Fanfic: O Rei e a Deusa | Tema: Fanfic de Far Cry 4

Ajay dirigiu seu jipe até a residência de Sabal, o antigo líder do Caminho Dourado que ele havia matado para salvar Bhadra. Ele tinha uma missão: recuperar os pertences de Bhadra que Sabal e seus seguidores haviam confiscado e levá-los para a residência Gale. No caminho, ele não encontrou nenhuma resistência dos membros do Caminho Dourado. Pelo contrário, todos se ajoelhavam diante dele com reverência e medo. Havia boatos de que todos os envolvidos na matança de Jalendu haviam sofrido mortes horríveis e que Ajay era o escolhido da deusa Kira. Ele até ouvia comentários de que ele tinha poderes sobrenaturais, pois era impossível um homem só derrotar Pagan Min e Sabal. Ele achava isso ridículo! As pessoas inventavam muitas histórias e assim nasciam as Lendas.

Chegando na residência de Sabal, Ajay vasculhou os cômodos em busca dos objetos de Bhadra. Ela tinha muitos livros, alguns ainda novos em folha. Bhadra parecia uma garota de muita cultura e curiosidade. Ele sentiu um cheiro de queimado vindo do quintal e foi verificar. Era uma fogueira com vários livros jogados nela. Ajay reconheceu algumas capas parcialmente queimadas: Orgulho e Preconceito, Romeu e Julieta, O Morro dos Ventos Uivantes… Parecia que Sabal não era nada romântico. Ele era um fanático pervertido que queria eliminar qualquer influência ocidental da mente de Bhadra. Ajay ficou revoltado com aquela cena de barbárie e voltou para dentro da casa com raiva.

Ele abriu o armário de Sabal e encontrou um diário com a letra dele. Ajay pegou o diário e sentou-se na cadeira para ler o que se passava na cabeça daquele louco.

"Eu descobri a nova Tarun Matara. Foi um sinal divino que ela cruzasse o meu caminho quando eu salvei aquela menina órfã que vivia com a avó moribunda. Eu não fazia ideia de que ela seria a nova Tarun Matara e muito menos de que ela era descendente do antigo rei de Kyrat e uma humilde serva. Quando Pagan Min tomou o poder, ela escapou para as montanhas e se juntou ao Caminho Dourado. O pai de Bhadra se chamava Rinchen. Ele cresceu nas montanhas como um soldado do Caminho Dourado. Ele não sabia de sua origem real, mas sentia um chamado para libertar Kyrat da tirania de Pagan Min. Ele se casou com Kelsang, uma jovem guerreira do Caminho Dourado, e eles tiveram uma filha chamada Bhadra. Eles eram felizes e sonhavam com um futuro melhor para Kyrat. Mas a felicidade deles durou pouco. Um dia, eles foram atacados pelo exército real de Pagan Min. Rinchen e Kelsang lutaram bravamente, mas foram mortos pelos soldados. Bhadra ficou órfã e foi morar com sua avó. Antes de morrer, ela me revelou tudo."

"Eu me sinto abençoado pelos deuses e sei que a deusa Kira me escolheu para liderar Kyrat ao seu lado. Agora que Pagan está morto e Bhadra é a Tarun Matara, eu vou restaurar a monarquia em Kyrat. Eu serei o novo rei de Kyrat e junto com a Tarun Matara eu governarei ao seu lado como seu protetor. Mohan Ghale nunca foi merecedor. Ele se corrompeu com essa sujeira da cultura ocidental. Eu sou merecedor. Eu me unirei a Bhadra que é ao mesmo tempo a princesa e a manifestação da deusa Kira. Eu confio que Bhadra não tenha nenhuma resistência. Amita tentou envenenar a mente de Bhadra dizendo que uma garota de 14 anos não pode assumir esse compromisso. Amita e Alexia (prima do Ajay) trouxeram esses livros ocidentais para Bhadra e plantaram essas ilusões ocidentais em sua cabeça. Amita não compreende que, quando chegar a hora, Bhadra transcenderá sua identidade para ser a Tarun Matara. Eu me tornarei rei de Kyrat e tomarei Alexia como minha concubina."

Ajay ficou horrorizado com tudo o que leu. Ele voltou para a residência Gale para entregar para Bhadra o diário de Sabal. Ela precisava saber a verdade sobre seu passado. Ela ainda era dominada por Sabal mesmo estando morto. Ele queria saber a decisão dela sobre o futuro deles.

Bhadra ficou chocada ao ler o diário de Sabal. Ela não podia acreditar que ele tinha planos tão terríveis para ela e para Kyrat. Ela se sentiu traída e envergonhada por ter confiado nele. Ela olhou para Ajay com gratidão e admiração. Ele era o verdadeiro herói de Kyrat. Ele tinha libertado o país da tirania de Pagan Min e da loucura de Sabal. Ele tinha respeitado a sua vontade e a sua liberdade. Ele tinha sido gentil e carinhoso com ela. Ela abraçou Ajay e disse que queria ficar com ele. Ela disse que não se importava com o título de Tarun Matara ou com a tradição de Kyrat. Ela só queria ser feliz. Ajay sorriu e beijou a testa de Bhadra. Eles decidiram deixar Kyrat .