Fanfics Brasil - Capítulo 29 Serei sempre sua [Finalizada]

Fanfic: Serei sempre sua [Finalizada] | Tema: Vondy (adaptada)


Capítulo: Capítulo 29

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Tinha certeza que as risadas no Loop podiam ser ouvidas até mesmo da casa dos Benson.


Algumas pessoas adoraram a solução inovadora do Mestre da Corrida, enquanto outras reclamavam de suas apostas. Mas todos pareciam concordar que uma corrida com duas adolescentes lerdas em máquinas de alto desempenho seria hilária.


– Cara! Não vou deixar isso acontecer! – Roman olhou para a namorada, uma mexicana baixinha com mais peso no peito do que no resto do corpo. Conhecendo Roman, eles podiam


estar saindo há dois meses ou há dois minutos. Quem saberia?


– Zack, não tenho uma namorada. Eu nunca tenho uma namorada – declarou Christopher diretamente para o Mestre da Corrida, enfatizando a palavra “nunca”.


– E aquela coisa linda que chegou contigo? – perguntou Zack.


Christopher olhou para Megan, e os olhos dela arregalaram-se.


Tomando coragem, Megan gritou:


– Ele é apenas um caso. – Todos soltaram um “ohhhh”, e Megan sorriu com sua própria obstinação. Christopher arqueou as sobrancelhas para Zack como quem queria dizer “não disse?”.


– Ninguém dirige meu carro – Christopher deixou bem claro para Zack.


– Concordo com a Princesa nessa – Roman mexeu a cabeça em direção a Christopher. – Isso é


ridículo.


Zack deu de ombros.


– Todo mundo já viu vocês dois competindo. As pessoas querem entretenimento. Se vocês têm algum interesse em resolver essa pontuação para acertarmos as apostas, então terão que jogar do meu jeito. Estejam na largada daqui a cinco minutos ou vão embora. – Ele começou a


se afastar, mas parou e virou. – Ah, vocês podem ir no banco de passageiro se quiserem… sabe, pra dar apoio moral. – Ele não conseguiu dizer as últimas palavras sem se matar de rir.


Provavelmente estava esperando que as garotas fossem se acabar de chorar antes de terminar


a corrida.


Zack se afastou e os sussurros começaram a ser ouvidos na multidão. Roman seguiu para


longe, enquanto Christopher andou até nós.


– Isso é ridículo. – Ele passou os dedos no cabelo.


– Ei, cara. Posso dirigir pra você. – Alfonso entrou na conversa. – A gente teria apenas que contar a eles sobre nosso relacionamento secreto. – Ele colocou os braços sobre os meus ombros e os de Ben, brincando, mas tirei-os rapidamente.


Christopher o ignorou. As engrenagens de seu cérebro operavam enquanto ele andava de um lado


para o outro na nossa frente. Ele estava pensando provavelmente em como sair dessa, mas quando parou e deu um suspiro de derrota, soube que não tinha escapatória.


Olhei para Roman, que estava levando sua namorada até o carro, aparentemente dando-lhe


instruções sobre o câmbio manual.


Ah, cara. Contraí minhas bochechas tentando não rir.


– Christopher, não posso correr por você – gargalhou Megan – Você terá que encontrar outra pessoa.


Ele olhou para o céu e balançou a cabeça. Apesar de não querer ver seu carro ser detonado, eu estava achando a situação superdivertida. Bem feito.


– Só tem mais uma pessoa em quem confio um pouco para dirigir meu carro. – Ele arqueou a sobrancelha e se virou, olhando para mim.


Soltei todo o ar que estava em meu corpo.


– Eu?


– Ela? – Alfonso explodiu, Ben e Megan repetiram.


Christopher cruzou os braços no peito e se aproximou de mim como se fosse um policial em uma


sala de interrogatório.


– Isso, você.


– Eu? – Olhei para ele como se estivesse louco. Se ele achava que eu faria algum favor para ele, estava louco.


– Estou olhando para você, não estou? – O tom de voz arrogante e o olhar de


condescendência me fizeram querer dizer “sim” e depois acabar com o carro dele, com a esperança de que fosse ele quem terminasse chorando.


Esquivei-me dele e olhei para o meu companheiro.


– Ben, será que aquela reunião em volta da fogueira poderia começar mais cedo? Estou entediada aqui. – Ao me virar novamente, ignorando o olhar pasmo de Ben, fui até a frente da multidão.


Uma mão segurou meu cotovelo e gentilmente me puxou para parar. Olhei para cima e vi Christopher se esforçando para me olhar.


– Podemos conversar? – ele falou baixo e com uma atitude gentil. Fazia tanto tempo que não o via assim que já nem me lembrava que ele podia agir como um ser humano. Apesar de isso


não ser o bastante para me fazer esquecer quão terrível ele foi comigo.


– Não – disse a mesma resposta que ele me deu há duas semanas quando pedi para diminuir


o volume da música.


Ele deu um forte suspiro.


– Você sabe o quanto está sendo difícil, para mim, fazer isso. – Ele olhou para o outro lado e depois novamente para mim. – Preciso de você – suspirou, parecendo derrotado.


Inspirei aquelas palavras. Ele precisava de mim? Pelo modo como ele respirava pelo nariz e por não estar fazendo contato visual, podia perceber seu desconforto ao dizer aquilo. Uma


parte minha queria ajudá-lo, mas uma outra parte somente queria ir embora. Onde ele estava


quando precisei dele no passado?


Eu me odiava, mesmo que por um momento, por ter pensado em perdoá-lo por tudo o que


fez depois de ele ter dito aquelas três simples palavras. Tarde demais.


– E amanhã quando você não precisar mais de mim? Vou ser a merda pisada por você de novo? – Minha resposta saiu mais furiosa do que eu havia planejado. Eu me ressentia pela


facilidade com que ele me abalava.


– Ela vai competir – Megan gritou atrás de Christopher. Não tinha notado que ela estava parada perto de nós, mas, ao olhar para cima, percebi Ben e Alfonso entrando na nossa conversa


também. Meu coração acelerou novamente.


– Megan! – repreendi-a. – Você não responde por mim. E não vou correr! – falei a última


parte para Christopher.


– Você quer – contestou ela.


E ela estava certa.


Queria muito dirigir o carro dele. Queria mostrar para todas essas pessoas o que eu era capaz de fazer. Queria mostrar para Christopher que tinha algum valor.


E foi esse pensamento que me fez querer ir embora. Não precisava provar nada para ele.


Sabia do meu valor e não precisava da aprovação dele.


– Pode ser que sim – admiti. – Mas tenho orgulho. Ele não vai conseguir porra nenhuma de mim.


– Obrigado – Christopher cortou Megan antes de ela ter a oportunidade de responder.


– Pelo quê? – mandei.


– Por me lembrar da piranha ruim e egoísta que você é – gritou Christopher, acabando comigo.


Um calor subiu pela minha cabeça quando comecei a sentir que palavras eram inúteis agora.


Meus braços ficaram tesos e fechei as mãos. Estava fantasiando Christopher preso em algemas enquanto acabava com ele no soco.


Antes de eu dar uma resposta aborrecida, Alfonso resmungou:


– Já basta. Vocês dois. – Ele entrou no meio de nós, parando de olhar para o Christopher e se


virando para mim. – Neste exato momento não me importo com as merdas que tenham


acontecido entre vocês dois, mas precisamos de uma bunda sentada naquele carro. Vai ter


muita gente perdendo grana.


Ele dobrou as mangas, como se fosse nos jogar dentro do carro pessoalmente.


– Christopher ? Você vai perder muita grana. E, Dul? Você acha que todos te trataram mal antes?


Dois terços das pessoas que estão aqui esta noite apostaram no Christopher. Quando ficarem


sabendo que a primeira opção dele recusou participar, o resto do seu ano na escola será um inferno sem precisar que eu e o Christopher levantemos um dedo. Agora, você dois, entrem na porra


do carro!


Todos ficaram lá parados, chocados. Alfonso nunca falou coisas com algum significado, mas ele conseguiu fazer com que eu me sentisse imatura e infantil. Muita gente estava contando


com a vitória de Christopher e, por mais que eu odiasse admitir que Alfonso estava certo, seu ponto


de vista era válido.


– Ele tem que me pedir com carinho. – Cruzei os braços, mantendo uma expressão tranquila.


– O quê? – Christopher deixou escapar.


– Ele precisa dizer “por favor” – repeti para Megan., Alfonso e Ben, sem querer falar diretamente com Alfonso depois de ele ter acabado de me insultar.


Os outros ficaram apenas olhando para mim e para Christopher, como se estivessem esperando para ver qual bomba explodiria primeiro. Christopher balançou a cabeça dando um sorriso amargo e, por fim, deu um longo suspiro antes de responder.


– Dulce – ele falou, calmo, mas tinha aquela amargura subjacente –, você dirigiria comigo, por favor?


Olhei para ele por um instante, apreciando aquela rara demonstração de humildade, mesmo que forçada, antes de levantar a mão.


– Chaves?


Christopher jogou-as na minha mão.


Enquanto mordia o canto da boca para reprimir um sorriso, corri até a pista e Christopher me seguiu. Vi Roman pulando para fora do carro, depois de ter estacionado para sua namorada


atrás da linha de partida. Corri até o carro de Christopher, e os grupos de pessoas em volta da pista começaram a sussurrar e a assoviar ao me verem indo para o banco do motorista.


Christopher entrou no lado do passageiro e bati a porta com força depois de mergulhar no couro fresco. O impressionante carro estava quase totalmente preto por dentro e imediatamente senti meus braços ficarem arrepiados. O carro de Christopher cantava com força, passando uma sensação de caverna: frio, escuro e animalesco.


Cacete.


Ao girar a chave, estacionei na posição certa enquanto o povo se dispersava para as laterais. A vibração que passava pelas minhas coxas fez meu corpo coçar e rapidamente olhei para Christopher, que estava me observando.


Ele estava com o cotovelo ancorado perto da janela, com a cabeça apoiada na mão e me olhava com uma mistura de curiosidade e diversão. Fiquei imaginando o que ele estaria


pensando de mim atrás do volante dele.


– Você está sorrindo – apontou ele, quase como se estivesse me acusando.


Movimentei o volante, sem olhá-lo.


– Fique quieto pra não arruinar meu momento, por favor.


Christopher limpou a garganta e continuou mesmo assim:


– Seu pai nos ensinou a dirigir sem direção hidráulica e o Bronco é manual, então acho que você não tem nenhuma dúvida quanto a isso, certo?


– Nenhuma. – Minha pulsação estava martelando nas pontas dos meus dedos.


– Que bom. As curvas são fechadas. Mais fechadas do que parecem. É bom você chegar nelas antes ou deixar ela te passar para você ir em seguida. Não tente ficar do lado esquerdo


do carro de Roman, entendeu?


Assenti. Fiquei com os olhos focados para frente, prontos para o início, e batucando o pé, ansiosa.


– Toda vez que for para a esquerda, solte o acelerador antes de virar e só acelere depois de ter pegado a reta. Se você achar que precisa pisar no freio na curva, faça isso, mas o mínimo possível. Não acelere até que tenha feito a curva. Você acabará derrapando e rodando na pista.


Assenti novamente.


– Pise no acelerador entre as curvas. Na última volta, pise fundo – ele falava com um tom de voz mandão.


– Christopher, entendi. – Olhei para ele. – Eu consigo.


Ele não parecia acreditar em mim, mas parou assim mesmo.


– Aperte o cinto.


Seguindo seu comando, olhei para a minha esquerda e vi Roman dando ordens para sua namorada enquanto ela concordava, nervosa. Zack andou entre os dois carros para se posicionar na frente. Ainda bem que parecia ser ele quem ia dar a largada, ao invés daquela vagabunda menor de idade de antes.


Enquanto olhava pelo para-brisa, mantendo meu olhar em Zack, vi o que Christopher tinha prendido no espelho retrovisor. Estiquei a mão e peguei o pedaço de argila em formato oval,


que estava preso numa faixa verde-clara. Um calor subiu pelo meu pescoço e minha garganta se fechou.


Era o colar de Dia das Mães que eu tinha feito para minha mãe depois que ela morreu.


Christopher e eu tínhamos feito fósseis de nossas impressões digitais um ano antes para darmos a nossas mães. Usando massinha de argila, fizemos a impressão digital e prendemos o


pedacinho oval na faixa, fazendo um colar. Christopher deu o seu para sua mãe e eu coloquei o meu no túmulo da minha mãe. Na segunda vez que fui visitá-la, o colar tinha desaparecido. Pensei que o tivesse perdido ou que o vento o levara.


Mas, na verdade, ele tinha sido roubado. Olhei para Christopher, meio confusa e meio brava.


– Amuleto de boa sorte – falou ele, sem me olhar. – Peguei uns dias depois que você deixou lá. Pensei que ele seria roubado ou que alguém o estragaria. Esteve comigo desde então.


Sem pensar nisso, olhei para fora da janela e tentei respirar calmamente. Acho que estava feliz por ele ainda existir. Mas era da minha mãe e ele não tinha direito algum de roubá-lo.


Mas ele ainda tinha o colar? Mesmo depois de tudo. Por quê?


Anotei mentalmente para me lembrar de pegá-lo de volta após a corrida.


– Estamos. Todos. Prontos? – A voz de Zack me assustou quando ele gritou para a multidão.


Todos berravam com aquela empolgação regada a cerveja.


Christopher colocou no iPod “Waking the Demon” do Bullet for My Valentine. Agarrei o volante,


usando a música para clarear minha mente e prestar atenção.


– Prontas? – Zack gritou e liguei o motor, observando a namorada de Roman pular para ligar o motor dela logo em seguida.


– Preparadas? – Christopher colocou uma mão no painel, enquanto aumentava a música com a outra.


– Valendo! – Zack soltou os braços.


Pisando no acelerador, parti erguendo poeira. Enquanto a música preenchia o momento, minhas mãos empurravam o volante, de um modo que as minhas costas se enfiaram no banco.


Com os braços cheios de tensão, me concentrei na estrada à frente.


Merda! O carro era muito poderoso.


– A primeira curva vai chegar logo – advertiu Christopher. Não sabia se o outro carro estava ao meu lado ou atrás de mim. Tudo que sabia era que não estava na minha frente e não me


importava com mais nada. Iria correr com este carro sem nenhum oponente.


Minhas coxas, umedecidas de suor, raspavam no assento enquanto eu levantava minha perna para empurrar a embreagem. Pisei levemente no freio, preparando para dobrar a curva.


Quando soltei o freio e fiz a primeira curva, a parte traseira começou a deslizar. Rapidamente guiei para a direita, já que o carro deslizava para a esquerda, para evitar que derrapasse para


fora. Uma poeira obscureceu a pista e meu coração começou a martelar. Pisei fundo na embreagem e mudei de volta para a terceira marcha. Quando alcancei uma boa velocidade e mudei imediatamente para a quarta, consegui ver o outro carro no espelho retrovisor.


– Pise no acelerador! – gritou Christopher. – E não vire tão forte. Você está perdendo tempo se corrigindo.


Tanto faz. 


 



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Autor(a): Vondy_fics

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 16



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  • Diva. Escritora Postado em 16/10/2023 - 21:33:37

    Ahh Ale, eu amei essa fic adapatada <3 apesar de muitas vezes querer matar o Ucker kkk eu sabia que ainda existia aquele menino doce!! Uma pena que acabou :(

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:58:22

    MEU DEUS! Tenho certeza que o vídeo é coisa da tal de Jordan!! Não pode ser o Christopher, se não eu vou morrer!

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:33:53

    Finalmente descobrimos a gente sobre o Christopher, sofreu muito coitado, mas não acho que o trauma dele justifica ter feito tudo isso com a Dul. Mas entendo que ele não sabia como lidar com isso. Geente, muito fofo o que ele fez no aniversário dela e o melhor presente de todos depois ahaha e essa amizade de Alfonso, Christopher e Dulce? Tô gostando!!

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 21:43:57

    Meu pai, o que o Alfonso tá aprontand Será que é só fazer as pazes mesmo? Coitada da Dul quando é o Christopher é o Alfonso

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:48:15

    Esses dois vão me matar ainda kkk Dulce, tá louca pra ir pra cama com ele! O que tá esperando, minha filha?

  • Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:17:02

    Meeu Deeus não acredito que ela tá dirigirindo o carro dele!! Melhor parte <3 e ele tem um amuleto da sorte!!! Para Christopher que já tô toda derretida aqui, aquele menino ainda existe...

  • Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 23:19:39

    O coitado ficou arrasado mesmo! Meu Deus, espero que ele não faça nada para humilhá-la agora. E depois desse beijo, ela vai ter mais uma lembrança com chuva, tempestade pra lista :p

  • Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:50:52

    MEU DEUS! ELA FEZ ISSO MESMO?? Caraca, o monólogo dela acabou com todo mundo. Quero muito saber o que o Ucker vai fazer agora!

  • Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:32:11

    Nossa eu amei a vó dela ahaha eu esperava que quando ela fosse falar com ele, a resposta fosse diferente. Quase morri aqui, socoorro! Quando eles vão se aproximar de novo!?? Ucker volta a ser o menino doce ou pelo menos uma parte dele?

  • Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 21:45:30

    Dulce pegou pesado nessa, fiquei com pena dele mas ao mesmo tempo queria que ele sofresse um pouco também...


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