Fanfic: Serei sempre sua [Finalizada] | Tema: Vondy (adaptada)
Nunca. Se você estiver feliz…
Estou. Só espero conseguir confiar nele.
Ela ainda tinha dúvidas e não era para menos. Não acho que conseguiria aceitar de volta um
cara que me traiu, mas, também, nunca me apaixonei. Acho que não saberia, até passar por
isso. Escrevi:
Talvez você nunca saiba plenamente, mas se ele valer
a pena.
Acho que sim… então, o Christopher é todo seu.
O quê?! As batidas no meu peito doeram de verdade.
Aparentemente, demorei muito me afogando no meu próprio suor, porque ela enviou outra
mensagem.
Não se preocupe, Dul. Ele nunca foi meu mesmo.
Não conseguia responder. O que diria? Obrigada?
Christopher não era dela, mas ele, com certeza, também não era meu. Ele deixou bem claro que
não pertencia a ninguém. Será que Christopher estava com ela por minha causa? Será que é por isso
que ela me mandou aquela mensagem?
Passei o resto do fim de semana fazendo coisas para manter minha mente afastada de Christopher.
No sábado e no domingo limpei a casa, lavei o Bronco, terminei a lição de casa, digitei
procedimentos para a minha experiência e evitei as mensagens do Ben e da Megan.
Precisava ficar sozinha e não sabia se conseguiria guardar segredo sobre o que houve
comigo e com Christopher. Megan merecia saber que nos beijamos, mas não queria que ninguém
soubesse, então decidi evitar todos. Até mesmo meu pai, quando ele me ligou.
Ben mereceu meu silêncio, mesmo que tenha ligado e mandado mensagem diversas vezes se
desculpando. Se ele tivesse me levado para casa, como havia prometido, aí eu não teria me
metido naquela confusão com Nate.
Na real, Ben provavelmente era um cara decente, mesmo com aquele comportamento na
reunião em volta da fogueira. Mas o problema continuava: não sentia fogos de artifício
estourando dentro de mim quando ele me beijava. Não sentia nada.
Já Christopher, era como o Dia da Independência… por todo o meu corpo.
Ao sair da aula de Francês na segunda-feira de manhã, parei imediatamente. Alfonso estava
parado do outro lado do corredor, encostado nos armários, me medindo com um sorriso de
pateta.
– E aí, pequena Speed Racer. – Ele se aproximou, enquanto a garotada atrás de mim bateu
nas minhas costas tentando sair da sala.
Revirei os olhos, sem estar pronta para me irritar novamente. Já no começo da manhã, tinha
me atrasado para a escola depois que saí de casa e descobri que o Bronco estava com o pneu
furado. O Dr. Porter tinha me mandando um e-mail avisando que o laboratório não estaria
disponível amanhã à tarde. E todo mundo estava conversando comigo sobre a corrida da noite
de sexta-feira.
Por mais positiva que toda essa atenção fosse, parecia que alguém estava usando isso para
me apunhalar pelas costas. Não queria me lembrar de como a noite de sexta-feira tinha
passado de boa para ruim, e depois para boa novamente, e depois para pior. A semana já
estava começando mal e eu não estava a fim de aturar o chato do Alfonso.
– O que você quer? – resmunguei, passando por ele no corredor.
– Bem, é bom te ver também. – Ele parecia estar refreando seu ego sinistro de sempre. Não
estava dando indiretas ou tentando me tocar. Estava apenas me encarando, quase tímido, com
um sorriso ridículo de brincalhão no rosto.
Ignorando-o e indo direto para o meu armário, senti uma vontade de bater em algo quando
Alfonso apenas acelerou o passo para me acompanhar.
– Olha, quero que saiba que fiquei muito impressionado com seu desempenho na noite de
sexta. E fiquei sabendo que você ficou em segundo lugar nos quatro quilômetros. Parece que
seu fim de semana foi muito bom.
Não, na verdade, estou completamente enjoada. Não via Christopher desde a sexta-feira. A casa
dele parecia abandonada até a noite de ontem, quando escutei o barulho do motor de seu carro
se arrastando pela garagem. Também ainda não o tinha visto hoje.
E estava procurando por ele. Estava mais irritada com isso do que com qualquer outra
coisa.
– Fala logo, Alfonso. Que brincadeira nojenta e humilhante você está armando para mim
hoje? – Nem olhei para ele ao chegar ao meu armário, enquanto entulhava lá dentro minha
bolsa e meus livros.
– Não tenho nenhuma carta na manga, Dul. Na verdade, vim até aqui implorar pelo seu
perdão. – Alfonso pegou minha mão e me virei para olhá-lo.
Ele colocou sua mão sobre o coração e se abaixou, fazendo reverência.
Ah, o que ele quer agora?
Olhei ao redor e vi uma enxurrada de alunos no corredor, todos olhando pasmos para
Alfonso Caruthers fazendo seu grande gesto, então lhe dei um tapa nas costas.
– Levanta! – sussurrei, áspera, enquanto todos à nossa volta riam e murmuravam.
O que ele estava aprontando?! Um terror fez com que meu estômago se contraísse.
– Estou completamente arrependido por tudo que fiz contigo. – Alfonso se levantou para
ficar cara a cara comigo. – Não tenho desculpas. Não costumo ser inimigo de garotas bonitas.
Se é isso o que diz.
– Tanto faz. – Cruzei os braços, pronta para almoçar. – Terminou?
– Na verdade, não. – Ele sacudiu as sobrancelhas. – Será que você gostaria de ir ao baile de Boas-vindas comigo?
Senti os músculos tensos. Imediatamente comecei a examinar o corredor para ver se tinha
alguém rindo, algum sinal de que tudo isso era uma piada.
Mas nenhum dos amigos de Alfonso estava por perto para testemunhar a brincadeira, e eu
também não conseguia ver Christopher.
Virei-me para Alfonso e o encarei com um olhar.
– Você realmente achou que eu fosse cair nessa?
– Cair no quê? Meu charme e meu corpo gostoso? Lógico que sim.
Seu sarcasmo não conseguiu diminuir minha desconfiança. Virei os olhos, já me
questionando por que diabos estaria ali, parada, escutando ele.
– Basta. Vou almoçar. Diga ao Christopher que não sou burra.
Virei-me e segui até o refeitório.
– Espera. – Alfonso veio correndo ao meu lado. – Você acha que isso é uma armação?
Ignorei ele e continuei andando. É claro que isso era uma armação. Por que Alfonso iria
querer minha companhia no baile de Boas--vindas? E por que ele pensaria que eu fosse
aceitar? Durante anos a gente brigou igual gato e cachorro.
– Dul, Christopher provavelmente acabaria comigo se soubesse que estou conversando com você,
imagina se ele soubesse que estou te chamando pra sair. Estou falando sério aqui. Não é
brincadeira. Não tem piada alguma. Eu realmente quero te levar ao baile.
Continuei meu caminho até o refeitório esperando que ele entendesse a indireta. Comecei a
me sentir sufocada. Ele precisava sair de perto de mim. Agora.
– Dul, por favor, pare. – Alfonso tocou meu braço.
Rodopiei para olhá-lo, quente de tanta raiva.
– Mesmo que você esteja falando sério, você realmente acha que eu confiaria em você
algum dia? Você me assediou e já quebrei seu nariz. Você está me chamando para sair? Está
falando sério?
Nunca pensei que haveria uma mudança no rumo dos acontecimentos tão ridícula como
essa, e o que viria em seguida? Era uma perda de tempo.
– Sei que temos uma história interessante – começou Alfonso, levantando as mãos – e quero
deixar bem claro que não estou te convidando para um encontro romântico. Christopher arrancaria
meu saco se eu fizesse isso. Fui um idiota e quero fazer as pazes. Se você ainda não tem um parceiro, adoraria te levar e te mostrar que posso ser um bom garoto.
Óooo, que discurso bonitinho.
– Não – respondi.
O charme dele não funcionava em mim como nas outras, mas o olhar de surpresa no rosto
dele me fez parar por um instante. Metade de mim queria rir, porque ele realmente parecia
decepcionado. E a outra metade estava preocupada, porque ele realmente parecia
decepcionado.
Não devo nada a Alfonso, disse a mim mesma.
Depois de tudo o que ele fez, eu nem deveria estar falando com ele. Contudo, após ter
escutado sua conversa com Christopher no corredor semana passada, parecia que ele nunca foi
totalmente a favor de tentar me magoar. Talvez ele quisesse mesmo fazer as pazes.
Não importa. Isso não vai acontecer.
Dando a volta, segui para o refeitório novamente quando, na verdade, apenas queria sair
correndo pela porta da frente. Ainda era segunda-feira de manhã e já estava subindo pelas
paredes, querendo sair daqui.
Eu realmente queria ir ao baile e ainda não tinha um parceiro. E ir com Alfonso deixaria Christopher com ciúmes. Acho que queria vê-lo todo confuso por minha causa.
Afastei os pensamentos da minha mente. Não aceite, Dul.
– Você está pensando em tentar uma bolsa para atletas? – perguntou Jess enquanto
descartávamos os restos do almoço.
– Não… Gosto de correr, mas não sei se quero ter esse tipo de compromisso enquanto
estiver na faculdade – respondi.
Megan e Tristan tinham se juntado a nós na hora do almoço, mas haviam sumido um tempo atrás,
provavelmente estavam embaixo das arquibancadas, perto do campo de futebol, conversando.
Ela parecia feliz e Tristan estava sendo mais gentil do que o normal. Demoraria um tempo até
que eu pudesse olhá-lo sem lembrar da traição, mas estava feliz que eles tinham voltado.
Depois que eles foram embora, quase não consegui comer meu burrito de frango. Alfonso não parava de sorrir para mim do outro lado do refeitório.
Ben também não parava de me enviar mensagens. Ele queria conversar antes do almoço
acabar, mas graças aos meus amigos, tinha uma desculpa para não ficar sozinha com ele. Ele tinha sido um grosso e, apesar de estar irritada, sabia que uma hora ou outra teríamos que conversar. Mesmo se fosse apenas para dizer “vamos ser amigos”.
– Então, você foi demais no sábado. – Jess terminou de tomar o suco antes de jogar a garrafa. – Ah, e na sexta-feira também. Não assisti à corrida, mas a escola inteira está falando disso. Você fez muitas pessoas ganharem uma boa grana. Também fiquei sabendo que o Derek Roman estava bem puto.
– Tenho certeza de que ele estava. – Prendi o cabelo em um rabo de cavalo e senti uma onda de calor passar pela nuca.
Era meio louco como funcionava minha percepção de Christopher, mas tinha quase certeza de que ele estava em algum lugar aqui perto.
Ele tinha sumido a manhã toda, não havia sinal dele ou de seu carro. Continuei prestando atenção em Jess, apesar de sentir uma atração vibrar por todo o meu corpo, que me fazia querer virar. Depois dos dois beijos e do sonho, sem falar do pedido de desculpas, pensei bastante nele durante todo o fim de semana.
Antes de desistir e procurá-lo, fui até a porta com Jess. Um instante depois, parei ao escutar alguém chamar meu nome.
– Dulce Brandt!
Pulei, imediatamente envergonhada porque a pessoa que gritou meu nome atraiu a atenção do refeitório inteiro para mim.
– Por favor, venha comigo ao baile de Boas-vindas? – o idiota perguntava atrás de mim. Fechei os olhos. Eu. Vou. Matá-lo. Virei lentamente e vi que Alfonso estava de joelhos um pouco à minha frente. Ele olhava para mim com grandes olhos azuis de cachorro sem dono, e notei que o refeitório todo tinha
ficado muito quieto, já que todos se calaram e olhavam para nós, abismados e ofegantes.
– Você só pode estar me zoando – murmurei e dei um sorriso de desculpas para Jess.
Andando de joelhos com passos curtos e hilários, ele veio diretamente aos meus sapatos e inclinou a cabeça para me olhar de baixo. Pegou minha mão e colocou sobre a dele.
Várias garotas estavam rindo e todos nos olhavam. Só mesmo Alfonso podia sair dessa com tamanha extravagância e ainda ser considerado machão.
– Por favor, por favor! Não recuse. Preciso de você. – Seu tom dramático causou um alvoroço de risadas e torcedores encorajando-o a continuar.
Meu coração estava acelerado. A qualquer momento eu ia surtar com ele e provavelmente não teria sorte o bastante para escapar da sala do diretor uma segunda vez.
– Levanta – mandei, estendendo a mão. Minha cabeça estava cheia de ideias de como machucar este garoto. Eles nunca encontrariam o corpo.
– Por favor, vamos fazer isso dar certo. Me desculpe por tudo. – Ele estava falando um pouco mais alto do que as risadas para que todos soubessem da nossa vida.
– Eu disse não.
– Mas o bebê precisa de um pai! – implorou ele.
Meu coração apertou ao ouvir o que ele disse. Ah, caramba. Não, não, não…
Vaias e berros irromperam de cada canto da sala, e um calor subiu pelo meu pescoço e rosto. Senti que estava tendo uma experiência extracorpórea. Isso não podia estar acontecendo. Era assim que ele queria fazer as pazes? Deixando-me mais envergonhada?
Ele agarrou meu quadril e colocou o rosto na minha barriga.
– Prometo que vou amar nossa criança – sussurrou ele para apenas eu escutar. – Posso falar mais alto, se você quiser.
– Beleza, eu vou. Por enquanto – disse, rangendo os dentes. – Mas se você inventar outra idiotice, quebro seu braço.
Ele levantou rapidamente, colocou os braços ao meu redor e me tirou do chão, me abraçando. Ele me girou e todo mundo bateu palmas e assoviou, mas eu queria apenas vomitar.
Depois que ele me pôs no chão novamente, dei um tapa em seu braço e saí do refeitório, sabendo que não queria ver as expressões nos rostos de Jess ou de Christopher.
Autor(a): Vondy_fics
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Felizmente, ao fim das aulas, a escola inteira já sabia que a piada de Alfonso era apenas aquilo… uma piada. Pelo menos o imbecil conseguiu honrar sua palavra e desfazer o boato. Ainda não me conformava que aceitei. O baile de Boas-vindas era só daqui a duas semanas, então ainda havia esperanças de encontrar um jeito de sair ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 16
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Diva. Escritora Postado em 16/10/2023 - 21:33:37
Ahh Ale, eu amei essa fic adapatada <3 apesar de muitas vezes querer matar o Ucker kkk eu sabia que ainda existia aquele menino doce!! Uma pena que acabou :(
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:58:22
MEU DEUS! Tenho certeza que o vídeo é coisa da tal de Jordan!! Não pode ser o Christopher, se não eu vou morrer!
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:33:53
Finalmente descobrimos a gente sobre o Christopher, sofreu muito coitado, mas não acho que o trauma dele justifica ter feito tudo isso com a Dul. Mas entendo que ele não sabia como lidar com isso. Geente, muito fofo o que ele fez no aniversário dela e o melhor presente de todos depois ahaha e essa amizade de Alfonso, Christopher e Dulce? Tô gostando!!
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 21:43:57
Meu pai, o que o Alfonso tá aprontand Será que é só fazer as pazes mesmo? Coitada da Dul quando é o Christopher é o Alfonso
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:48:15
Esses dois vão me matar ainda kkk Dulce, tá louca pra ir pra cama com ele! O que tá esperando, minha filha?
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:17:02
Meeu Deeus não acredito que ela tá dirigirindo o carro dele!! Melhor parte <3 e ele tem um amuleto da sorte!!! Para Christopher que já tô toda derretida aqui, aquele menino ainda existe...
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 23:19:39
O coitado ficou arrasado mesmo! Meu Deus, espero que ele não faça nada para humilhá-la agora. E depois desse beijo, ela vai ter mais uma lembrança com chuva, tempestade pra lista :p
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:50:52
MEU DEUS! ELA FEZ ISSO MESMO?? Caraca, o monólogo dela acabou com todo mundo. Quero muito saber o que o Ucker vai fazer agora!
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:32:11
Nossa eu amei a vó dela ahaha eu esperava que quando ela fosse falar com ele, a resposta fosse diferente. Quase morri aqui, socoorro! Quando eles vão se aproximar de novo!?? Ucker volta a ser o menino doce ou pelo menos uma parte dele?
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 21:45:30
Dulce pegou pesado nessa, fiquei com pena dele mas ao mesmo tempo queria que ele sofresse um pouco também...