Fanfics Brasil - Flor despedaçada O Lírio Amarelo de Konoha

Fanfic: O Lírio Amarelo de Konoha | Tema: Naruto


Capítulo: Flor despedaçada

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Na manhã seguinte após um encontro agradável porém estranho com Natsuki, Lee estava determinado a encontrar Gai e descobrir mais informações a respeito de sua misteriosa ex-aluna.


Seu Sensei retornaria de sua missão naquele dia a qualquer momento e mal conseguia conter sua ansiedade em finalmente poder questioná-lo. Por isso, já estava a seis horas sentado na entrada da vila.


-Ei, não é melhor esperá-lo na vila? - Questionou Kotetsu, um dos ninjas que eram responsáveis por guardar a entrada de Konoha.


-Não! - Retruca resistente. - Eu preciso imediatamente falar com Gai-sensei assim que ele pisar seus pés na vila.


-Gai com certeza irá atrás de você depois de se apresentar a Hokage-sama. - Comentou Izumo, companheiro de Kotetsu. - Deveria usar este tempo para fazer outra coisa mais útil.


Ao ouvir aquela frase, Lee subitamente arregala seus olhos como se tivessem contado-lhe a verdade mais profunda e absoluta do mundo e se levanta do chão em um salto.


-Vocês estão corretos! - Izumo e Kotetsu se entreolham. Teriam mesmo convencido? - Eu deveria estar usando esse tempo para treinar!


...É claro que não.


Suspirando pesadamente, Izumo e Kotetsu apenas continuam observando enquanto Rock Lee se coloca sobre suas mãos para plantar bananeira, começando uma contagem e fazendo flexões naquela posição.


E assim Lee continuou com flexões, abdominais, pulando corda e qualquer outra coisa que o mantivesse em movimento enquanto Gai não aparecesse em seu campo de visão, o que felizmente, não demorou muito a acontecer.


Após aguardar por mais alguns minutos, Gai finalmente retorna a vila, sorrindo largo ao ver que seu pupilo o aguardava e treinando! Lee imediatamente tem a mesma reação e abre um grande sorriso ao ver o Sensei.


-Lee! Como vai?


-Gai-sensei! Eu estava esperando o senhor!


-A mim? Está tudo bem?


-Sim! Na verdade eu queria lhe perguntar sobre algo importante!


-Oh, é claro! - Gai começa a caminhar. - Venha comigo, nós vamos conversando no caminho.


-Sim, senhor!


Lee passa a caminhar ao lado de Gai que quase imediatamente começa a tagarelar sobre seus maravilhosos feitos realizados na missão que acabava de retornar. Levou alguns minutos para que Gai conseguisse se recordar de que Lee tinha algo a lhe dizer.


-Perdão, Lee. Sobre o que você queria falar mesmo?


-Está tudo bem! Estou sempre pronto para ouvir suas histórias, Gai-sensei! - O mais novo permanecia com um sorriso admirado em seu rosto. - Mas, de fato, gostaria de lhe perguntar sobre uma coisa.


-Hooh... Vai insistir novamente para que eu lhe ensine meu justu especial? Sabe que ainda não está preparado, Lee!


-Claro que estou! - Dessa vez é Lee quem por um momento quase esqueceu seu objetivo. - M-Mas não é sobre isso. Na verdade, quero lhe perguntar sobre uma pessoa. Poderia me falar mais sobre Natsuki Hana?


Ao ouvir aquele nome sair da boca de seu pupilo, por um segundo Gai perde totalmente sua sua pose descontraída e confiante, demorando alguns instantes para assimilar que realmente havia ouvido certo.


-Natsuki..? - Gai parecia surpreso. - ...Como soube dela?


-Ah! Então é mesmo verdade! - Lee abre um grande sorriso. - O senhor a conhece!


-Sim... Eu conheço.


De um instante a outro o bom humor de Gai foi instantaneamente substituído por uma expressão confusa e incomodada e aquela mudança em sua linguagem corporal não passou despercebida por Lee. Aos poucos, o sorriso do ninja mais jovem diminuiu um pouco, estranhando a feição séria de Gai.


-Quem te contou sobre ela?


-Ninguém! Ela mesma me falou sobre o senhor.


-O-O que? - Gai parecia chocado.


-Foi uma desafiante do meu dojo e eu acabei a conhecendo! Ela me disse que retornou a vila há pouco tempo! Antes mesmo dela me dizer, já consegui perceber que ela teria alguma ligação com o senhor! O Taijutsu dela é esplêndido!


Mas Gai não lhe responde, apenas continua encarando Lee perplexo.


-Gai-sensei?


O seu rosto do mais velho continha uma expressão séria que aos poucos ganhava até mesmo ar um pouco dolorido, seu olhar era distante e seu maxilar estava tenso.


Ao ver seu sensei assim, Lee automaticamente se enche de preocupação e estranhamento. Algo não parecia estar certo. Imaginava que quando soubesse que poderia reencontrar uma antiga aluna Gai ficaria radiante! Então por que ele estava com aquela cara?


-Lee... Nós... - Respira profundamente. - Nós precisamos ir até a Tsunade-sama.


-Por que?


-Preciso que relate o que viu a ela.


-O que?


-É importante.


Emudecendo a partir dali, Gai começa a marchar em direção ao escritório da Hokage, sendo seguido pelo olhar cada vez mais confuso de seu pupilo.


Respeitando a vontade de Gai, Lee apenas o acompanha até estarem no escritório da Hokage. A cada passo, os olhos do mais velho ferviam cada vez mais, com raiva, descontentamento e confusão.


Assim que chegam, Gai bate à porta.


-Entre! - Escutam uma voz anunciando do lado de dentro, incentivando-os a entrar.


Ao estarem dentro da sala, Tsunade automaticamente estranha a feição séria tão pouco habitual de Gai. Ele parecia furioso e ao mesmo tempo perdido.


-Tsunade-sama, tenho uma pergunta séria a te fazer.


Tsunade apenas faz um gesto com sua mão o incentivando a prosseguir. Gai hesita por um momento.


-Houve alguma mudança no estado dela?


-Você se refere a..? - Gai apenas assente com a cabeça. - Infelizmente nada mudou, Gai. Estamos a monitorando como sempre, mas... você sabe.


Gai suspira pesadamente. Sentia um peso saindo de suas costas, enquanto ao mesmo tempo outro ainda mais pesado era colocado sobre si. Não saberia dizer se aquela informação lhe causava alívio ou agonia, mas ao menos, agora sabia o que pensar.


-Nesse caso, temos problemas.


-Qual o problema?


-Lee diz ter a conhecido.


Ao ouvir aquele relato, Tsunade arregala sutilmente seus olhos e após encarar Gai por alguns segundos se nutre de uma expressão de compreensão.


-... Tomarei providências sobre isso.


-Muito obrigado. Também me manterei atento. E por favor, quero ver o responsável por isso com meus próprios olhos quando o encontrarem.


-Gai, não acho que seja uma boa ideia que você se envolva ni-


-Tsunade-sama. - A encara seriamente. - Sabe que não posso ficar de braços cruzados diante de uma situação assim. Por favor.


Lee, que até então permanecia em silêncio e cada vez mais confuso com a conversa que presenciava, começa a não suportar sua curiosidade.


-Perdão, o que está acontecendo? Por que é algo tão sério que eu tenha a conhecido?


No instante que Lee questiona, um silêncio se instala no ambiente. Gai permanece com um olhar perdido no rosto e Tsunade franze o cenho, arqueando levemente uma das sobrancelhas.


-Gai, nunca contou ao Lee sobre ela?


Gai suspira.


-Não. - É a vez de Tsunade suspirar. - Mas vou consertar isso. Lee, siga-me.


Ainda confuso, o olhar de Lee alterna entre Tsunade e seu Sensei, porém respeitoso, segue o homem quando ele o pede.


A caminhada que se seguiu manteve-se silenciosa por alguns minutos. Vez ou outra, Lee direcionava seus olhos para Gai, tentando buscar na expressão dele alguma resposta para os milhões de questionamentos que rondavam sua cabeça.


-Gai-sensei? O que está acontecendo?


-Natsuki fez parte do primeiro time que liderei como sensei.


-Sim, isso ela me contou. Por isso pensei que ficaria feliz em vê-la de novo.


-Lee... - Gai acena negativamente com a cabeça. - A pessoa com quem você falou não é a Natsuki. Alguém o enganou.


-O-O que? Como assim?


-É impossível que a pessoa que encontrou seja a verdadeira Natsuki. Eu realmente gostaria, mas a realidade infelizmente não é tão gentil.


-Mas porque seria impossível? A pessoa com quem conversei parecia sincera e também sabia várias coisas sobre o senhor.


-Não posso dizer com certeza quais são as intenções dessa pessoa com isso. Mas posso afirmar que não é ela.


Com aquela fala tão nutrida de certeza, Lee conseguia criar algumas suposições em sua cabeça, mas não gostava nada delas.


-O que aconteceu com a verdadeira?


-.... Estou te levando até ela.


-Eh?


-A pessoa com quem conversou disse que havia acabado de retornar, certo? - Lee assente. - A verdadeira Natsuki nunca deixou a vila desde a última missão que cumpriu.


-Então porque nunca ouvi nada sobre ela? Já era estranho quando achava que ela estava fora. Mas se ela nunca saiu é ainda mais esquisito pensar que nunca ouvi nada.


-... Vai entender quando chegarmos.


Passando os dois a ficarem em silêncio a partir dali, os dois ninjas apenas continuam caminhando lado a lado até finalmente chegarem ao seu destino. Ao perceber onde estavam entrando, Lee arregala seus olhos novamente: O hospital geral de Konoha.


Não tinha boas lembranças daquele lugar depois de ficar tantos meses internado e em tratamento intensivo após as sequelas da luta contra Gaara, mas não deixava que aquelas lembranças nebulosas o desviassem de seu objetivo e apenas continuava seguindo os passos de seu mestre.


Passaram pela recepção, onde uma das funcionárias direcionou um sorriso caridoso para o mais velho, não lhe fazendo nenhuma pergunta sobre o que ele fazia ali e nem pedindo que assinasse nenhum tipo de documento ou lista. Gai segue caminhando como se já conhecesse o trajeto por aqueles corredores como a palma de sua mão, até pararem em uma das portas.


-Chegamos. - Gai fecha seus olhos, abrindo um leve sorriso. - Já faz um tempo.


Metendo sua atenção à porta, Lee aguarda até que ele a abra. O som estridente da porta de madeira correndo sobre o trilho foi o único som que os acompanhou.


Quando a passagem finalmente é liberada, Lee confirma uma de suas suspeitas, embora ela parecesse pior do que havia imaginado. Infelizmente, ali deitada sobre a cama, conectada a soros e uma variedade de equipamentos médicos além de repleta de selos pintados sobre seu corpo, estava ali o mesmo rosto que havia passado os últimos dias conhecendo.


-N-Natsuki-san...


Lee se aproxima ainda custando a acreditar. Ela estava desacordada e seu corpo frágil e emagrecido, muito diferente da forma que havia visto antes.


-Natsuki nunca saiu desse quarto. Por isso... Quem você conheceu não pode ser ela.


Gai fecha a porta do quarto e caminha até próximo da cama dela, se sentando na beira. Direciona um sorriso triste para o rosto de sua ex-aluna e afaga delicadamente uma de suas mãos.


-Natsuki era uma ninja excepcional. Foi uma honra tê-la como parte do meu primeiro time. Acho que jamais me perdoarei pela forma como falhei como professor...


-O...O que aconteceu?


Gai suspira profundamente, tomando coragem de olhar novamente para aquelas lembranças que um dia lhe foram tão queridas, mas que hoje lhe traziam um amargor em sua alma.


-Natsuki nasceu com um talento incrível para genjutsu. Bem, ela também era fabulosa em outros estilos de luta, mas seu nível de Genjutsu era notável. - Gai abre um leve sorriso enquanto seu polegar acarinhava o dorso da mão dela de forma quase devota. - Foi um desafio gigante para mim que até então só me julgava qualificado para treinar taijutsu. Ser professor é muito mais do que ensinar, é guiar alguém. É ajudá-la a crescer. Sinto que aprendi com ela tanto quanto pude ensinar. Natsuki como ninja desabrochou como uma flor no verão e se tornou o meu maior orgulho como professor. Mas... - Gai baixa sua cabeça, apertando suavemente a mão dela. Seu olhar era repleto de culpa. - Em uma das missões... Enfrentamos outra pessoa tão talentosa quanto ela. Um dos principais erros de um ninja é acreditar que o Genjutsu se limita apenas a criar ilusões e por isso, não é nada mais que um grande inconveniente. Mas o genjutsu não é simplesmente criação de ilusões. Quando se faz uso dessas técnicas você usa o próprio chakra para manipular o sistema nervoso do oponente. É atingir a corrente vital do funcionamento do cérebro utilizando a própria. Justamente por isso ele se torna tão perigoso, tanto pra quem é atingido, quanto pra quem o usa. Você fica aberto e vulneravel. - Gai encara Lee. - Ela foi pega. Fazendo jus ao talento incrível que ela possuía, ela conseguiu detê-lo, Mas... Ele também conseguiu fazer o mesmo. Como uma espada de dois gumes, os dois cortaram a ligação vital do seu corpo com a mente.


-Então... Ela está em coma ou algo assim?


-Na verdade... - Gai franze o cenho. - Eu sou o único que ainda acredita que ela possa estar viva.


-O que?


-Os médicos do hospital não conseguem sentir nenhum sinal do chakra dela. A energia vital que movia seu corpo já está inativa a muitos anos. Ela pararia de respirar se não fossem por todos esses aparelhos, por isso... para a maioria das pessoas, ela já se foi. Só eu continuo insistindo. Só eu continuo esperando.


-Mas eu não entendo... A pessoa com quem conversei é idêntica a ela.


-Provavelmente alguém está tentando pegar uma peça, ou quem sabe seja um conhecido dela tendo dificuldades em aceitar o que aconteceu. De qualquer forma, não posso permitir que manipulem a imagem dela assim. - Gai encara Lee seriamente. - Se você encontrar essa pessoa novamente, a traga para mim imediatamente.


Lee não o responde, apenas continua encarando o rosto desacordado a sua frente.


-O senhor ainda acha que ela pode acordar algum dia?


-... Eu quero acreditar que sim. Mesmo depois de tanto tempo, gostaria de poder me redimir por ter falhado com ela. Eu era seu professor, mas quando fomos atacados eu não pude fazer nada por ela. - Gai abre um sorriso amargo. - Mas isso pode ser apenas egoísmo meu. Talvez... eu já devesse ter a deixado descansar.


-... E quanto ao resto do time?


-Oh... Um deles desistiu do caminho ninja depois do que houve com ela. Soube que ele e sua família acabaram deixando a vila porque sofreram algumas... retaliações por ele ter desistido. Muitos não entendem que o caminho ninja é rochoso e que não é nenhuma vergonha reconsiderar e seguir outra escolha. A outra garota hoje é uma chunnin e trabalha na academia ninja. Ela pode ter sido sua professora em algum momento.


-Entendo...


Lee direciona um novo olhar para Natsuki, ainda se sentindo entorpecido por todas aquelas informações. Embora a verdade tivesse sido escancarada para si, ainda não parecia reconhecer o rosto de sua até então nova amiga naquela expressão abatida a sua frente. Embora os traços fossem os mesmos, ainda sentia como se estivesse encarando duas pessoas distintas.


Lentamente, esticou uma de suas mãos para tocar a dela, num gesto que consistia em tentar fazer seu subconsciente assimilar as informações que recebia. Compreender que aquela era a mesma pessoa.


No entanto, quando seus dedos entraram em contato com a pele dela, foi atingido por um arrepio intenso, como se uma corrente elétrica subitamente açoitasse todo seu corpo bruscamente e o obrigasse a afastar sua mão.


-W-Whoah!


-Lee? Tudo bem?


-H-Hã? Ah... Sim. Tudo bem. - Lee mantinha o olhar assustado sobre ela. O que havia sido aquilo? - Só... estou surpreso.


-Sei que deve estar muito confuso com tudo isso. Por que não vai para casa? Podemos conversar melhor amanhã e você pode me ajudar a procurar a pessoa que conheceu.


Ainda inquieto, Lee olha ao redor ainda sentindo resquícios daquela sensação na ponta de seus dedos. Agitado, foca sua visão na janela no momento em que percebeu que lá fora diversas pétalas amarelas eram levadas pelo vento, uma chuva de pétalas da mesma cor e formato das flores que repousavam na mesa de cabeceira do lado da cama da garota.


-Lee?


Mas o garoto manteve-se em silêncio enquanto olhava pela janela. Até subitamente arregalar os olhos.


Não era época de flores amarelas.


-... Tenho que ir.


Sem dar tempo para que seu sensei dissesse mais nada, Lee salta pela janela rapidamente, deixando Gai para trás.


Gai observa seu aluno correr e desaparecer na esquina. Suspirou pesadamente de novo e voltou a se sentar na beira da cama, focando seu olhar naquele rosto abatido.


-... Será que também o decepcionei?


-x-


Após abandonar o hospital, Lee corria em uma direção precisa o mais rápido que conseguia. Guiava-se por aquela sensação que o chamava para aquela direção de forma quase instintiva, sentindo seu coração disparar mais conforme se aproximava, até estar num lugar que conhecia bem: O memorial de pedra da vila.


-Você.


Ali, sentada acima do memorial, de costas para ele, estava a pessoa que agora já não sabia dizer ao certo se conhecia ou não. Lee não sabia como se sentir mas se questionava profundamente de duas coisas:


O que era aquela sensação tão estranha que continuava a sentir?


Como essa sensação o guiou até ela? E como sabia que acabaria a encontrando no final?


-Quem é você?


-Boa tarde, Lee-san.


-Você me seguiu até o hospital, não foi? Você me trouxe até aqui, não é?


-...


-Não consigo entender porque você está fingindo ser alguém que não é, mas eu também não acredito que você esteja mal-intencionada. - Lee se aproxima. - Eu te disse antes, me diga o que está acontecendo e eu posso te ajudar.


-E eu te disse antes, você não pode me ajudar, Lee-san.


Lentamente, ela volta o rosto para ele, permitindo então que ele pudesse enfim ver sua expressão: lágrimas que se acumulavam em seu olhar e um sorriso distante permanecia em seus lábios. Um sorriso largo, mas que não transmitia alegria. Ele emanava dor.


-Ou melhor... Você já está me ajudando estando aqui.


Lee continuou em silêncio a encarando seriamente, não parecendo convencido daquela fala embora a voz dela ainda assim soasse sincera.


-Gai-sensei também ainda está sofrendo pelo luto de ter a perdido. Se esse também for seu problema e por isso você está fazendo isso, sei que podem consolar um ao outro. Ele pode te ajudar também.


Soltando um suspiro pesado juntamente com um riso tristonho, a garota desce do alto da pedra e então estica uma das mãos para Lee. O rapaz fica confuso com aquela atitude, hesitando por alguns segundos antes de aceitar esticar a própria mão e segurar a dela. No instante em que seus dedos se tocam, novamente Lee é atingido por aquele mesmo arrepio intenso que vibrou por todo seu espírito e aos poucos... o ninja verde começou a se sentir sonolento.


-O-O que está fazendo..?


-Não tenha medo, Lee-san.


O peso de suas palavras foi aumentando gradativamente, sua visão ficando turva e seu corpo amolecendo, cada vez mais difícil de sustentar...


-Vou te mostrar tudo. 


 



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Autor(a): tord_the_writer

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