Fanfics Brasil - Capítulo 17 Serei sempre sua [Finalizada]

Fanfic: Serei sempre sua [Finalizada] | Tema: Vondy (adaptada)


Capítulo: Capítulo 17

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Ao seguir em direção à casa, Christopher parou perto do homem que estava no chão.


– Você não é mais bem-vindo no Loop – falou ele com voz baixa e cansada. Seu tom dava uma calma sinistra aos ouvidos.


Eu não podia fazer outra coisa a não ser permanecer lá, paralisada e ao mesmo tempo chocada com a cena que acabara de presenciar.


Quando Alfonso se curvou para pegar o segundo garoto, ele acabou me vendo.


– Christopher – avisou ele. Christopher, ao seguir seu olhar, virou os olhos para mim. Percebi tarde demais que estava em pé, parada, segurando uma arma… ao ar livre… com roupas de baixo. Minha camiseta do Three Days Grace e minha bermuda vermelha masculina me cobriam, mas estavam justas. Estava descalça e meu cabelo estava solto nas costas. A arma estava pendurada na minha mão direita, bem segura e firme, com a trava acionada. Será que a trava estava acionada? Sim, a trava estava acionada… eu acho.


Alfonso estava com o nariz sangrando, provavelmente devia ter quebrado de novo, mas ele sorriu para mim.


Christopher parecia… perigoso. Ele me estudou, seus olhos escuros e sobrancelhas grossas fizeram eu me sentir mais exposta do que já estava. Ele fechou as mãos e olhou meu corpo cautelosamente, e depois a arma que eu segurava. Consegui sentir a energia que vinha dele em ondas quentes.


Droga, eu sou uma idiota! Eu realmente quis ajudá-lo?


Franzi a sobrancelha e fechei os lábios, tentando parecer irritada. Ele era um idiota por trazer toda essa confusão para a nossa rua! Virando-me, subi rapidamente os degraus da


varanda e bati a porta depois que entrei.


Levei a arma para o quarto naquela noite, mas não sabia do que exatamente estava me protegendo Uma porcaria de arma não ia manter aqueles olhos castanhos fora dos meus sonhos.


O barulho de bolhas estourando tocou cedo no meu computador na manhã seguinte, notificando-me que estava recebendo uma ligação.


– Oi, pai – falei meio sonolenta, depois de ter aceitado a ligação.


– Bom dia, batatinha. Acho que te acordei. Dormindo até mais tarde hoje?Ele parecia preocupado.


Ao olhar para o relógio do notebook, vi que marcava seis e meia.


– Droga! – Tirando as cobertas, corri até o closet. – Pai, posso falar com você depois de chegar em casa à noite? Tenho que estar no laboratório daqui a trinta minutos.


Terças e quintas eram os melhores dias para o Dr. Porter, meu mentor e professor de Química do segundo ano, então decidi ir ao laboratório sempre naquelas manhãs para ter algum tempo extra que fosse útil para trabalhar na minha pesquisa para a Feira de Ciências.


– Sim, é claro, mas será muito tarde para mim… ou cedo, na verdade. Escute, só queria te avisar que a vovó está indo aí esta noite.


Coloquei a cabeça para fora da porta do closet e suprimi um gemido.


– Pai, você acha que não pode confiar em mim? Estou bem sozinha. – Quase parecia que eu estava mentindo. Tudo que aconteceu na noite passada, a Megan e depois a luta me acertaram em


cheio e eu queria apenas socar alguma coisa.


– Confio plenamente em você… mas sua avó não. – Ele riu. – Ela está preocupada por você estar sozinha, então disse que ia passar uns dias aí, provavelmente uma semana, para dar uma mãozinha. Apesar de tudo, você ainda é menor de idade, e ela assiste àqueles noticiários sensacionalistas o tempo todo. Ela fica preocupada.


Meu pai e minha avó odiavam a ideia de eu praticamente morar sozinha durante três meses, mas meu desejo de continuar estudando na mesma escola no último ano acabou vencendo.


Coloquei um jeans skinny, vesti uma camiseta violeta de manga comprida e saí do closet.


– Tudo bem, se isso fizer ela se sentir mais tranquila. Mas como pode ver, estou me saindo bem – suspirei.


– Nem sei quais são as leis a respeito disso, na verdade. Você não está se metendo em confusão, né? – Ele me investigou enquanto eu colocava uma sapatilha de balé preta. Meu pai costumava ser bem tranquilo, mas me educar lá da Alemanha o estava deixando com os nervos à flor da pele. Esta era a sétima vez que tínhamos conversado durante as últimas duas semanas. Com a diferença de horários, isso era um fato extraordinário.


– É claro que não – quase engasguei ao dizer isso. Se correr para fora de casa com a intenção de possivelmente atirar em alguns bandidos significa “não se meter em confusão”… – E farei dezoito daqui a algumas semanas. Quase sou maior de idade.


– Eu sei – meu pai expirou, cansado. – Tudo bem, vou te deixar ir. Mas esteja em casa na hora do jantar por causa da sua avó hoje à noite.


– Sim, senhor. Te ligo amanhã de manhã. Pode ser?


– Falo com você amanhã então. Tenha um ótimo dia, batatinha. – Ele então desligou.


As barras de cereais e o suco que peguei antes de sair de casa conseguiram me deixar sem fome durante o trabalho no laboratório, mas quando o primeiro sinal tocou, a fome me atacou.


Além do fato de Megan não ter dado as caras ou mandado alguma mensagem de manhã, saí correndo nervosa pelo corredor em direção à cantina para dar uma passada na máquina de


salgadinhos antes da aula.


Minha concentração estava dividida em cinco direções diferentes nesta manhã. Esqueci-me de ir até a loja de ferramentas para comprar suprimentos ontem à noite, então a pesquisa que eu queria ter feito esta manhã acabou não dando muito certo. Depois de ter quebrado um


béquer e quase ter queimado minha mão com o bico de Bunsen, arrumei a bagunça e saí do laboratório antes que acabasse me matando. Meu maxilar estava doendo de tanto ranger os dentes nesta manhã. Imagens das pernas de Megan segurando o quadril de Christopher na moto não paravam de me atazanar. Suposições do que poderia ter acontecido ontem à noite se aquela faca tivesse cortado o pescoço ou a barriga de


Christopher, ao invés de seu braço, passavam na minha mente.


Parei repentinamente ao dobrar a esquina. O que é isso? O QUE É ISSO?!


Megan estava encostada na parede amarela do lado das portas do refeitório, enquanto Christopher inclinava-se para ela. O braço dele estava posicionado na parede, por cima da cabeça dela, e


a cabeça dele estava caída, levando os lábios a poucos centímetros dos dela. A blusinha branca que ela estava vestindo se levantou, mostrando um pouco de pele enquanto o polegar de Christopher acariciava-a gentilmente, ao mesmo tempo que segurava seu quadril.


Ele disse algo em seus lábios e o peito de Megan subiu e desceu, com respirações profundas. Não.


Meu coração estava martelando e um calor começou a percorrer meu corpo. Observei-o, por fim, beijar levemente os lábios dela. Ele puxou o corpo dela devagar para si, e ela colocou os braços ao redor do pescoço de Christopher. Uma náusea começou a subir à minha


garganta e meus olhos queimavam. Parecia que Megan estava num restaurante, saboreando todas


as sobremesas de uma só vez.


Que vaca!


Calma… o quê? Eu devia estar brava com ele, mais do que com a Megan., ou pelo menos na mesma proporção. Christopher a perseguiu e eu tinha certeza que ele fez isso para me ferir. Por que eu a queria longe dele ao invés do contrário?


A sorte deles é que quase todos os alunos já tinham entrado na sala de aula. Caso contrário, eles estariam dando um belo show. Eu era a única plateia deles. Ao olhá-los novamente, os lábios de Christopher ainda estavam devorando-a. Ele mordia a sua boca antes de descer até o pescoço, conseguindo arrancar dela um gemido de prazer de Megan. 


estava de olhos fechados e mordia o lábio inferior, mostrando que estava nas mãos dele. Parecia que ele beijava bem, e eu não conseguia mais respirar de tanta dor no peito. Encolhi-me ao ver o modo delicado com que ele escondia seus lábios atrás da orelha dela. Ah, caramba.


O segundo sinal tocou. Tínhamos um minuto para chegar até a sala de aula. Megan pulou e riu com a interrupção. Christopher sorriu maliciosamente antes de passar o dedo na ponta do nariz dela.


Quando ela se virou para correr até a sala, ele deu um leve tapa em seu bumbum.


Dobrei correndo a esquina. Se Christopher não a seguisse, viria nesta direção. Eu com certeza não queria que ele soubesse que vi aquela cena. Minha raiva alimentava sua fome, não queria ficar nervosa perto dele.


– E aí, cara. – Escutei a voz de Alfonso, enquanto ele estava entrando pelo refeitório. – Foi a Megan que saiu correndo? Você ainda não comeu ela?


Christopher deu uma risadinha e o barulho de seus passos se aproximava.


– Quem disse que ainda não?


Não conseguia acreditar.


– Ah, porque você nunca é visto com uma garota depois que conseguiu trepar com ela. Acho que você deve esquecer os nomes delas antes mesmo de tirar a camisinha.


Christopher parou na frente das escadas, do outro lado da entrada escura onde eu me escondia. Ele franziu as sobrancelhas, surpreso.


– E você? – ele perguntou na defensiva, colocando as mãos nos bolsos da calça jeans. Sua camiseta branca e sua blusa preta estavam largas no torso.


– Sim, sim. Eu lembro – Alfonso virou os olhos, que estavam machucados por conta da noite


passada. Apesar de não estar com curativo no nariz, ele tinha um corte. – Só estou querendo dizer que você nunca fez tanto esforço para conseguir levar uma garota pra cama.


– Não tenho pressa. Acho que vou querer curtir um pouco com ela. – Christopher deu de ombros e começou a descer as escadas, mas parou e se virou para olhar Alfonso, como se fosse dizer


algo antes de ser interrompido.


– Dulce vai ficar puta – a voz de Alfonso parecia alegre, quis fugir dali ao escutar meu nome.


– O objetivo é esse – Christopher afirmou categoricamente.


– Ah… então esse é o plano – assentiu Alfonso, finalmente entendendo o jogo.


Fiquei com a garganta apertada e a boca seca. Ele sabia que Megan era minha melhor amiga, praticamente minha única amiga, e perdê-la me deixaria muito mal. O aperto se espalhou até meu maxilar e balancei a cabeça, com repulsa. Ele me odiava tanto assim?


– Obrigado por ter me dado uma mão ontem à noite – Christopher levantou o queixo para Alfonso antes de se virar para as escadas.


Alfonso falou:


– Essa coisa, com a Dulce… – Christopher parou e se virou de novo. Alfonso continuou: – Por que fazemos isso? Sei que já perguntei isso antes, mas você não me conta porra nenhuma. Não entendo.


Os olhos de Christopher se estreitaram.


– Acho que você passa dos limites. Você enche o saco dela sem eu pedir, então por que se importa? Alfonso soltou uma risada nervosa.


– Não se trata de mim. Nunca quis aquela garota como inimiga. Ela saiu ontem à noite como se estivesse pronta para nos ajudar. Ela é gostosa, atlética, durona e sabe usar uma arma.


Como posso odiá-la?


Christopher desceu a escada e parou no degrau acima de Alfonso. Ele franziu o cenho com raiva ao encarar o amigo.


– Fique longe dela.


Alfonso levantou as mãos.


– Cara, não se preocupe comigo. Ela quebrou meu nariz e me deu um chute no saco. Ela está fora de cogitação. Mas, se você não quer ela, por que ninguém pode ter uma chance?


Christopher parou como se estivesse procurando por palavras. Depois, soltou um suspiro


frustrado.


– Não vou mais ficar no caminho dela. Se ela quiser sair e foder com todos os caras da escola, ela que se divirta. Já cansei.


– Que bom, porque estão dizendo por aí que ela saiu com o Ben Jamison ontem à noite. – Alfonso falou com uma voz que soava um pouco satisfeita em contar as novidades. A expressão carrancuda de Christopher, acompanhada de sua aparência sombria, o tornava ameaçador.


– Tudo bem – disse ele, com o maxilar tenso. – Não estou nem aí. Todos podem pegá-la.


Fiquei sem ar.


Ele terminou de subir as escadas e desapareceu. Alfonso encarou Christopher mais um pouco antes


de continuar andando pelo corredor e também desaparecer.


A sensação de ser apunhalada pela garganta se transformou em lágrimas que estavam querendo sair. Corri para o banheiro feminino mais próximo e me tranquei em um lavabo. Bati as costas na parede e escorreguei até encostar no chão. Abraçando meus joelhos, não aguentei e chorei. Meu ataque de nervos foi silencioso, minha tristeza se extirpava de dentro das minhas entranhas e não da minha garganta. A pior parte era não saber se estava brava, triste,


desesperada ou infeliz. O lamento profundo saiu do meu corpo silenciosamente, mas as lágrimas caíam pelas minhas bochechas como um rio.


Christopher se satisfazia com o meu sofrimento como se fosse um néctar. Ele me atirou aos lobos diversas vezes, divertindo-se às custas da infelicidade que me causava. Christopher, meu amigo,


tinha sumido para sempre, deixando um monstro frio em seu lugar.


Suas últimas palavras também me irritaram. Ele estava me deixando livre, permitindo que eu namorasse. Cara de pau! Em meu doentio e distorcido vínculo com o garoto que costumava ser meu amigo, ainda consegui sentir um certo alívio pela atenção que ele dedicava a mim. Mesmo sendo uma atenção perversa, pelo menos ele sabia da minha existência de algum modo. Talvez, por ele continuar se incomodando por cruzar comigo, ainda levasse consigo


algo de mim. Mas ele tinha cansado, como ele mesmo disse.


Enquanto estava em pé, me lembrei que Christopher prometera que ia me fazer chorar está semana. Ele conseguiu o que queria, e ainda era terça-feira. Depois que sequei as lágrimas, tive que admitir que o filho da mãe era esperto.


– Desculpe por não te atender hoje de manhã – Megan lamentou enquanto deslizava a perna sobre o banco da mesa de piquenique. Ela também estava atrasada para o almoço. – Então, me conta tudo sobre ontem à noite! – Ela parecia falsa, como se estivesse forçando empolgação.


Estava com a cabeça em outro lugar.  


 



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Autor(a): Vondy_fics

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 16



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  • Diva. Escritora Postado em 16/10/2023 - 21:33:37

    Ahh Ale, eu amei essa fic adapatada <3 apesar de muitas vezes querer matar o Ucker kkk eu sabia que ainda existia aquele menino doce!! Uma pena que acabou :(

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:58:22

    MEU DEUS! Tenho certeza que o vídeo é coisa da tal de Jordan!! Não pode ser o Christopher, se não eu vou morrer!

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:33:53

    Finalmente descobrimos a gente sobre o Christopher, sofreu muito coitado, mas não acho que o trauma dele justifica ter feito tudo isso com a Dul. Mas entendo que ele não sabia como lidar com isso. Geente, muito fofo o que ele fez no aniversário dela e o melhor presente de todos depois ahaha e essa amizade de Alfonso, Christopher e Dulce? Tô gostando!!

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 21:43:57

    Meu pai, o que o Alfonso tá aprontand Será que é só fazer as pazes mesmo? Coitada da Dul quando é o Christopher é o Alfonso

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:48:15

    Esses dois vão me matar ainda kkk Dulce, tá louca pra ir pra cama com ele! O que tá esperando, minha filha?

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:17:02

    Meeu Deeus não acredito que ela tá dirigirindo o carro dele!! Melhor parte <3 e ele tem um amuleto da sorte!!! Para Christopher que já tô toda derretida aqui, aquele menino ainda existe...

  • Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 23:19:39

    O coitado ficou arrasado mesmo! Meu Deus, espero que ele não faça nada para humilhá-la agora. E depois desse beijo, ela vai ter mais uma lembrança com chuva, tempestade pra lista :p

  • Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:50:52

    MEU DEUS! ELA FEZ ISSO MESMO?? Caraca, o monólogo dela acabou com todo mundo. Quero muito saber o que o Ucker vai fazer agora!

  • Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:32:11

    Nossa eu amei a vó dela ahaha eu esperava que quando ela fosse falar com ele, a resposta fosse diferente. Quase morri aqui, socoorro! Quando eles vão se aproximar de novo!?? Ucker volta a ser o menino doce ou pelo menos uma parte dele?

  • Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 21:45:30

    Dulce pegou pesado nessa, fiquei com pena dele mas ao mesmo tempo queria que ele sofresse um pouco também...


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