Fanfics Brasil - Capítulo 23 Até você (Adaptada) Finalizada.

Fanfic: Até você (Adaptada) Finalizada. | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 23

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Megan veio bufando até a minha mesa novamente para o almoço do dia


seguinte. Ela não queria falar sobre isso e eu não perguntaria, mas eu achava que


era sobre Dul ou Tristan.


Tristan, eu não poderia me importar menos. Dul, eu tentava me importar


menos.


— Então, eu tenho uma mensagem de Zack — Alfonso veio e virou uma


cadeira ao redor, se escarranchando por trás. — Derek Roman estará de volta na


cidade para o fim de semana. Ele quer correr na sexta-feira à noite.


Eu gemi interiormente, não porque eu pensasse que eu iria perder, mas


porque Roman era um enorme idiota.


Sim, o que eu fiz a Dul nos últimos anos, esse cara fez dez vezes mais para a


metade da escola quando esteve aqui. Eu poderia ganhar ou poderia perder, mas


receber meu carro no final sem um arranhão seria um milagre.


Dei de ombros. — Tudo bem. Vai ser uma corrida fechada, por isso, as apostas pagarão muito.


E eu precisava do dinheiro. Meu pai estava me pressionando para ter o


dinheiro a cada semana e isso não era esmola ou dinheiro de bolso. Ele era


inteligente, no entanto. Ele queria dinheiro, mas nunca havia sido muito ganancioso. O suficiente para me prejudicar, mas não o suficiente para que eu não fosse capaz de entregar.


— Você está correndo com Tristan, certo? — Megan perguntou a Alfonso.


Ele olhou para ela por cima da mesa e sorriu. — Eu não sei se chamaria isso


de corrida. Mais como uma castração.


— Basta ter cuidado, ok? — Ela parecia preocupada.


É mesmo?


Alfonso inclinou seu peito para a frente, na parte traseira de sua cadeira. —


Megan? — Sua voz era baixa e rouca. — Eu estou imaginando você nua no momento.


E eu não consegui evitar. O ronco saiu e meu peito explodiu em gargalhadas,


conforme enterrei a minha testa na minha mão.


— Ugh! — Megan resmungou com desgosto. Levantando-se, ela ajeitou a saia jeans e saiu em direção à porta do refeitório, mas Alfonso e eu ainda não


conseguíamos controlar a nós mesmos.


Deus, ele é o melhor.


— Megan, espere! — Eu gritei atrás dela, não realmente tentando trazê-la de volta.


Alfonso se levantou, ainda rindo. — Megan, vamos lá. Foi uma piada.


Mas ela não se virou.


E continuamos rindo. Dul e eu tínhamos feito contato com os olhos algumas vezes ao longo do dia.


A tempestade nos olhos dela se transformou em uma garoa, mas eu não gastei tempo pensando sobre isso.


Eu não podia. A merda entre nós tinha acabado. Tinha acabado para ela há


muito tempo, mas para mim, isso tinha que terminar logo.


A aula de Temas passou de forma pacífica, mas Penley tinha organizado


nossas mesas em círculos, então eu tinha uma visão perfeita de Dul sentada em minha frente. De vez em quando, eu a pegava olhando para mim, os pensamentos por trás de seus olhos obscuros.


Nós tínhamos acabado de mudar nossas mesas de volta para a posição


normal e Sra. Penley estava falando monólogos que deveriam ser feitos nas


próximas duas semanas. Eu estava pronto para apenas dar o fora daqui e levar Madman ao lago. Pobre cão tinha sido ignorado nos últimos tempos com o meu trabalho, escola e estar saindo nos fins de semana. Às vezes, eu o levava comigo quando passava um tempo com Jax, mas dormindo na minha cama era geralmente o único tempo que eu me divertia com ele.


Isso brevemente passou pela minha cabeça para ver se Dul queria levá-lo às


vezes, dar ao cara alguma atenção extra, mas empurrei esse pensamento da minha cabeça imediatamente.


Não éramos amigos e eu não pediria nada a ela.


Como se estivesse lendo meus pensamentos, notei seu movimento em seu assento e eu olhei para cima para vê-la se virando, olhando para mim.


Ela piscou os olhos, olhou para baixo e recuou novamente como se ela


estivesse triste, perdida e algo mais. Algo como arrependimento ou desespero. Por


que ela estava triste? Apertei os olhos e tentei desviar o olhar. Eu não precisava


saber o que estava acontecendo com ela.


— Agora, classe — Penley falou, sua atenção ainda voltada para o pedaço de


papel, na qual escreveu. — Não se esqueçam que a reunião anti-bullying será no vigésimo nono período. Em vez de ir ao primeiro período, para levar...


A mão de Dul disparou. — Sra. Penley — Ela interrompeu.


A professora olhou para cima. — Sim, Dul? — Nós ainda temos cinco minutos de aula — Sua voz era educada. Posso


realizar meu monólogo agora?


Mas que diabos?


Este projeto não era devido por um tempo e os olhos de todos, inclusive de Penley, saltaram.


O que diabos Dul estava fazendo?


— Hum, bem, eu não esperava classificar nada ainda. Você tem a sua


redação pronta? — Perguntou Penley.


— Não, eu terei isso na data devida, mas eu realmente gostaria de realizá-lo agora. Por favor.


Meus dentes rangeram.


— Ok — Penley soltou um suspiro relutante. — Se você tem certeza que você está pronta... —


Grande.


A última coisa que eu queria fazer agora era olhar para Dul ou ouvir a voz


dela. Principalmente porque eu sabia que seria uma luta para não vê-la.


Barulho. Espaço. Distração.


Andando preguiçosamente até meu assento, eu estiquei as pernas e cruzei os tornozelos. Pegando minha caneta, eu a pressionei no meu caderno e comecei a desenhar cubos tridimensionais.


— Eu gosto de tempestades — Eu a ouvi no início, mas mantive meus olhos


treinados sobre as linhas que eu desenhava. — Trovões, chuvas torrenciais, poças, sapatos molhados. Quando as nuvens aparecem, eu fico eufórica com esta expectativa vertiginosa.


Eu franzi minhas sobrancelhas. Dul amava a chuva.


— Tudo fica mais bonito na chuva. Não me pergunte por quê — Ela parecia


leve e natural, como se estivesse falando com um amigo. — Mas é como se todo esse outro mundo se enchesse de oportunidades. Eu costumava me sentir como um super-herói andando de bicicleta pelas estradas perigosamente escorregadias, ou talvez uma atleta olímpica enfrentando provações difíceis para conseguir alcançar a linha de chegada.


Ela fez uma pausa e eu levantei a minha caneta, percebendo que eu estava


desenhando a mesma caixa uma e outra vez.


— Em dias de sol, enquanto era uma menina, eu ainda podia acordar


emocionada com esse sentimento. Você me atordoava com essa expectativa, assim como uma tempestade sinfônica. Você era uma tempestade em um dia de sol, o trovão em um céu chato, sem nuvens.


A suspeita avançou lentamente o seu caminho sob a minha pele e minha


respiração ficou superficial.


Este não era um monólogo.


Ela continuou: — Eu me lembro de tomar o meu café da manhã o mais


rápido que podia, para que pudesse ir bater em sua porta. Nós brincávamos o dia todo, só voltando para casa para comer e dormir. Brincávamos de esconde-esconde, você me empurrava no balanço ou nós subíamos nas árvores.


Eu não consegui evitar isso. Meus olhos se encontraram com os dela, e porra


meu coração... era como se ela estivesse estendendo a mão para pegá-lo e apertá-lo.


Dul. Será que ela estava falando comigo?


— Ser sua amiga e companheira me trouxe de volta aquela sensação de casa


de novo — Seus olhos estavam fixos nos meus. — Você vê, quando eu tinha dez


anos minha mãe morreu. Ela tinha câncer e eu a perdi antes mesmo que pudesse


conhecê-la. Sentia-me tão insegura em relação ao mundo e eu estava com medo.


Você foi a pessoa que transformou as coisas para melhor novamente. Com você, eu me tornei corajosa e livre. Era como se a minha parte que morreu com a minha mãe tivesse voltado quando eu te conheci e eu não senti mais medo. Eu sabia que tinha você e que nada de mal mais iria acontecer.


Eu não poderia pegar a porra da minha respiração. Por que ela estava


fazendo isso? Eu não significava nada para ela. — Então, um dia, de repente, eu perdi você, também. A dor voltou e me senti mal quando vi você me odiando. Minha tempestade se foi e você se tornou cruel.


Não houve explicação. Você tinha acabado. E o meu coração estava destruído. Eu senti sua falta. Eu senti falta da minha mãe.


Uma lágrima caiu por sua bochecha enquanto eu sentia minha própria


garganta apertar.


Ela estava olhando para mim como costumava fazer, como se eu fosse tudo.


Pilhas e pilhas de merda rodaram na minha mente enquanto eu observava.


Toda a merda que eu tinha feito para provar que eu era forte. Para provar


que não precisava de alguém que não me queria. Engoli em seco, tentando acalmar as batidas no peito.


Se ela tivesse me amado?


Não.


Ela estava mentindo. Ela tinha que estar.


— O pior não foi ter perdido você, foi quando você começou a me magoar.


Suas palavras e ações me faziam odiar vir para a escola. Deixava-me desconfortável na minha própria casa.


Seus olhos se encheram com mais lágrimas e eu queria quebrar a merda.


Ela estava sofrendo. Eu estava fodidamente miserável. E para quê?


— Tudo ainda dói, mas eu sei que nada disso é culpa minha — Ela continuou


e seus lábios se dizimaram em uma linha dura. — Há um monte de palavras que eu


poderia usar para descrever você, mas o único que inclui triste, irritado, infeliz e


lamentável é “covarde”. Em um ano, eu vou embora e você não vai ser nada, apenas mais um fracasso cujo o auge da existência foi na escola. — Seus olhos circundaram dentro de mim de novo e sua voz tornou-se forte. — Você foi a minha tempestade, minha nuvem de trovão, minha árvore no aguaceiro. Eu amei todas essas coisas e amei você. Mas agora... você é a maldita seca. Eu pensei que todos os idiotas dirigissem carros alemães, mas nota-se que imbecis em Mustangs ainda podem deixar cicatrizes. Minhas mãos enrolaram e eu senti como se estivesse amontoado em um espaço apertado, à procura de uma saída.


Eu mal registrei a classe batendo palmas para ela - não - torcendo por ela.


Todo mundo achou que sua – performance - foi ótima. Eu não sabia o que diabos fazer com isso.


Ela agiu como se importasse comigo. As palavras dela me disseram que ela


se lembrava de tudo que costumava ser bom entre nós. Mas o final... era como um adeus.


Ela inclinou a cabeça, o cabelo caindo ao seu redor com seu mergulho e ela


deu um sorriso triste. Como se ela se sentisse bem, mas culpada que se sentia bem.


O grito distante do sinal da escola soou e me mudei para fora do meu assento, passando pela mesa onde ela estava sentada e fora da sala sentindo como


se eu estivesse em um túnel maldito. As pessoas correram em volta de mim, dando parabéns por Dul ter feito um trabalho bem feito e indo sobre seu negócio como se o meu mundo não estivesse desmoronando.


Tudo era ruído branco em volta de mim. O único som que enchia meus


ouvidos era o meu próprio coração enquanto eu caminhava em transe para o corredor.


Eu pressionei minha testa na parede fresca, coberta com azulejos em frente


a sala de aula de Penley e fechei os olhos.


O que diabos ela tinha feito apenas para mim lá dentro?


Eu mal podia respirar. Tentando forçar o ar em meus pulmões.


Não, não...


Foda-se isso.


Ela estava mentindo. Era tudo um ato.


Tudo o que eu tinha querido quando tinha quatorze anos era ela. E ela não


estava pensando em mim quando eu estava gritando por ela. Ela não sentiu a


minha falta enquanto estive na casa do meu pai naquele verão. Ela não me quis,


então, e não me queria agora. O dia que voltei, eu precisava dela tão malditamente e ela não tinha me dado uma porra de pensamento.


Caralho, Dul. Não faça isso. Não brinque com a minha cabeça.


Jesus, eu não sabia mais o que queria fazer. Eu queria deixá-la em paz. Eu


queria esquecê-la. Mas, então, eu não sabia.


Talvez eu só quisesse abraçá-la e respirá-la até que eu conseguisse me


lembrar de quem eu era.


Mas eu não podia. Eu precisava odiar Dul. Eu precisava odiá-la, porque se


eu não tivesse um lugar para afundar toda a minha energia, então eu enlouqueceria novamente. Meu pai me teria e eu não a teria circundando.


— Até mais, Christopher.


Eu virei e pisquei. Ben tinha me chamado e ela estava com ele.


Ela estava olhando para mim como se eu não fosse nada. Como se eu não fosse o foco de sua vida quando ela era o foco na minha.


Eu enfiei os punhos no bolso do meu casaco para que não me vissem


apertando-os. Era uma espécie de uma coisa natural para eu fazer isso agora,


quando eu estava em público. Para manter meu temperamento sob controle, para que ninguém notasse o que estava fervendo por baixo.


Meus dentes rangeram. Ela não podia me ferir.


Mas o ar que saia do meu nariz estava esquentando quando eu os assisti


desaparecerem pelo corredor.


Ela estava saindo com ele.


Ela tinha acabado de me entregar minha bunda naquela sala de aula.


Ela estava sobrevivendo a mim.


E eu cerrei os punhos mais apertados até que os ossos em meus dedos doíam.


— Dê-me uma carona? Meu queixo instantaneamente endureceu quando frustração ameaçou transbordar para raiva.


Eu nem sequer tive que me virar para saber que era Jordan.


Ela era a última coisa em minha mente nos dias de hoje e eu queria que ela


pegasse a dica e recuasse.


Mas depois me lembrei de que ela era boa para uma coisa.


— Não fale. — Me virei e agarrei sua mão, sem sequer olhar para ela e arrastei-a para o banheiro mais próximo. Eu precisava queimar a frustração e Jordan


sabia transar. Ela era como a água. Ela assumia a forma de qualquer recipiente que a segurava. Ela não me desafiava ou fazia exigências. Ela simplesmente estava lá para ser tomada.


Era depois da aula. O lugar estava vazio quando invadi a pequena cabine, me


sentei numa cadeira e a trouxe para baixo em cima de mim. Ela deu uma risadinha


eu acho, mas para ser honesto, não me importava quem era, onde estava ou que


qualquer um poderia andar até nós. Eu precisava mergulhar fundo. Tão profundo em uma caverna que não poderia nem ouvir meus próprios pensamentos. Que eu não pudesse sequer ver seu cabelo ruivo e olhos azuis na minha cabeça.


Dul.


Eu arranquei o pequeno cardigã rosa de Jordan e ataquei sua boca. Isso não


me fazia sentir bem. Mas não era destinado ser. Isso não era sobre eu gozar.


Tratava-se de me vingar.


Peguei as alças de sua blusa e puxei para baixo dos braços, o sutiã veio com


ela, até que tudo se assentou em sua cintura. Seu peito estava livre para mim e eu mergulhei quando ela gemeu.


Nada machucaria se eu soubesse que tinha você.


Eu estava tentando fugir de Dul, mas ela me alcançava. Puxei Jordan mais


contra mim e inalei sua pele, querendo que ela fosse outra pessoa.


Eu me senti mal quando vi você me odiando. Meu coração ainda batia como se já não quisesse uma casa em meu corpo e eu não conseguia acalmar. Que porra é essa?


Jordan se inclinou para trás e começou a moer em mim e as minhas mãos


estavam por toda parte, tentando encontrar a fuga. Tentando encontrar meu controle.


E o meu coração estava rasgado. Eu senti sua falta.


Segurei a bunda de Jordan e ataquei seu pescoço. Ela gemeu de novo e disse


algo assim, mas eu não podia ouvi-la. Havia apenas uma voz na minha cabeça que nenhuma quantidade de Jordan ou qualquer outra garota abafaria.


Eu amei todas essas coisas e eu amei você.


E então eu parei.


Todo o ar tinha me deixado.


Dul tinha me amado.


Eu não sabia se era o olhar em seus olhos cheios de lágrimas ou o tom de sua


voz, ou talvez o fato de que eu a conhecia quase tão bem quanto qualquer um. Mas eu sabia que ela tinha dito a verdade.


Ela me amava.


— Qual é o problema, baby? — Jordan tinha os braços em volta do meu


pescoço, mas eu não conseguia olhar para ela. Fiquei lá, malditamente respirando em seu peito, tentando iludir-me, mesmo que por alguns segundos que era Dul que eu estava segurando.


— Christopher. O que há com você? Você tem agido estranho desde que o ano


letivo começou — Sua voz chorosa do caralho. Por que as pessoas não sabem nunca quando se calar?


Corri minhas mãos sobre meu rosto. — Só se levante. Vou levá-la para casa


— Eu grunhi.


— Eu não quero ir para casa. Você tem me ignorando por um mês. Ao longo


de um mês, na verdade! — Ela puxou a camisa e o cardigã de volta, mas ainda não estava se movendo.


Eu respirei fundo e tentei engolir os nervos explodindo no meu estômago.


— Você quer uma carona ou não? — Eu disse, prendendo-a com um olhar


que dizia “pegar ou largar”. Jordan sabia que não deveria fazer perguntas. Eu não


disse uma merda a Madoc e eu não estaria começando com essa garota.


 No momento em que cheguei em casa, meu humor tinha ido de mal a pior.


Depois de largar Jordan, eu só dirigi. Eu precisava ouvir alguma música, limpar a


minha cabeça e tentar me livrar dessa dor no meu peito.


Eu queria culpar Dul. Fechar os olhos, como eu sempre fazia quando ela estava sofrendo.


Mas eu não podia. Não desta vez.


Não haveria qualquer corrida de verdade. Nenhum mergulho em uma festa


ou uma menina para me distrair.


A verdade era que... eu gostaria de poder voltar para aquele dia no parque.


Voltar para o lago de peixes quando decidi que ela precisava sofrer. Eu teria feito de forma diferente.


Em vez de empurrá-la para longe, eu teria enterrado meu rosto em seu cabelo e deixá-la me trazer de volta de onde eu tinha ido. Ela não teria que dizer ou


fazer qualquer coisa. Bastava preencher o meu mundo.


Mas a minha raiva correu mais profundo do que meu amor por ela naquele


dia, e agora, eu não poderia enfrentar o que tinha feito. Eu não poderia enfrentar


que ela me odiava, que minha mãe quase não queria ter nada a ver comigo e que o


meu pai passava todos os sábados lembrando-me do perdedor que eu era.


Foda-se. Fodam-se todos. Entrei na minha casa, bati a porta e joguei as chaves do outro lado da minha sala. O lugar estava tão silencioso como uma igreja, exceto as patas de Madman


correndo pelo chão.


Ele começou arranhando meu jeans e choramingando por atenção.


— Agora não, amigo — Eu cortei e entrei na cozinha. Madman não conseguia


me acalmar e eu queria bater em alguma coisa. Quando abri a geladeira, vi que


minha mãe tinha deixado um bilhete preso à porta.


Fora essa noite. Peça uma pizza. Te amo!


E eu bati a porta que se fechou novamente. Sempre fodidamente ausente.


Segurei os dois lados da geladeira e empurrei minha cabeça no aço


inoxidável. Não importa, eu disse a mim mesmo. Tudo estava bem. Tinha pais de


merda, mas quem não os tinha? Eu tinha empurrado Dul para longe, mas havia


outras garotas lá fora. Eu não tinha ideia do que diabos eu ia fazer com a minha


vida, mas tinha apenas dezoito ou quase dezoito anos.


Tudo. Era. Perfeito.


Agarrei as laterais mais forte, desejando acreditar na mentira.


E então eu me vi sozinho em uma cozinha e segurando uma geladeira.


Dizendo a mim mesmo que minha vida era boa.


Foda-se.


Eu comecei a socar as portas de aço. Todos os músculos do meu corpo se


pareciam obstruídos conforme eu batia minha palma contra o aparelho de novo e de novo. Madman gritou e correu para longe.


Toda a merda da minha mãe tinha virado de cabeça para baixo ou quebrado


no chão e eu apenas continuei. Usando as duas mãos para fechá-lo uma e outra vez contra a parede.


Nada machucaria se eu soubesse que tinha você.


Ela estava fodendo com a minha cabeça. Por que eu não podia simplesmente


esquecê-la? 


 



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Autor(a): Vondy_fics

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



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  • binha1207 Postado em 30/06/2023 - 20:43:49

    Amei a adaptação... Maravilhosa... Já li o livro de personagem do alfoso muito bom... E o livro do Jax já está na minha lista... Espero mais adaptações sua. Obrigada

    • Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 21:56:58

      Ah amore fico feliz que tenha gostado, eu também amei trazer a adaptação pra vocês. O do Madoc eu vi mas ainda não cheguei a ler, mas vou ler, e trarei mas essa adaptação pra vocês.

  • Srta Vondy ♥ Postado em 30/06/2023 - 00:44:13

    Tô endoidada nessa versão pela visão do Christopher, sei que a Dul sofreu muito com a perseguição durante os anos que ele a perturbou, mas ver o quanto ele sofreu tbm, não é justificado mas entendo, ele não tinha válvula de escape, infelizmente sobrou a Dul Mas tudo já está se encaixando, graças a Deus Continuaaa <3

    • Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 08:50:44

      Eu também amo essa versão contada por ele. Realmente as peças vão se encaixando de forma gradual. Ele sofreu muito mesmo na mão do pai durante os dias de verão em que passou com ele. Mas Dul e a luz dele. <3

  • binha1207 Postado em 16/06/2023 - 22:12:06

    Oiê! Me conta o que você achou desta versão? Gosto de ver a estória pelos olhos dele?

    • Vondy_fics Postado em 16/06/2023 - 23:35:16

      Também amei. Na verdade achei lindo o ver o quanto ele o ama. Se der no domingo eu finalizo ela.

  • binha1207 Postado em 13/06/2023 - 21:54:57

    Guria ...tu foi rápido hein... Kkkkkk... Ameiiii... Obrigada....

    • Vondy_fics Postado em 13/06/2023 - 22:26:58

      Ah que bom amore, eu e que agradeço pela sugestão.


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