Fanfic: Serei sempre sua [Finalizada] | Tema: Vondy (adaptada)
O Dr. Porter olhou em volta, ainda esperando que alguém dissesse a verdade.
Ele estava certo. Ele não era burro e sabia que havia algo suspeito. Só não queria que ele me chamasse. Eu gostava do cara e provavelmente não conseguiria mentir.
Ele suspirou e esfregou seu queixo imundo.
– Tudo bem, vocês dois. – Ele gesticulou para Nate e Jordan. – Levantem-se e venham até a enfermaria. O resto, vá para casa!
Jordan pegou a bolsa, fechou o armário com força e saiu pelo corredor, enquanto Nate segurou seu nariz ensanguentado e seguiu Dr. Porter.
Enquanto todos se dispersavam, ninguém disse nada para mim. Ninguém me lançou nenhum olhar malicioso ou risos cruéis. Christopher colocou os braços no meu pescoço e me puxou para si,
envolvendo-me no calor seguro de seu peito. Fechei os olhos e senti seu cheiro enquanto uma onda de alívio me inundava. Tinha-o de volta.
– Desculpe por não confiar em você. E pelo que fiz no seu carro também – disse, abafada pelo seu casaco.
Ele encostou a bochecha em cima da minha cabeça.
– Dul, você é minha, e eu sou seu. Você vai perceber mais e mais a cada dia. Quando você acreditar nisso sem ter mais nenhuma dúvida, aí terei ganhado sua confiança.
– Eu sou sua. Eu só… não tinha certeza de que você era meu mesmo.
– Então vou te dar certeza disso. – Ele beijou meu cabelo e seu corpo tremulou com uma de risada.
– Agora você está rindo? – Olhei para ele, confusa.
– Então, estava meio preocupado com meus problemas de raiva, mas acho que agora estou um pouco preocupado com os seus. Você gosta de bater nas pessoas. – Sua boca perfeita sorriu com orgulho.
Virei os olhos e fiz beiço.
– Não sou brava. Ela teve o que merecia, e fui atacada antes. – Na verdade, ela teve sorte.
Depois das merdas que ela aprontou, Jordan teve sorte de eu não tacar fogo em toda a sua coleção de blusas frente única.
Ele me levantou segurando pela parte de trás das coxas, e me agarrei nele com as pernas e os braços enquanto era levada embora.
– É sua culpa, sabia?
– Como? – perguntou Christopher. Sua respiração estava quente na minha orelha.
– Você me tornou uma má pessoa. E agora espanco pobres garotas indefesas… e garotos. – Tentei fazer minha voz soar acusadora e inocente.
Christopher me apertou ainda mais.
– Acho que pode-se dizer que transformei metal em aço.
Enfiei meu nariz em seu cabelo, beijando a ponta de sua orelha, e brinquei:
– É você que está dizendo, seu valentão.
Um ar gelado batia nas minhas costas, fazendo os pelos do meu braço se arrepiarem. Meus olhos foram compelidos a se abrir pela sensação, e um sorriso incontrolável rastejou dos
meus lábios.
– Espero que não esteja dormindo – Christopher falou baixo atrás de mim enquanto eu estava deitada na cama, provavelmente tirando suas botas.
Uma risada silenciosa escapou dos meus lábios ao me virar de costas e vê-lo. Rondando-me, a luz da lua caía por cima de seu lindo rosto e seu cabelo cintilava as gotas de chuva que estavam ali por causa da garoa lá fora. Não conseguia me cansar de sua visão.
– Você veio pela árvore… em uma tempestade – declarei, enquanto ele rastejava até a cama e imediatamente posicionava seu corpo em cima de mim. Ele ainda estava vestindo suas roupas.
Meu pai chegou em casa na semana passada, e tudo correu bem, tirando o fato de ele ter dito a Christopher que não era bem-vindo para quaisquer visitas noturnas. É claro que eu e Christopher já
tínhamos presumido que isso aconteceria. Sabia que meu pai amava Christopher, mas não iria tolerar
encontrá-lo no meu quarto. Isso era compreensível. Relaxando os braços em cada lado da minha cabeça, Christopher olhou dentro dos meus olhos.
– É, a gente costumava ficar sentado naquela árvore toda vez que chovia. É como andar de bicicleta. Nunca me esqueci de como era gostoso.
Lágrimas se formaram em meus olhos. Os anos separados nos machucaram, mas eles passaram tão rápido. Estávamos juntos de novo. Nunca nos esquecemos de como era ficar juntos.
– Você gostou do carro? – ele sorriu e começou a mordiscar meus lábios com beijos suaves e provocantes. Ao me dar uma pausinha, consegui apenas assentir.
No último fim de semana, depois que meu pai chegou em casa, todos nós viajamos para Chicago e compramos meu G8. Estava com o reluzente carro prata metálico escuro há apenas alguns dias.
Meu pai decidiu passar o resto do projeto da Alemanha para seu parceiro, para poder ficar em casa comigo. Foi difícil encará-lo depois que o vídeo tinha vazado, mas depois de alguns
dias e muitas conversas, conseguimos controlar a situação. Ele me deu um sermão sobre eu ter feito uma escolha tão idiota na festa e estava um pouco desconfortável com o novo papel de Christopher na minha vida. Mas assumiu que provavelmente não ficaria confortável com qualquer pessoa que estivesse saindo com sua única filha.
Christopher e eu estávamos sempre on-line, apagando o vídeo em qualquer site que encontrávamos. Nossos colegas de classe também pareciam estar esquecendo a fofoca. Mas tinha quase certeza de que eles estavam fazendo isso mais pelo respeito que tinham por Christopher do que por decência.
Uma semana antes, achei que não sobreviveria àquele ataque, mas agora já estava me concentrando em outras coisas. Havia uma lista de mudanças a serem feitas no meu novo carro
e torcia para que Christopher, meu pai e eu pudéssemos trabalhar juntos nisso durante o inverno.
Alfonso parecia achar que também estava incluso nessa, e acabei nem fazendo nada para tirar isso da cabeça dele.
Meu pai concordou em me deixar tirar o dinheiro do meu fundo para consertar os danos do carro de Christopher, mas teria que arranjar um emprego para consegui-lo de volta. Ele era bem
rigoroso nesse sentido, pois falava que a poupança para a faculdade não era um saco de salgadinho no qual podia colocar minha mão quando quisesse. E não tinha problema. Arranjar emprego era uma boa ideia. Precisava de algo que me ocupasse, agora que meu pai estava
limitando meu tempo com Christopher. Não acho que ele estivesse mais preocupado com a nossa
intimidade do que estava com em relação à perda de foco na escola.
Christopher começou uma ereção devagar entre minhas pernas quando suas leves mordidas se transformaram em devoção e carinho. O frio que entrou com ele no quarto foi substituído por
suor e calor.
Ah. Respirei forte, a pulsação entre minhas pernas se contraía com a fricção que ele estava fazendo.
– Sabe – arquejei –, quero você aqui mais do que tudo, mas meu pai vai acordar. É como se ele ainda estivesse no Exército ou algo assim. Ele dorme com um olho aberto.
Ele parou bruscamente e olhou para mim como se eu estivesse louca.
– Não vou conseguir ficar longe. Não sabendo que seu corpinho lindo estará enrolado nesta cama gostosa e quentinha sem mim.
– Você nunca faltaria com respeito ao meu pai. Até eu sei disso.
– Não, você está certa – admitiu ele, e depois seus olhos se arregalaram. – Quer ir até a minha casa?
Dobrei os lábios entre os dentes para conter uma risada.
Enquanto guiava as minhas pernas para cima e ao redor dele, ele me beijou mais forte antes de sussurrar em meus lábios:
– Eu te amo, Dul. E sempre estarei aqui para você. Dormindo juntos ou não. Apenas preciso te ver.
Segurei sua nuca enquanto ele se levantava para me olhar.
– Eu também te amo.
A parte de cima de seu corpo escorregou para fora de mim até a lateral da cama, enquanto ele procurava por algo no criado-mudo. Passei os dedos pelas suas costas, quase sem perceber as cicatrizes por baixo da camiseta. Ele pulou de volta com uma caixa na mão.
– O que é isso? – perguntei.
– Abra – ele me encorajou, gentilmente.
Sentei-me e ele também, me observando. Deslizando a tampa, tirei uma pulseira com pingentes. Não era daquele tipo desajeitado que tilinta e faz muito barulho, mas sim uma corrente delicada de prata com quatro pingentes. Meus olhos se moveram rapidamente para
Christopher, mas ele ficou apenas sentado em silêncio, esperando alguma coisa.
Ao olhar a pulseira mais de perto, vi que a forma dos pingentes era de um celular, uma chave, uma moeda e um coração.
Um celular, uma chave, uma moeda e…
– Minhas relíquias! – falei, finalmente entendendo.
Christopher soltou uma risada.
– Isso mesmo, quando você me disse no caminho para Chicago sobre como sempre precisava de suas relíquias como planos de fuga quando lidava comigo no passado, não queria que você me visse mais daquele jeito.
– Eu não… – comecei.
– Eu sei. – Ele correu para me assegurar. – Mas quero garantir que nunca mais vou perder sua confiança de novo. Quero ser uma das suas relíquias, Dul. Quero que você precise de mim. Então… – Ele gesticulou para a pulseira. – O coração sou eu. Uma de suas relíquias.
Levei o Jax comigo hoje para escolher.
– Como está seu irmão? – Passei a pulseira pelos dedos, sem nunca querer perdê-la ou perdê-lo.
Christopher deu de ombros.
– Ele está aguentando lá. Minha mãe está tentando conseguir a custódia junto a um advogado. Ele quer te conhecer.
Sorri.
– Eu adoraria.
Não sabia o que dizer. O presente era lindo e adorava o seu significado. Mas o que amava mais era estar conhecendo o Christopher. Tínhamos perdido tempo com o passar dos anos, mas ele
encontrou uma família no seu irmão, e podia ver o amor que sentia por ele.
Uma lágrima escorregou pela minha bochecha, mas esfreguei ela.
– Coloca pra mim? – Dei a ele a pulseira e pisquei para sumir com mais algumas lágrimas.
Christopher abriu o fecho e o prendeu ao redor do meu pulso. Sem soltar minha mão, sentou-se novamente e me colocou por cima de suas pernas.
Ele tirou o cabelo que estava no meu rosto e eu me abaixei para encontrar seus lábios.
Tinha gosto de calor e homem, e eu coloquei meus braços em volta dele, saboreando a realidade de apenas estar ali com ele.
– Christopher. – Meu pai bateu na porta e nós dois levantamos as cabeças. – É hora de ir embora agora. Nos vemos amanhã no jantar.
Meu coração estava batendo tão forte que doía.
Droga!
Christopher resfolegou uma risada e falou para a porta:
– Sim, senhor.
Um calor de vergonha cobriu meu rosto, meus braços, meus dedos dos pés – caramba, todos os lugares – ao ver a sombra do meu pai debaixo da porta desaparecer.
– Acho que preciso ir.
Apertei a camiseta preta dele e encostei meu nariz no seu.
– Eu sei. Obrigada pela pulseira.
– Vou te mimar. – Suas mãos acariciaram meu cabelo.
Sorri.
– Não ouse. Apenas me faça um favor. Deixe a sua janela destrancada. Posso te surpreender
uma noite dessas.
Ele segurou a respiração e beijei sua boca com força. Sua língua tocou a minha e ele
colocou os dedos no meu quadril, me apertando forte contra si. Já conseguia sentir que estava
pronta para ele.
Droga. Preciso ganhar logo a confiança do meu pai de volta. Repeti meu mantra.
– Vá embora. Saia daqui. Por favor – implorei e saí da cama. Ele se levantou, mas me agarrou para dar mais um beijo antes de sair pelas portas francesas.
Observei-o voltar para sua janela seguro, de onde ele me deu mais um último olhar, antes de sorrir e apagar a luz.
Fiquei parada por um instante, observando a chuva cair na árvore. Os trovões retumbavam
na noite, lembrando-me de meu monológo e de como eu e Christopher estávamos em sintonia.
Éramos amigos de novo, e mais do que isso.
Eu era dele. E ele era meu.
Nunca havíamos nos distanciado um do outro. Nós dois estávamos cuidando um do outro,
mesmo sem perceber.
E agora estávamos completos.
FIM
É gente chegamos ao fim dessa maravilhosa história. Espero que tenham gostado assim como eu.
Bjuxxx!!
É até a próxima. 😘
Autor(a): Vondy_fics
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Comentários da Fanfic 16
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Diva. Escritora Postado em 16/10/2023 - 21:33:37
Ahh Ale, eu amei essa fic adapatada <3 apesar de muitas vezes querer matar o Ucker kkk eu sabia que ainda existia aquele menino doce!! Uma pena que acabou :(
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:58:22
MEU DEUS! Tenho certeza que o vídeo é coisa da tal de Jordan!! Não pode ser o Christopher, se não eu vou morrer!
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:33:53
Finalmente descobrimos a gente sobre o Christopher, sofreu muito coitado, mas não acho que o trauma dele justifica ter feito tudo isso com a Dul. Mas entendo que ele não sabia como lidar com isso. Geente, muito fofo o que ele fez no aniversário dela e o melhor presente de todos depois ahaha e essa amizade de Alfonso, Christopher e Dulce? Tô gostando!!
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 21:43:57
Meu pai, o que o Alfonso tá aprontand Será que é só fazer as pazes mesmo? Coitada da Dul quando é o Christopher é o Alfonso
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:48:15
Esses dois vão me matar ainda kkk Dulce, tá louca pra ir pra cama com ele! O que tá esperando, minha filha?
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:17:02
Meeu Deeus não acredito que ela tá dirigirindo o carro dele!! Melhor parte <3 e ele tem um amuleto da sorte!!! Para Christopher que já tô toda derretida aqui, aquele menino ainda existe...
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 23:19:39
O coitado ficou arrasado mesmo! Meu Deus, espero que ele não faça nada para humilhá-la agora. E depois desse beijo, ela vai ter mais uma lembrança com chuva, tempestade pra lista :p
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:50:52
MEU DEUS! ELA FEZ ISSO MESMO?? Caraca, o monólogo dela acabou com todo mundo. Quero muito saber o que o Ucker vai fazer agora!
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:32:11
Nossa eu amei a vó dela ahaha eu esperava que quando ela fosse falar com ele, a resposta fosse diferente. Quase morri aqui, socoorro! Quando eles vão se aproximar de novo!?? Ucker volta a ser o menino doce ou pelo menos uma parte dele?
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 21:45:30
Dulce pegou pesado nessa, fiquei com pena dele mas ao mesmo tempo queria que ele sofresse um pouco também...