Fanfic: Até você (Adaptada) Finalizada. | Tema: Vondy
— Você tem que estar brincando comigo? — Eu interrompi, a tensão nos
meus músculos tão apertados que comecei a suar. Não havia jeito nenhum que eu pudesse fazer isso!
Eu abri minha boca. — Absolutamente...
— Esta é a parte do - Se levantar - Christopher — Ele gritou, me cortando. — Você não concorda com uma de suas opções, então isso está cancelado, é o reformatório...
Ou prisão. Esta não é a primeira vez que você esteve em apuros. O juiz quer causar uma boa impressão em você. Você vai se sentar em uma prisão, todos os sábados e observar - não o que o seu pai ganhou em estar lá, mas o que estar lá sem dúvida fez com ele — Ele balançou a cabeça para mim. A prisão faz duas coisas, Christopher. Ela o debilita ou o mata e nenhum dos dois é bom.
Meus olhos ardiam. — Mas.
— Você não vai fazer ao seu irmão qualquer bem se for mandado para o
reformatório — Ele saiu da cozinha pela porta da frente, tendo feito o seu ponto.
O que diabos aconteceu?
Agarrei a borda da bancada de mármore cinza, querendo arrancá-la da parede e rasgar o mundo inteiro no processo.
Foda-se.
Lutei para respirar, minhas costelas doendo a cada esticada.
Eu não poderia visitar o filho da puta a cada semana! Não havia nenhuma maneira!
Talvez eu devesse dizer ao Sr. Brandt sobre tudo. Tudo. Tinha que haver outra solução.
Empurrando fora do balcão, sai do meu lugar, corri até o quarto de Dul e
me arrastei para fora das portas duplas e através da árvore para o meu próprio
quarto.
Foda-se ele. Fodam-se todos.
Eu liguei meu iPod no I Don´t Care do Apocalyptica e cai na minha própria
cama, inspirando e expirando até o buraco no meu interior parar de queimar.
Deus, eu sentia falta dela.
A realidade me nauseando, mas era verdade. Quando eu odiava Dul, meu
mundo era modesto. Eu não via todas as outras merda: minha mãe, meu pai ou
meu irmão em um orfanato. Se eu só a tivesse aqui de novo, não seria um tal
emaranhado fodido de crises respiratórias e explosões.
Isso era estúpido como o inferno, eu sei. Como ela deveria estar perto de mim apenas para empurrar do jeito que eu quisesse.
Mas eu precisava dela. Eu precisava vê-la.
Estendi a mão para alcançar o puxador na minha gaveta de cabeceira onde
eu guardava as fotos de nós quando crianças, mas empurrei de volta. Não. Eu não ia olhar para elas. Já era ruim o suficiente que eu as guardava. Jogá-las ou destruí- las tinha sido impossível. Seu poder sobre mim era absoluto.
E eu estava fodidamente feito.
Perfeito.
Deixe-os pensar que joguei o seu jogo. Meu irmão era a coisa mais
importante e Sr. Brandt estava certo. Eu não era bom para ele na prisão.
Mas eu não ia a nenhuma porra de aconselhamento.
Eu exalei e me sentei.
Seria o desprezível pai, então.
Puxei um jeans escuro, uma camiseta branca e gel para o cabelo,
provavelmente, a primeira vez em uma semana.
Descendo minhas escadas e saindo pela porta da frente, eu encontrei o pai
de Dul em sua garagem retirando coisas do seu velho Chevy Nova. Dul e eu
costumávamos ajudá-lo a fazer pequenos trabalhos no carro há alguns anos atrás,
mas era sempre dirigindo.
Parecia que ele estava limpando o porta malas e qualquer material pessoal do interior.
— Eu preciso substituir as velas de ignição no meu carro — Eu disse a ele. —
E então eu estou indo para a garagem de Fairfax para um trabalho. Eu vou pegar
algumas roupas no caminho de volta e estar aqui na hora do jantar.
— Pelas seis — Ele especificou, oferecendo-me um meio sorriso.
Eu escorreguei em meus óculos de sol e me virei para sair, mas parei e virei
de volta.
— Você não vai dizer a Dul sobre isso, certo? — Eu verifiquei. — Ser preso,
minha família, eu ficar aqui?
Ele olhou para mim como se eu tivesse acabado de lhe dizer que o brócolis
era roxo. — Por que eu faria isso?
Bom o suficiente. Nem 24 horas depois, eu estava na frente de outro policial, recebendo uma palmadinha, só que desta vez eu não estava em apuros.
De acordo com o juiz amigo do Sr. Brandt, eu não tenho que começar as
visitas por algumas semanas. Eles queriam a aprovação da minha mãe em primeiro lugar, mas eu não tinha interesse em esperar. Quanto mais cedo eu começasse, mais cedo terminaria.
— Depois dessas portas, você encontrará armários com fechadura onde você
pode colocar suas chaves e celular. Livre-se daquela corrente de carteira, também, garoto.
Eu olhei para o agente penitenciário que se parecia com um Neo-Nazista
como se ele pudesse engolir suas ordens e enfiá-las no rabo. Ele era careca, branco-como-se-nunca-tivesse-visto-o-sol e tão gordo quanto uma dúzia de Krispy Kremes um dia vai fazer com você. Eu queria a minha merda em mim, porque totalmente esperava dar a volta e sair daqui no momento em que pusesse os olhos sobre o bastardo doente que era meu pai.
Meu pai. Meu estômago virou com aquelas palavras.
— Como isso funciona? — Eu perguntei, com relutância. — Será que ele vai
estar em uma jaula e conversaremos por alguns buracos de ar ou existem telefones?
Fazer perguntas não era meu estilo. Eu nem percebi isso ou me calei e
gaguejei. Mas a ideia de ver a porra torcida fez meus músculos tensos. Eu queria saber exatamente em que eu estava entrando. Parecendo como uma criança indefesa para este policial não era nada, se eu pudesse andar por aí como um homem na frente do meu pai.
— Jaulas com buracos de ar? — O Nazista-com-um-crachá brincou. —
Assistindo um pouco de Prison Break ultimamente?
Pessoa estúpida.
Parecia que ele estava tentando conter um sorriso quando murmurou pelas
portas duplas. — Thomas Uckermann não está aqui por assassinato ou estupro. Nenhuma segurança adicional necessária, filho.
Não, claro que não. Não é como se ele fosse perigoso. Nem um pouco.
Inclinando um pouco meu queixo, eu andei calmamente pelas portas. — O
nome é Christopher — Eu o corrigi em uma voz calma. — Não é “filho”.
A sala de visitas, se era isso de que era mesmo chamada, ostentava uma área
comum parecida a uma escola secundária. Bancos, mesas e máquinas de lanche preenchiam a maior parte da sala e janelas ao longo da parede ao sul trazia luz suficiente, mas não muito.
Era sábado, e a sala estava lotada. Mulheres mantinham crianças em seus
braços, enquanto os maridos, namorados e outras pessoas significativas sorriam e conversavam. Mães abraçavam os filhos e crianças que se esquivavam de pais que elas não conheciam.
Era tudo alegremente horrível.
Fiz uma varredura pela sala, eu não tinha certeza se meu pai já estava aqui,
ou se eu deveria me sentar e esperar por eles para anunciá-lo. Eu queria lançar o
meu olhar em todos os lugares ao mesmo tempo. Eu não gostava dele saber a minha posição quando não sabia a dele. Minha boca estava seca e meu coração batia em meus ouvidos, mas me forcei a ir mais devagar e fazer o que sempre faço.
Eu examinei e tentei parecer calmo e confortável, como se eu fosse o dono
do lugar.
— Christopher — Ouvi uma voz me chamar e congelei.
Era a voz rouca que eu nunca tinha esquecido em meus sonhos. Ele sempre
parecia o mesmo.
Paciente.
Como a cobra que rasteja furtivamente em torno de sua presa.
Lentamente, eu segui o som até que meus olhos pousaram em um homem
quarentão com o cabelo loiro enrolado em torno de suas orelhas e os olhos azul-celeste.
Ele sentou-se ali, antebraços repousando sobre a mesa e dedos entrelaçados,
vestido com uma camisa cáqui de botão com uma camiseta branca por baixo. Ele
provavelmente tinha calças combinando também, mas eu não me importei o
suficiente para verificar.
Eu não conseguia tirar os olhos de seu rosto. Nada havia mudado. Além de
estar barbeado agora e seu tom de pele um pouco mais saudável, por não estar
drogado, eu diria, ele parecia o mesmo. Havia ainda um pouco de cinza em seu
cabelo e sua construção, uma vez média estava agora mais magra. Eu duvidava que os presos tivessem a chance de engordar na prisão.
Mas a parte que deixou a palma da minha mão suando, foi o jeito que ele
olhou para mim. Infelizmente, isso não tinha mudado, também. Seus olhos eram frios e distantes, com uma pitada de algo mais, também. Diversão, talvez?
Era como se ele soubesse algo que ele não devesse saber.
Ele sabia de tudo, eu me lembrei.
E de repente eu estava de volta em sua cozinha novamente, meus pulsos
queimando do aperto da corda e paralisado de desespero.
Enfiei a mão no bolso e tirei a única coisa que eu sabia que iria precisar. O
colar fóssil de Dul.
Eu o fechei em meu punho, já me sentindo um pouco mais forte.
Autor(a): Vondy_fics
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 8
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binha1207 Postado em 30/06/2023 - 20:43:49
Amei a adaptação... Maravilhosa... Já li o livro de personagem do alfoso muito bom... E o livro do Jax já está na minha lista... Espero mais adaptações sua. Obrigada
Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 21:56:58
Ah amore fico feliz que tenha gostado, eu também amei trazer a adaptação pra vocês. O do Madoc eu vi mas ainda não cheguei a ler, mas vou ler, e trarei mas essa adaptação pra vocês.
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Srta Vondy ♥ Postado em 30/06/2023 - 00:44:13
Tô endoidada nessa versão pela visão do Christopher, sei que a Dul sofreu muito com a perseguição durante os anos que ele a perturbou, mas ver o quanto ele sofreu tbm, não é justificado mas entendo, ele não tinha válvula de escape, infelizmente sobrou a Dul Mas tudo já está se encaixando, graças a Deus Continuaaa <3
Vondy_fics Postado em 30/06/2023 - 08:50:44
Eu também amo essa versão contada por ele. Realmente as peças vão se encaixando de forma gradual. Ele sofreu muito mesmo na mão do pai durante os dias de verão em que passou com ele. Mas Dul e a luz dele. <3
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binha1207 Postado em 16/06/2023 - 22:12:06
Oiê! Me conta o que você achou desta versão? Gosto de ver a estória pelos olhos dele?
Vondy_fics Postado em 16/06/2023 - 23:35:16
Também amei. Na verdade achei lindo o ver o quanto ele o ama. Se der no domingo eu finalizo ela.
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binha1207 Postado em 13/06/2023 - 21:54:57
Guria ...tu foi rápido hein... Kkkkkk... Ameiiii... Obrigada....
Vondy_fics Postado em 13/06/2023 - 22:26:58
Ah que bom amore, eu e que agradeço pela sugestão.