Fanfic: Até você (Adaptada) Finalizada. | Tema: Vondy
— Você poderia ter nos matado — Ela gritou.
Eu nunca iria colocá-la em perigo.
Minha camisa caiu de seu ombro nu e eu vi a alça rasgada de sua regata aparecendo.
Eu bati a palma da minha mão no teto do carro, raiva e amor batalhando em
minha cabeça. — Volte para o maldito carro porra! — Eu gritei.
— Por quê? — Ela perguntou com sua voz baixa e trêmula.
Será que ela estava falando sério?
— Por que você precisa ir para casa — Duh.
— Não — Ela balançou a cabeça, sufocando as lágrimas e quebrando meu
coração. — Por que você manteve todos longe de mim?
— Porque você não pertence a isso como o resto de nós. Você ainda não pertence — Eu respondi.
Ela era melhor.
Mas aparentemente, ela não gostou da resposta.
Antes que eu pudesse impedi-la, ela se abaixou dentro do meu carro e pegou
as chaves da ignição.
Eu a observei confuso quando ela correu pela porta aberta e caminhou até a
estrada, perto da vala rochosa ao lado.
Minhas chaves. Mas que diabos?
Meus dedos coçaram para derrubá-la ou beijá-la.
Eu me aproximei dela lentamente, em parte irritado e em parte aterrorizado para brigar com ela.
Ela era linda. Fios de cabelo caiam sobre os olhos e pequenas partes sopravam ao redor do rosto do vento ou sua respiração pesada. Vendo a paixão com raiva em seu rosto, construiu em mim da mesma forma como a tinha intimidado.
E quando eu pensava em como poderia sentir tudo isso simplesmente por
estar perto dela, em vez de magoá-la, eu estava plantado - não, preso - ao chão pelo peso do tempo perdido.
Isso caiu como um tijolo no meu estômago.
— O que você está fazendo? — Eu tentei parecer irritado.
— Mais um passo e você perderá uma das suas chaves. Não tenho certeza se
é a chave do carro, mas, eventualmente, vou chegar a isso — Ela levantou o braço
atrás da cabeça, e eu parei.
Fooooooda
— Eu não vou entrar em seu carro — Sua voz era regular e forte. — E eu não
vou deixar você ir embora. Nós não vamos a lugar algum até que você me diga a verdade.
O ar ao meu redor ficou denso e eu sentia como se estivesse em uma caverna.
Paredes em toda parte.
Eu não poderia dizer-lhe tudo.
Eu poderia pedir desculpas. Eu poderia tentar explicar.
Mas eu não poderia dizer -
Merda! Ela ergueu o braço mais longe, se preparando para lançar a primeira
chave e minha mão disparou, fazendo sinal para que ela parasse.
Uma chave substituta seria, pelo menos, duzentos dólares.
O meu coração batia mais rápido, ecoando nos meus ouvidos.
— Dul, não faça isso.
— Não é a resposta que eu estava procurando — Ela disparou de volta e
jogou uma chave para a floresta do lado da estrada. Eu observei completamente
impotente, quando a chave desapareceu na escuridão.— Droga, Dul!
Ela retirou outra chave do anel e a trouxe atrás das costas, também. — Agora,
fale. Por que você me odeia?
Jesus. A chave tinha ido embora. Talvez a única do meu carro. Talvez apenas
a chave da casa. E foda- me se era a única da escola.
Eu balancei minha cabeça e quase ri. — Odiar você? Eu nunca odiei você.
Seus olhos se estreitaram em confusão e sua voz caiu. — Então, por quê? Por que você fez todas essas coisas comigo?
Por que eu fui tão cruel? Por que eu a isolei? Por que eu arruinei a nossa
amizade? Que porra do caralho de merda que ela queria que eu explicasse em
primeiro lugar?
— Primeiro ano — Eu respirei fundo e comecei. — Ouvi Danny Stewart
dizendo que ele ia te convidar para o baile de Halloween. Tenho a certeza que ele
nunca fez, porque também disse aos seus amigos que ele mal podia esperar para descobrir se seus seios eram mais do que uma mão cheia cada um.
Eu também lhe dei um nariz sangrando naquele dia. Ele ainda não sabe o
por quê.
— Eu nem sequer pensava duas vezes sobre minhas ações — Eu continuei,
enquanto ela permanecia em silêncio. — Eu espalhei esse boato sobre Stevie
Stoddard, porque você não pertencia a Danny. Ele era um idiota. Todos eles eram.
— Então você pensou que estava me protegendo? — Ela deixou escapar,
convencida. — Mas por que você faria isso? Você já me odiava nesse tempo. Isso começou depois que você voltou da casa do seu pai naquele verão.
— Eu não estava protegendo você — Eu disse levantando os olhos para encontrar os dela. — Eu estava com ciúmes.
Se eu a estivesse protegendo, então eu não teria me virado e a magoado com
esse boato. Não se tratava de mantê-la segura. Era sobre não querer que ninguém a tocasse. Eu continuei: — Chegamos ao ensino médio, e de repente, você tem todos esses caras gostando de você. Eu controlei isso da única maneira que eu sabia.
— Fazendo bullying comigo, me maltratando — Ela desafiou. — Isso não faz sentido. Por que você não falou comigo?
— Eu não podia. Eu não conseguia — Eu não podia confiar em você.
— Você está indo bem até agora — Ela pressionou. — Eu quero saber por que
tudo isso começou em primeiro lugar. Por que você quis me magoar? As brincadeiras, a lista-negra para as festas? Isso não era sobre outros caras. Qual era
o seu problema comigo?
Eu respirei fundo, tentando ganhar algum tempo. Eu não poderia ir lá.
Agora não. Não com ela.
Eu soltei um suspiro e menti. — Porque você estava lá. Porque eu não poderia machucar quem eu queria, então eu simplesmente a machuquei.
Por favor, apenas deixe por isso mesmo.
— Eu era sua melhor amiga — Ela falou lentamente, me fazendo sentir o seu
desgosto. — Todos esses anos... — Seus olhos brilhavam com lágrimas não
derramadas.
— Dul, eu tive um verão de merda com o meu pai naquele ano — Aproximei-me mais. — Quando eu voltei, não era a mesma criança. Nem perto disso. Eu queria odiar todo mundo. Mas você, eu ainda precisava que você fosse daquela maneira. Eu precisava que você não me esquecesse.
Parte disso era sobre o controle, e a outra parte era sobre a minha raiva, mas a maioria era sobre não ser capaz de deixá-la ir. Eu precisava estar em sua vida. Eu precisava que ela me visse.
— Christopher, eu revirei mais e mais na minha cabeça me perguntando o que eu
poderia ter feito para fazer você agir da maneira que agia. E agora você me diz que era tudo sem motivo?
E eu continuei. — Você nunca foi pegajosa ou um incômodo, Dul. O dia que você foi morar ao lado eu pensei que fosse a coisa mais linda que eu já tinha visto — Minha voz caiu para um quase sussurro e meus olhos para o chão. — Porra, eu te amei. Seu pai estava descarregando o caminhão da mudança e eu olhei para a minha janela da
sala para ver o que o barulho era. Lá estava você, andando de bicicleta na rua. Você estava usando macacão com um boné de beisebol vermelho. Seu cabelo estava solto nas suas costas.
Mesmo assim, eu sabia que Dul seria importante para mim.
Pouco tempo depois que ela se mudou, eu descobri que a mãe dela havia
falecido. Meu pai não estava na minha vida e Dul e eu nos ligamos instantaneamente. Tínhamos coisas como música e filmes em comum.
E o resto estava fora de nosso controle. Nós tínhamos encontrado um ao outro.
— Quando você recitou o seu monólogo, esta semana, eu... — Deixei escapar
um suspiro. — Eu sabia que tinha realmente chegado a você, e em vez de sentir alguma satisfação, estava com raiva de mim mesmo. Eu queria te odiar todos esses anos, queria odiar alguém. Mas não queria magoá-la e eu realmente não percebi isso até o monólogo.
Pisando na frente dela, eu senti os pelos do meu braço se arrepiarem. O calor de seu corpo - tão perto - irradiava em direção a mim e levou tudo que eu
tinha para não envolver meus braços ao redor da cintura dela e trazê-la para mim.
A memória de como ela me fez sentir a outra noite só me fez pensar em todas as
coisas que eu queria.
— Você não está me contando tudo — Parecia que sua cabeça girava, como
se ela estivesse metade dentro e metade fora do momento.
Eu me aproximei e segurei seu rosto com uma mão, enxugando uma lágrima quente.
— Não, eu não estou — Minha voz era quase inaudível.
Seus olhos estavam semicerrados, mas ela tentou continuar. — As cicatrizes
em suas costas — Ela começou. — Você disse que teve um verão ruim, e que,
quando voltou queria odiar todo mundo, mas não tratava ninguém tão mal como...
— Dul? — Eu cortei e fechei a última polegada deixada entre nós, a nossa
respiração em sincronia quando nos encontramos peito a peito. Tudo o que eu
podia ver eram seus lábios cheios e macios. — Eu não quero falar mais nada esta noite.
Ela ficou ali me observando me aproximar e no momento era um fio de cabelo para nos juntar ou nos desfazer.
Ela queria os meus lábios nos dela, mas ela deveria não querer isso.
Por favor, não me pare.
Sua pele era como tocar seda fresca, suave como manteiga e enfiei minha mão em seu cabelo.
E então ela estremeceu, como se acordando.
— Você não quer falar mais? — Sua voz forte quebrou o feitiço, e minhas pernas ficaram tensas, esperando que ela me batesse de novo.
— Bem, eu quero — Ela gritou e eu saltei com o movimento quando a vi torcendo para lançar outra chave para a floresta.
Inferno!
Circulando meus braços ao redor de seu corpo, eu a puxei com dificuldade no meu peito.
Porra! Eu tinha explicado! Eu sabia que ela não iria me perdoar imediatamente, mas por que ela estava ainda tão chateada? O que mais ela queria?
Você não pede desculpas. Você não implora!
O mantra do meu pai. Repetindo uma e outra vez naquele verão.
Eu odiava quase tudo o que ele me ensinou, mas essa era uma lição que eu
tinha o compromisso de praticar. Pedir desculpas era um sinal de fraqueza.
Mas eu queria Dul volta.
Meu coração só batia por ela e eu preferia gastar minha vida odiando,
amando, porra, e ofegando por ela do que perdê-la. Você precisa pedir desculpas, idiota.
— Shhh, Dul — Eu sussurrei em seu ouvido. — Eu não vou te machucar. Eu
nunca vou te machucar novamente. Eu sinto muito — Eu disse, fechando os olhos
como se engolisse um remédio amargo.
Ela se retorcia de um lado para o outro. — Eu não me importo que você
esteja arrependido! Eu te odeio!
Não.
Ainda a segurando com ambos os braços, eu usei minhas mãos para abrir
seus dedos e liberar minhas chaves.
Eu a soltei e ela deu um passo para a frente virando o rosto para mim.
— Você não me odeia — Eu desafiei com um sorriso antes que ela tivesse a
chance de falar. — Se você me odiasse não estaria tão chateada.
— Vá se foder — Ela cuspiu de volta e virou-se, se afastando.
Hum, onde ela pensava que estava indo?
Se ela achava que eu ia deixá-la caminhar para casa no escuro em uma estrada deserta, estava fora da porra de sua mente.
Escavando os meus pés no chão, andei atrás dela, a puxei pelo braço girando
e jogando-a por cima do ombro como eu queria fazer antes. Ela aterrissou com
força, seu estômago desabando no meu ombro, e eu tinha um enorme desejo de
mantê-la lá e ir para casa.
Foda-se o carro.
Bem, quase.
— Ponha-me no chão! — Ela chutou seus pés e deu um soco nas minhas
costas, e eu apertei o meu agarre, desejando que os meus dedos ficassem parados.
Sua bunda estava ao lado de minha cabeça, e porra, eu queria tirar vantagem
de sua posição em sua saia curta.
Mas, em seu estado de espírito atual, ela provavelmente cortaria meu pau. — Christopher! Agora! — Ela ordenou, seu tom de voz baixo e imponente.
Chegando ao carro, eu a coloquei em pé e plantei sua bunda sobre o capô do
carro. Indo imediatamente para baixo, colocando minhas mãos em cada lado de
suas coxas e inclinando-me.
Muito lentamente.
Eu sabia que deveria apenas recuar.
Dar-lhe tempo. Reconquistar a confiança dela.
Mas eu tinha tido o gosto dela e eu preferia desistir de respirar.
Eu ainda fazia as regras e não perderíamos mais tempo.
— Não tente fugir — Eu avisei. — Como você se lembra, eu posso mantê-la aqui.
Não era uma ameaça. Eu só queria que ela se lembrasse. O jeito que ela tinha me devorado naquele balcão da cozinha, me querendo tanto quanto eu a queria.
Ela inclinou o queixo para baixo, olhando hesitante. — Eu sei como usar o
spray de pimenta e quebrar um nariz — Ela retrucou e recostou-se, mantendo uma distância cautelosa como se não confiasse em si mesma.
Eu podia ver o pulso batendo em seu pescoço, mas ela não estava tentando fugir.
Ela me observava olhando para ela e durante um momento permaneceu
imóvel com seu peito subindo e descendo com respirações superficiais.
Ela me queria como eu a queria, mas ela não gostava que ela me quisesse.
Ela era uma bagunça e eu adorava.
Eu faço isso com você. Ninguém mais.
— Eu não sou Nate ou Alfonso... ou Ben.
Autor(a): Vondy_fics
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Nossos narizes quase se tocaram enquanto eu procurava seu rosto. Uma linha de suor escorreu nas minhas costas e meu pau latejava, fazendo-me sentir como se eu estivesse pegando fogo. — Não — Ela sussurrou enquanto minha boca pairava sobre a dela. Oh, eu não vou. Você vai. — Eu prometo. Nã ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 8
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binha1207 Postado em 30/06/2023 - 20:43:49
Amei a adaptação... Maravilhosa... Já li o livro de personagem do alfoso muito bom... E o livro do Jax já está na minha lista... Espero mais adaptações sua. Obrigada
Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 21:56:58
Ah amore fico feliz que tenha gostado, eu também amei trazer a adaptação pra vocês. O do Madoc eu vi mas ainda não cheguei a ler, mas vou ler, e trarei mas essa adaptação pra vocês.
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Srta Vondy ♥ Postado em 30/06/2023 - 00:44:13
Tô endoidada nessa versão pela visão do Christopher, sei que a Dul sofreu muito com a perseguição durante os anos que ele a perturbou, mas ver o quanto ele sofreu tbm, não é justificado mas entendo, ele não tinha válvula de escape, infelizmente sobrou a Dul Mas tudo já está se encaixando, graças a Deus Continuaaa <3
Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 08:50:44
Eu também amo essa versão contada por ele. Realmente as peças vão se encaixando de forma gradual. Ele sofreu muito mesmo na mão do pai durante os dias de verão em que passou com ele. Mas Dul e a luz dele. <3
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binha1207 Postado em 16/06/2023 - 22:12:06
Oiê! Me conta o que você achou desta versão? Gosto de ver a estória pelos olhos dele?
Vondy_fics Postado em 16/06/2023 - 23:35:16
Também amei. Na verdade achei lindo o ver o quanto ele o ama. Se der no domingo eu finalizo ela.
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binha1207 Postado em 13/06/2023 - 21:54:57
Guria ...tu foi rápido hein... Kkkkkk... Ameiiii... Obrigada....
Vondy_fics Postado em 13/06/2023 - 22:26:58
Ah que bom amore, eu e que agradeço pela sugestão.