Fanfics Brasil - Capítulo 31 Até você (Adaptada) Finalizada.

Fanfic: Até você (Adaptada) Finalizada. | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 31

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Nossos narizes quase se tocaram enquanto eu procurava seu rosto. Uma 


linha de suor escorreu nas minhas costas e meu pau latejava, fazendo-me sentir 


como se eu estivesse pegando fogo. 


— Não — Ela sussurrou enquanto minha boca pairava sobre a dela. 


Oh, eu não vou. Você vai. 


— Eu prometo. Não, a menos que você me peça — Tendo ela se sentindo 


arrependida no dia seguinte que se entregou para mim seria uma merda fodida. Eu não queria aquela responsabilidade. Ela seria uma parte disso tanto quanto eu, e eu a queria louca e confusa sobre mim. E em seguida eu queria que ela se rendesse. 


Eu acho que isso era o que foi desde o começo. 


Eu movi meus lábios em volta do seu rosto e pescoço, inspirando-a, mas 


nunca a beijando. 


Eu ainda podia sentir o gosto dela. 


Meus lábios roçaram sua bochecha macia e eu quase toquei os lábios logo 


em seguida, quando ela soltou um pequeno gemido. 


Foda-se. 


A cada segundo que minha boca deslizava sobre o seu rosto, o queixo, o 


pescoço, eu lutava para manter meus dentes de afundar nela. Eu estava com tanta fome. 


— Posso te beijar agora? — Meio perguntado, meio implorando. 


Ela não disse sim, mas não disse que não queria. 


— Eu quero tocar em você — Eu sussurrei contra seus lábios. — Eu quero 


sentir o que é meu. O que sempre foi meu. 


Por favor. 


Sua respiração ficou presa e eu poderia dizer que ela estava lutando. 


Fracamente, ela me empurrou e saltou do carro. — Fique longe de mim — Disse ela enquanto se dirigia para o lado do passageiro. 


Sim, não. 


Eu tentei manter minha risada silenciosa. — Você primeiro — Eu provoquei.


 


— Dê-me dois — Meu pai colocou duas cartas para trocar e os meus lábios se 


torceram um pouco. 


Nenhum. “Como você está?”, “O que há de novo com você?”, Ou “Feliz 


maldito aniversario, filho.” 


Nada. 


Eu fazia dezoito anos hoje e meu pai, evidentemente, não se lembrava. 


Ou ele não se importava. 


Eu virei mais duas cartas da parte de cima do baralho e a joguei sobre a mesa dele. 


Para o inferno com isso. Dez minutos a menos, de cinquenta a percorrer. 


Nós tínhamos estado em silêncio desde que cheguei. Falando, como de 


costume, apenas quando necessário. 


E meu estômago ainda estava rolando. 


Após o episódio com Dul ontem à noite, eu me sentia muito bem. 


Descontraído, animado, calmo.


Mas a cada semana, eu passava mal antes de vir para a prisão e a minha 


animação da noite passada havia ido embora. A expectativa terrível de qualquer 


merda fodida que meu pai ia dizer para mim me deixava enjoado. Eu nunca 


poderia comer nada de manhã. E na maioria das vezes, minhas mãos tremiam 


tanto que era difícil dirigir. 


Foi por isso que optei por dirigir ontem à noite depois que eu tinha deixado 


Dul. Não havia nenhuma maneira que eu conseguisse dormir com o meu corpo em 


nós sobre ela, então eu somente dei o fora de lá. Dirigi até Crest Hill. Fiquei em um motel e vim para cá logo que começou o horário de visitas. Eu costumava me acalmar depois que ia embora. Eu me sentia mais seguro quanto mais perto eu me aproximava de casa. 


A única coisa que me fazia passar através das visitas semanas após semanas sem vomitar era o colar. 


E eu não tinha recobrado isso ontem à noite. 


Agora, porém, minhas entranhas estavam cobertas com ácido e queimando 


uma trilha até a minha garganta. Doía e eu continuava engolindo-a na esperança de que ele não pudesse me ver pensando nela. Eu sabia que soava estranho. Como 


alguém pode ver o que você está pensando? Mas meu pai tinha um talento especial para me ler e ele era a única pessoa que me fazia sentir fraco. 


— Então, onde está? 


Eu ignorei sua pergunta. 


Quem sabia o que ele estava falando, mas eu sempre me arrependia quando 


o deixava me fazer falar. Eu somente calava a porra da boca e respirava. 


— Você tem praticamente mantido uma mão no bolso das calças quase todo 


o tempo a cada merda de visita exceto hoje. O que você guarda lá dentro como um cobertor de segurança maldito e por que você não tem isso de repente? 


Mordi meu lábio, bati o pé e, em seguida, tentei dizer as minhas cartas na 


minha cabeça uma e outra vez. 


2-4-5-6-7. Espada, espada, espada, espada, copas. A sala, com os seus tetos altos e longos corredores para os lados onde ecoava conversas que eu não poderia entender e a agitação dos visitantes enchia o ar. Luz entrava pelas janelas, mas isso não me fazia sentir feliz. 


— Você acha que eu sou um idiota — Meu pai abaixou outra carta e falou em voz baixa. — Eu sou um idiota, Christopher. Eu te fiz duro, mas eu também te fiz forte. 


Ninguém vai te machucar de novo, porque você é intocável. Mesmo com essa 


menina, você está fora de alcance. 


Eu estalei meus olhos ao encontro dos dele e amassei minhas cartas na 


minha mão. O profundo estrondo de sua risada rouca rasgou Dul da minha cabeça. 


— Você tem o seu dinheiro — Eu rosnei entre dentes, com os lábios 


apertados. — Cale a porra da boca. 


Ele apenas balançou a cabeça e continuou a organizar suas cartas. — Será que ela sabe sobre você? Sobre o covarde que você é? Sobre como você abandonou o seu irmão? 


 Jax. 


— Não há uma “ela” — Minha mentira saiu como um resmungo. 


— Você está certo — Ele respondeu. — Você sempre estará sozinho, porque 


sabe que assim é melhor. E ela vai encontrar alguém para casar com ela e enchê-la com os bebês que não são seus. 


Meu estômago cedeu e eu não pensei. 


Bati minhas cartas em cima da mesa e me lancei para fora da cadeira acertando meu pai diretamente no maxilar. A dor em meu punho se espalhou pelo 


meu braço e eu vi quando ele caia de sua cadeira, no chão, ainda rindo pra caralho. 


Meu peito arfava enquanto eu respirava pelo nariz. 


— Na próxima semana é a minha última visita — Eu disse a ele. — Eu não 


sentirei sua falta, mas sei que você sentirá a minha. 


— Isso é o suficiente — Eu ouvi uma voz dizer antes de eu ser agarrado pelo 


braço. Olhando para cima, vi um guarda, um pouco mais alto que eu, com cabelos 


escuros e olhos claros, carrancudo. 


Eu puxei meu braço para longe dele. — Não se preocupe. Eu estou indo 


embora — E eu me virei, meu queixo duro como cimento quando saí. 


— Não se preocupe, Christopher — Meu pai gritou atrás de mim. — Nós não nos 


desviaremos longe um do outro. Eu estarei sempre na sua cabeça. 


Assim que cheguei em casa depois da visita, encontrei minha mãe na cozinha com um bolo. 


— De jeito nenhum. Eu não estou de bom humor — Meu tom era duro e eu 


não queria cortá-la, mas virei para fora da cozinha e caminhei em direção as escadas. 


— Christopher, por favor — Ela gritou atrás de mim. 


Parei com todos os músculos do meu peito tão tensos que eu estava pronto 


para gritar, eu me virei e voltei para a cozinha. 


Minha mãe estava do outro lado da mesa da cozinha, o cabelo castanho em 


um coque alto e os braços ao lado do corpo. Ela estava muito bem vestida com 


jeans, saltos e uma jaqueta curta. 


Segurando a parte de trás da cadeira até que a madeira rangeu sob meus 


dedos, eu olhava para ela, tentando engolir a discussão que eu queria. 


— Eu aprecio o esforço — Eu disse a ela. — Eu realmente faço. Mas nós nos 


demos muito bem sem ter que fingir que somos uma verdadeira família. Você faz a sua coisa. Eu faço a minha. 


Meu estômago estava em nós e as minhas palavras se derramaram como 


lama. Os olhos dela baixaram, mas se recuperou e ergueu o queixo.


— Eu quero que Jax venha morar com a gente — Disse o assunto com naturalidade e do nada. 


Eu parei de respirar e estreitei os olhos para ela e chocado demais para sequer responder. 


Desculpe-me? 


Jax viver com a gente? 


Ela sorriu um pouco e circulou a mesa em minha direção antes que eu tivesse a chance de processar se ela estava brincando. 


— Christopher, eu já falei com um advogado. Nada é certo, mas... — Ela fez uma pausa, olhando-me com cuidado. — Mas ele pode ser capaz de ajudar. Você quer que o seu irmão more com a gente? 


Eu queria meu irmão seguro. 


Apertei com mais força as costas da cadeira. — Você o quer aqui? — Eu perguntei a ela. 


Os olhos dela baixaram e seus lábios subiram com um sorriso pensativo. — 


Sim. Eu gosto de Jaxon — E então ela olhou para mim novamente. — Ele traz o 


melhor em você. Assim como Dul costumava fazer. 


Eu não conseguia comer o bolo. 


Eu não gostava de atenção e a ideia de minha mãe me fazendo soprar velinhas me tinha amordaçado. 


Fui para o meu quarto e fechei a porta, aproveitando a escuridão e o silêncio 


por quanto tempo eu pudesse tê-lo. 


Jax com a gente? Eu pensei quando me deitei na cama.


Eu ainda não podia acreditar que ela tinha pensado nisso. Que ela queria recebê-lo. 


Era caro, mas ela não parecia se importar. 


Essa era uma questão que eu nunca empurrei, mesmo que me confundisse. 


Ela trabalhava em uma empresa de contabilidade ganhando o suficiente para nos sustentar, mas não o suficiente para o que tínhamos. Nossa casa estava paga, eu sempre tive os melhores celulares e ela tinha um bom carro. Pagos. 


Para ser honesto, eu estava com medo de perguntar. Eu não queria saber 


como nós vivíamos tão bem. 


Eu tinha uma mensagem de Megan dizendo que esperava que nós fossemos 


amigos e ela ofereceu um agradecimento pela ajuda com o namorado babaca. 


Ele estará traindo-a novamente em um mês. Eles sempre fazem. Mas eu não disse isso a ela. 


Ela também deixou escapar de uma forma não tão sutil que Dul estava 


sozinha agora. Sua avó havia deixado a cidade. 


Meus lábios subiram e eu estava prestes a persegui-la até lá e escolher uma 


outra discussão com Dul quando recebi uma mensagem. 


Tudo bem? 


O pai de Dul. 


Tudo bem, eu digitei de volta. 


Você devolveu a chave da casa para Dul, certo? 


Sim, eu menti. Eu não estava pronto para desistir disso ainda. 


Obrigado. Feliz 18. Presente deve estar chegando em breve. 


Obrigado, eu digitei de volta, nada bom em ser agradável. 


Aniversário de Dul é em uma semana. Descubra o que ela quer, 


ele ordenou.


Deixei escapar um suspiro.


Isso pode ser difícil, eu mandei uma mensagem.


Ele respondeu nem trinta segundos depois. Um homem...?


E eu soquei a cama com meu punho.


... Cuidarei do negócio. Eu relutantemente terminei.


Faça acontecer e obrigado, ele disparou de volta.


Eu tirei minha camisa e pulei no chuveiro quente, me embalando em alguma


porra de paz e tranquilidade pela primeira vez nas últimas vinte e quatro horas.


Eu ainda não podia acreditar que tinha batido no meu pai. Eu nunca tinha


feito isso antes, até mesmo para me defender naquele verão.


Eu não sabia por que o comentário sobre Dul ter filhos com outro homem tinha me deixado tão irritado. Meu pai tinha conseguido o que se propôs a fazer e


eu tinha me deixado abater novamente.


Eu não conseguia pensar em mim como um pai, agora ou em qualquer momento no futuro.


Mas uma coisa era certa. Se fosse agora ou daqui a dez anos, eu não queria


que Dul tivesse filhos de outra pessoa.


Mas um dia ela iria querer. A maioria das pessoas quer.


E eu engoli o caroço do tamanho de uma bola de beisebol que não seria eu no seu futuro. 


 



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Autor(a): Vondy_fics

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



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  • binha1207 Postado em 30/06/2023 - 20:43:49

    Amei a adaptação... Maravilhosa... Já li o livro de personagem do alfoso muito bom... E o livro do Jax já está na minha lista... Espero mais adaptações sua. Obrigada

    • Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 21:56:58

      Ah amore fico feliz que tenha gostado, eu também amei trazer a adaptação pra vocês. O do Madoc eu vi mas ainda não cheguei a ler, mas vou ler, e trarei mas essa adaptação pra vocês.

  • Srta Vondy ♥ Postado em 30/06/2023 - 00:44:13

    Tô endoidada nessa versão pela visão do Christopher, sei que a Dul sofreu muito com a perseguição durante os anos que ele a perturbou, mas ver o quanto ele sofreu tbm, não é justificado mas entendo, ele não tinha válvula de escape, infelizmente sobrou a Dul Mas tudo já está se encaixando, graças a Deus Continuaaa <3

    • Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 08:50:44

      Eu também amo essa versão contada por ele. Realmente as peças vão se encaixando de forma gradual. Ele sofreu muito mesmo na mão do pai durante os dias de verão em que passou com ele. Mas Dul e a luz dele. <3

  • binha1207 Postado em 16/06/2023 - 22:12:06

    Oiê! Me conta o que você achou desta versão? Gosto de ver a estória pelos olhos dele?

    • Vondy_fics Postado em 16/06/2023 - 23:35:16

      Também amei. Na verdade achei lindo o ver o quanto ele o ama. Se der no domingo eu finalizo ela.

  • binha1207 Postado em 13/06/2023 - 21:54:57

    Guria ...tu foi rápido hein... Kkkkkk... Ameiiii... Obrigada....

    • Vondy_fics Postado em 13/06/2023 - 22:26:58

      Ah que bom amore, eu e que agradeço pela sugestão.


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