Fanfics Brasil - Capítulo 11 Serei sempre sua [Finalizada]

Fanfic: Serei sempre sua [Finalizada] | Tema: Vondy (adaptada)


Capítulo: Capítulo 11

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Ele ainda nem corre. Parece que tem uma lista de espera e, mesmo assim, você ainda


continua atrás dos carros testados, que têm esse direito, porque são o que o público quer ver.


Odiava perguntar isso, mas acabei falando de qualquer jeito.


– Como o Babaca está se saindo lá? – Por que eu precisava saber disso?


– Christopher? Ele é um dos que não precisam esperar. Ele pode correr quando quiser. De acordo


com o Tristan, ele costuma estar lá nas noites de sexta ou sábado, mas nunca nas duas.


– Você está passando tempo suficiente com o Tristan? – Percebi uma mudança de tom e


comportamento quando mencionei ele.


Ela deu de ombros.


– Me sinto mal porque devia me interessar pelos hobbies dele, né? É que se ele não vai


correr, me sinto como um papel de parede do lado dele. Não conheço muita gente e não


entendo nada de carros.


– Quem sabe se você fosse só de vez em quando? Apoiá-lo uma vez ou outra? – sugeri,


conforme o peso da minha cabeça aumentava pela quantidade de mel que ela aplicara.


– Não sei. – Megan passou por mim até a janela e deu uma espiada. – Estou achando que


devia vir mais vezes pra sua casa.


Dei um chute leve na perna dela.


– Hmm… – Ela devorou Christopher com os olhos enquanto voltava para o meu cabelo. – Odeio


dizer isso, mas fico pensando em como seria tê-lo.


– Megan., para! Você é minha amiga – adverti.


– Desculpa, tá? É que ele não foi tão ruim assim quando você estava fora. De verdade. Não


foi o capeta que costumava ser antes de você partir.


– Como assim?


– Sei lá. Nem sei se teve algo a ver com você. Ele pareceu ficar mal-humorado por um


tempo, mas depois melhorou. É que pude conhecê-lo com outros olhos. Antes sempre o via do


modo como ele te tratava, que era horrível. – Ela se apressou em acrescentar: – Mas depois


que você viajou, ele parecia diferente. Mais humano.


A ideia do Christopher atual como humano era incompreensível para mim. Ele era determinado,


confiante e severo. Esse era o seu único lado que eu tinha visto desde os catorze anos. Não o


via feliz há anos, e, com certeza, achava que ele ficaria contente em ter se livrado de mim por


um ano.


Mas por que ficou mal-humorado depois que fui embora? Não faz sentido.


 Estaria tendo problemas para se divertir sem seu brinquedinho favorito?


— Que dó, tadinho. – Droga! – soltei um gemido gutural no meio da escuridão da noite, enquanto olhava para o


teto iluminado pelos faróis do carro do vizinho.


Já passava de uma da manhã e o barulho estridente da festa ao lado não diminuía. O


travesseiro que coloquei sobre as minhas orelhas para abafar os sons não estava ajudando.


Mandar um SMS para Megan, para ela mandar outro para Tristan e ele, por sua vez, mandar um


para Christopher também não ajudou. Ligar para a polícia e fazer uma denúncia uma hora atrás


tampouco ajudou.


Quando não era o som alto ou o constante entra e sai de carros turbinados, com seus


imprestáveis escapamentos, eram os gritos ou risadas vindas do quintal de Christopher. Gosto de música alta, mas uma festa no meio da noite, que deixava a vizinhança toda acordada, tinhaque chegar ao fim.


Joguei as cobertas para longe, saí da cama batendo pé e fiquei perto das portas francesas.


Toda a casa dele estava iluminada e vibrava com barulho e agitação. Algumas pessoas estavam tropeçando pelo quintal da frente, que estava cheio de copos de bebidas, e outras estavam reunidas no quintal dos fundos, fumando ou curtindo o ofurô.


Ele é tão imbecil! Estava com as mãos no quadril, segurando-o mais forte do que de costume. Que tipo de pessoa não tem um pingo de respeito pelos outros? Já sei: o cuzão egoísta que mora ao lado. Ia conversar com meu pai por vídeo daqui a seis horas e não ficaria acordada a noite toda porque eles queriam ficar bêbados e chapados.


Foda-se. Calcei meu All-Star roxo e moletom preto e desci as escadas.


Abri a porta da cozinha que dava para a garagem e fui até a bancada de trabalho do meu pai, ainda organizada como havíamos deixado. Peguei o grande alicate torquês da gaveta de ferramentas e o escondi dentro da minha manga direita. Com a mão livre, abri a outra gaveta e peguei um cadeado dos três extras que estavam lá. Coloquei-o dentro do bolso da frente do meu moletom e saí.


Dobrei a esquina da minha casa e andei até os fundos, meu coração acelerando a cada passo dado. Quando achei o buraco que tinha feito na cerca há alguns anos, afastei as plantas que tinham crescido e atravessei. Depois, virei à direita e continuei andando, consegui escutar os festeiros no quintal dos fundos, do outro lado da sebe. Estava a menos de dois metros deles, mas não tinha como me verem O quintal dos fundos, como o meu, era rodeado por cercas de madeira nas laterais e altas sebes na parte de trás. Quando cheguei até o outro lado da casa dele, enfiei a mão entre a densa folhagem. Tentei afastar os ramos ao máximo, mas os brotos, que pareciam agulhas, continuavam arranhando e pinicando minhas pernas quando eu me mexia. A festa estava pegando fogo e havia muita gente aqui. Tinha que ser rápida no que estava prestes a fazer.


Olhando de relance em todas as direções para garantir que cheguei despercebida, corri pela lateral da casa de Christopher, até chegar no disjuntor. Passara muito tempo nesta casa quando pequena e, por isso, conseguia enxergar o disjuntor até no escuro. Deslizei o grande alicate da minha manga fina e, usando toda a força que tinha, parti o cabo do cadeado que estava protegendo o painel. Assim que coloquei o cadeado velho dentro do bolso, abri o painel e comecei a desligar os interruptores.


Tentei não prestar atenção no que acontecia dentro da casa, a súbita interrupção da música e da luz, além de vários “que porra está acontecendo?” vindo de diversos lugares. Terminei de


desligar os interruptores, tirei o cadeado novo do moletom e coloquei no painel fechado.


Christopher não era burro. Assim que percebesse que as outras casas não ficaram sem luz, viria até aqui para checar o disjuntor. Então, caí fora dali. Bem rápido. Correndo com pernas moles como gelatina e deslizando por baixo da cerca, comecei a ofegar instantaneamente. Uma gota de suor escorregou pelas minhas costas e percebi que queria rir, gritar e vomitar, tudo ao mesmo tempo. Não estava certa de qual lei tinha descumprido, mas sabia que me meteria em encrenca se alguém descobrisse. Minhas pernas


latejavam com um calor líquido, deixando meus joelhos frágeis.


A ansiedade de ser pega fez com que meus músculos ficassem tensos desde a minha saída do arbusto até entrar na garagem. Não consegui conter um sorriso de orelha a orelha. Fiquei


com medo de ser pega, mas a sensação de ter dado um chute metafórico na bunda dele fez com que eu desse pulinhos de alegria.


E depois disso tudo, não estava mais cansada. Puta merda, que demais.


Fugindo à regra, tranquei todas as portas e subi correndo as escadas, dois degraus de cada vez. Fechei a porta do quarto e, com as luzes ainda apagadas, fui até as portas francesas e dei uma espiada lá fora, esperançosa por ver a festa se dispersar. Analisei o quintal da frente e o


dos fundos e, felizmente, vi algumas pessoas caminhando até seus carros. Fiz uma careta ao pensar que, talvez, colocar pessoas bêbadas para saírem dirigindo seus carros não tivesse sido uma boa ideia.


Vi um número crescente de pessoas indo até seus carros, e algumas saírem andando pelas ruas até suas casas. Quebrar o cadeado ou chamar um eletricista seriam as únicas saídas de


Christopher para fazer a luz voltar.


Enquanto eu observava tudo, desde a frente até os fundos, meus olhos rapidamente se direcionaram para a única luz que eu realmente via. Christopher estava na janela de seu quarto segurando uma lanterna e apoiado nos dois lados do batente da janela.


E ele estava me encarando.


Merda!


Minha pulsação acelerou de novo e um calor passou queimando pelo meu corpo. Minhas cortinas pretas transparentes estavam fechadas, mas tinha certeza que ele conseguia me ver.


Ele estava com a cabeça virada na minha direção e parado… imóvel. Tirei o moletom e me joguei na cama. Decidi que negaria qualquer acusação se ele viesse até aqui. Ou talvez eu não devesse, pensei. Mas ele também não poderia fazer nada. Talvez eu quisesse que ele soubesse.


Fiquei deitada por uns dois minutos, resistindo à tentação de investigar o que estava acontecendo lá fora. No entanto, não era muito difícil de perceber que a festa estava acabando,


já que o som dos motores partindo preenchiam a vizinhança. Uma excitação surgiu por todo o meu corpo, proporcionando-me uma energia que me fez querer pular da cama e começar a


dançar. Sou demais. Sou demais. Cantei para mim mesma.


Mas congelei no meio da música, e quase engasguei com minha própria respiração, ao escutar o som de uma porta batendo bem forte dentro de casa.


Dentro da minha casa!


– O quê… – Minhas pernas tremiam muito forte. Eram vibrações ou tremedeira minha?


Saí das cobertas, peguei meu bastão de beisebol debaixo da cama e corri para fora do quarto. Não tinha intenção nenhuma de descer, embora a estúpida tenha deixado a arma lá embaixo. Só precisava dar uma espiada para ver se realmente tinha escutado alguém entrar em casa.


Meu corpo instantaneamente reagiu ao ver Christopher entrar sem camisa pelo hall e subir as escadas correndo. Ele estava muito puto e parecia querer matar alguém pela maneira como subiu as escadas com tudo, pulando dois degraus de cada vez. Saí em disparada até o quarto, deixando escapar um uivo baixinho enquanto tentava correr até as portas para escapar. Não imaginava qual era o plano de Christopher ou se eu devia estar com medo, mas estava. Ele tinha


acabado de invadir minha casa e aquilo me assustou pra caramba.


– Ah, não, não faça isso! – Christopher explodiu na porta do meu quarto e a maçaneta bateu contra a parede, provavelmente amassando-a.


Não tinha como chegar até as portas a tempo. Virei-me para encará-lo, empunhando o


bastão. Christopher arrancou-o das minhas mãos antes mesmo de eu balançá-lo.


– Sai daqui! Tá louco? – Comecei a me esquivar dele, tentando alcançar a porta do meu quarto, mas ele barrou a minha passagem. Vendo seu olhar, fiquei surpresa por ele ainda não


estar me estrangulando. Tinha certeza de que ia começar a sair lava pelo nariz dele.


– Você cortou a luz na minha casa. – Suas narinas se abriam enquanto ele me media bem de perto.


– Prove. – Um sapateado começou dentro do meu peito. Não, acho que parecia mais com pasodoble.


Ele jogou a cabeça para o lado, dobrando os lábios perigosamente.


– Como você entrou aqui? Vou chamar a polícia! – De novo, pensei. Não que tenham me ajudado quando liguei para reclamar do barulho. Será que eles apareceriam se eu fosse assassinada?


– Tenho a chave. – Cada palavra era dita vagarosamente e com tom ameaçador.


– Como você tem a chave da minha casa? – Se ele tinha uma chave, não sei se poderia chamar a polícia.


– Você e seu pai ficaram o verão todo na Europa – disse ele, sorrindo. – Quem você acha que pegou as cartas?



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Autor(a): Vondy_fics

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 16



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  • Diva. Escritora Postado em 16/10/2023 - 21:33:37

    Ahh Ale, eu amei essa fic adapatada <3 apesar de muitas vezes querer matar o Ucker kkk eu sabia que ainda existia aquele menino doce!! Uma pena que acabou :(

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:58:22

    MEU DEUS! Tenho certeza que o vídeo é coisa da tal de Jordan!! Não pode ser o Christopher, se não eu vou morrer!

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:33:53

    Finalmente descobrimos a gente sobre o Christopher, sofreu muito coitado, mas não acho que o trauma dele justifica ter feito tudo isso com a Dul. Mas entendo que ele não sabia como lidar com isso. Geente, muito fofo o que ele fez no aniversário dela e o melhor presente de todos depois ahaha e essa amizade de Alfonso, Christopher e Dulce? Tô gostando!!

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 21:43:57

    Meu pai, o que o Alfonso tá aprontand Será que é só fazer as pazes mesmo? Coitada da Dul quando é o Christopher é o Alfonso

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:48:15

    Esses dois vão me matar ainda kkk Dulce, tá louca pra ir pra cama com ele! O que tá esperando, minha filha?

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:17:02

    Meeu Deeus não acredito que ela tá dirigirindo o carro dele!! Melhor parte <3 e ele tem um amuleto da sorte!!! Para Christopher que já tô toda derretida aqui, aquele menino ainda existe...

  • Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 23:19:39

    O coitado ficou arrasado mesmo! Meu Deus, espero que ele não faça nada para humilhá-la agora. E depois desse beijo, ela vai ter mais uma lembrança com chuva, tempestade pra lista :p

  • Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:50:52

    MEU DEUS! ELA FEZ ISSO MESMO?? Caraca, o monólogo dela acabou com todo mundo. Quero muito saber o que o Ucker vai fazer agora!

  • Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:32:11

    Nossa eu amei a vó dela ahaha eu esperava que quando ela fosse falar com ele, a resposta fosse diferente. Quase morri aqui, socoorro! Quando eles vão se aproximar de novo!?? Ucker volta a ser o menino doce ou pelo menos uma parte dele?

  • Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 21:45:30

    Dulce pegou pesado nessa, fiquei com pena dele mas ao mesmo tempo queria que ele sofresse um pouco também...


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