Fanfics Brasil - Capítulo 1 Até você (Adaptada) Finalizada.

Fanfic: Até você (Adaptada) Finalizada. | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 1

48 visualizações Denunciar


6 anos depois... 


 O sangue derrama do meu lábio inferior para o chão, como uma longa 


faixa de tinta vermelha. Eu o deixo juntar na minha boca até que escorre para 


fora, uma vez que tudo dói malditamente demais para cuspir. 


— Pai, por favor — Eu imploro minha voz tremula enquanto meu corpo 


sacode de medo. 


Minha mãe estava certa. Ele é um homem mau e eu desejaria que nunca 


tivesse falado para ela me deixar passar o verão com ele. 


Eu me ajoelho em seu chão da cozinha, tremendo, com as mãos atadas 


atrás das costas. A corda estala mordendo minha pele. 


— Você está implorando, você seu bichinha? — Ele rosna e a corda 


chicoteia minhas costas. 


Eu aperto meus olhos fechados, fazendo uma careta conforme o fogo se 


espalha por meus ombros. Fechando minha boca, eu tento não fazer barulho 


enquanto respiro pelo nariz até que a ardência se desvaneça. A pele em meus 


lábios parece esticada e inchada e gosto metálico escorregadio de sangue enche 


minha boca. 


Dul. Seu rosto surge na minha mente e eu rastejo de volta na minha cabeça 


onde ela está. Onde estamos juntos. Seu cabelo ruivo flutua no vento 


enquanto subimos as rochas ao redor do lago de peixes. Eu sempre subo atrás 


dela caso ela tropece. Seus olhos azuis tempestuosos sorriem para mim. 


Mas meu pai irrompe. — Você não implora! Você não pede desculpas! Isso 


é o que eu recebo por deixar aquela puta educá-lo todos esses anos. Nada além de 


um covarde. Isso é o que você é. 


Minha cabeça é puxada para trás e meu couro cabeludo arde quando ele 


me puxa pelos cabelos para encontrar seus olhos. Meu estômago revira quando 


eu sinto o cheiro de cerveja e cigarros em seu hálito. 


— Pelo menos Jax escuta — Ele range e meu estômago vibra de náusea. — 


Não é verdade, Jax? — Ele grita por cima do ombro. 


Meu pai me libera e caminha até o freezer no canto da cozinha e bate duas vezes na tampa. — Você ainda está vivo ai dentro? 


Cada nervo do meu rosto dispara com a dor conforme tento segurar as lágrimas. Eu não quero chorar ou gritar, mas Jax, o outro filho do meu pai, esteve no freezer por quase dez minutos. Dez minutos inteiros e não fez um som! 


Por que meu pai está fazendo isso? Por que ele está punindo Jax quando ele 


está com raiva de mim? 


Mas eu fico quieto, porque é assim que ele gosta de seus filhos. Se ele 


consegue o que quer, talvez deixe meu irmão sair. Ele deve estar congelando lá e 


eu não sei se tem ar suficiente. Quanto tempo alguém pode sobreviver em um 


freezer? Talvez ele já esteja morto. 


Deus, ele é apenas uma criança! Eu pisco as lágrimas. Por favor, por favor, 


por favor... 


— Então... — Meu pai vai até sua namorada Sherilynn, uma cabeça louca 


viciada em crack e seu amigo Gordon, um filho da puta idiota repugnante que me 


olha estranho. 


Ambos se sentam à mesa da cozinha desfrutando qualquer droga que 


esteja no cardápio hoje, sem prestar atenção ao que está acontecendo com as 


duas crianças indefesas na sala.


— O que vocês acham? — Meu pai coloca a mão em cada um dos seus 


ombros. — Como vamos ensinar meu filho a ser um homem? 


Eu me sacudi e acordei, meu pulso batendo no pescoço e cabeça. Uma gota 


de suor deslizou por cima do meu ombro e eu pisquei, vendo meu próprio quarto e 


as paredes surgindo. 


Está tudo bem. Eu respirei fundo. Eles não estão aqui. Era apenas um 


sonho. 


Eu estava em minha própria casa. Meu pai não estava aqui. Gordon e 


Sherilynn estavam muito longe. 


Tudo está bem. 


Mas eu sempre tinha que ter certeza. 


Minhas pálpebras estavam pesadas pra caralho, mas me sentei e 


rapidamente examinei o quarto. A luz da manhã retumbava através da minha 


janela como uma buzina de ar e eu trouxe a minha mão para proteger os olhos dos 


raios dolorosos. 


A merda no meu armário havia foi empurrado para o chão, mas não era 


incomum eu fazer uma bagunça quando estava bêbado. Diferentemente de alguma desordem, o quarto estava tranquilo e seguro. 


Deixei escapar um longo suspiro e respirei novamente, tentando abrandar o 


meu coração enquanto continuava olhando para a esquerda e para a direita. Não foi, até que eu tinha feito um círculo completo que os meus olhos finalmente 


descansaram no amontoado perto de mim debaixo das cobertas. Ignorando a dor entre os olhos vindo do álcool da noite anterior, eu puxei o cobertor para ver com quem eu fui estúpido o suficiente ou bêbado o suficiente para deixar passar a noite inteira na minha casa. 


Grande. 


Outra ruiva maldita. 


O que diabos eu estava pensando? 


 


Ruivas não eram a minha praia. Elas sempre pareciam boas meninas. Não 


exóticas ou mesmo remotamente interessantes. Muito puras. 


Elas pareciam o tipo de a garota da porta ao lado. 


E quem realmente queria isso? 


Mas nos últimos dias, quando os pesadelos tinham começado de novo, tudo o que eu queria eram ruivas. Era como se eu tivesse alguma influência doente para autodestruição sobre a ruiva que eu amava odiar. 


Mas... Eu tinha que admitir, a garota era quente. Sua pele parecia suave e ela 


tinha seios bonitos. Acho que ela disse algo sobre estar em casa para o verão a 


partir de Purdue2. Eu não acho que disse a ela sobre eu ter dezesseis anos e que 


ainda estava no colegial. Talvez eu dissesse quando ela acordasse. Apenas por diversão. 


Eu inclinei minha cabeça para trás, com muita dor até mesmo para sorrir 


com a imagem dela enlouquecendo. 


— Christopher? — Minha mãe bateu e eu empurrei minha cabeça, encolhendo-me. 


Minha cabeça latejava como se alguém tivesse enfiado um garfo nela a noite 


toda e eu não queria lidar com ela agora. Mas eu saí da cama de qualquer maneira e me dirigi para a porta antes que a menina perto de mim se mexesse. Ao abri-la um pouco, eu olhava minha mãe com tanta paciência que poderia reunir. 


Ela estava vestindo calça de moletom rosa e uma camiseta de manga 


comprida, agradável para um domingo, de fato, mas do pescoço para cima, era uma 


bagunça, como de costume. Ela tinha o cabelo em um coque que se assemelhava a palha e sua maquiagem do dia anterior estava manchada sob seus olhos. 


Sua ressaca provavelmente rivalizava com a minha. A única maneira que ela 


estava de pé e se movimentando era porque seu corpo era um inferno de muito 


mais acostumado a isso. Quando ela estava limpa, porém, você podia ver quão jovem ela realmente era. Desde que a maioria dos meus amigos olhava para ela pela primeira vez e achava que ela era minha irmã. 


— O que você quer? — Perguntei. 


Eu achei que ela estava esperando por mim para deixá-la entrar, mas isso não ia acontecer. 


— A partida de Dul — Sua voz era suave. 


Meu coração começou a bater no meu peito. Era hoje? 


E de repente era como se uma mão invisível abrisse meu estômago e eu 


estremeci com a dor. Eu não sei se foi à ressaca ou o lembrete de sua partida, mas eu cerrei os dentes para forçar para baixo a bile. 


— Então? — Eu murmurei sobrecarregando na atitude. 


Ela revirou os olhos para mim. — Então eu pensei que você pudesse sair de 


sua bunda e dizer adeus. Ela vai ficar fora por um ano inteiro, Christopher. Vocês foram amigos uma vez. 


Sim, há dois anos... O verão antes do primeiro ano, eu tinha ido visitar meu 


pai e voltei para casa para perceber que estava por minha conta. Minha mãe estava debilitada, meu pai era um monstro e Dul não era uma amiga, depois de tudo. 


Eu só balancei a cabeça, antes de fechar a porta na cara da minha mãe. 


Sim, como se eu fosse sair e dar a Dul um abraço de adeus. Eu não me 


importava e estava feliz por me livrar dela. 


Mas havia um nó na minha garganta e eu não conseguia engolir. 


Eu caí para trás contra a porta, sentindo o peso de mil tijolos caírem sobre 


meus ombros. Eu tinha esquecido que ela estava partindo hoje. Eu tinha estado 


praticamente bêbado sem parar desde a festa dos Beckman há dois dias. 


Merda. Eu podia ouvir as portas do carro batendo do lado de fora e me disse para


ficar onde estava. Eu não precisava vê-la.


Deixe-a ir estudar no exterior, na França. Sua partida era a melhor coisa que


poderia acontecer.


— Christopher! — Fiquei tenso quando minha mãe chamou lá de baixo. — O cão


fugiu. É melhor você ir buscá-lo.


Ótimo.


Quer apostar que ela deixou o cão maldito fugir para começar? E quer


apostar que ela o deixou sair pela porta da frente? Eu franzi minhas sobrancelhas tão juntas que realmente doeu.


Jogando-me na calça jeans da noite passada, eu abri a porta do quarto, não


me importando se a garota de Purdue acordasse e andei pesadamente as escadas.


Minha mãe estava esperando com a porta da frente aberta, segurando a


coleira para mim e sorrindo como se ela fosse muito inteligente. Pegando-a de sua mão, eu andei até o quintal de Dul.


Madman costumava ser seu cão também e ele não teria ido a qualquer outro


lugar.


— Você veio para me dizer adeus? — Dul ajoelhou-se em seu gramado da


frente perto do Ford Bronco de seu pai, eu parei totalmente no caminho com o som


de sua feliz e incontrolável risada. Ela estava sorrindo como se fosse manhã de Natal e seus olhos estavam bem fechados quando Madman aninhou seu pescoço.


Sua pele marfim brilhava ao sol da manhã e seus lábios cheios rosa estavam


abertos, mostrando uma bela fileira de dentes brancos.


O cão estava claramente feliz, também, abanando o rabo vertiginosamente e


eu senti como se estivesse invadindo.


Eles eram um casal, amando um ao outro e meu estômago se encheu de


borboletas.


Droga. Eu cerrei meus dentes. 


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Vondy_fics

Este autor(a) escreve mais 7 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Como ela faz isso? Como é que ela sempre consegue me fazer sentir feliz em  vê-la feliz?  Pisquei longo e duro.    Dul continuou latindo para o cão. — Oh, bem, eu também te amo! — Ela  parecia que estava falando com uma criança, todos os doces e merdas, enquanto Madman se mantinha cutucando e lambend ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • binha1207 Postado em 30/06/2023 - 20:43:49

    Amei a adaptação... Maravilhosa... Já li o livro de personagem do alfoso muito bom... E o livro do Jax já está na minha lista... Espero mais adaptações sua. Obrigada

    • Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 21:56:58

      Ah amore fico feliz que tenha gostado, eu também amei trazer a adaptação pra vocês. O do Madoc eu vi mas ainda não cheguei a ler, mas vou ler, e trarei mas essa adaptação pra vocês.

  • Srta Vondy ♥ Postado em 30/06/2023 - 00:44:13

    Tô endoidada nessa versão pela visão do Christopher, sei que a Dul sofreu muito com a perseguição durante os anos que ele a perturbou, mas ver o quanto ele sofreu tbm, não é justificado mas entendo, ele não tinha válvula de escape, infelizmente sobrou a Dul Mas tudo já está se encaixando, graças a Deus Continuaaa <3

    • Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 08:50:44

      Eu também amo essa versão contada por ele. Realmente as peças vão se encaixando de forma gradual. Ele sofreu muito mesmo na mão do pai durante os dias de verão em que passou com ele. Mas Dul e a luz dele. <3

  • binha1207 Postado em 16/06/2023 - 22:12:06

    Oiê! Me conta o que você achou desta versão? Gosto de ver a estória pelos olhos dele?

    • Vondy_fics Postado em 16/06/2023 - 23:35:16

      Também amei. Na verdade achei lindo o ver o quanto ele o ama. Se der no domingo eu finalizo ela.

  • binha1207 Postado em 13/06/2023 - 21:54:57

    Guria ...tu foi rápido hein... Kkkkkk... Ameiiii... Obrigada....

    • Vondy_fics Postado em 13/06/2023 - 22:26:58

      Ah que bom amore, eu e que agradeço pela sugestão.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais