— Você parece bem aí — Minha voz transitou por Volbeat´s de Heaven Nor
Hell quando olhei para Dul sentada no banco do passageiro.
Ela estava ao meu lado, na minha corrida. Parecia a coisa certa.
— Eu fico melhor no seu banco — Ela rebateu e a lembrança de sua corrida no meu carro veio à tona.
Sim, eu não podia discutir com ela sobre isso.
E eu não me esqueci de como eu a tinha saboreado há meia hora, também.
Eu mal podia esperar para levá-la de volta para a minha casa, mas então eu vi todas as luzes à frente, os carros e os espectadores e em um instante, na minha
casa era exatamente onde eu queria nos levar.
Cada pessoa do caralho na cidade estava aqui assistindo isso. Mordi o lado
da minha boca, me preocupando com o que tínhamos feito e qual era a expectativa
de Dul.
Eu sempre aparecia sozinho, para estas coisas.
Você sempre vai estar sozinho, porque você sabe que é melhor.
Meninas gostavam de demonstrações públicas. Propriedades de mão,
abraços, merda afetadas que eu não fazia e enquanto eu ficaria felizmente territorial em privado, eu não gostaria de dar a impressão de que eu me preocupava com algo na frente de outras pessoas.
A multidão de carros, os olhos em nós quando nos dirigíamos para o The
Loop, tudo parecia como um divisor de águas no carro entre Dul e eu.
A música Volbeat terminou e outra começou quando meu Boss se arrastava
até a pista, soltei um suspiro e decidi fazer o que sempre fazia.
Nada.
Dul e eu ainda estávamos no ar e eu esperava esclarecer isso mais tarde,
mas por agora... as coisas permaneceriam simples.
Depois que eu colocar o carro em ponto morto e puxar o freio de mão, Dul
tirou o cinto de segurança e estendeu a mão para a porta.
— Hey — Eu peguei a mão dela e ela se virou para olhar para mim. — Eu gosto de manter minha cabeça no jogo aqui. Se eu não agir de forma muito amigável, não tem nada a ver com você, ok?
Seus olhos caíram por uma fração de segundo e eu imediatamente quis levar
isso de volta.
Ela olhou para cima e deu de ombros. — Você não tem que segurar minha
mão.
Eu tinha feito isso de novo.
Afastei-a. Magoei-a.
E agora seu muro estava de pé, assim como tinha estado nos últimos três anos.
Merda.
Com meu pai, eu tinha que me guardar. Eu tinha que ficar sozinho, forte.
Tornou-se muito difícil depois daquele verão horrível agir de uma forma com as
pessoas que eu não confiava e de outra maneira com as pessoas que eu mantinha perto, então fiquei distante como uma regra.
E então depois de um tempo, eu não tinha uma única pista maldita de como ser de outra maneira.
Eu a vi sair do carro, virando as costas e mantendo tudo o que ela queria
dizer no interior.
Nós éramos mais parecidos do que ela pensava.
Desligando o rádio, eu pulei para fora do carro e caminhei até a frente para
falar com o meu adversário, Bran Davidson e Zack.
Dul tinha se mandado e eu movi meus olhos, examinando a multidão para
ver onde ela estava.
Filho da puta.
Ben estava ao seu lado e ela foi direto para ele.
Algo amargo rodou no meu estômago e eu nem sequer sentia o frio no ar da
noite.
Eu balancei a cabeça irritado e olhei de volta para os dois homens que
estavam falando comigo.
— As chances estão a meu favor, cara — Brincou Bran e me bateu no braço.
Eu tentei não deixar meu humor decadente escoar para fora do meu tom.
Bran era um bom rapaz e nós éramos amigos.
— Sim, ótimo — Eu murmurei. — Isso significa que a minha vitória vai pagar
muito.
— Eu tenho um Camaro — Ele apontou como eu fosse estúpido demais para
perceber o que ele estava dirigindo.
— Camaro de quase 30 anos de idade — Eu especifiquei, roubando relances
de Dul e Ben.
Eles não tinham chegado fisicamente perto. Eles não estavam nem mesmo
em frente ao outro.
Mas ela estava sorrindo. Ele estava fazendo-a rir e meus olhos se estreitaram sobre ela como se ela precisasse de uma grande lembrança, uma gorda cuja boca tinha estado na sua menos de uma hora atrás.
Dul e eu estávamos ambos vestindo moletom preto, mas enquanto ela tinha
as mãos enfiadas no bolso da frente para me aquecer, eu estava suando e pronto
para rasgar o meu fora.
Acalme-se.
Talvez eu estivesse exagerando. Talvez eles estivessem apenas conversando, ou talvez não estivessem.
O que diabos eu me importo?
Eu não estava perdendo o sono sobre o que poderia ou não estar passando
por sua cabeça.
Para o inferno com isso.
— Limpem a pista! — Zack gritou e eu fui para o meu carro sem olhar para ninguém.
Ajustando o meu iPod para I Stand Alone de Godsmack, poético eu pensei,
acelerei meu motor e deixei que o barulho de todos ao meu redor abafasse a dor em
meu peito.
Empurrei minha cabeça para trás, fechei os olhos e deixei a música tomar o
controle do meu cérebro.
As letras roubadas me fizeram sentir forte novamente.
O ritmo levou a voz do meu pai.
Tudo desapareceu.
Até que eu abri meus olhos e imediatamente deixei escapar um gemido.
Merda.
Jordan. Ela estava na frente do meu carro, torcendo-se algumas vezes muito
ligeiramente, mostrando seu corpo em sua saia curta e fina e regata azul escura.
A multidão aplaudiu e isso me bateu de que ela iria dar o sinal de largada,
enviando-nos no nosso caminho.
Jordan não era uma tarefa para olhar e ela sabia disso.
Ela também sabia que nós havíamos acabado, mas isso não a impediu de
entrar em minha linha de visão a cada chance que tinha.
Ela sorriu e se dirigiu para o meu lado do carro, enquanto eu tentava esconder o meu olhar irritado.
Inclinando-se apenas dentro da minha janela aberta, ela estalou a língua
como se eu tivesse algo a aprender. — Quando você terminar com aquela ruiva, sabe onde me encontrar.
Meu olhar perplexo se fixou para frente, fora Jordan. — Se eu terminar com ela, é o que é.
— Você vai — Sua voz era brincalhona e arrogante. — Boas meninas tem
gosto de merda depois de um tempo.
Eu sorri, realmente divertido. Se ela soubesse...
Eu não poderia me imaginar alguma vez me cansando de Dul.
Olhando suavemente em seus olhos castanhos claros, eu inclinei um pouco
seu queixo com o dedo. — Não segure a respiração, Jordan — E eu larguei a minha
mão, virando meus olhos de volta para a pista à frente. — Agora saia do meu carro e libere-nos.
— Ahh! — Ela gritou, seu grunhido raspando meus tímpanos quando eu virei
minha cabeça para o lado.
O corpo de Jordan se debateu para trás e foi aí que eu percebi Dul,
arrancando Jordan por seu longo cabelo para longe do carro.
O. Que. O. Inferno?
— Dul — Eu avisei, saindo do carro.
Ela empurrou Jordan à sua frente e vi com os olhos arregalados quando Dul
apenas ficou lá, fazendo Jordan desviar o olhar e cerrando firmemente seus punhos.
Sua respiração era longa e profunda. Não nervosa.
Simplesmente, apenas furiosa e eu trouxe a minha mão até meus lábios para cobrir o sorriso.
Eu não deveria estar tão orgulhoso dela por uma briga.
Mas ela estava com ciúmes e isso estava me excitando.
Ela também estava reagindo, demais.
Boa hora.
E eu imediatamente olhei para a multidão, tolamente pensando que eles
pudessem não estar assistindo a cada segundo disso.
Eu gostava de um perfil discreto e Dul estava transmitindo alto e claro que
eu era dela.
Que eu era dela.
— Sua vadia! — Jordan resmungou. — Que porra é o seu problema?
E meu coração pulou uma batida quando Jordan acusou Dul. Prestes a chegar para pegar uma delas ou ambas, eu parei de repente.
Dul varreu o pé de Jordan de debaixo dela e meus olhos se arregalaram
quando Jordan caiu em sua bunda na pista de terra seca.
Sim, Dul não precisava de ajuda. Eu balancei a cabeça em choque.
A multidão estava ficando louca, cantando para uma luta e comemorando
com assobios e aplausos. Eu não acho que eles sabiam para quem estavam
torcendo. Eles só queriam uma luta. Dul se abaixou, batendo duas vezes no rosto aturdido de Jordan e falou em voz alta. — Agora que eu tenho sua atenção, só quero que você saiba, ele não está
interessado em você.
Eu mordi meus lábios entre meus dentes.
Durona pra caralho.
Virando-se para mim, ela soltou uma respiração profunda e seus olhos se
acalmaram.
Ela se aproximou e ela era a única coisa que eu via. Jordam foi esquecida.
— Eu não sou um papel de parede17 — Disse ela em voz baixa e eu sabia que
eu a tinha magoado no carro antes.
Dul não era casual.
Se ela estava dentro, estava dentro Se ela estava fora, estava fora. E eu precisava ser o homem.
Ela tirou o colar fóssil e o juntou na minha mão. — Não se esconda de mim, e não me peça que eu me esconda — Disse ela para que apenas eu ouvisse.
Eu apertei o meu punho em torno do colar.
Ela estava dentro.
Empurrei o seu queixo para cima e a beijei levemente e quase engasguei com
o desejo de levá-la em meus braços, aqui e agora.
— Boa sorte — Ela sussurrou e seus olhos quentes nivelaram-me enquanto
caminhava de volta para a multidão.