Tínhamos tido um inferno de um monte de coisas boas crescendo, e eu não
queria isso retrocedendo.
— Sinto muito — Eu sussurrei, tendo seu rosto em minhas mãos, esperando
como o inferno que ela não me desse um soco. — Eu sei que posso fazer isso por
você. Não me odeie.
Ela balançou a cabeça. — Eu não te odeio. Quero dizer... — Ela me lançou uma pequena careta. — Eu estou um pouco chateada, mas principalmente eu odeio
o tempo perdido.
Sim.
Eu a agarrei passando os braços ao redor de sua cintura e puxando-a para mim.
Ela era fodidamente minha. Eu queria gritar e sorrir ao mesmo tempo. Eu
moldei minha testa na dela, os meus lábios com fome para sabores-lá enquanto eu
a respirava.
— Você disse que me amava — Ela sussurrou. — Eu odeio que perdemos isso.
Nada estava perdido.
Eu a levantei, guiando as pernas em torno de mim e nos levei até a cama, sentindo o calor de seu sexo no meu estômago.
— Nós nunca perdemos isso — Minha mão estava em sua bochecha e eu
trouxe seus olhos para encontrar os meus. — Por mais que eu tentasse, nunca
poderia apagar você do meu coração. É por isso que eu era um idiota e mantive os caras longe de você. Você sempre foi minha.
— Você é meu? — Perguntou ela, enxugando as lágrimas com o polegar.
Sua respiração trêmula acariciava o meu rosto e eu não podia segurar mais.
Levemente beijando o canto de sua boca, eu sussurrei contra seus lábios: — Sempre fui.
Ela colocou os braços em volta de mim e eu a abraçava, perto e apertado.
— Você está bem? — Ela perguntou.
— E você? — Eu atirei de volta, não me iludindo por um segundo que nos
últimos três anos não foram um inferno para ela, também.
— Eu ficarei.
Se tivéssemos um ao outro, nós ficaríamos bem.
— Eu amo você, Dul.
E eu caí de costas na cama, trazendo-a comigo, esperando que fosse para
sempre.
— Christopher, você está me cutucando — O gemido sonolento de Dul se
mexendo me acordou e me levou alguns momentos para abrir os olhos.
Cutucando-a? Eu verifico minhas mãos, que não estão nem mesmo a tocando, e então eu sinto o fogo e o aperto nas minhas calças.
Merda.
Eu rolo sobre minhas costas, então não estou de conchinha mais nela, e esfrego minhas mãos sobre meu rosto.
Meu pau está duro de novo e eu estou tremendo de desconforto e constrangimento.
Isso acontece muito ultimamente.
Olho sobre Dul, de costas ainda para mim enquanto ela dorme e eu começo a me sentar.
— Não — Ela geme e rola. — Não vá — E ela põe um braço sobre minha cintura, e eu endureço ali mesmo, com medo de me mover.
Porra, caralho, merda! Estou prestes a explodir, e eu preciso ir embora.
Todas as manhãs isso acontece e eu estou tão frustrado.
Não me toque, Dul. Por favor.
Mas eu a deixo de qualquer maneira. Ela me guia de volta para baixo quando aninha a cabeça em meu pescoço e cai no sono.
Meus olhos se abrem, piscando, quando eu sinto o mesmo sangue familiar
correndo em direção ao sul e a queima profunda abaixo do meu estômago.
Sento-me e esfrego o sono dos meus olhos, sacudindo o sonho da minha cabeça.
Ou, a memória.
Dul.
Sento-me, examinando o quarto escuro.
Onde ela estava?
Eu estava na cama dela. Nós tínhamos adormecido depois da minha
confissão e esse sonho foi da última vez que eu tinha ficado aqui com ela. Na
manhã em que eu tinha partido para o meu pai no verão.
Mas ela não estava aqui agora.
E não havia nenhuma luz vindo do seu banheiro, também.
— Dul — Eu chamei, mas não obtive resposta. O único som era o tamborilar
da chuva no telhado.
Levantando-me, estiquei meus braços sobre minha cabeça, saí de seu quarto
e desci as escadas escuras.
Luz era escassa, mas isso não importava. Eu poderia navegar por esta casa no escuro.
Mesmo se não fosse pelo fato de que eu tinha passado tanto tempo aqui no
passado, a casa dos Brandt´s sempre parecia viva. O tique-taque do relógio de
pêndulo no foyer, o ranger das escadas, o zumbido suave e abafado que vinha do
vento, todos eles deram a cada quarto sua própria personalidade e fez deste lugar uma casa.
Eu estava confortável aqui.
A sala de estar e sala de jantar estavam vazias enquanto passeava além de
cada um, então eu fui para a cozinha e imediatamente vi a porta dos fundos aberta.
Caminhando, eu olhava para o jardim e estourei imediatamente em um
sorriso ao ver Dul, encharcada e em pé na chuva, com a cabeça inclinada para o
céu.
Os meus ombros relaxaram e eu fechei meus olhos, tudo ao mesmo tempo.
Eu deveria saber.
Saí em silêncio e me encostei-me à parte de trás da casa, sob o toldo.
Dul sempre amou a chuva. Ela despertava a vida nela e eu não fui capaz de
desfrutar de vê-la assim em anos. Uma parte minha sempre me perguntou que
magia ela via em temporais e parte minha não precisava saber.
Apenas olhando para ela era como ouvir música na minha cabeça.
Seu cabelo longo e ruivo estava todo molhado e suas roupas se agarravam ao
seu corpo, assim como a noite do nosso primeiro beijo quando eu senti suas curvas e declives perfeitamente.
Ela ficou ali, com as pernas ligeiramente separadas e os braços em seus
lados, quando lentamente balançava de um lado para outro, quase como dançando.
A blusa preta, brilhante, com chuva, estava colada em suas costas como uma
segunda pele e eu sabia que quando eu a tocasse iria sentir cada músculo.
Meu peito aqueceu e minhas mãos cantarolavam.
— Christopher — Ela gritou e eu pisquei, percebendo que ela tinha me notado.
— Você me assustou — Ela sorriu. — Eu pensei que você estivesse dormindo.
Ela estendeu a mão ao peito e esperou que eu dissesse alguma coisa, mas eu
não podia.
Eu não queria falar mais. Eu só a queria.
Desencostando da parede, eu caminhei sem tirar os olhos dela, quando
coloquei minhas mãos em seus quadris. Eu a prendi em mim, afundando meus
dedos nela e olhando para o seu rosto, selvagem e encantador.
Dul nunca fez jogos. Nunca houve um brilho sedutor nos olhos ou um jogo
de seus lábios para me fazer notá-la. Ela olhava para mim agora como costumava
fazer.
Parecia como se eu fosse Natal.
Ela avançou na ponta dos pés e minha respiração ficou presa quando ela
tocou seus lábios nos meus. Eu provei a chuva doce em sua boca e meu pulso
percorreu meu corpo, desejando mais e mais.
Porra. Tão bom.
Envolvendo um braço ao redor da cintura dela, segurei seu rosto com a
outra mão e guiei seus lábios enquanto eu assumia o controle.
Movi-me para ela, provando sua língua e respiração até que cada pequeno
aperto, mordiscar e lamber era como um relâmpago pelo meu corpo.
A tempestade caia ao nosso redor, mas eu quase não notei isso.
Minhas mãos formigavam e em todo lugar que eu a toquei me deixou mais
quente e mais duro.
Ela estremeceu e eu a segurei mais apertado, sem saber se era a chuva ou
nós. Mas eu não queria ir mais devagar.
Mais e mais rápido eu devorava Dul, mergulhando em seus lábios de novo e
de novo, até que eu estava respirando com tanta dificuldade que estava dolorido
para gozar.
Eu prendi o lábio inferior entre os dentes e ela moía seus quadris nos meus,
e nós estávamos perdidos.
Talvez fossem seus gemidos suaves ou as mãos, agarrando meus quadris,
mas eu sabia que ela não estava parando isso.
E eu precisava estar dentro dela bem aqui. Agora. — Você está com frio — Eu disse, enquanto ela continuava me beijando.
Sua respiração estava quente e seus braços urgentes acariciavam meu peito e meu pescoço. — Aqueça-me — Ela implorou.
Pooooooorra.
Abaixei-me e agarrei a bunda dela, puxando-a para mim.
Agora.
Eu a queria aqui e agora, mas ela começou a fazer merda no meu pescoço
com seus lábios e língua, e eu não poderia colocar minha cabeça pra pensar.
— Eu amo você, Christopher — Ela disse sem fôlego no meu ouvido e eu fechei os
olhos.
Meu coração se encheu tanto que doeu.
— Podemos esperar — Eu soltei, nem em um milhão de anos de merda que
eu queria parar com isso.
Ela balançou a cabeça lentamente, um pequeno sorriso brincou em seus
lábios. Levantando a barra da minha camiseta preta sobre a minha cabeça, ela correu as pontas dos dedos pelo meu peito, em torno de meus quadris e até as
minhas costas.
Eu tremi quando ela tocou as cicatrizes nas minhas costas, esperando que
ela não estivesse pensando em minha história. Isso não era o que eu queria em sua cabeça agora.
Mas ela manteve os olhos nos meus e eu deixei escapar um suspiro, relaxando.
Suas mãos estariam em todas as partes do meu corpo, mais cedo ou mais
tarde. Poderia muito bem me acostumar com isso agora.
Eu cerrei os dentes e cravei os dedos em suas costas quando ela levantou a
frágil, blusa preta sobre a cabeça e tirou seu sutiã.
Jesus, eu sussurrei, sob a minha respiração.