Fanfic: Au Pair - Vondy (Finalizada) | Tema: Vondy

- Até que fim vocês apareceram. Já estava preocupada e com receio de irem embora e me deixarem aqui sozinha. - Fiz biquinho e os dois me abraçaram. 

- Ah minha polita ruiva jamais te abandonarei. - Christian deu um beijo em minha têmpora. 

- Então por mais que você vai para um outro lugar fazer intercâmbio na casa do boy gostoso eu te perdoo. Mas só por causa disso. - May plantou um beijo na minha bochecha.

- Vocês são os melhores obrigada. - Beijei Christian e depois May. 

- Isso daqui está uma loucura. - Pronunciou Christian dando um gole na garrafinha de água que ele havia comprado. - E aí como está o coração? 

- A mil estou muito ansiosa para começar o intercâmbio. 

- Só o intercâmbio ou também para conhecer o daddy bonitão? - May cutucou minha cintura com o cotovelo. 

- Ih pronto lá vem vocês com essa história de novo. Gente eu vou apenas fazer intercâmbio. E a minha animação é devido a isso. Portanto não é o que os dois estão pensando. - Apertei a alça da bolsa. 

- Sei. - Christian esboçou um sorriso cheio de malícia. 

- Olha Dul eu também concordo com o polito. Nos te conhecemos e sabemos perfeitamente da safada que habita aí dentro. 

- Não sei que safada. - Peguei o chiclete no bolso de fora e ofereci a eles para depois colocar um na boca. - Vocês acham que me conhece mas não sabem de nada. Eu nunca fui assim sou até bastante comportada. 

Não sei porque os dois começaram a rir. 

- Aí Dul você é uma piada viu. Quem estava doida pra levar o Thiago para o quarto naquela festa. 

- Shiu! Fica quieta! - May e o seu bocão. - Ninguém aqui precisa saber das minhas particularidades. Ele estava uma delícia aquele dia e eu não consegui resistir. Mas o mais frustrante foi descobrir que ele joga no mesmo time nosso. - Curvei os lábios para baixo. 

- Pelo menos um de nós conseguiu fisgar o gato. Foi uma noite incrível. - Christian começou a se abanar com as mãos.- Não sabe como ele um espetáculo meninas. 

Sorte que eu já havia feito o check-in on-line, para ver a poltrona que eu iria acomodar, porque senão estaria ferrada. E também a mala maior já tinha sido despachada. Graças a Deus! 

- O que acha de irmos para a sala de embarque? - Sugeri, já que estava se aproximando do horário do meu voo. 

- Ótima ideia assim nos aproveitamos mais um pouco a nossa amiga aqui. - May me abraçou pelos ombros assim que resolvemos caminhar até a sala de embarque. 

- Nem estou acreditando que vamos ficar seis meses sem você. - Christian me abraçou de lado todo emotivo logo após a May ter se afastado. 

- Eu também vou morrer de saudades seu chato. -Também lhe retribui com o mesmo gesto. 

- Te amo polita! - Beijou meu cabelo. - Olha só se cuida ok. E promete que sempre vai nos ligar. Não esquece dos seus bffs ok. 

Uma lágrima escorreu pelo canto dos meus olhos. 

- Gente eu não gosto de despedidas vocês sabem. Mas essa é por uma boa causa. Acredite estou a um passo de realizar meu sonho de adolescência. Imagina só. 

- Nos sabemos que o seu coração deve estar a mil. Mas veja bem mesmo se envolvendo com o Daddy gato, não esqueça de nos.

Revirei os olhos. Pelo visto Christian não se cansava deste assunto. Affs! 

- Fiquem tranquilos que eu irei voltar pro Brasil ok. Não vou ficar por lá e muito menos me envolver com meu Host Daddy. - Acabei me irritando. 

- Olha só Christian querendo nos enganar. Até parece que na primeira oportunidade essa safada vai estar sentada no colinho do Daddy gato. 

Pronunciou May com uma certa malícia. 

- Ok! Vocês realmente acham isso beleza então. Mas cuidado para não caírem do cavalo. Porque jamais farei essas coisas. 

- Até parece fofinha. Já estamos até imaginando a hora que você desembarcar do avião e dar de cara com aquele homem bem na sua frente segurando uma plaquinha com seu nome. 

Droga! Christian adorava me ver irritada. Só pode. 

- Ele não vai estar segurando a plaquinha com o meu nome Christian. Pelo amor de Deus gente! Parem com isso. May eu não vou para lá atrás de um macho. E Christian eu jamais me envolverei com meu Host Daddy. 

- Vamos ver fofinha. Não dou uma semana pra vocês estarem o. - Gesticulou os lábios como se estivesse beijando alguém. 

- Como você é nojento! - Fiz cara de nojo. 

- Ah para de graça monita. Até parece que não adoraria receber um beijo bem gostoso do bonitão. - Cutucou o meu braço pendendo a cabeça para o lado. 

- Gente vocês estão me deixando envergonhada. Agora a culpa será de vocês depois que eu embarcar no avião e chegar lá pensando nas baboseiras que os dois disseram. 

- Ah então ela já está toda pensativa. - Estreitou seu olhar. 

- Já basta! - Exasperei-me. 

- Nossa a mona está toda estressada. Calma anjo, nos só estamos brincando com você. Tá de TPM é. - Mostrei o dedo do meio para ele que arregalou os olhos espalmando a mão sobre o peito como se tivesse sido ofendido. - Te dou uma carona e é assim que você me trata. 

- Vai a merda os dois ok. Parem de me irritar. - Travei o riso, por saber que eles não me deixariam em paz se eu acabasse rindo. 

- Aposto que ela está doida pra rir. É também para sentar na p* do Daddy gato. 

- Maitê! - Agora foi a minha vez de arregalar os olhos. Vocês estão impossíveis sério. Só eu para aguenta-los juro. 

- Ah para de bobeira que nos sabemos o quanto sentirá falta disso. - Christian me abraçou de lado. 

- Odeio admitir, mas você tem razão. Sentirei muito falta dos meus melhores amigos. - Também retribui passando os braços ao redor do seu pescoço. - Se junte a nós May. - Chamei ela que estava um pouco destacada. Mas claro a safada já tinha arranjado um paquera que era cheio de tatuagens ao nosso lado. - Você não perde tempo hein. - Me referi ao rapaz após ela ter se aproximado e eu abraçado. 

- Ue olhar não tira pedaço né. Tenho olhos pra isso certo?

Esse jeito dela me arrancava risos. 

- Você é a melhor May. 

- Eu sei disso. E por isso que todos me amam. - Disse ela toda convencida. 

- Menos ai fofinha. - Christian gesticulou com a mão para baixo. - Já que te aturar não é nada fácil. Olha só a cara de cão raivoso. 

- Você vai ver o cão raivoso quando eu... - Percebi que ela havia cerrado os punhos. 

É também por sorte meu voo foi anunciado. Me livrei de uma agora, porque ter que ficar aqui para ver a May correr atrás do Christian feito uma maluca era demais. 

- Mas já. - Disseram juntos. 

- Sim. - Uma lágrima escorreu pelo canto dos meus olhos. 

- Eu não quero que você embarque. - May me abraçou forte após praticamente ter empurrado o Christian para longe. 

- Ei! - Ele resmungou se aproximando novamente. - Não seja egoísta. - Tirou as mãos dela que estava envolta a minha cintura. 

- Gente pelo amor de Deus! Eu só vou ficar fora seis meses. 

- Nos sabemos, mas é que eu fico preocupada de acontecer algo contigo no caminho. Sei lá a gente vê tantos casos de acidentes aéreos. 

- Deus me livre! - Christian fez um sinal da cruz sobre o peito. - Vira essa sua boca pra lá. A Dul fará uma ótima viagem, e chegará lá a salvo. - Tchau polita não se esqueça de mandar um zap assim que chegar. 

- Zap. - May torceu o nariz. - Quem ainda diz isso pelo amor de Deus. Você está parecendo a minha mãe. Ela que fala desse jeito. 

- Você me ama né fofinha. Eu sei disso porque adora implicar comigo. - Christian mexeu com ela que travou o maxilar. 

- Vai ver a fofinha depois que a Dulce embarcar no avião. - Rosnou ela fechando os punhos outra vez. - Tchau amiga não esqueça de me contatar primeiro. - Mostrou língua para Christian de forma infantil. 

- Se o Chris não jogasse no mesmo time nosso eu diria que os dois se envolveriam de alguma forma. Mas enfim... - Falei afim de cutuca-los. 

- Quê? Óbvio que se eu fosse hetero jamais me envolveria com essa coisa aí. 

May fechou ainda mais sua cara enquanto cruzava os braços na altura do peito. 

- Eu e que jamais me envolveria com ele. 

- Gente se eu ficar aqui para ver a discussão de vocês acabarei perdendo o voo. Então eu vou vazar. Tchau amo vocês! 

Acenei assim que afastei e me encaminhei rapidamente até os portões de embarque. Quando adentrei o avião fui em busca da minha poltrona. Sorte que os lugares ao lado estavam vagos, porque assim teria um pouco de privacidade para ler livro ou até mesmo ouvir uma música. É por falar em música, eu tinha um gosto muito apurado, já que as canções da atualidade não me agradavam. A não ser o meu amado grupo que estava voltando com uma turnê de despedida RBD e os mpbs da vida. Ana Carolina, Maria gadu, Seu Jorge entre outras. Já que estes eram os meus cantores preferidos. Porém não poderia deixar de mencionar as internacionais da atualidade, como também as antigas canções dos anos 80, 90, e 2000. Um tempo depois eu decidi pegar o segundo livro de Julia Quinn o Visconde que me amava.

Mesmo tendo visto a série que era fantástica eu ainda não tinha me permitido a ler o livro. 

O restante da viagem seguiu tranquila sem turbulência, com poucos lugares de pouso. Graças a Deus! O fuso horário era de quatro horas atrás do Brasil, então eu chegaria por volta das cinco horas da manhã. De fato essa séria outra coisa que eu teria que me acostumar com o bendito do fuso horário. Assim que o avião aterrissou no aeroporto de Phoenix minhas mãos começaram a suar, e o meu coração acelerar. Provavelmente deve ser a sensação de estar em um lugar diferente. Juntamente com o desconhecido que ainda estava por vim. Espero que realmente ele se mostre do mesmo jeito de quando estávamos conversando por vídeo chamada.

Após o desembarque, a mesma sensação ainda estava aqui em meu peito. Será que isso era um presságio de que algo ruim iria acontecer: só espero que não. No entanto as palavras da May e também do meu pai começaram a me atormentar. Será que realmente esse homem era confiável? E o programa? Questionei pegando a mala, e andando até o portão de desembarque rumo ao saguão do aeroporto. Diferente do Galeão, aqui era bem menor e com o número considerável de pessoas que circulavam de um lado para o outro sem olhar para os lados. Nossa! As pessoas desses lugar parecem tão diferentes. Estranhei empurrando a maleta de rodinhas, enquanto percorria o olhar por todo ambiente à procura dele do meu Host Daddy. Entretanto não havia nenhum sinal do indivíduo. Merda! Será que eu tinha caído em algum tipo de golpe? Questionei me outra vez, fazendo novamente a varredura por todo o lugar. Porém não havia nenhum sinal dele. Droga! Não e possível que eu tinha caído em um golpe. Comecei a entrar em desespero, pois os batimentos cardíacos estavam em 120. Isto tudo graças ao meu Apple watch que estava me mostrando exatamente todos os detalhes. E parece que hoje não e o meu dia de sorte. Suspirei sentando em uma cadeira qualquer que tinha ali. Porém quando resolvi virar o pescoço, eu o avistei. E Puta merda! Ele era muito mais bonito pessoalmente. Definitivamente um Deus grego. Levantei rapidamente e fui arrastando a maleta com uma certa dificuldade para ir ao seu encontro.

- Olá Dulce. Espero que tenha feito uma boa viagem. - Sei que não deveria ter abraçado o desta forma, mas por estar demasiadamente preocupada e aflita eu acabei fazendo. Também aproveitei do momento para sentir o delicioso aroma do seu perfume almiscarado. Nossa além de gato e educado o homem era incrivelmente cheiroso. 

- Rum rum. - Pigarreei. - Fiz sim, e me desculpe por tê-lo... 

- Tudo bem Dulce sem problemas. Nos aqui não temos esse costume de abraçar as pessoas que acabamos de conhecer, mas eu vou levar em conta por você ser novata. - Pronunciou ele após ter se afastado. 

- Ah meu Deus! Então me desculpe senhor prometo que não irei te abraçar novamente dessa forma. - Espalmei a mão sobre a testa. 

- Você é muito mais bonita pessoalmente Dulce. 

Ele me encarou de um jeito bem esquisito. 

No entanto acabei me lembrando outra vez das coisas que a May havia falado quando estávamos no shopping. 

- O senhor também é um espetáculo. - Merda! Eu não disse isso. Mas que droga! - Olha Sr Uckermann não foi bem isso que eu quis dizer. Na verdade eu queria falar que te achei muito elegante... 

Ele riu. Cassete! Agora mesmo é que ele vai me achar uma tonta... 

- Dulce você é muito engraçada. Tenho certeza que a Grace vai te adorar. E eu também. - Ele continuou mostrando aqueles dentes lindos e perfeitamente alinhados. - 1234. 1234. Contei mentalmente e em seguida inalei todo o ar para dentro dos pulmões soltando o levemente. - Vamos fazer o seguinte: Me chame de Christopher ok. Não sou tão velho pra isso. - Ele piscou. Olhando-o assim nem parecia aquele cara totalmente tímido da vídeo chamada. - Deve estar com muita fome certo? 

- Mais ou menos. Bom e que eu comi um pouco durante a viagem. Meus pais me deram uma graninha pra gastar. - Esbocei um sorriso contido. 

- Entendi, mas não se preocupe que irei preparar um café da manhã para nós logo assim que chegarmos. 

- Cadê a sua filha? - Resolvi sondar, pois estranhei dele ter vindo sozinho. 

- Deixei a Grace na vizinha para vim te buscar. Ela queria vim, mas por estar um pouco frio e se recuperando de uma gripe eu não a trouxe comigo. 

- Ãn sim. - Com uma certa dificuldade fui empurrando a mala pelo saguão do aeroporto. 

- Estou vendo que está com um pouco de dificuldade aí. - Ele se referiu a mala. - Se quiser eu levo pra você. - Se ofereceu todo educado.

- Oh não! Eu agradeço Sr... quer dizer Christopher, mas eu posso muito bem levá-la. 

- Ok! Mas se estiver precisando de ajuda é só me falar. 

Mesmo assim ele continuou caminhando do meu lado até chegarmos ao carro. Ual! Embora a minha família fosse bem sucedida, eu fiquei surpresa ao ver o seu bonito veículo parado ao lado de fora do aeroporto. 

- Me dê a mala para colocá-la no bagageiro. - Ele acabou me tirando dos meus devaneios com a imagem da sua máquina. 

- Ah sim aqui está?

Assisti ele abrir o porta malas e colocar a maleta no bagageiro. 

- Pode entrar no carro Dulce. Não precisa ficar assustada, pois eu sou de confiança. - Ele piscou. 

Ixi! Por mais que ele fosse um tremendo gostoso, eu teria que ligar o meu pisca alerta. Principalmente por causa dessa piscadela que ele deu pra mim. Entrei no veículo me acomodando no estofado de couro. Droga! Até o carro dele cheirava bem assim como ele. Pelo menos o povo daqui era limpo. Isto já era um ponto positivo.

- Está tudo bem contigo Dulce? Parece tensa escabriada. Não está com medo de mim?! Olha não se preocupe porque eu não irei te fazer mal... Se você quiser entrar em contato com a agência e trocar de família pode ficar a vontade eu não vou me importar. Sei que deve ter estranhando ver um homem sozinho e estranho indo buscá-la em um aeroporto. Acredito eu te entendo o mundo está muito perigoso e realmente temos que sempre ter o nosso radar ligado. 

- Não é isso... Bom é que eu fiquei com receio devido a sua demora. 

- Ah me desculpa Dulce. Mas foi por causa da Grace, eu ia falar isso com você.

Como pode um homem ficar tão sexy dirigindo. Definitivamente eu estava ferrada. E pelo visto vai ser bem complicado controlar os hormônios com esse Daddy gostosão. Ainda bem que eu trouxe os meus brinquedinhos senão eu estaria ferrada. 

- Tudo bem, não precisa se desculpar. - Apertei as mãos e suguei os lábios. 

- Está se sentindo mais confortável agora? - Ele virou o pescoço para me encarar logo assim que parou com o veículo no sinal. Enquanto eu apenas afirmei mantendo minhas mãos unidas. - Bom a sua postura corporal não me diz isso. - Meu, o cara era realmente um observador nato. 

- Estou vendo que você é muito bom com essas coisas sabe. Estudo psicologia e já percebi de cara tu leva jeito. - Esbocei um sorriso contido. 

- Sério! Acredita que você não é a primeira pessoa a me falar isso. Eu tenho um casal de amigos que adoram conversar comigo eles dizem que eu sempre tenho ótimos conselhos. - Ajustou o retrovisor. - Pelo menos você está se soltando aos poucos e isto é bom. - Apertou o volante virando a esquina e entrando em uma rua aonde havia umas casas muito bonitas por sinal. Parecia cena de um filme americano. 

- Já tinha feito alguma viagem para fora do seu país? 

- Não está e a minha primeira vez, e confesso estar amando. Sempre tive vontade de viajar para fora do Brasil. - Novamente aquela sensação estranha começou a me dominar. As mãos suando e uma leve taquicardia. De fato esse era o meu pior pesadelo ter que lidar com essa ansiedade estranha. 

- Nossa! Então deve estar com o coração a mil né. Eu já viajei a trabalho umas três vezes para Inglaterra, e uma com os meus pais e irmãos pro seu pais. Olha o local que eu fui e incrível. Gostaria de voltar novamente. Vocês são muito animados. 

- Caramba! - Fiquei surpresa. - Em qual lugar? - Indaguei curiosa.

- Acho que foi pro Rio de Janeiro. 

- Meu Deus! - Acabei dizendo com uma certa empolgação. - Você esteve na minha cidade?!

- Sim! Fiquei surpreso em saber que mora naquele paraíso. E aquelas casinhas em cima de um morro juro nunca vi nada igual. Achei tudo aquilo muito interessante. - Com toda certeza ele estava se referindo às favelas. 

- Então eu sou suspeita a falar da minha própria cidade, mas lá realmente é muito bonito. Porém tem problemas como qualquer lugar. Violência que o diga. 

- Ah nem fale aqui também não é fácil. Mas enfim chegamos. - Ele parou o carro em frente a uma casa muito bonita. Fachada toda branca e grafite e o gramado verde e aparado. Tirei o cinto de segurança, e esperei ele sair primeiro porque aproveitaria para secar as mãos, já que elas estavam pingando. - Não vai sair do carro Dulce? - Ele bateu no vidro chamando a minha atenção. 

- Oh, claro e que eu só estava. Deixa pra lá.

Levei a mão por trás do pescoço tragando a saliva. Pela janela do carro eu avistei novamente a fachada de sua casa. Na frente havia uma bandeira do país pendurada e também alguns vasos de planta. Fiz menção de sair do carro, no entanto me assustei com uma linda garotinha de cabelos claros colar sua testa no vidro. Provavelmente deveria ser a Grace. 

- Papai quem é ela? - Saiu correndo na direção do pai. 

- Então ela é a Dulce filha, e vai passar uma temporada conosco.  Ela irá cuidar de você enquanto o papai trabalha. - Agachou para ficar da altura da criança, e em seguida apertou o seu nariz. 

Resolvi sair do carro de uma vez por todas, pois aquela sensação horrível tinha passado. Graças a Deus! 

- Achei que o medo tinha passado. - Pronunciou após ter me entregado a mala. - Verifica se não quebrou nada. Digo porque a última vez que eu fui viajar o vidro de perfume da Grace quebrou. Ai já viu as roupas dela ficaram completamente impregnadas. 

- Ah sim, então, e que eu tive um probleminha, por isso fiquei mas um tempo no carro. - Levei a mão por trás do pescoço outra vez, enquanto forçava um sorriso. 

- Papai ela tem os cabelos iguais da princesa Ariel. Olha só. - Ele riu, após Grace apontar os dedinhos pro meu cabelo. 

- É minha filha, mas o que acha de dar um oi pra Dulce. 

- Olá me chamo Grace e tenho 3 anos. - Agachei para ficar da sua altura. 

- Oi Grace você é uma menina muito bonita sabia. - Passei a mão em seu cabelo. 

- Obrigada Dulce você também é muito bonita parece uma princesa. —  Balbuciou limpando as mãozinhas na calça. 

É Christopher riu, enquanto eu fiquei encantada com a esperteza de sua filha. Definitivamente as crianças de hoje eram bem espertas. 

- Eu sabia que a Grace iria gostar de ti. Isso é ótimo porque ela costuma ser retraída com as pessoas desconhecidas. Mas o que me impressionou foi que com você ela se soltou rapidinho. Já cuidou de criança antes? - Enfiou as duas mãos no bolso da calça. 

- Não essa é a minha primeira vez. 

- Ah sim, você leva jeito sabia. Grace vem cá... - Chamou a atenção da menina que já estava querendo ir pro meio da rua. - Outra coisa que eu vou te falar sobre a Grace. Ela tem mania de ir pro meio da rua. Não sei porque, mas mesmo que não tenha movimento de veículos tem que ficar de olho. 

- Ok! Pode deixar que eu ficarei de olho na mocinha. Desculpa te fazer esta pergunta: mas o que aconteceu com a mãe dela? - Indaguei um tanto curiosa. Pois queria saber o que o fez criá-la sozinho. 

- Depois eu te explico Dulce. - Ele bateu sutilmente no meu ombro. - Vamos lá. - Pelo visto o assunto deveria bastante delicado. 

Não disse nada, e apenas concordei vendo Grace se aproximar dele que caminhou até a porta de entrada da casa. Assim que adentrei a parte interna, fiquei surpresa por ver que todo ambiente estava limpo. O que para um homem era um tanto estranho. Já que a maioria costumava ser desorganizado. No entanto ele parecia diferente em todos os aspectos diga-se de passagem. 

- É aí o que achou da casa Dulce? 

Não sei porque ele estava me fazendo essa pergunta. Estranho. 

- Bonita o senh... Você tem muito bom gosto... 

- Não foi isso que eu queria saber, mas tudo bem. - Que coisa?! - Vem comigo para eu te mostrar o seu quarto. 

Segui ele para o outro cômodo da casa. Na verdade antes de chegarmos ao quarto em que eu iria ficar, ele foi me mostrando os cômodos principais que eu iria usar. Como a sala de estar que a Grace passava a maior parte do tempo vendo desenho, e a cozinha.

- Só mais uma coisa Dulce, quero que mantenha os ambientes onde a Grace ficar limpo. - Começou a dizer após parar no meio do corredor. - Além de manter as roupinhas limpas e passadas. Olha não quero que você me ache um chato, e doente por limpeza, mas é que eu gosto muito de manter o ambiente limpo e organizado.  Por enquanto só isso mesmo, não precisa se preocupar com a limpeza da casa, porque toda semana vem uma pessoa limpar. Resumindo é só cuidar da Grace alimentá-la e levá-la ao um parquinho que tem aqui perto. Mas toma muito cuidado para ela não ir pra rua. O seu horário off e depois das 19:00, já que é o horário que eu chego do trabalho. A partir daí você pode deixar por minha conta porque eu gosto de manter esse contato com minha filha. Ela já não tem a mãe. Então já viu né. 

- Claro pode ficar tranquilo que eu vou dar conta de tudo direitinho. 

- À mente deve ter bugado agora né . Falei muita coisa. Olha se quiser eu anoto tudo em um papel. 

- Não precisa gravei tudo. Não se preocupe. — Apertei as mãos para conter o nervosismo.

- Este e o seu quarto. — Começou a mostrar o ambiente que também estava bastante organizando. — Tem uma suíte que é naquela porta. Assim você terá mais um pouco de privacidade nos seus horários de descanso. - Pronunciou ele me mostrando o restante das coisas. - Em relação ao seu pagamento te pagarei semanalmente. Espero que se adapte e tenha uma boa sorte. - Caminhou até a porta. - Deixa a mala no quarto e vamos lá tomar um café. Você parece assustada te falei muita coisa né.

- Até que não. - Joguei a bolsa sobre a cama e depois peguei o celular. 

- Ok! Vamos... 

Percebi que ele ficou me encarando de um jeito estranho logo assim que joguei a bolsa sobre a cama. Provavelmente deve ter reprovado a minha atitude. E pelo visto teria serios problemas se não entrasse nessa onda dele de super organização. Já na cozinha reparei na ilha que havia no centro e ao redor dela algumas cadeiras na cor grafite. No entanto eu aproveitei para me acomodar em uma só para vê-lo preparar o café. Grace sentou ao meu lado e ficou mexendo no meu cabelo, só espero que ele não brigue com a criança por conta disso, porque pelo que eu percebi o homem parecia ter um jeito bem metódico. No fundo eu tive uma leve intuição de que tudo não seria perfeito. Até porque se fosse eu também acharia estranho. 

- Gosta de panquecas Dulce? 

- Sim adoro, principalmente as que a Célia faz. 

- Quem é Célia? Sua mãe? 

- Não. - Ri. - A secretária que trabalha lá em casa. 

- Ah sim. - Ele pegou três pratos e começando a servir a Grace primeiro. 

- Se quiser colocar o mel está aqui. É se não quiser as panquecas tem ovos e bacon que estão neste prato. - Ele tirou o pano que o cobria.

- Papai suas panquecas são as melhores... - Balbuciou Grace logo após partir um pedaço e levá-lo a boca. 

- Minha princesinha. - Ele deu um beijo estalado na testa da filha. - Papai já vai tá meu amor se comporte direitinho e obedece a Dulce. 

- Pode deixar papai. Vou ficar aqui mexendo no cabelo dela. 

Ele apenas deu um sorriso contido. 

- Cuida direitinho da minha menina. As sete estou de volta. - Ele pegou o paletó azul que estava pendurado em um gancho e vestiu.- Quando eu chegar nos conversamos mais. - Tchau meu anjo. - Plantou um beijo na bochecha da filha. - Tchau Dulce. Qualquer duvida é só me ligar. O telefone do meu escritório está na mesinha centro da sala. A Grace sabe onde fica. 

Assisti ele sair rapidamente da cozinha, e a porta da sala bater. Agora eu teria que me virar nos trinta para aprender a fazer de tudo, já que nunca cozinhei, e muito menos limpei uma casa e cuidei de criança. E pelo visto a minha luta será grande. 

᭧᭧᭧᭧᭧᭧

᭧ Desculpem o sumiço, e que não tenho andando muito bem, mas aos poucos estarei voltando. 

᭧ E tivermos o primeiro encontro deles. 😍 Dulce toda preocupada e aflita com medo de ter caído em algum tipo de golpe, mas ainda bem que isso não aconteceu. 

᭧ Grace um amorzinho, pelo visto ela e sua futura mamãe se darão muito bem 🤭

᭧ E a mãe da Grace? Vocês suspeitam do que tenha acontecido com ela? Quero teorias. 👀

᭧ E no capítulo seguinte  conheceremos um pouco do Christopher, e provavelmente saberemos também sobre a mãe da Grace. Portanto fiquem ligados. 👀