Fanfic: Serei sempre sua [Finalizada] | Tema: Vondy (adaptada)
– Como é? – soltei um sussurro rouco. Ele estava tão perto de mim que meu corpo vibrou com tanta energia. Ele mantinha a cabeça na mesma altura que eu, mas seus olhos escuros estavam direcionados para baixo, com um olhar penetrante. Eu estava bastante consciente de seu corpo, de sua pele nua, e então imagens de uma dança em seu colo começaram a fluir. Ah,
caramba. Odeio ele, odeio ele, lembrei a mim mesma.
Christopher notou o emblema do Seether no lado esquerdo do meu casaco.
– Vou colocar Remedy. Ainda é a sua música favorita? Você dança rapidinho pra mim e depois acabo com a festa. – Ele levantou o canto da boca, mas a frieza continuava em seus olhos. Ele queria me humilhar novamente. O monstro precisava ser alimentado.
Será que não chegou a hora de você se vingar?
Se eu aceitasse a proposta, Christopher daria um jeito de descumprir o acordo e me faria passar vergonha. Se eu não aceitasse a proposta, entraríamos em um impasse. Em ambos os casos,
Christopher estava ciente de que não precisava abrir mão de nada. O idiota percebeu de que eu estava muito perturbada para conseguir pensar em uma terceira opção.
Será que não chegou a hora de você se vingar?
No curto espaço de tempo que demorou para eu tomar minha decisão, dei uma última analisada nele. Que vergonha. Christopher era muito lindo e, em um passado distante, havia sido um
bom garoto. Se as coisas tivessem sido diferentes, eu poderia ser dele. Teve uma vez que pensei que era dele. Mas não sacrificaria meu orgulho por ele. Nunca. Mais.
Minhas pernas começaram a tremer, mas me recusava a abandonar minha determinação.
Dei um passo pra trás e gritei dentro da sala de estar.
– Polícia! – As pessoas que estavam dançando começaram a olhar em volta, confusas.
– Polícia! Saiam todos daqui! Os policiais estão entrando pela porta dos fundos! Corram! –
Fiquei surpresa pelo tamanho da responsabilidade que ficaria nas minhas costas ao levar essa mentira adiante, mas tudo funcionou. Caramba, funcionou!
Um tumulto se sucedeu, e a aglomeração de pessoas reagiu com pânico imediato. Os festeiros, pelo menos os menores de idade, começaram a se espalhar por todos os cantos e pareciam também avisar as pessoas que estavam do lado de fora. O restante pegou a maconha
e as garrafas antes de sair correndo. Eles estavam muito bêbados para verificar a área adequadamente e realmente procurar pelos policiais. Então, apenas correram.
Virando-me para olhar Christopher, percebi que ele não reagiu. Ele não tinha se mexido. Enquanto todos saíam da casa dele gritando e rangendo motores, Christopher apenas ficou me encarando com uma mistura de raiva e surpresa.
Aproximando-se de mim devagar, o grande sorriso que se abriu em seu rosto forçou meu estômago a dar uma pirueta. Soltando um suspiro falso de pena, ele declarou:
– Vou te fazer chorar logo logo. – Seu tom de voz era calmo e decisivo. Eu acreditava em cada palavra.
Respirando demoradamente, meus olhos se estreitaram para ele.
– Você já me fez chorar diversas vezes. – Levantei o dedo do meio para ele devagar e perguntei: – Sabe o que é isso? – Com o dedo do meio, afaguei o canto do olho. – Sou eu, esfregando a última lágrima que você vai conseguir tirar de mim Os dias seguintes foram agitados por conta da preparação para o começo das aulas. Por mais que eu tentasse me convencer de que o silêncio de Christopher fosse um bom sinal, era apenas uma questão de tempo antes que a sua máscara caísse.
Minha atitude na festa foi negligente, mas às vezes as piores ideias caem como as melhores.
Mesmo agora, após uma semana, minha pulsação acelerava e eu não conseguia parar de sorrir ao pensar em como peguei ele. A consciência que adquiri enquanto vivia fora fez com que as
coisas que antes eram ameaçadoras se tornassem mais triviais. Um nervosismo ainda surgia em meu peito ao pensar em Christopher, mas não sentia mais uma forte necessidade de evitá-lo a qualquer custo.
– Então, você está na boca do povo hoje! – Não era uma pergunta. Megan pulou ao meu lado enquanto eu guardava os livros. Ela segurou a parte superior da porta do armário enquanto
espiava em volta.
– Não sei do que você está falando. – Soltei um breve suspiro, sem olhar para ela. Era o primeiro dia do meu retorno à escola, nosso primeiro dia do último ano. Minha manhã foi preenchida por aulas de Física, Cálculo e Educação Física. Peguei outro caderno para o
Francês, minha última aula antes do almoço.
– Então você não percebeu todos te observando hoje? Em uma escola de quase duas mil pessoas, acho que você conseguiu notar que quase todo mundo estava falando sobre você – disse ela, dando uma risadinha.
– Sentei no pudim de chocolate de novo? Ou talvez um novo boato esteja rolando, que passei o último ano escondendo uma gravidez e acabei dando o bebê para adoção. – Bati a porta do armário e fui em direção à aula de Francês, sabendo que ela viria atrás de mim. Não queria saber o que as pessoas diziam, porque não me importava com as merdas que eles estavam inventando agora, e também porque não era nada de novo. A França foi uma folga tranquila, mas Shelburne Falls continuava igual ao que sempre foi. Graças a Christopher, minha
passagem pelo ensino médio tinha sido uma longa sucessão de boatos, trotes, lágrimas e decepção. Queria que este ano fosse melhor, mas também não estava alimentando esperanças.
– Não chegou nem perto. E, na verdade, estão falando algo bom. Muito bom.
– Ah, é? – respondi distraidamente, esperando que ela notasse o tom de desinteresse e calasse a boca. – Parece que o ano que você passou na Europa te transformou de übernerd para
überdescolada! – transmitiu Megan. sarcasticamente, já que ela sabia que eu nunca tinha sido
übernerd. Tampouco já fui considerada überdescolada. Minha identidade padrão sempre foi
“por fora de tudo”, apenas porque a lei de Christopher Uckermann me considerou inferior ao padrão aceitável na maioria dos círculos sociais.
Subi as escadas, apressada, até chegar no terceiro andar para a aula, desviando de outros alunos que corriam para chegar no próximo destino.
– Dulce, você me ouviu? – Megan. andava rápido atrás de mim, tentando me alcançar. – Estou falando sério, olhe ao seu redor! Você pode parar por dois segundos pelo menos? – sussurrou
ela, estridente, um olhar de súplica quando a olhei.
– Que foi? – A urgência que ela tinha em me passar as últimas fofocas era impressionante, mas tudo o que eu queria era entrar na escola sem usar minha capa da invisibilidade. – Qual é
o problema? E daí? As pessoas estão me achando legal hoje. Hoje! O que elas vão pensar amanhã depois que o Christopher fizer a cabeça delas? – Não contei a ela sobre a festa de Christopher e
sobre o que fiz. Se ela soubesse, não estaria sendo tão otimista quanto às minhas possibilidades.
– Sabe, ele não ficou tão mal depois que você foi embora. Talvez a gente esteja preocupada sem nenhuma razão. O que quero dizer é… – Megan foi cortada.
– Olá, Dulce – Ben Jamison passou por Megan e veio atrás de mim. – Deixa eu abrir a porta para você.
Saí da frente, dando-lhe espaço para abrir a porta. Sem ter outra escolha a não ser terminar nossa conversa, fechei a boca e acenei para uma Megan de boca aberta.
– Que bom que você voltou – sussurrou Ben enquanto entrávamos na sala, primeiro eu, depois ele. Arregalei os olhos e tive que reprimir uma risada nervosa. Ben Jamison conversando comigo era muito surreal.
Ele era um astro das equipes de futebol americano e basquete e um dos caras mais bonitos da escola. Estudamos juntos nas aulas de Francês I e II, mas ele nunca conversou comigo.
– Obrigada – murmurei, ainda olhando para baixo. Isso estava fora da minha zona de conforto. Sentei discretamente numa carteira na frente.
Que bom que você voltou? Como se ele se importasse comigo antes? Isso provavelmente era alguma das pegadinhas de Christopher. Fiz uma anotação mental para pedir desculpas a Megan por ter tentando me avisar sobre a atenção incomum. Garotos bonitos conversando comigo é igual a esquisito.
A Madame Lyon, a nova professora francesa de francês, começou a dar uma longa palestra logo de cara. Sabendo que Ben estava sentado atrás de mim, tentei me concentrar na matéria,
mas, mesmo examinando o lindo corte do cabelo encaracolado da Madame, não conseguia tirar da cabeça os olhares que me secavam por trás. Com a visão periférica, notei diversos
alunos na sala olhando em minha direção. Mudei de posição no assento. Qual era o problema
deles?
Ao lembrar do que a Megan disse quando voltei, não acreditei que tudo parecia diferente.
Afinal, no meu ano fora não fiz grandes transformações ou viagens de compras. Minha pele estava um pouco mais bronzeada, minhas roupas eram novas, mas meu estilo não havia mudado.
Estava usando um jeans skinny enfiado em botas pretas, de canos longos sem saltos, e uma leve camiseta branca com decote boat neck, longa o bastante para cobrir minha bunda.
Adorava meu estilo e, independentemente do que pensavam sobre ele, continuava usando-o.
Após uma aula angustiantemente longa de cinquenta minutos, cheia de sorrisos vindos de pessoas inesperadas, peguei o celular na minha bolsa mensageiro preta.
Te encontro lá fora pra almoçar?
Enviei para Megan
Tá ventando mto!
Ela respondeu. Sempre por causa do cabelo.
Blz. Estou indo agora, me procure.
Assim que pus os pés na fila da cantina, fiquei toda arrepiada. Peguei uma bandeja e fechei os olhos. Ele estava ali em algum lugar. Não precisava me virar ou escutar sua voz. Talvez fosse o clima do lugar, o modo como as pessoas se moviam, ou a polaridade de sua presença em relação mim. Tudo que sabia é que ele estava, com certeza, aqui.
No ensino fundamental, brincávamos com ímãs, que se atraem quando você os vira para os polos opostos, mas se repelem quando os vira para os polos iguais. Christopher era um lado de imã,
nunca virado para acomodar ninguém. Ele era o que era. As outras pessoas que estavam lá eram ou atraídas ou afastadas por ele, e o fluxo de um lugar refletia isso. Houve uma época em
que eu e Christopher éramos inseparáveis, como os polos opostos de dois ímãs.
Meus pulmões doíam por segurar a respiração sem perceber, então exalei. Depois de pegar uma salada com molho Ranch e uma garrafa d’água, entreguei meu cartão para o caixa passar
no leitor e achei um lugar perto das janelas. A movimentação do local era uma boa distração para não cruzar com seus olhos. Alguns alunos acenavam ao passar e me davam as “boas-vindas”. Meus ombros finalmente relaxaram depois da rodada de cumprimentos.
Jess Cullen acenou para mim a algumas mesas distante, e eu me lembrei do treino desta
tarde.
Kd você?
Megan mandou uma mensagem.
Perto das janelas da frente.
Estou na fila agora! OK.
Respondi. Ao girar no meu lugar, consegui vê-la na fila. Dei um tímido aceno para sinalizar
minha localização e rapidamente me virei, antes de ceder à tentação de procurar por ele no refeitório.
Depois de tirar a tampa da minha garrafa d’água, dei um longo gole, apreciando a sensação de alívio. Parecia que meu coração estava batendo aceleradíssimo na última hora. Hidratar,
hidratar, hidratar.
No entanto, meu relaxamento foi interrompido pela voz de Alfonso Caruthers.
– Ei, querida. – Alfonso colocou a mão na mesa ao meu lado e se inclinou na minha orelha.
Conforme eu fui colocando a tampa na minha garrafa, meus ombros iam caindo levemente. De novo não! O cretino não aprendeu a lição? Fiquei olhando para a frente, tentando ignorá-lo.
– Dulce? – Ele estava tentando me provocar para notar sua presença. Mas minha versão não agressiva ainda não estava fazendo contato visual.
– Dulce? Sei que pode me ouvir. Na verdade, sei que cada parte de você está bem ciente da minha presença neste momento. – Alfonso correu os nós dos dedos da mão esquerda pelo meu
braço. Respirei fundo e meu corpo se retraiu ao seu toque.
– Hmmm, você está arrepiada. Viu? – ele brincou comigo.
Arrepiada? Se eu não estivesse tão cansada disso, teria rido.
– Sim, você realmente faz minha pele arrepiar. Mas você já sabia disso, certo? – Meu desdém não podia ter sido mais pronunciado.
– Eu realmente senti sua falta ano passado e queria muito pedir uma trégua. Na verdade, por que não nos esquecemos de tudo e saímos no fim de semana?
Ele só pode estar sonhando, se acha…
A mão dele deslizou pelas minhas costas e rapidamente desceu até minha bunda. Respirei fundo novamente.
Filho da puta! Ele realmente pegou na minha bunda? Sem a minha permissão? Na frente de
todos? Ah, não.
Então, ele apertou.
Depois disso, tudo aconteceu muito rápido, com uma mistura de reação e adrenalina. Saí pulando do meu lugar como se as minhas pernas tivessem molas. Os músculos das minhas
coxas ficaram firmes por causa da tensão e fechei os punhos.
Ao ver Alfonso, que se levantou para ficar cara a cara comigo, puxei ele pelos ombros e desferi um golpe na sua virilha com o meu joelho. Um golpe forte. O impacto deve ter sido muito grande, porque ele gritou e caiu de joelhos, gemendo, enquanto segurava os testículos.
Já tinha sido muito maltratada por Alfonso. Não conseguiria reagir tranquilamente outra vez
de maneira alguma. Quebrar o nariz dele no final do ano passado claramente não foi minha última carta na manga. Era apenas o começo de uma nova estratégia. Com o coração batendo forte e um calor se apoderando dos meus braços, não parei para pensar aonde isso me levaria amanhã ou na próxima semana. Só queria que ele parasse.
Christopher vinha me ameaçando há anos, mas nunca tinha passado daquele limite. Ele nunca tinha me tocado ou me feito sentir fisicamente violentada. Alfonso sempre passava dos limites, e eu ficava me questionando que porra de problema ele tinha! Se o que Sam tinha dito era verdade,
sobre eu ser “proibida”, então por que Alfonso me enchia tanto o saco? E bem na frente de Christopher ?
Autor(a): Vondy_fics
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– Não me toque e não fale comigo. – Pairei sobre ele, sorrindo desdenhosamente. Os olhos de Alfonso estavam fechados e ele respirava fortemente. – Você realmente achou que eu sairia com você? Sei o que as garotas falam e, ao contrário do que diz o ditado, os melhores perfumes não estão nos menore ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 16
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Diva. Escritora Postado em 16/10/2023 - 21:33:37
Ahh Ale, eu amei essa fic adapatada <3 apesar de muitas vezes querer matar o Ucker kkk eu sabia que ainda existia aquele menino doce!! Uma pena que acabou :(
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:58:22
MEU DEUS! Tenho certeza que o vídeo é coisa da tal de Jordan!! Não pode ser o Christopher, se não eu vou morrer!
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 23:33:53
Finalmente descobrimos a gente sobre o Christopher, sofreu muito coitado, mas não acho que o trauma dele justifica ter feito tudo isso com a Dul. Mas entendo que ele não sabia como lidar com isso. Geente, muito fofo o que ele fez no aniversário dela e o melhor presente de todos depois ahaha e essa amizade de Alfonso, Christopher e Dulce? Tô gostando!!
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 21:43:57
Meu pai, o que o Alfonso tá aprontand Será que é só fazer as pazes mesmo? Coitada da Dul quando é o Christopher é o Alfonso
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:48:15
Esses dois vão me matar ainda kkk Dulce, tá louca pra ir pra cama com ele! O que tá esperando, minha filha?
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Diva. Escritora Postado em 15/10/2023 - 20:17:02
Meeu Deeus não acredito que ela tá dirigirindo o carro dele!! Melhor parte <3 e ele tem um amuleto da sorte!!! Para Christopher que já tô toda derretida aqui, aquele menino ainda existe...
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 23:19:39
O coitado ficou arrasado mesmo! Meu Deus, espero que ele não faça nada para humilhá-la agora. E depois desse beijo, ela vai ter mais uma lembrança com chuva, tempestade pra lista :p
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:50:52
MEU DEUS! ELA FEZ ISSO MESMO?? Caraca, o monólogo dela acabou com todo mundo. Quero muito saber o que o Ucker vai fazer agora!
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 22:32:11
Nossa eu amei a vó dela ahaha eu esperava que quando ela fosse falar com ele, a resposta fosse diferente. Quase morri aqui, socoorro! Quando eles vão se aproximar de novo!?? Ucker volta a ser o menino doce ou pelo menos uma parte dele?
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Diva. Escritora Postado em 11/10/2023 - 21:45:30
Dulce pegou pesado nessa, fiquei com pena dele mas ao mesmo tempo queria que ele sofresse um pouco também...