Fanfics Brasil - PRIMEIRA PARTE Continuação 2023 O Ano da Guerra Civil

Fanfic: 2023 O Ano da Guerra Civil | Tema: Política, Atualidades, Conspirações, Esquemas, Corrupção


Capítulo: PRIMEIRA PARTE Continuação

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O décimo vídeo de Jairo Bosco já havia sido editado e estava sendo publicado pela sua equipe que trabalhava a todo vapor. Os demais vídeos já postados estavam entre os mais assistidos na internet. O nome do polêmico parlamentar já figurava entre a lista dos presidenciáveis, porém, após suas últimas declarações sobre o comportamento da imprensa e seus atos se acaso viesse ser eleito presidente, fazendo acabar as milhares de concessões que grupos de emissoras de TV tinham no governo federal. Isso, em nada agradou os grandes empresários de redes de televisão por todo o país, causando uma reação por parte da imprensa que passou a ridicularizar as declarações do parlamentar nos noticiários numa clara tentativa de diminuir suas chances eleitoreiras. No entanto, contrariando as expectativas de grupos que cada vez mais se uniam contra a candidatura controversa de Jairo Bosco, o parlamentar só crescia sua simpatia diante do público, principalmente entre os internautas. Vários vídeos sarcásticos surgiam nas mídias sociais mostrando Jairo vencendo os políticos corruptos e os colocando pra correr, entre outras situações engraçadas, mas que viralizava entre a grande massa.


Até que chegou o período de campanha e então surgiram os candidatos de sempre para expor suas mesmas ideias num debate simplório e entediante. Estavam presentes o candidato do Partido dos Vermelhos, Nicácio Calamar Varas com sua proposta socialista para o país a qual já vinha sendo implantada nos últimos 20 anos de governo. Havia o banqueiro engomado representando o famoso e antigo Partido dos Democratas pregando que somente ele poderia salvar a economia do país e dar emprego ao povo. Havia a candidata ecologicamente correta do Partido Ambientalista alertando sobre as consequências de atitudes irresponsáveis com relação ao meio ambiente e pregando que o seu governo será pautado na sustentabilidade. Manteve novamente sua candidatura como em todos os anos eleitorais, apesar dos pífios resultados nas urnas, o candidato religioso do Partido da Crença usando de uma forma de pregação em seus discursos sempre levantando a bíblia para o alto. E surgindo como uma novidade, brotou Jairo Bosco do Partido dos Liberais mantendo em rede nacional seus posicionamentos ríspidos e polêmicos. Jairo com sua postura bruta e sem medo de usar palavras duras para tratar de assuntos antes sido considerados delicados para discutir em público, falava de maneira como se estivesse conversando com amigos em uma prosa de bar.


Aquele trejeito singular e caipiresco causou indignação entre os demais presidenciáveis que já tinham avistado aquele político antes em alguma ocasião pelo parlamento, todavia, não tinham observado seu modo de agir e falar, o que logo consideraram patético e desonroso para sentar na principal cadeira do país. Os outros políticos não conseguiam disfarçar seu desdém e menosprezo pelo adversário que quase soltava palavrões no final de cada frase e que parecia não conhecer muito das soluções políticas em muitos assuntos concernentes a condução do governo, entretanto, sempre enfatizava que iria enxugar a máquina pública e colocar gente competente para gerir os ministérios. Sempre que era confrontado com uma pergunta técnica sobre gestão ou algum assunto do tipo, Jairo colocava seu interlocutor na parede relatando todo o histórico político do interpelante sobre o tema durante os anos em que possuíram algum cargo público e não resolveram o assunto, ou quando tinham a oportunidade de aprovar uma lei que resolveria a tal matéria em questão, no entanto, ou votaram contra ou se abstinham de votar e pôr fim ao problema. Com isso, ao invés de ficar desconcertado ou desnorteado com as perguntas, o candidato Bosco conseguia deixar seus adversários sem palavras e totalmente apáticos, uns se recusavam a comentar sobre casos e escândalos passados, enquanto outros se aborreciam e esbravejando, falavam que Jairo Bosco mentia. Enquanto, os políticos de longas datas se exasperavam e depreciavam o desajeitado novato na disputa presidencial, Jairo era o nome mais pesquisado nos sites de buscas na internet. Todos queriam saber mais sobre o candidato diferente, e assim, Jairo Bosco sendo alavancado pelo público que já o seguia caía no gosto do povo.


No final, a ideia tímida e cética do jovem estudante Carl Bosco se tornava realidade então e seu pai, atropelando todos os paradigmas enumerados por Ed anteriormente, vencia as eleições para presidente do país sob o protesto dos grandes e antigos políticos que sempre se alternavam na mais importante cadeira da nação. As mudanças realizadas no poder executivo foram drásticas e o recém eleito presidente cumpria assustadoramente tudo que havia prometido durante a campanha para a crescente frustração de muitos parlamentares que sempre tiveram benefícios por parte do gabinete presidencial. Em buscas destes mesmos benefícios e favores, parlamentares que foram também recém eleitos fazendo campanha ao lado e em apoio a Jairo Bosco, agora com a falta destes cargos e benesses, viraram as costas para o chefe de Estado acusando-o de traição e promovendo uma forte oposição a ele.


Jairo Bosco desfez inúmeros contratos milionários com as emissoras de TV por todo país e demitiu milhares de assessores que recebiam altos salários, porém não tinham suas funções definidas, ou mesmo não se sabia onde se ocupavam, mas que seus repasses financeiros eram fielmente depositados e sacados por eles. Descobriu-se que o governo federal gastava altas somas de dinheiro com aluguéis de imóveis e até hangar para aviões que nem sequer existiam. Uma força tarefa foi designada para identificar todos os gastos supérfluos da União e descobrir fraudes e superfaturamento nos contratos, o que foi feito e revelado um novo escândalo de desvio de verbas públicas. O enxugamento da máquina foi tão grande que em poucos meses, o saldo dos cofres públicos saiu do vermelho para um número consideravelmente positivo, então, o presidente Jairo Bosco pôde realizar um admirável aumento no benefício federal que era destinado às famílias carentes.


- O dinheiro público que antes era desviado para o bolso de poucos corruptos, agora chega na mesa dos brezilenses mais necessitados! Discursava com pompa o líder do Partido dos Liberais.


A equipe de engenheiros que se instalou no ministério da infraestrutura fez o levantamento das obras paradas por todo o território nacional e sem cerimônia iniciou-se o processo de retomada desses projetos. Pontes abandonadas foram concluídas, milhares de quilômetros de estrada foram asfaltados e estreou-se um audacioso projeto ferroviário no intuito de encurtar as enormes distâncias que os grandes produtores enfrentavam para chegar aos portos marítimos para poder escoar a produção de toda a sorte de produtos. Cada trem possuiria, além dos seus vagões de passageiros e de transporte de cargas, também vagões frigoríficos para o transporte de produtos frios e incluindo um vagão ambulatório o qual servia tanto para socorrer quem viesse a precisar de cuidados médicos durante a viagem como para transportar pacientes de um hospital para outro. Este vagão ambulatório era equipado com tudo aquilo que uma ambulância possuía, incluindo os paramédicos e enfermeiros. O paciente que necessitava ser transferido de um hospital de pequeno porte para um hospital de maior complexidade somente precisava da autorização do diretor do centro hospitalar e ainda tinha direito de levar um acompanhante consigo na viagem de trem. O ousado projeto sobre trilhos teria como foco maior dentre todo o território nacional, a ligação entre os distantes municípios da Região Norte, criando um anel ferroviário que fortaleceria a produção regional diversificando a oferta de produtos nos mercados das cidades e também barateando o preço final para o consumidor. Os caminhoneiros, com medo de perder espaço, e influenciados pelo partido opositor, ameaçaram fazer greve e manifestações por todo o país, porém, o governo apresentou o novo programa de trabalho para esta categoria, no qual, seus fretes teriam seus trajetos encurtados, mas haveria um aumento de demanda para as logísticas das estações de trem para as demais cidades menores, diminuindo o tempo de viagem destes profissionais e reduzindo a presença de veículos pesados nas autoestradas, com isso, o número de acidentes envolvendo caminhões reduziu drasticamente, sem falar dos gastos com a manutenção destas rodovias que teve considerável diminuição. Com o aumento da malha ferroviária, o turismo na região cresceu muitíssimo e as viagens de passageiros pode oferecer a oportunidade do morador do interior em visitar sua própria capital.


O maior desafio se encontrava nos ministérios da Saúde e da Educação. Na Educação, o novo governo encontrou uma grande resistência por parte do sindicato da categoria que sempre conduzia as negociações com o governo, a patronal e os docentes. Jairo Bosco sinalizou de imediato que não daria dinheiro público para líderes de sindicato que achavam que tinham de ganhar mais que qualquer trabalhador da categoria sem nenhum trabalho ou contribuição para a carga escolar que os professores tinham que cumprir. O ministério cortou verbas para pesquisas que foram consideradas sem nenhuma necessidade e estas mesmas verbas foram redirecionadas para o ensino básico. Com isso, reitores de universidades incentivaram seus alunos a fazerem manifestações em várias cidades por todo o país. O ministro em posse da pasta avisava que as mudanças deveriam ser drásticas para desfazer os anos de alienação do modelo educacional implantado pelo governo anterior, o qual modificou por completo o conteúdo de todos os livros didáticos apagando do quadro curricular disciplinas que pregavam os estudos da moral e do civismo, matérias que explanavam sobre a organização social e política do país, entre outras disciplinas.


O ministro da educação enfatizava que para se ter uma verdadeira alavancada na qualidade do ensino no Brezil era necessário fazer uma mudança incisiva no Plano Nacional de Educação. Investir pesadamente na instalação de escolas cívico militares na educação de ensino fundamental, pois ele vislumbrava que com a implementação do regime militar baseado na pontualidade nos horários, organização das tarefas, transmissão da responsabilidade e o respeito para com o corpo docente e seus colegas levaria uma prole que hoje poderia estar com 5 ou 7 anos ingressando na escola, há um período de 10 anos, ser uma nova e promissora geração presente no mercado de trabalho e atuante no cenário político do país. Destarte, as mudanças que o ministro enfatizava fazer no ensino médio era apenas introduzir as disciplinas de noções básicas de direito, como direito constitucional, direito administrativo, direito penal e direitos humanos. Ele ressaltava que a inclusão dessas matérias deveria ser ainda com o nível de noções básicas para não sobrecarregar os alunos deste período como se exige em um curso de formação acadêmica em Direito, principalmente, o alunado tão sofrido da escola pública. Ele ainda salientava que a introdução do conhecimento das áreas do direito prepararia o aluno para o mercado de trabalho e, por conseguinte, a disputar uma das vagas ofertadas em concursos públicos onde essas disciplinas são comumente cobradas em todas os certames de nível médio e superior. Hoje o que acontece é que o aluno só se dá conta que tem que estudar estas disciplinas do Direito quando ele se inscreve em um concurso público e lê o conteúdo programático que o edital exige, então, o candidato necessita dispensar valores para estudar em um modelo intensivo em algum cursinho particular de sua cidade, e para aqueles que não dispõem de um valor sobrando no orçamento, estuda em casa mesmo ou nem sequer consegue estudar.


No sistema de saúde, por sua vez, o grande obstáculo estava na fiscalização dos repasses de verbas federais para estados e municípios gerirem seus próprios aparelhos públicos já que a lei maior do país enfatizava que era o setor da saúde era de responsabilidade destes entes federais cabendo à União apenas enviar a verba. Sendo assim, a possibilidade de desvios do dinheiro público era de maior probabilidade já que os vários estados e os diversos municípios eram geridos por diferentes pessoas com diferentes interesses pessoais. Contudo, o que se constatava era que o aparelho público do sistema de saúde em grande parte destes entes estava sucateado. Os disparates eram desde o abandono de ambulâncias enviadas pelo governo federal, as quais ficavam paradas por falta da contratação de motoristas e equipe técnica, até os comuns superfaturamento dos contratos tantos de compra de produtos hospitalares a aluguéis de imóveis. Para enfrentar este cenário, o ministro da saúde se juntou ao ministério público e os Federais para visitar de surpresa estados e municípios no intuito de fiscalizar o emprego das verbas federais, causando assim, um grande terror nos secretários de saúde estaduais e municipais, os quais temiam a visita do ministro que sempre acabava com a abertura de um inquérito ou até mesmo terminava em algumas prisões.


Cada dia que se passava e quanto mais o presidente Jairo Bosco escavava todos os setores do governo, mais ele descobria manobras de desvio de dinheiro público. Escondidas e bem engendradas fazendo sangrar os recursos do Tesouro Nacional. E de imediato, o presidente escancarava todos os pormenores para a imprensa e entregava sem piedades seus responsáveis à justiça. As operações da polícia no combate ao crime organizado foram intensas, buscas foram feitas, prisões efetuadas, quadrilhas desmanteladas, drogas apreendidas e incineradas, contrabando interceptado, carros de luxo, embarcações e aeronaves apreendidos que passaram a integrar o aparelho das forças policiais baseado em um novo decreto assinado por Bosco. E neste novo decreto, mansões de criminosos também foram convertidas para a posse do poder público, estas em bases policiais ou postos avançados de saúde.


Com toda essa caça do governo de Jairo Bosco a tudo que era criminoso e incorreto, não demorou muito para que todos aqueles que se beneficiavam de alguma maneira com o antigo sistema corrompido instalado no país durante muitos anos, fizessem contato um com o outro e numa conversa uníssona, reclamassem das dificuldades que agora se tinha para empreitar no mundo do crime e da corrupção. De pequenos criminosos a grandes traficantes, de agentes públicos que enriqueceram a base do descaminho e prevaricação a jornalistas que ganhavam a vida vendendo matéria ou extorquindo pessoas, de simples estelionatários a assaltantes de bancos, de homicidas a grupos de milícia, de pedófilos a agenciadores de prostituição, de médicos charlatães a policiais corruptos, de advogados de porta de cadeia a juízes que vendiam suas sentenças. Todos chegaram em um denominador comum:


- Precisamos tirar Jairo Bosco da presidência do Brezil!                       CONTINUA...



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Autor(a): Mauro Celso

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • Mauro Celso Postado em 30/08/2023 - 14:23:31

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