Fanfics Brasil - Capítulo 4 Até você (Adaptada) Finalizada.

Fanfic: Até você (Adaptada) Finalizada. | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 4

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Isso era uma merda para lidar e ele provavelmente se congratulando por ter 


dito isso. 


— Você sabe... — Ele começou, deixando escapar um suspiro. — Eu tenho 


mantido minha boca fechada, mas... 


— Então a mantenha fechada. 


Alfonso arrastou a lanterna para fora do capô e eu dei um passo para trás saindo do caminho, quando ele a arremessou através do lugar onde quebrou contra uma parede. 


Jesus Cristo! 


Seu comportamento relaxado normal foi substituído por raiva. Seus olhos 


eram afiados e sua respiração era rápida. 


Alfonso estava irritado e eu sabia que tinha ido longe demais. 


Apertando os dentes, eu me inclinei suspirando com as mãos sobre o carro e 


me preparei para o seu ataque de fúria. Eles vinham raramente, o que lhes dava 


mais impacto. 


— Você está se afundando, homem — Gritou. — Você não precisa ir para a 


aula, você está irritando todo mundo, estamos constantemente em brigas com 


idiotas aleatórios, e eu tenho os cortes e contusões para provar isso. Que porra é 


essa? — Cada palavra enchia a garagem. Havia um significado e verdade em tudo o 


que ele estava dizendo, mas eu não queria enfrentá-la. 


Tudo parecia errado. 


Eu estava com fome, mas não de comida. Eu queria rir, mas nada era engraçado. Todas as minhas emoções regulares não faziam meu coração acelerar. 


Até o meu próprio bairro, que geralmente me trazia conforto com a sua 


familiaridade e gramados cortados, parecia estéril e sem vida. 


Eu me enfiei na porra de um vidro fechado, sufocando com tudo o que eu 


queria, mas nada disso me forneceu o ar.


— Ela vai estar de volta em oito meses — A voz tranquila de Alfonso rastejou 


em meus pensamentos, e eu pisquei, tomando um momento para perceber que ele estava falando sobre Dul. 


Eu balancei minha cabeça. 


Não. 


Por que ele disse isso? 


Isto não era sobre ela. Eu. Não. Preciso. Dela. 


Eu apertei o meu punho em torno da chave e endireitei as costas, querendo 


enfiar suas palavras de volta para baixo de sua garganta. 


Seu olhar caiu para a minha mão direita que segurava a ferramenta e, em 


seguida, de volta para o meu rosto. — O quê? — Ele desafiou. — O que você acha 


que você vai fazer? 


Eu queria bater em alguma coisa. Qualquer coisa. Até o meu melhor amigo. 


O toque no meu celular quebrou o impasse, uma vez que vibrou no meu 


bolso. Eu peguei o meu celular, mantendo meus olhos no meu amigo. 


— O quê? — Eu rosnei no telefone. 


— Ei, cara, eu estive tentando falar com você todos os dias — Meu irmão Jax 


disse, um pouco abafado. 


Minha respiração não abrandava e meu irmão não precisava de mim com 


isso. — Eu não posso falar agora. 


— Tudo bem — Ele latiu. — Foda-se, então — E desligou. 


Caralho, filho de uma puta. 


Eu apertei o telefone, desejando quebrá-lo. Meus olhos correram até Alfonso que balançou a cabeça, jogou o pano na bancada de trabalho e saiu da garagem. 


— Merda — Eu assobiei, discando o número de Jax. Se eu precisava estar equilibrado e calmo para alguém, esse alguém era o meu irmão. Ele precisava de mim. Depois que eu tinha partido da casa do meu pai há dois verões, eu relatei o abuso. Não o meu, e sim do meu irmão. Ele foi levado para fora daquela casa e colocado em um orfanato, uma vez que sua mãe não pôde ser encontrada. 


Eu era tudo que ele tinha. 


— Eu sinto muito — Eu soltei, nem mesmo esperando-o para dizer “Alô” 


quando ele atendeu. — Eu estou aqui. O que há de errado? 


— Me busque, está bem? 


Sim, sem as velas de ignição arrancadas do meu carro. Mas Alfonso ainda 


estava aqui com o seu carro, provavelmente. — Onde você está? — Perguntei. 


— No hospital. 


— Desculpe-me, posso ajudá-lo? — Uma enfermeira perguntou atrás de mim 


enquanto eu invadia pela porta dupla balançando. Eu tinha certeza que deveria me certificar com ela, mas ela poderia enfiar sua prancheta na bunda. Eu precisava encontrar meu irmão. 


Minhas mãos estavam suadas e eu não tinha ideia do que tinha acontecido. 


Ele desligou o telefone depois de me dizer onde encontrá-lo. 


Eu o deixei sozinho - e ferido - uma vez. Nunca aconteceria novamente. 


— Devagar, cara — Alfonso falou atrás de mim. — Isso será muito mais rápido 


se nós só perguntarmos a alguém onde ele está — Eu nem tinha notado que ele me seguiu aqui dentro. 


Meus sapatos chiaram no linóleo quando voei pelos corredores, invadindo 


cortina após cortina até que eu finalmente encontrei o meu irmão. 


Ele estava sentado na cama, pernas longas esticadas na lateral e sua mão em 


sua testa. Estendi a mão para o seu rabo de cavalo e puxei sua cabeça para trás para olhar para o rosto dele. 


— Ai, merda! — Ele resmungou. 


Eu poderia ter sido mais gentil, achei. 


Ele piscou para a iluminação fluorescente quando olhei os pontos em sua 


sobrancelha. 


— Sr. Uckermann! — Uma voz de mulher gritou atrás de mim, mas eu não tinha 


certeza se era para mim ou Jax, uma vez que ambos compartilhavam o nome de 


nosso pai. 


— O que diabos aconteceu com ele? — Eu não estava perguntando a Jax. 


Outros eram os culpados. 


Meu irmão era apenas uma criança, e enquanto ele era apenas um ano mais 


novo do que eu, ainda era jovem. 


E ele teve uma vida de merda. 


Sua mãe era uma índia americana e quase uma menina, pouco mais da idade 


de consentimento quando tinha engravidado dele. Enquanto ele tinha os olhos azuis, do nosso pai, o resto de sua aparência veio dela. 


Seu cabelo era preto, provavelmente, mas estava um tom mais claro e caia 


no meio das costas. Algumas partes estavam trançadas e então tudo foi amarrado de volta em um rabo de cavalo no meio da cabeça. Sua pele era dois tons mais escuros do que a minha e tudo era ofuscado por seu sorriso brilhante. 


Uma mulher atrás de mim limpou a garganta. — Nós não sabemos o que 


aconteceu com ele — Ela retrucou. — Ele não nos quer dizer. Eu não tinha me afastado de Jax para ver com quem eu estava falando. 


Poderia ter sido um médico ou uma assistente social. Ou a polícia. Não importava. Todos olharam para mim da mesma maneira. Como se eu merecesse uma surra ou algo assim. 


— Eu tenho te ligado por horas — Jax sussurrou e eu respirei quando notei 


que o lábio estava inchado, também. Seus olhos estavam implorando. — Eu pensei que você estaria aqui antes que os médicos as chamassem.


E então eu sabia que era uma assistente social e eu me senti como um idiota. 


Ele precisou de mim hoje, e eu estraguei tudo de novo. 


Eu estava entre ele e a mulher, ou talvez ele estivesse se escondendo de seu 


ponto de vista. Eu não sabia. 


Mas eu sabia que Jax não queria ir com ela. Minha garganta apertou, e o 


caroço interno inchou pra caralho, e eu queria ferir alguém.


Dul. 


Ela sempre foi minha vítima de escolha, mas ela também estava em toda a 


boa memória que eu tinha. 


Meu cérebro se iluminou com o lugar que era intocado pelo ódio e desespero. 


Nossa árvore. Minha e de Dul. 


Eu brevemente me perguntei se Jax tinha algum lugar que ele se sentisse 


seguro, acolhedor, um inocente. 


Eu duvidava disso. Tinha ele experimentado um lugar como esse? Ia ele alguma vez? 


Eu não tinha a menor maldita ideia do que a vida tinha sido para o meu 


irmão. Claro, eu havia presenciado durante meu verão com nosso pai quando eu tinha quatorze anos, mas Jax tinha tido uma vida inteira dessa merda. Para não mencionar os lares adotivos ao longo dos anos. Ele estava olhando para mim como se eu fosse a porra do seu mundo e eu não tinha as respostas. Eu não tinha poder. 


Não havia forma de protegê-lo. 


— O Sr. Donovan fez-lhe isso? — A assistente social perguntou a Jax sobre 


seu pai adotivo, Victor. 


Ele olhou para mim antes de responder, sabendo que eu saberia se ele 


estivesse mentindo. — Não — Ele disse a ela. 


E todos os músculos de meus braços e pernas se enfureceram. 


Ele estava mentindo. 


Jax não estava mentindo para proteger Victor. Ele sabia que eu poderia dizer 


que ele não estava sendo honesto. Era a maneira que ele hesitava e me encarava 


para mentir. Eu sempre soube. 


Não, ele não estava me enganando. Ele estava enganando-a. 


 


 


 


 



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Autor(a): Vondy_fics

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



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  • binha1207 Postado em 30/06/2023 - 20:43:49

    Amei a adaptação... Maravilhosa... Já li o livro de personagem do alfoso muito bom... E o livro do Jax já está na minha lista... Espero mais adaptações sua. Obrigada

    • Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 21:56:58

      Ah amore fico feliz que tenha gostado, eu também amei trazer a adaptação pra vocês. O do Madoc eu vi mas ainda não cheguei a ler, mas vou ler, e trarei mas essa adaptação pra vocês.

  • Srta Vondy ♥ Postado em 30/06/2023 - 00:44:13

    Tô endoidada nessa versão pela visão do Christopher, sei que a Dul sofreu muito com a perseguição durante os anos que ele a perturbou, mas ver o quanto ele sofreu tbm, não é justificado mas entendo, ele não tinha válvula de escape, infelizmente sobrou a Dul Mas tudo já está se encaixando, graças a Deus Continuaaa <3

    • Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 08:50:44

      Eu também amo essa versão contada por ele. Realmente as peças vão se encaixando de forma gradual. Ele sofreu muito mesmo na mão do pai durante os dias de verão em que passou com ele. Mas Dul e a luz dele. <3

  • binha1207 Postado em 16/06/2023 - 22:12:06

    Oiê! Me conta o que você achou desta versão? Gosto de ver a estória pelos olhos dele?

    • Vondy_fics Postado em 16/06/2023 - 23:35:16

      Também amei. Na verdade achei lindo o ver o quanto ele o ama. Se der no domingo eu finalizo ela.

  • binha1207 Postado em 13/06/2023 - 21:54:57

    Guria ...tu foi rápido hein... Kkkkkk... Ameiiii... Obrigada....

    • Vondy_fics Postado em 13/06/2023 - 22:26:58

      Ah que bom amore, eu e que agradeço pela sugestão.


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