Fanfics Brasil - Prólogo Almas Trigêmeas

Fanfic: Almas Trigêmeas | Tema: Supernatural (Irmãos Winchester)


Capítulo: Prólogo

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Era uma bela tarde de domingo. O sol brilhava alto, mas o dia estava frio como costumava ser em grande parte do ano naquele lugar. A família se encontrava reunida na sala.


O pai vestia uma camisa polo azul claro, bermuda de linho até os joelhos e os pés estavam descalços sobre o tapete persa. Era um homem bonito, embora com um princípio de barriga. Uma cabeleireira de cachos louros emoldurava sua cabeça inclinada sobre o recosto da poltrona enquanto a esposa lhe fazia uma massagem nos ombros tensos. Os olhos verdes estavam fechados para saborear o contato das mãos da mulher.


A mãe era alta, magérrima e muito linda, pele negra, cabelos crespos até os ombros, olhos negros, boca pequena e carnuda num rosto fino de proporções harmoniosas. Usava um conjunto simples e elegante de uma blusa sem mangas e uma saia, ambas verde-claro. Mantinha-se de pé atrás da poltrona em que se sentava o marido e com um sorriso revelava a felicidade por aquele simples ato de conforto a seu homem.


O irmão estava com a atenção voltada para a TV enquanto manejava o controle do vídeo game de última geração. Na tela, aparecia o Super Mário ao lado do seu irmão Luigi vencendo todos os obstáculos e inimigos pela frente. Thomas tinha a pele escura num tom pouco mais claro do que o da mãe. O cabelo era baixinho e crespo e os olhos eram como os do pai. Estava de short preto, camiseta branca e tênis.


Tom disse alguma coisa que Victoria não conseguiu entender, porém, percebeu que ficou aborrecido com ela por algo do qual não se lembrava. A menina – um retrato em miniatura da mãe, exceto pela cor dos olhos e pelo tom de pele mais claro – estava distraída e paralisada vendo todo aquele cenário. Era como se fizesse parte de uma cena de filme;  todavia, apenas observava o desenrolar sem tomar parte ativa.


Era como se soubesse como terminaria a cena, porém, não se lembrava como. Apenas pressentia que não acabaria bem. Tentou dizer para o irmão, mas a voz não saía como se houvesse um bolo na garganta. Tentou chamar a atenção dos pais, contudo, eles estavam entretidos um com o outro; o pai acabava de puxar a mãe para o colo e os dois riam.


De repente, um ruído ensurdecedor ecoou e Victoria sentiu uma dor aguda nos ouvidos. Gritava, porém, não escutava a própria voz. Ninguém parecia escutar nada: o irmão continuava no jogo e os pais rindo abraçados. Nisso, as janelas se espatifaram, a casa começou a tremer e uma luz muito forte explodiu.


 


O grito de Victoria saiu. Havia se levantado sobre a cama e estava ensopada de suor. Com alívio, percebeu que tudo foi apenas um pesadelo. Bom, não exatamente. A respiração acelerada se normalizava assim como os batimentos cardíacos.


Afastou um pouco a coberta, recostou as costas na cabeceira e observou o quarto ao seu redor: um espaço pequeno, sem uma decoração específica, a parede meio desbotada; de móveis, apenas uma cômoda, uma cadeira e a cama. Ao lado, um pouco acima, a janela. Onde mesmo que estava? Ah, sim! Num dos dois quartos de hóspedes da casa de Bobby. Esperava que ele não houvesse acordado com seu grito e fosse até lá para ver como ela estava. Não era bom que ele se esforçasse no estado em que se encontrava. Ah, se lhe dissesse isso, o homem lhe desfiaria um rosário de impropérios!


Era difícil acreditar que um sujeito tão ativo como seu tio pudesse ter parado numa cadeira de rodas. Por culpa dos Winchesters. Tratou de afastar o pensamento. Bobby lhe daria bronca se soubesse que tal pensamento ainda lhe rondava a mente; afinal, os irmãos Winchesters eram os queridinhos dele. Não, ela também o era.


Contudo, sentia ciúmes deles por dividirem seu afeto com o velho Singer. Engraçado que nunca os encontrou uma única vez, fosse na casa de Bobby, fosse no bar das Harvelles; tampouco sabia como eram suas fisionomias. Na verdade, sentia uma estranha inquietação, uma ansiedade, sempre que o tio se referia aos dois. Tanto que não fez a menor questão de ver as poucas fotografias que Bobby possuía deles, fossem as mais recentes ou as antigas.


Por fim, conheceria a ambos. Ou melhor, trabalharia com eles por um tempo. E não estava nem um pouco ansiosa para nenhuma das opções.


E a ansiedade… a inquietação aceleraram as batidas do seu coração.


Meu Deus! Por que sentir isso? Eram só dois homens! Nada incomuns pelo que se contava. Mas eram humanos. Dois estranhos. Não significavam e nem significariam nada para ela. 



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Autor(a): jord73

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