18:18:43

    Que fofa, ameiii

  • camila64 Postado em 16/05/2023 - 09:02:58

    Faz mais histórias

    • siempreportinon Postado em 23/05/2023 - 01:11:09

      Vou postar!

  • camila64 Postado em 16/05/2023 - 09:02:38

    Maravilhosa


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