Fanfic: Serei sempre sua [Finalizada] | Tema: Vondy (adaptada)
Não senti nenhuma daquelas emoções que Megan mencionou que você sente quando está perto de um cara atraente. Com certeza não foi o tipo de empolgação que li nos livros sobre garotas do ensino médio e anjos caídos. E não foi aquele tipo de calor vibrante que sinto quando estou perto… não, não!
Interrompi de imediato minha linha de pensamento. Não era atração, disse a mim mesma.
Era apenas adrenalina vindo à tona por causa do conflito. A reação do meu corpo a ele não era algo que eu podia controlar.
– Posso te ligar? – sussurrou ele.
– Claro – concordei, com um pouco de vergonha porque a minha mente estava preocupada com outro garoto.
Queria passar um tempo com Ben de novo. Talvez aquela faísca não tenha acendido esta noite, mas eu estava estressada e ele merecia outra chance. Vai ver que eu apenas precisava de
tempo. Ben me esperou entrar no carro antes de partir com o dele. Peguei meu celular e imediatamente mandei uma mensagem para Megan, contando todos os detalhes do meu encontro.
Mesmo duvidando um pouco da minha atração, me diverti e estava empolgada em dividir as novidades com ela.
Posso ir aí?
Vc se divertiu?
Ela perguntou.
Sim, mas queria falar… pessoalmente.
Não estou com vontade de contar tudo via mensagem de texto.
Ele te tratou bem?
Sim! Foi demais. Não se preocupe. Só estou um pouco
empolgada e queria conversar.
Minha impaciência quase me fez ligar o carro e seguir até a casa dela sem ter uma resposta. Tenho que trabalhar até mais tarde. Te vejo amanhã
antes da aula?
Meus ombros caíram levemente em reação à sua resposta. Estava perto do serviço dela, mas não ia lá importuná-la. Respondi:
Sim, não tem problema. Boa noite.
Boa noite! Fico feliz que tenha se divertido.
Logo em seguida escutei o ruído de uma moto que passou correndo ao lado do meu carro e deu meia-volta. Ela parou do outro lado da rua, a quase cinquenta metros, na frente do Spotlight Cinemas, onde Megan trabalhava. Meus dedos formigaram ao ver Christopher, e tudo parou.
Ele deixou o motor ligado enquanto mantinha-se sentado, segurando a moto em pé, uma perna de cada lado. Ele tirou o celular do casaco preto e parecia estar enviando uma mensagem… e esperando.
Menos de um minuto depois, Megan saiu do cinema e foi correndo até ele. Ela se inclinou e tocou o braço dele.
Porra, filho de uma…
Não estava conseguindo respirar. Que merda era aquela que eu estava vendo agora?
Observei-a sorrir para ele. Ele sorriu de volta, mas não a tocou. Ela parecia muito íntima dele. Ele tirou o capacete e ofereceu para ela, dizendo apenas algumas palavras. Ela não
estava recebendo aqueles sorrisos maliciosos ou aquelas expressões ameaçadoras que eu ganhava. Ela passou os dedos em seu cabelo com gel antes de aceitar o capacete e colocá-lo em sua própria cabeça. Ele apertou as tiras para ela, antes de ela subir na moto atrás dele e colocar os braços ao redor de sua barriga.
Rapidamente me agachei em meu banco quando eles passaram correndo por mim. Os dois conheciam o carro do meu pai, mas torci para que não tivessem reparado. De qualquer modo,
eles com certeza não iam parar e dizer “olá”.
Era como se houvesse agulhas sob a minha pele e sinos tocando dentro dos meus ouvidos.
Minha garganta doeu quando tentei segurar as lágrimas.
Ele conseguiu ganhar a Megan
Megan mentiu pra mim sobre trabalhar até mais tarde.
Ela estava com os braços em volta dele.
Não sei com qual dos dois eu estava mais puta. Depois de ficar sentada no meu carro por mais tempo do que queria, já estava calma o bastante para dirigir.
Durante o tempo que levei para chegar em casa e ir até a minha varanda da frente, tive várias versões de conversas internas com Megan e monólogos direcionados a Christopher, inclusive
todos os meus xingamentos favoritos. Quanto mais conversava comigo mesma, mais ficava nervosa. Gritar, chorar, pisar no plástico bolha: todas pareciam boas opções neste momento.
O que ela estava pensando? Mesmo se Christopher a tivesse bajulado, será que valia a pena machucar sua melhor amiga?
Agora eu queria saber qual seria a jogada de Christopher. Ele estava tentando virar minha amiga contra mim. Megan sabia muito bem o que Christopher tinha aprontado comigo, mas ele conseguiu
fazer sua cabeça. Ele fez com que ela descobrisse que o namorado a estava traindo e depois entrou na história para consertar os estragos. Por qual outro motivo ela poderia ter sido tão fraca?
Ela precisava saber que Christopher a estava usando. Mas como eu contaria para ela?
Mantendo-me ocupada para não fazer besteira, terminei minha lição de cálculo, acabei de ler o texto pedido na aula de Política e joguei fora os alimentos que venceram da geladeira e dos armários. Depois de me exaurir com as tarefas a ponto de não conseguir mais conversar
comigo mesma, subi para tomar um banho.
Quase uma hora depois de eu sair da banheira, o barulho da moto de Christopher soou pela nossa rua. Levantei da cama para espiar pela janela. Ao perceber que o relógio marcava meia-noite, calculei que fazia três horas desde que o vira com Megan.
Porra, três horas! O que eles estavam fazendo?
Ele chegou em casa sozinho. Pelo menos uma boa notícia.
Enquanto ele estacionava na garagem, notei os faróis de outro veículo parando bruscamente em frente à casa de Christopher. Ele pulou da moto e tirou o capacete, mas continuou segurando-o.
Correu até o meio-fio para se encontrar com as pessoas que estavam dentro do carro. O motorista e o passageiro já tinham saído do veículo e foram para cima dele como se estivessem querendo briga.
O que estava acontecendo?
Christopher se sobressaía entre eles, não apenas pela altura, mas também pela constituição física. Ele já era alto aos catorze anos, agora devia ter ultrapassado 1,80 m de altura. Julgando pela expressão em seus rostos, esses caras não eram amigos.
Abri as portas para conseguir enxergar melhor. Christopher balançava o capacete no espaço que havia entre eles, e os outros garotos estavam gritando e tentando chegar mais perto dele.
Escutei as palavras “foda-se” e “pare com isso!”. Eles continuaram discutindo, bem alto e de forma importuna.
De repente, ficou difícil recuperar o fôlego. A discussão deles parecia estar perdendo o controle. Será que eu devia ligar para a polícia?
Apesar de estarem cada vez mais invadindo a propriedade dele, Christopher não recuava. Porém, ele tinha pouca chance de ganhar. Merda, Christopher. Sai logo daí. Um dos homens o empurrou e eu me encolhi. Christopher reagiu batendo no rosto do cara e
empurrando-o com o corpo até que o garoto foi forçado a recuar.
Naquele momento, o GTO de Alfonso avançou correndo pela rua e parou cantando os pneus.
Assim que os estranhos o viram sair do carro e correr em sua direção, começaram a dar vários socos em Christopher. Ele acabou soltando o capacete, que bateu com tudo no chão.
Christopher concentrou o ataque em um dos caras, e eles caíram no chão como em uma luta de MMA. Cada garoto rolou no gramado, dando socos e se batendo.
Peguei meu telefone na cama e saí correndo do quarto até lá embaixo. Abri a gaveta na mesa da entrada e peguei a Glock-17 que meu pai mandou deixar guardada lá enquanto eu
estivesse sozinha em casa.
Agarrei a maçaneta. Chamo a polícia ou vou lá fora? Isso iria terminar antes da polícia chegar aqui. Foda-se.
Abri a porta e fui até a varanda. A confusão se espalhou no gramado da frente de Christopher, com
ele e Alfonso sentados em cima de seus oponentes, socando-os até não poderem mais. Meu coração martelou ao ver a cena, mas não conseguia parar de olhar. Quando percebi que Christopher
estava ganhando, aquela sensação de urgência, que me fez correr para fora de casa, diminuiu. Hipnotizada com a luta que estava acontecendo na minha frente, pisquei ao ouvir o grito
revoltado de Christopher. Seu oponente, um garoto mais velho, cheio de tatuagens, puxou uma faca e
cortou seu braço. Desci correndo as escadas, com a arma na mão, bem na hora em que vi Christopher pegar o capacete e acertar na cabeça o menino, que se contorceu e caiu no chão,
gemendo, sangue jorrando pela testa. A faca ficou ao seu lado, na grama. Christopher se levantou e
ficou olhando o cara, que estava quase inconsciente. Alfonso deu mais um soco no estômago de seu oponente e, carregando-o no colo, jogou o
cara no chão perto do Honda.
Christopher deixou seu adversário sangrando e quase sem conseguir se mexer no chão, enquanto
ele pressionava o bíceps esquerdo. A manga do moletom preto estava ensopada de sangue e brilhava onde ele tinha se machucado. Meus olhos preocupados se voltaram para a mão do
braço cortado. Uma torrente vermelha vertia da ponta de seus dedos. Tive um breve impulso de ir até lá ajudá-lo, mas resisti. A gentileza apenas se voltaria contra mim. Alfonso e ele precisavam ir ao pronto-socorro, mas como era uma noite de semana, a mãe de Christopher devia estar em casa.
Caminhando até o Honda, Christopher levantou o capacete e bateu com força contra o para-brisa, produzindo um ensurdecedor barulho de vidro quebrado. Ele repetiu a ação, amassando o
para-brisa diversas vezes até ele se estilhaçar e se tornar inutilizável.
Autor(a): Vondy_fics
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 16
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Diva. Escritora Postado em 16/10/2023 - 21:33:37
Ahh Ale, eu amei essa fic adapatada <3 apesar de muitas vezes querer matar o Ucker kkk eu sabia que ainda existia aquele menino doce!! Uma pena que acabou :(
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:58:22
MEU DEUS! Tenho certeza que o vídeo é coisa da tal de Jordan!! Não pode ser o Christopher, se não eu vou morrer!
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:33:53
Finalmente descobrimos a gente sobre o Christopher, sofreu muito coitado, mas não acho que o trauma dele justifica ter feito tudo isso com a Dul. Mas entendo que ele não sabia como lidar com isso. Geente, muito fofo o que ele fez no aniversário dela e o melhor presente de todos depois ahaha e essa amizade de Alfonso, Christopher e Dulce? Tô gostando!!
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 21:43:57
Meu pai, o que o Alfonso tá aprontand Será que é só fazer as pazes mesmo? Coitada da Dul quando é o Christopher é o Alfonso
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:48:15
Esses dois vão me matar ainda kkk Dulce, tá louca pra ir pra cama com ele! O que tá esperando, minha filha?
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:17:02
Meeu Deeus não acredito que ela tá dirigirindo o carro dele!! Melhor parte <3 e ele tem um amuleto da sorte!!! Para Christopher que já tô toda derretida aqui, aquele menino ainda existe...
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 23:19:39
O coitado ficou arrasado mesmo! Meu Deus, espero que ele não faça nada para humilhá-la agora. E depois desse beijo, ela vai ter mais uma lembrança com chuva, tempestade pra lista :p
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:50:52
MEU DEUS! ELA FEZ ISSO MESMO?? Caraca, o monólogo dela acabou com todo mundo. Quero muito saber o que o Ucker vai fazer agora!
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:32:11
Nossa eu amei a vó dela ahaha eu esperava que quando ela fosse falar com ele, a resposta fosse diferente. Quase morri aqui, socoorro! Quando eles vão se aproximar de novo!?? Ucker volta a ser o menino doce ou pelo menos uma parte dele?
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 21:45:30
Dulce pegou pesado nessa, fiquei com pena dele mas ao mesmo tempo queria que ele sofresse um pouco também...