Engoli em seco, minha cabeça leve e meu peito explodindo com o calor.
Jesus Cristo.
Eu suguei respiração por respiração, empurrando nela mais algumas vezes.
Mais.
Eu só queria arrancar o preservativo, deslizar outro e ir outra vez.
Droga. Eu não podia evitar o sorriso que eclodiu quando eu a beijei e pensei na ironia.
Eu costumava ficar com ela até tarde assistindo filmes de terror e depois de
todo esse tempo, nada tinha realmente mudado.
Sua bunda ainda não estava recebendo qualquer sono esta noite.
Eu deixei cair nossas roupas molhadas na cozinha e voltei com duas toalhas
cinzas de seu banheiro. Enrolei uma em volta da minha cintura e coloquei a outra
sobre ela quando a deitei na chaise.
— Não vamos entrar? — Ela apertou a toalha contra o peito, certificando-se
que as partes importantes estavam cobertas.
— Você está com frio? — Eu perguntei maliciosamente quando mergulhei
minha cabeça em seu pescoço e descansei minha mão entre suas pernas. — Tudo parte do meu plano para aquecê-la novamente.
Envolvendo seus dedos ao redor da minha mão, ela não estava realmente
tentando me afastar. — Pare — Ela implorou pateticamente.
— Você está tentando me dizer não? — Eu provoquei e deslizei um dedo dentro dela.
Ela suspirou e seu corpo estremeceu levemente. Em vez de suas mãos
tentarem me parar agora, se aproximaram imediatamente para baixo empurrando minha mão com mais força dentro dela.
Seus lábios roçaram meu peito. — Eu sempre quis você, Christopher. Mesmo com doze anos, eu queria que você me beijasse.
Maldição deveria ter sido eu lhe dando seu primeiro beijo. E seus únicos beijos.
— Obrigado pelo que você me deu esta noite — Eu gemi com a forma como
ela estava molhada e eu me senti inchar e ficar pesado.
— Eu gostaria de ter sido a sua primeira. Você teve um monte de meninas, não é? — Sua voz tinha uma pontada de tristeza e eu desviei os olhos.
Sim, eu definitivamente não queria falar sobre isso.
— Mais do que eu deveria — Eu me apoiei na resposta fácil.
Seus nomes? Se foram.
Seus rostos? Esquecidos.
Eu amava Dul e nada era melhor do que fazer amor com alguém que eu realmente amava.
Abaixei-me para beijá-la, mas ela se afastou e me olhou duro.
— Eu preciso saber, Christopher — Ela pediu suavemente.
— Precisa saber o quê? — Eu encolhi os ombros, mas o medo se arrastou em
meu peito de qualquer maneira.
O que ela estava fazendo?
Sentando-se, ela puxou a toalha mais apertada ao redor do seu corpo. — Eu
estou supondo que a maioria de suas antigas namoradas vão a nossa escola, certo?
Eu quero saber quem são elas — Ela acenou para mim com os olhos arregalados, como se eu devesse esperar isso ou algo assim.
— Dul — Eu esfreguei sua perna. — Elas não eram minhas amigas. Eu não
tenho namoradas.
Seu rosto se contorceu em uma mistura de surpresa, confusão e todo um
inferno inteiro de chateada e eu cerrei os dentes e fechei os olhos.
Idiota.
— O quê? — Ela gritou e eu me encolhi. — Então o que sou eu?
Sim. Eu sou um grande balde de idiota estúpido. Mas antes que eu pudesse fazer o controle de danos, Dul saltou fora da chaise, andou através do pátio e pela porta dos fundos, fixando a toalha ao redor dela enquanto partia.
— Dul! — Caralho!
Eu a persegui e depois invadi pela porta aberta.
— Baby, não foi isso que eu quis dizer — Eu rapidamente disparei quando eu
a vi de pé do outro lado da cozinha com os braços cruzados sobre o peito.
— Não me chame de baby. Se eu não sou sua namorada, definitivamente não
sou “baby”.
Passei a mão pelo meu rosto. — Namorada não é suficiente para descrever você, Dul. Esse termo é temporário. Você não é minha namorada, minha garota, ou a minha mulher. Você. É. Simplesmente. Minha — Eu mordi cada sílaba, para que ela pudesse entender essa porra. — E eu sou seu — Acrescentei um pouco mais calmo.
Ela respirou fundo, se acalmando. — Christopher, você tem que me dizer quais.
Deixei escapar uma amarga risada irregular. — Por quê? Assim, você pode
ficar chateada cada vez que ver uma delas?
— Eu sou mais madura do que isso — Ela rosnou. — Dê-me um pouco de crédito. Isto não é nem mesmo sobre elas. É sobre você.
Que porra é essa?
— Eu disse a você tudo sobre o meu passado, porra! — Eu joguei minhas
mãos no ar. — O que mais você quer?
— Eu quero saber tudo! Eu não quero andar pelos corredores da escola sem
saber e fazer contato visual com cinco garotas diferentes que você fodeu! — Ela
gritou com os olhos quentes e ferozes.
— Nada disso importa! — Eu apertei a toalha em volta da minha cintura e
olhei para ela sobre a ilha central que estava entre nós. — Eu só fiz amor com você. Para você. E isso simplesmente vai ser sempre com você! Quero dizer, o que diabos ela quer, afinal? Eu não podia voltar atrás e mudar tudo o que eu tinha feito e não fazia sentido reviver qualquer uma dessas merdas.
Ela era o meu futuro e eu não queria que ela soubesse de toda essa feiura.
Eu ficaria obcecado pelos caras que tocaram nela? Sim, porra! Era por isso que não perguntei
— Eu não gosto de ficar no escuro, Christopher — Ela cruzou os braços sobre o peito, empurrando os seios ainda mais por cima da toalha. — É pedir muito de mim, sabendo que eu compartilho uma escola com essas meninas. Eu quero saber quem, onde e o que você fez. Você consegue isso fácil. Você sabe que foi só você para mim.
Elas não precisam olhar para mim com sorrisos presunçosos sabendo que tiveram o que é meu. E eu quero saber sobre Megan também — Acrescentou.
Isso era do que se tratava.
E foda- me, que eu não pude deixar de sorrir. — Você está com ciúmes.
Será que ela acha que eu sequer reparei em Megan assim? Ou até mesmo via as
outras garotas do jeito que eu a vejo? Era sempre o rosto dela. Desde que eu tinha
dez anos, eu via somente ela.
Ela ergueu o queixo, olhando firme como se eu estivesse prestes a ser
enviado para o meu quarto por mau comportamento. — Saia. E não volte até que você possa ser um homem — Ela disse calmamente.
E ela se virou com seu cabelo molhado agarrado em suas costas e caminhou
pelo corredor em direção à escada.
Saia?
Havia pelo menos dez coisas diferentes que eu ainda queria fazer com ela
esta noite e ela queria que eu fosse embora?
Fúria queimou no meu estômago, fazendo meu sangue ferver e eu estava
pronto para escolher uma maldita discussão séria. Eu já tinha derramado minhas entranhas sobre o meu irmão, meu pai e toda a minha história triste e estúpida. Eu tinha falado merda que não queria, porque eu a amava e queria que ela soubesse que podia confiar em mim.
Mas eu terminei sendo empurrado por uma noite. Pegando-a pelo braço, eu a puxei contra mim e, levantando-a do chão, a levei de volta para a cozinha.
Ela tentou se soltar. — Me solte.
Colocando-a de frente para mim, eu a emparelhei contra a mesa da cozinha
e me inclinei sobre ela. — Eu estive fazendo jogos com você por três anos, Dulce.
Você não consegue fugir mais.
Seus olhos ficaram afiados e ela chupou uma respiração com raiva. —
Dulce? — Ela perguntou me enfrentando.
Ela sabia que eu só a chamava de “Dulce” quando eu estava tentando ser
condescendente. Como os pais chamando por seu nome completo quando estão com raiva.
Mas eu não estava louco ou tentando ser condescendente. Eu estava meio
que me excitando com a sua raiva, na verdade.
E se eu gostando ou não, meu pau ficava cada vez mais duro quanto mais
nos enfrentávamos. Era como tiro de eletricidade para minha virilha, ver Dul ficar feroz.
Porra!!! Ela era linda.
Seus olhos eram afiados e ela respirava com dificuldade através de sua boca.
Ela parecia furiosa e quente, e eu não tinha ideia se ela ia me bater ou me foder. Eu só sabia que ambos seriam violentos.
Inclinando-me perto o suficiente para beijá-la, eu levantei a minha mão
direita e passei os dedos pelo seu rosto. Sua respiração tremeu contra meus lábios enquanto eu sussurrava para ela.
— Você quer saber de tudo? Então me deixe lhe mostrar. Vire-se e se curve.
Seus olhos estavam tão grandes como planetas. — O - O quê? — Ela
gaguejou, sem fôlego.
Eu conhecia o seu olhar, sentindo a intensidade e a urgência de entender. — Você não está com medo, não é? — E os cantos da minha boca subiram
quando ela fez uma careta. — Vamos lá, Dul. Confie em mim. Você quer saber tudo, não é?
Seu rosto estava tenso e seus olhos corriam de um lado para o outro.
Ela virou-se lentamente e alívio me inundou. Ela estava de costas para mim,
e estava lá à espera do que ela, provavelmente, pensava que ia ser alguma violação distorcida de seu corpo.
Mas eu sabia que ela me amava.
Ela não me conhecia mais. Não realmente. Por tudo o que ela sabia, eu
poderia ter um filho em algum lugar e eu poderia estar vendendo drogas no fim de
semana, em vez de visitar o meu pai e irmão. Ela estava tomando um salto de fé, porque ela se importava.
Aproximando-me na frente dela, eu deslizei a toalha - sua única roupa - de
seu corpo lindo e deixando cair no chão. Recuei um pouco para olhar para ela. Não fazia parte do plano, mas eu não consegui evitar isso.
Corajosa como sempre, Dul estava ali, não tentando cobrir-se e pronta para
tomar qualquer besteira que ela, provavelmente, tinha certeza que eu tinha na manga. Mas eu ainda poderia dizer que ela estava nervosa. Sua respiração era superficial e seu corpo estava rígido.
Dando um passo para trás dela com o meu peito esfregando contra suas
costas, eu envolvi meus dedos em torno de seus pulsos e ergui seus braços através de seus peitos. Meus braços cruzados no peito, também, e eu segurei seu corpo frágil e pequeno, amando a facilidade com que ela se encaixava.
Ela sempre se encaixava.
— Você pode confiar em mim? — Eu perguntei novamente.
— Sim — A voz dela era tão fraca. Ela não tinha mais certeza.
Ainda segurando-a, estendi os braços longe de seu corpo e sussurrei em seu
ouvido. — Deite de bruços em cima da mesa, então.