Fanfic: Perigosas Lembranças | Tema: Amnésia
Letícia acordou às oito da manhã, mas ainda ficou um tempo deitada na cama, refletindo.
Dormir sozinha outra vez naquele quarto não foi ruim e nem teve pesadelos. A noite foi bem dormida, foi só ela trocar de roupa, cair na cama e apagou. Talvez em parte porque estivesse cansada com as andanças que fez com a mãe pelo shopping e também pelo esgotamento da festa do dia anterior, tanto físico como mental.
Mas as questões surgidas no evento lhe voltaram à mente ao despertar.
Por que Ricardo mentiu sobre sua relação com Patrícia? Eles ainda eram amantes? Ele a traía com outras mulheres? Ela descobriu e foi esse motivo que ocasionou ser atropelada?
A essas indagações, juntou-se outra sobre uma informação discutida no meio da conversa entre a tal Cristina e sua amiga, a qual não prestou atenção por estar concentrada sobre o que falavam de seu marido.
Andei escutando algumas coisas sobre a esposa dele e…
Imagine! Você acredita nisso?
O que essas mulheres quiseram dizer? Pelo que entendeu, seu nome estava na boca do povo. E se era assim, que tipo de conversa andavam falando a seu respeito?
Passou as mãos sobre o rosto.
Não, deviam ser meras maledicências. Não deveria se importar com uma fofoca entre duas mulheres – uma delas despeitada a seu respeito – que falaram mal do vestido de outra e sobre o desempenho sexual de um homem casado.
Voltou à sua dúvida principal: Ricardo era infiel?
Não conseguia imaginá-lo lhe traindo, pela maneira tão carinhosa e intensa que demonstrava seus sentimentos. Na noite anterior então nem se falava! Havia nos olhos dele tanta ternura e paixão e, ao mesmo tempo, uma angústia, quase um desespero como se temesse perdê-la.
Sem contar a cena que fez por vê-la conversar com o tal Armando, ou melhor, pelo sujeito abordá-la com impertinência. Na hora foi desagradável, mas analisando bem, foi bom por um lado para constatar que o marido era ciumento. E que ciúmes!
Contudo, as demonstrações de amor dele eram postas em dúvida pelo que a tal Cristina falou (e lá estava se preocupando novamente com a opinião de uma recalcada), a atitude insolente de Patrícia e a própria mentira de seu esposo, além do mistério que fazia sobre o passado deles.
Se bem que uma coisa não excluía outra. Homens separavam amor de sexo, pelo menos a maioria. O fato de Ricardo amá-la e ter ciúmes não significava que fosse fiel. Talvez aquele ar de culpa, a tristeza que via em seu semblante e o medo de que o deixasse evidenciassem um arrependimento sincero por suas traições antes de ela se acidentar.
Droga! Ficar ali deitada com suposições que não poderia confirmar para si mesma não lhe ajudaria em nada, tinha que tirar a limpo com seus pais.
Levantou de uma vez e arrumou-se. Escolheu um conjunto azul de saia e blusa para vestir. Soltou os cabelos, maquiou-se o essencial, colocou umas gotas de uma colônia suave e saiu do quarto.
Sabia que teria que encontrar Ricardo logo pela manhã. Apesar de desfeito o clima antagônico da noite anterior, não estava segura em encará-lo. Queria e, ao mesmo tempo, não queria vê-lo, pois temia se trair e revelar suas dúvidas, tudo o que não precisava demonstrar.
Além disso, havia o beijo. Seu estômago fervilhou. Foi apenas um beijo de rosto e de despedida, mas ainda assim estava um pouco tímida com o que havia feito por sua própria iniciativa.
Suspirou para se acalmar. Foi apenas um beijo no rosto. Para quem praticamente demonstrou que queria ser beijada na noite anterior, não deveria ter tal pudor.
Sorriu e tremeu por dentro ao se lembrar da dança com Ricardo: o contato com seu corpo, os braços dele rodeando sua cintura, o sussurro da voz cantando para ela. E o beijo que esteve a ponto de acontecer.
Até a chegada de Patrícia Andrade.
Bufou frustrada mais uma vez e desceu as escadas. Chegou na sala de jantar e como esperava, Ricardo estava lá de pé diante da janela. Virou-se ante sua chegada com um sorriso largo. Letícia precisou se dominar ao ver como estava vestido: uma camisa branca de mangas curtas, um short da mesma cor; tênis e meias idem. Pareciam roupas de quem praticava tênis.
Além de reparar em seus braços fortes, Letícia vislumbrava suas pernas musculosas. Ferveu por dentro.
Ah, meu Deus! Ele é mesmo lindo, gostoso e sexy!
- Bom dia – disse ele
- Er... ah... bom dia – Letícia demorou cinco segundos para responder e, mesmo assim, gaguejou. Foi como acordar de um transe.
Uma expressão maliciosa se formou no rosto de Ricardo. Droga! Quase fechou os olhos de vergonha. Como pôde dar mais uma má nota? Procurou se dominar.
- Como foi sua noite? – perguntou ele enquanto puxava a cadeira para ela se sentar.
- Foi ótima. – respondeu com naturalidade – Consegui dormir bem e não tive nenhum pesadelo.
- Fico feliz por um lado, mas por outro lamento – ele se sentou na outra cadeira. Ela o fitou com ar interrogativo – Teria adorado passar mais uma noite velando seu sono.
Letícia engoliu em seco e apenas lhe dirigiu um sorriso nervoso enquanto encarava aqueles olhos penetrantes. O calor aumentou e até suas mãos suaram.
Uma empregada se aproximou para servi-los. Letícia aproveitou para desviar os olhos e eles pousaram sobre uma raquete em cima da mesa, no canto ao lado de Ricardo.
- Você... joga tênis? – indagou após ficarem a sós e enquanto passava geleia numa torrada. Pela vestimenta dele, era evidente, mas queria puxar assunto
- Sim, é o meu esporte favorito. – respondeu antes de sorver um suco de laranja
- Pensei que fosse golfe.
- Eu gosto muito também, mas prefiro tênis. É mais dinâmico... e interativo.
- Você vai sair para jogar?
- Sim, um amigo me chamou, vamos a um clube aqui perto. Outro dia eu te levo lá.
- Era essa a programação que você tinha planejado para nós hoje? – encarou-o com expressão culpada
- Não, era em outro lugar.
- Desculpe mais uma vez por ter te deixado na mão, eu...
- Tudo bem, não se preocupe, vamos outro dia. Não faltará oportunidade – suspirou – E pensando bem, você ainda está na fase inicial de sua recuperação. Tem que ter contato com outras pessoas de seu convívio além de mim, principalmente seus pais.
- Então... não está zangado?
- Não posso estar zangado com a mulher mais maravilhosa do mundo.
Letícia quase suspirou, mas se conteve a tempo. Aquele homem queria enlouquecê-la com certeza. Seduzi-la até que ela não conseguisse se negar a ele. Mais um motivo para esclarecer suas dúvidas antes que caísse em seus braços.
- Er... o Pedro pode me levar? – indagou após uma curta pausa
- Se quiser, eu mesmo posso.
- Não, eu... não quero te atrapalhar. Você mesmo disse que o clube fica perto daqui.
- De modo nenhum, Letícia, não se preocupe... não me custará nada.
- Não, eu... prefiro ir com ele – viu a fisionomia de Ricardo se desvanecer – Eu... quer dizer... não é que eu não queira sua companhia, mas...
- Tudo bem. Eu entendo – emulou um sorriso resignado – Espaço. Não te pressionar. Desculpe, às vezes me esqueço dos seus limites que prometi respeitar.
- Não quero que pense mal de mim, que não me importo com o que... o que você sente – engoliu em seco – Eu... apenas preciso refletir em toda essa situação.
- Não tem que se explicar. Eu entendo... de verdade. E quero que se sinta livre e à vontade.
O sorriso que esboçava era tão charmoso que Letícia desejou mandar sua resolução para o inferno e ir com ele aonde lhe propusesse. E fazer o que ele quisesse. Permaneceu quieta e apenas assentiu.
Permaneceram em silêncio o resto do café, mas Letícia estava ciente dos olhares ardentes de seu marido, da sua presença marcante, do som de sua respiração que ela descobriu adorar escutar, da tensão sexual palpável entre eles.
Em dado momento, seus dedos se tocaram acidentalmente quando ambos foram pegar em umas rosquinhas. Letícia sentiu como se um choque elétrico a percorresse e arriscou a encarar seu marido. Viu a tensão no rosto dele, o desejo premente em seus olhos. Ao invés de se ruborizar como das outras vezes, ela se deixou prender por seu olhar e entreabriu os lábios. Se Ricardo não avançasse nela, talvez seria ela quem seria capaz de saltar sobre ele, deixando a vergonha e o pudor de lado.
Felizmente – ou infelizmente –, Glória apareceu no cômodo trazendo o telefone para seu patrão.
Letícia soltou todo o ar que inconscientemente havia prendido.
Nossa Senhora do Amparo! Nunca um café lhe pareceu tão torturante como aquele!
- É o Senhor Mário – anunciou ela
- Obrigado, Glória – ele tomou o aparelho – Por favor, peça ao Pedro que apronte o carro. Ele vai levar Letícia à casa dos pais dela.
- Sim, senhor. Com licença. – ela saiu fazendo um leve aceno de cabeça para ambos
- Você me dá licença? – disse Ricardo para ela com ar de desculpas – É uma ligação importante de negócios que eu estava aguardando.
- Claro – respondeu ela – Fique à vontade.
Ele se levantou e se aproximou da janela enquanto conversava em voz baixa algo referente a negócios. Letícia permaneceu sentada, mas, de vez em quando, fragmentos da conversa chegavam até ela. Não estava interessada no assunto, mas lhe agradava escutar o som da voz de Ricardo, o tom firme e confiante que imperava em suas palavras. Quanto mais notava essas nuances do marido, mais atraída ficava. E mais difícil de lhe resistir também.
Após alguns minutos, Ricardo desligou o celular.
- Desculpe, tive que atender – ele se sentou de novo e colocou o aparelho de lado.
- Não, tudo bem – ela lhe sorriu – Não te dão folga nem nos domingos?
- Comandar uma grande rede de negócios dá nisso – sorriu e fitou-a do mesmo modo antes da interrupção
Dessa vez, porém, Letícia desviou os olhos e focou-os na salada de frutas que degustava. Após terminarem o café, Ricardo sugeriu:
- Vamos esperar o Pedro lá na sala? Ele está demorando um pouco, mas deve ser porque costuma lavar o carro aos domingos.
Letícia concordou e levantou-se, porém, antes que desse um passo, Ricardo a segurou pelo braço.
- Espere só um momento – ele olhava atento para seu rosto, mais especificamente para sua boca. Letícia engoliu em seco – É que tem um pedacinho de fruta no seu rosto.
- Onde? - ergueu a mão para ela mesmo tirar, mas Ricardo se antecipou
- Aqui – disse ele numa voz rouca e encostou os dedos delicadamente perto dos lábios dela. Fitou-a com um olhar lascivo. Uma corrente elétrica a percorreu. - Um pedaço de maçã.
Ela arregalou os olhos quando ele levou o pedacinho para a boca, engoliu-o ainda a fitando com desejo e fechou os olhos como se degustasse o manjar dos deuses.
- Ah… Delícia. - até um suspiro ele soltou
Quando Letícia viu, já estava fazendo, foi como se seu corpo assumisse o controle antes que pudesse se impedir. Agarrou o rosto de Ricardo de uma vez e encostou os lábios nos dele. Sentiu o seu gosto bom, mas foi coisa de dois ou três segundos. Ao se dar conta do que fazia, afastou-se de imediato.
- Des… desculpe, Ricardo... desculpe – ela abaixou o rosto e cobriu-o com as mãos sem querer vislumbrar a reação dele. A vergonha tomava conta dela – Eu não sei o que deu em mim. Eu…
Não disse mais nada porque Ricardo retirou as mãos de seu rosto, ergueu seu queixo e fê-la vislumbrar seus olhos, intensos e ternos. Ela não opôs resistência e, menos ainda, quando ele aproximou o rosto e colou sua boca na dela. Instintivamente, fechou os olhos. Letícia suspirou e escutou ele também suspirar.
Lentamente, Ricardo deslizou os lábios sobre os dela, quase sem encostar, como se fizesse uma carícia. Esse simples beijo bastou para vibrar cada parte do corpo de Letícia. Suspirava sem parar. E era maravilhoso escutar a respiração ruidosa dele enquanto a beijava daquela forma. Seu cavanhaque roçava levemente sobre seu rosto, mas não lhe causava incômodo, ao contrário, provocava-lhe arrepios.
Os braços dela pendiam ao longo do corpo, mas sentia uma necessidade de tocá-lo, de estreitar mais os corpos. Como se lesse seu pensamento, a mão de Ricardo que não segurava seu queixo deslizou por sua cintura e puxou-a suavemente para ele. Ela arfou e levou os braços no peito do marido sobre o tecido da camisa. Sentiu-o tremer e até suspirar mais forte.
A mão de Ricardo que segurava seu queixo, foi para a nuca. Ele começou a aprofundar o beijo aos poucos, dando pequenas mordidinhas em seus lábios com os dele no princípio e, depois, escorregou a língua dentro de sua boca. Letícia deixou escapar um gemido baixo e involuntário.
Deus, estava fervendo! Como um homem podia lhe provocar aquilo com apenas um beijo? E estavam apenas no começo.
A língua de Ricardo percorreu os cantos de sua boca e depois buscou a dela, enroscando-a numa dança luxuriosa. Embora não se lembrasse de seus beijos com o marido, ela soube como acompanhar os movimentos da língua dele e depois, ela própria também conduzia a língua dentro da boca dele. Sentiu o sabor do café que haviam tomado, mas não se importou. O gosto de Ricardo era tão bom!
Ela ousou deslizar as mãos do peito para os braços nus e fortes, o que lhe segurava a nuca e o da cintura, queria sentir a textura deles. Ricardo emitiu um gemido baixo como se aprovasse o que ela fazia e desceu a outra mão para sua cintura. Letícia o enlaçou pelo pescoço com os dois braços, a necessidade premente de diminuir mais ainda o espaço entre eles. Ricardo não a decepcionou e aproximou mais os corpos, estreitando-a em seus braços.
O beijo se aprofundou mais e foi ficando mais ardente, os movimentos de suas línguas mais frenéticos, as respirações mais ruidosas. Separavam as bocas o mínimo para tragarem o ar.
O coração de Letícia disparava, a temperatura de seu corpo se elevava. Não sabia quanto tempo estavam ali se beijando e nem se importava. Tudo que não comportava o espaço de seu corpo com Ricardo e o momento que viviam não existia mais para ela. O compromisso com os pais estava até esquecido. Se pudesse ficava assim para sempre.
Cedo demais para seu gosto, escutou a voz do motorista que entrava:
- Dona Letícia, o carro já… Ah, perdão – disse envergonhado
Foi como despertar de um transe. Interromperam bruscamente o beijo. Ricardo olhou uns segundos para ela, a respiração ofegante como a sua, antes de se virar aborrecido para o motorista e indagar-lhe num tom impaciente:
- O que você deseja, Pedro? - apenas seu rosto se virou, ele continuava parado a segurando nos braços na mesma posição
- Desculpe, senhor… é só para avisar que o carro está à disposição da patroa.
- Obrigado. Pode aguardar que ela já vai.
- Sim, com licença.
Assim que saiu, Ricardo e ela ficaram se contemplando em silêncio. O coração batia em ritmo acelerado, estava atordoada e afogueada ainda sob o efeito do beijo e não sabia o que lhe dizer. Os olhos do marido pareciam desnudar suas emoções e até seus mais íntimos pensamentos. Letícia engoliu em seco. Estava trêmula
- Eu… - começou ela
- Shhh – disse ele com voz rouca, terna e suave, levando os dedos aos seus lábios para silenciá-la. O olhar era amoroso e cheio de calor, o sorriso largo – Não diga nada, Letícia. Deixe assim. Quando você chegar da casa dos seus pais e eu do clube, conversamos. Está bem? - ela assentiu com a boca trêmula -Vamos, eu te acompanho até o carro.
Ele tirou um braço de sua cintura e com o outro a conduziu vagarosamente até a porta da sala. Caminhavam sem trocar palavra, mas o silêncio comunicava muito mais sobre o que havia acabado de acontecer.
Letícia tremia por dentro e fora, a eletricidade e o calor lhe percorriam pelo contato de Ricardo em sua cintura, mal conseguia enxergar o trajeto à frente. A tensão sexual emanava dele também.
Quando chegaram na sala, teve vontade de desistir do compromisso com os pais, virar-se para ele e deixar que a beijasse à vontade, mas se conteve. Não podia fraquejar enquanto não esclarecesse suas dúvidas.
Ricardo a soltou para abrir a porta, deixou-a passar e saiu junto com ela. Lá fora, já estava Pedro com seu uniforme e a limusine. Era um homem negro, de seus cinquenta anos, mas que aparentava menos idade.
Letícia fez menção de se aproximar, mas Ricardo a segurou pela cintura novamente. Estremeceu, mas não se virou para encará-lo, temendo não resistir e beijá-lo como havia feito na sala de jantar.
- Nos vemos mais tarde – ele sussurrou em seu ouvido num tom sensual e fazendo soar como uma promessa. Tocou no rosto dela com uma mão e virou-o para encará-lo. Ela engoliu em seco, achou que fosse beijá-la na boca outra vez, mas ele se limitou a lhe dar um beijo na face, próximo aos lábios. Mesmo assim, ela fechou os olhos e arfou. Quando os abriu, deparou-se com o olhar penetrante do marido e um sorriso torto e presunçoso – Tenha um bom dia.
Ela apenas assentiu. Ricardo a soltou e ela caminhou a passos rápidos até o carro. Pedro lhe abriu a porta, a expressão era neutra.
Assim que Letícia entrou, respirou normal. Olhou para fora do vidro da janela e Ricardo ainda estava parado a observando. Ela desviou os olhos, embora soubesse que do lado de fora, não se podia enxergar o interior da limusine
Apenas quando o veículo partiu é que Letícia se permitiu pensar. A mente ainda processava o que havia acontecido.
Ricardo e ela se beijaram. Ou melhor, ela quem o agarrou e beijou primeiro, ele apenas retomou o beijo que ela interrompeu.
Deus, que vergonha! E que maravilha!
Colocou a mão nos lábios, rememorando o gosto, o calor e a textura da boca do marido. O perfume de sua loção pós barba impregnado nela. O contato com seus braços fortes e musculosos, com o peito másculo e firme. O toque de suas mãos, a sua pegada. Nossa!
A vadia da tal Cristina tinha razão. Ricardo tinha uma pegada! Ao se lembrar da mulher, afastou o pensamento inoportuno e apenas se focou na lembrança do beijo e nas sensações provocadas que ainda repercutiam em seu corpo.
Se o beijo de Ricardo era daquele jeito e capaz de lhe provocar todas essas maravilhosas sensações, imagine o resto!
Sorria. Finalmente, havia sido beijada por ele.
E agora? O sorriso se desvaneceu. Se confirmasse de alguma forma na conversa com os pais suas suspeitas sobre a infidelidade do marido, seria bem mais difícil resistir a ele.
Fechou os olhos. Não queria pensar em demasia na questão, apenas quando chegasse na casa dos pais. Agora queria continuar rememorando o beijo, não importava o que fosse acontecer dali para frente.
Autor(a): jord73
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A residência dos Velmont se localizava no bairro Ipiranga, a pouca distância do Parque da Independência. Era magnífica, mas menor em tamanho, estrutura e terreno do que a que vivia com Ricardo. Mesmo assim, ao se deparar com a habitação, Letícia experimentou uma sensação familiar e saudosista. Seus pais a es ...
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