Fanfics Brasil - As Panteras.

Fanfic: As Panteras.


Capítulo: 23? Capítulo

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Lúcio: - Bem! Agora que já conheceram o apartamento, podemos ir, não é?


            Anahí: - Vamos sim, Lúcio, já está mais do que na hora.


     Eles foram direto pra casa, quando chegaram foram logo recebidos por Maria que parecia preocupada.


            Dulce: - Aconteceu alguma coisa, Maria?


            Maria: - O médico acabou de sair, Dulce!


            Dulce: - Onde está minha mãe?


            Maria: - No quarto, o doutor disse...


    Maria não pôde terminar de falar, Dulce e Camila correram escada a cima até o quarto de Cláudia.


            Maria: - Dona Anahí, podemos conversar?


            Anahí: - Comigo? Claro! Sente-se. – Apontando para o sofá, Maria se sentou meio sem jeito.


            Maria: - O médico conversou comigo, já que não tinha com quem falar, ele me disse que Dona Cláudia não tem muito tempo de vida.


            Anahí: - Como assim?


           Maria: - É só questão de tempo, Dona Anahí. Que ela não vai resistir muito. – Enquanto ela falava, lágrimas rolavam pela face. – Uma mulher tão jovem e tão bondosa.


           Anahí: - A morte não escolhe a quem levar, Maria.


           Maria: - Pois é, Senhorita. A senhorita é a única nessa casa que vai continuar de pé quando a Dona Cláudia se for, vai ser o suporte da Camila.


          Anahí: - Mas a Dulce me parece tão forte e corajosa.


          Maria: - A senhorita não a conhece! É apenas uma máscara, ela não quer parecer frágil, mas está destruída por dentro.


          Anahí: - Maria, você pode ter certeza de uma coisa: Eu já amo a Camila demais e vou protegê-la sempre, vou cuidar dela com toda a certeza, mas de a Dulce permitir, porque, não sei se percebeu, mas Dulce Maria me detesta.


         Maria: - É dificil pra ela, se coloque no lugar dela.


         Anahí: - E quem se coloca no meu lugar? Eu também perdi a minha mãe, Maria e, ao contrário da Dulce, nunca soube o que é ter um pai. – Ela saiu da sala correndo, as lágrimas já rolavam em seu rosto.


    Quando Anahí entrou em seu quarto, encontrou Camila deitada em sua cama aos prantos.


         Anahí: - Mila, tá fazendo o que aqui? O que houve?


         Mila: - Annie! – Ela correu até Annie e a abraçou bem forte.


         Anahí: - Oh, minha linda! Vem cá! – Pegando Camila e levando até a cama. – O que foi?


         Mila: - Minha mãe vai morrer, Annie! Ela se despediu de mim.


         Anahí: - Não fique assim, minha anjinha! Fique calma, por favor.


         Mila: - Annie, como é? Como é perder uma mãe?


         Anahí: - Ah Mila! Dói, querida. Não vou negar que dói, dói demais! Mas você tem coisas que eu não tive. Você tem uma irmã que te adora, aliás, uma não, duas, tem sua avó e muito carinho de todo mundo. Olha, Mila! Não pense no pior agora, fique calma, é normal sentir medo, mas não sofra por antecipação.


     As duas se abraçaram e ficaram ali, chorando juntas até Camila adormecer.


     No dia seguinte, Camila acordou e foi direto para o quarto da mãe, não queria sair de perto dela, Annie também foi até lá cumprimentá-la e elas conversaram por um tempo, Dulce também passou boa parte do tempo no quarto de Cláudia, mas não tanto quanto Mila.


     Um pouco depois do almoço, Annie ouviu uma buzina em frente a sua casa.


          Annie: - Ai! Deve ser o Ucker! Com toda esse clima pesado me esqueci dele.


     Dulce ao ouvir a buzina, olhou pela janela. Não conhecia aquele carro, logo viu Annie se aproximar. Então a visita era pra Anahí, com certeza um de seus namorados, ela tinha jeito de garota volúvel.


          Annie: - Uckerzito!


          Ucker: - Oi, minha fada! – Saindo do carro e dando um baita abraço nela.


     Dulce, que olhava da janela, não podia acreditar no que estava vendo. Além de tudo que Annie havia lhe tomado, tudo que ela havia destruído, agora isso! O único garoto por quem Dulce havia se interessado, desde seu último namorado, era agora namorado de Anahí. Não podia ser, não podia.


           Annie: - Ucker, meu príncipe, estou muito feliz em lhe ver, mas infelizmente o clima aqui não está pra visitas.


           Ucker: - E porque não? O que houve?


           Annie: - A viúva do meu pai está muito doente, os médicos já estão desacreditados.


           Ucker: - Nossa, Annie! Que barra! Eu posso ajudar em alguma coisa?


           Annie: - Não, meu lindo, por enquanto não. Se eu precisar de alguma coisa, eu juro que te falo.


           Ucker: - Então tá. Tchauzinho!


        Eles se abraçaram de novo e Ucker foi embora.


     Os dias se arrastavam naquela casa. O clima era triste e desolador, Anahí se sentia sufocada, numa prisão de angústia e sofrimento e, dessa vez, ela era apenas expectadora da dor alheia.


     Ela já até filosofava sobre como cada um deles sofria. Dona Lurdes, a mãe de Cláudia, sofria a dor de saber que estava perdendo uma filha, Camila, sofria a dor da solidão, uma dor que Anahí conhecia, a dor de saber que vai perder uma mãe sentir que tudo está perdido, Dulce sofria pela solidão, pelo ódio que ainda sentia de Flávio, sofria por Camila, sentia pena da irmã e sentia pena de si mesma. Por mais que Annie detestasse Dulce e a idéia de que teria de viver com ela, também sabia que reconhecer quer a ruiva era quem mais sofria e passava a de alguma forma querer não odiá-la.


     Enfim chegou o dia, que todos sabiam que chegaria, mas ninguém desejava. Dona Cláudia já amanheceu morta naquele sábado.


     Sábado! Dulce sempre adorou sábados e agora sentia um pavor em especial por aquele dia. Mas pra quem não conhecia a ruiva, ela parecia bem. Corada, forte, com uma paz no semblante, ao contrário de Camila que mal conseguia permanecer em pé, tinha que ser constantemente amparada por Anahí.


      Depois do enterro e do velório, todos estavam de volta pra casa. Lurdes teve que voltar para a sua cidadezinha, afinal, tinha que organizar tudo para a chegada de Camila. Ficou combinado que a pequena, de quinze em quinze dias, passaria os fins de semana com Anahí e Dulce Maria, mas moraria com Lurdes.


       Camila estava em seu quarto com Maria que tentava fazer com que ela comesse algo. Anahí estava no quarto quando Dulce chegou.


           Dulce: - Amanhã mesmo vamos ao apartamento. Quero redecorar aquela sala, você não acha que é importante? Pensei em levar a cortina da sala pra lá, o que você acha? – Ela agia como se nada estivesse acontecendo.


           Anahí: - Como é que é?


           Dulce: - O que foi? Não gosta da cortina?


           Anahí: - Para de atuar, Dulce Maria. Para de fingir que tá tudo bem.


           Dulce: - Não to entendendo aonde você quer chegar.


           Anahí: - Você acabou de perder a sua mãe, ninguém espera que você esteja forte. Você não precisa mais fingir.


           Dulce: - Não haja como se me conhecesse.


           Anahí: - E não te conheço. Você não se deixa conhecer, é sempre arisca, sempre em posição de defesa, uma atriz, falsa, está tão acostumada a fingir sentimentos que não consegue sentir uma perda de verdade.


      Dulce respirava fundo, tinha prometido segurar firme e ser forte, mas Anahí não estava cooperando.


           Dulce: - Sua biscate! Quem pensa que é?


           Anahí: - Isso! Grita mesmo, me xinga, pelo menos algo de verdadeiro.


           Dulce: - Eu sou verdadeira.


           Anahí: - Nada em você é verdadeiro, nada. Sua mãe sim, era uma ótima mulher, uma mulher sincera.


           Dulce: - Cala a boca! – Já chorando. – Eu não quero mais ouvir. – Indo até Anahí e começando a bater nela.


     Anahí tinha conseguido o que queria. De alguma forma ela precisava fazer com que Dulce colocasse pra fora o que estava sentindo e acabou dando certo.


    Agora as duas estavam no chão aos prantos, Dulce ainda tentava bater em Annie, mas essa estava agarrada com ela e a abraçava com todas as forças.


           Annie: Chora, Dulce, ou me bate se isso vai te fazer melhor. Eu não sou sua inimiga, eu passei por tudo que você está passando e não sinto pena de você, porque sei que isso vai passar e você vai se reerguer, mas se não colocar pra fora o que tá sentindo vai ficar remoendo isso pra sempre.


     Dulce chorava mais e se abraçava com Annie. Num segundo, tinha perdido todo o orgulho, toda a vergonha e todo o ódio, a dor que ela sentia era maior e o bem que Anahí estava fazendo pra ela era mais importante.


            Dulce: - Dói demais. Eu não quero perdê-la, não é justo.


            Annie: - Eu sei, Dulce, sei perfeitamente.


            Dulce: - Eu... Me sinto tão desprotegida, sozinha, mas não gosto de admitir isso, não gosto de admitir que tenho medo.


             Annie: - Dulce, coragem não é ausência do medo, mas sim saber conviver com ele, tentar superá-lo e admitir que ele existe.


             Dulce: - Porque tá sendo legal comigo? Nunca nos demos bem.


             Annie: - Eu não acredito que o Flávio me ame, mas sei que ele de alguma forma, gostava de mim. Se ele acha tão importante que a gente conviva, você deve ser alguém especial.


             Dulce: - Me perdoa, me perdoa por ter sido tão rude.


             Annie: - Esquece isso, Dulce, por favor, esquece isso por hora. Fica calma, tá? Pensa que eu sou uma amiga que só quer te fazer companhia e te ajudar no que for preciso, se você quiser.


              Dulce: - Amiga não, Annie, irmã! – Abraçando Annie ainda mais forte.


     Dulce adormeceu, deitada no colo de Anahí.


          



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Autor(a): maryannie

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 105



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  • rss Postado em 29/04/2010 - 01:06:40

    essa web é mara na verdae tosas suas web s são mara
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    pq vc parou papo de garotas???????????

  • rss Postado em 29/04/2010 - 01:06:40

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  • rss Postado em 29/04/2010 - 01:06:40

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  • rss Postado em 29/04/2010 - 01:06:39

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    pq vc parou papo de garotas???????????

  • maryannie Postado em 28/04/2010 - 23:14:48

    POSTEI EM AS PANTERAS

  • samanthagirl Postado em 25/04/2010 - 22:28:05

    nova leitora!

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  • samanthagirl Postado em 25/04/2010 - 22:28:05

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  • samanthagirl Postado em 25/04/2010 - 22:27:57

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  • samanthagirl Postado em 25/04/2010 - 22:27:55

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  • samanthagirl Postado em 25/04/2010 - 22:27:47

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