Fanfics Brasil - Capítulo 6 Até você (Adaptada) Finalizada.

Fanfic: Até você (Adaptada) Finalizada. | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 6

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Eu olhei para a luz vibrante da tela da televisão vindo de dentro da casa e 


respirei fundo. 


O filho da puta ainda estava acordado. 


Bom. 


Nas raras ocasiões em que Victor Donovan e eu interagimos, foi com 


intolerância mútua. Ele falou comigo como se eu fosse um vagabundo e tratou meu irmão da mesma forma. 


Enquanto eu subia os degraus da varanda, eu ouvi Alfonso se movimentar 


atrás de mim. Entrei pela porta da frente e passei pela sala de estar, enchendo a 


porta enquanto eu pairava lá. 


Victor nem sequer piscou quando ele gritou: — O que diabos você está 


fazendo aqui? 


Agarrando a base longa de madeira da luminária ao meu lado, eu arranquei 


o cabo para fora da parede. 


— Você feriu meu irmão — Eu falei com calma. — Eu estou aqui para ajustar as contas com você.


— Você não tinha que vir me libertar — Eu corri minha língua sobre a ardência doce do corte no canto da minha boca. 


— Eu não fiz — James, o pai de Dulce, respondeu. — Sua mãe fez. 


Ele dirigia o carro pelas ruas tranquilas e virou na entrada principal que conduzia ao nosso bairro. O sol espreitou por entre as árvores, fazendo com que as 


folhas vermelho - ouro brilhassem como fogo. 


Minha mãe? Ela estava lá? 


Alfonso e James tinham estado na delegacia durante toda a noite me 


esperando ser libertado. Eu fui preso, fichado e acabei dormindo numa cela. 


Para um bom entendedor poucas palavras bastam sobre socorrer alguém em apuros: Nada acontece até de manhã. 


Mas se minha mãe tinha me libertado, então onde ela estava? 


— Ela está em casa? — Perguntei. 


— Não, ela não esta — Ele virou uma esquina e Bronco reduziu a marcha. — 


Ela não está em condições de ajudá-lo, Christopher. Eu acho que você sabe disso. Sua mãe e eu conversamos ontem à noite na delegacia e ela decidiu que era hora de ir para o Centro de Haywood 8por um tempo. 


Os olhos azuis de James estavam concentrados para fora da janela, um 


oceano de coisas que ele nunca diria por debaixo daquela ebulição. 


A esse respeito, ele e Dul eram a mesma coisa. Se James gritasse, então você 


sabia que era hora de calar a boca e prestar atenção. Ele raramente dizia qualquer coisa que não fosse importante e ele odiava conversas desnecessárias. 


Isso ficou muito claro quando James e Dul chegaram ao final de seu acordo. 


— Rehab? — Eu o questionei. 


— Estava na hora, você não acha? — Ele disparou de volta. 


Eu coloquei minha cabeça no encosto de cabeça e olhei para fora da janela. 


Sim, eu acho que estava na hora. 


Mas a apreensão arrastou seu caminho em minha cabeça de qualquer maneira. 


Eu estava acostumado em como minha mãe vivia. Como eu vivia. James poderia nos julgar. Outros poderiam sentir pena de mim. Mas era o nosso normal. 


Eu nunca fui uma pessoa que me sentisse muito triste com as crianças 


pobres ou pessoas em situações difíceis. Se isso era tudo o que eles conheciam, 


então não estavam sofrendo com a maneira com que as pessoas olhavam para eles. 


Estas eram as suas vidas. Era um inferno para eles, é claro, mas também era 


familiar. 


— Por quanto tempo? — Eu ainda era menor de idade. Eu não tinha certeza 


de como isso funcionava quando ela se foi. 


 Pelo menos um mês — Ele virou o carro em sua garagem e à luz da manhã 


fez a árvore entre a janela de Dul e a minha brilhar como o sol em um lago. 


— Então, onde isso me deixa — Eu perguntei. 


— Uma coisa de cada vez — Ele suspirou quando saímos do carro. — Hoje, 


você está comigo. Você vai tomar banho, comer e tentar dormir algumas horas. Eu 


vou acordá-lo para o almoço e depois conversamos. 


Ele me entregou um saco do banco de trás antes de subir os degraus da 


frente. 


— Sua mãe lhe empacotou uma muda de roupa. Vá para o quarto de Dul, 


tome banho e eu vou te dar algo para comer. 


Parei. Quarto de Dul? Absolutamente não! 


— Eu não vou dormir no quarto dela. — Eu fiz uma carranca, meu coração 


batendo tão forte e rápido que eu não conseguia recuperar o fôlego. — Eu vou 


dormir no sofá ou algo assim. 


Ele fez uma pausa antes de abrir a porta da frente e virou a cabeça para me 


corrigir com uma expressão extrema de não-foda-comigo. 


— Temos três quartos, Christopher. O meu, o de Dul e o outro é um escritório. A 


única cama disponível é a de Dul — Ele mostrou os dentes com cada sílaba como se estivesse falando com uma criança. — É lá que você dorme. Não é difícil. Agora, vá para o chuveiro. 


Olhei alguns segundos, lábios contraídos sem piscar. Muito ocupado tentando pensar em uma resposta. 


Mas eu estava derrotado. 


Finalmente, eu simplesmente soltei um enorme suspiro de merda, porque 


isso era tudo o que podia fazer. Ele tinha permanecido na delegacia durante toda a 


noite e estava tentando ajudar a minha mãe. 


Eu ia pisar no quarto de Dul pela primeira vez em mais de dois anos. Então 


o quê? Eu poderia lidar com isso, e homem, eu iria ouvi-la reclamar excessivamente por todo o caminho da França se ela soubesse que eu estava lá 


dentro. 


Eu realmente sorri com o pensamento e meu sangue correu quente como se 


eu tivesse tomado duas dezenas de bastão do duende 9. 


Fechei os olhos, deleitando-me com a sensação de calor que eu tanto tinha 


sentido falta. O que fez meu coração bombear e gritar: — Você ainda está vivo, 


idiota! 


James desviou para a cozinha, enquanto eu subia para o quarto de Dul, minhas pernas tremendo quanto mais perto que eu chegava. 


A porta estava aberta. Ela estava sempre aberta. Dul nunca teve nada a 


esconder como eu tinha. Ao entrar na ponta dos pés como se eu fosse um 


explorador em terreno instável, circulei o quarto e fiz um inventário do que havia 


mudado e o que não havia. 


Uma coisa que eu sempre apreciei nessa garota era sua aversão pelo cor-de-rosa, a menos que ela fosse misturada com o preto. As paredes eram divididas ao 


meio - a parte superior era um papel de parede listrado preto e branco e no fundo 


era pintado de vermelho, uma borda de madeira branca que separava as duas 


partes. Sua roupa de cama era um cinza escuro com um desenho de folhas pretas 


por toda a parte e as paredes estavam escassamente cobertas com luminárias, 


imagens e cartazes. 


Muito organizado e muito Dul. 


Notei também que não havia nada de mim aqui. Não havia fotos ou 


lembranças de quando éramos amigos. Eu sabia porque, mas eu não sei por que me incomodava. Larguei minha bolsa e caminhei até o leitor de CD que ela tinha desde sempre. Ela tinha um ipod dock, mas o iPod foi embora. Provavelmente para a França com ela. 


Alguma pequena fodida curiosidade agitou em meu interior, então eu 


comecei a apertar os botões para iniciar o CD player. Eu sabia que ela não ouvia o 


rádio, porque achava que a maioria das músicas que tocava nas rádios era ruim. 


Dearest Helpless de Silverchair estourou e eu não consegui segurar a agitação em meu peito e a risada. Voltando para a cama, eu me deitei, deixando a 


música me abraçar forte. 


 — Eu não entendo como você pode ouvir essa merda alternativa, Dul. 


E me sento na cama carrancudo para ela, mas ainda incapaz de controlar o sorriso que quer explodir. Dou-lhe um momento difícil, mas eu amo nada mais do que vê-la feliz. 


E ela está tão atraente agora. 


— Não é uma porcaria! — Ela afirma arregalando os olhos para mim. — É 


o único álbum que eu tenho, onde posso ouvir todas as músicas com igual prazer. 


Eu me inclino para trás em minhas mãos e suspiro. — Isso é irritante — Eu 


indico e ela franze seus lábios enquanto toca guitarra no ar. 


Ao observá-la, algo que eu poderia fazer a cada minuto de cada dia, eu sei que sou todo arrogante. Gostaria de me sentar através de um milhão de shows do Silverchair para ela. 


As coisas estão mudando entre nós. Ou talvez apenas para mim, eu não sei. 


Espero que para ela, também. 


O que sentia amigável e fácil antes, é diferente agora. Toda maldita vez que 


eu a vejo ultimamente, tudo que quero fazer é agarrá-la e beijá-la. Eu sinto que há algo de errado comigo. Meu sangue corre quente sempre que ela usa shortinhos curtos jeans como os que ela está usando no momento. Mesmo sua folgada camiseta preta do Nine Inch Nails está me ligando. Porque ela é minha.


Ela pegou emprestado um dia e nunca devolveu. Ou eu acho que eu disse


que ela poderia simplesmente tê-la. Uma noite, quando notei que ela estava


dormindo com ela, eu não a quis de volta mais. A ideia da minha camiseta em seu


corpo enquanto ela dormia me faz sentir como se ela fosse minha. Eu gosto de


estar perto dela, mesmo quando não estou aqui.


— Oooh, eu amo essa parte — Ela grita quando o refrão começa e balança


mais forte seu instrumento invisível.


Mesmo um pouco de balanço de seus quadris ou o nariz enrugado faz


minha calça mais apertada. Mas que diabos? Nós temos apenas quatorze anos.


Eu não deveria estar tendo essas ideias, mas caramba, não posso parar.


Quero dizer, merda, ontem eu não conseguia nem vê-la fazer sua lição de


matemática, porque a expressão pensativa no rosto dela era tão adorável que eu tinha um forte desejo de levá-la para o meu colo. Não tocá-la, francamente, é uma merda.


— Tudo bem, eu não posso aguentar — Eu deixo escapar e saio da cama


para desligar a música. Qualquer distração para matar o tesão que está


crescendo em minhas calças.


— Não — Ela grita, mas eu posso ouvir o riso em sua voz quando ela agarra meus braços.


Eu saio e levemente cutuco abaixo do braço, porque eu sei como ela sente


cócegas. Ela se contorce, mas agora que eu a toquei, não quero parar.


Empurramos um ao outro, para a frente e para trás, cada um de nós tentando chegar ao CD player.


— Tudo bem, eu vou desligá-lo — Ela grita através de um ataque de riso quando eu movo meus dedos em sua barriga. — Basta parar — Ela ri, caindo em mim e eu fecho meus olhos enquanto minhas mãos permanecem em seus quadris e


meu nariz em seu cabelo.


O que eu quero dela me assusta. E eu tenho medo que iria assustá-la, também. Eu sei que isso definitivamente vai assustar seu pai. 


 


 


 



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Autor(a): Vondy_fics

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



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  • binha1207 Postado em 30/06/2023 - 20:43:49

    Amei a adaptação... Maravilhosa... Já li o livro de personagem do alfoso muito bom... E o livro do Jax já está na minha lista... Espero mais adaptações sua. Obrigada

    • Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 21:56:58

      Ah amore fico feliz que tenha gostado, eu também amei trazer a adaptação pra vocês. O do Madoc eu vi mas ainda não cheguei a ler, mas vou ler, e trarei mas essa adaptação pra vocês.

  • Srta Vondy ♥ Postado em 30/06/2023 - 00:44:13

    Tô endoidada nessa versão pela visão do Christopher, sei que a Dul sofreu muito com a perseguição durante os anos que ele a perturbou, mas ver o quanto ele sofreu tbm, não é justificado mas entendo, ele não tinha válvula de escape, infelizmente sobrou a Dul Mas tudo já está se encaixando, graças a Deus Continuaaa <3

    • Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 08:50:44

      Eu também amo essa versão contada por ele. Realmente as peças vão se encaixando de forma gradual. Ele sofreu muito mesmo na mão do pai durante os dias de verão em que passou com ele. Mas Dul e a luz dele. <3

  • binha1207 Postado em 16/06/2023 - 22:12:06

    Oiê! Me conta o que você achou desta versão? Gosto de ver a estória pelos olhos dele?

    • Vondy_fics Postado em 16/06/2023 - 23:35:16

      Também amei. Na verdade achei lindo o ver o quanto ele o ama. Se der no domingo eu finalizo ela.

  • binha1207 Postado em 13/06/2023 - 21:54:57

    Guria ...tu foi rápido hein... Kkkkkk... Ameiiii... Obrigada....

    • Vondy_fics Postado em 13/06/2023 - 22:26:58

      Ah que bom amore, eu e que agradeço pela sugestão.


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