Fanfics Brasil - Bocuda 365 Dias Ao Seu Lado

Fanfic: 365 Dias Ao Seu Lado | Tema: Original


Capítulo: Bocuda

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   A imagem do personagem e apenas ilusoria, na intenção de dar um possivel rosto, mas, em momento nenhum se trata de uma fanfic.


 


                     Chae-Rok


 


O céu esta acinzentado e mesmo de dentro da minha sala no alto de um dos maiores prédios de Murray Hill, consigo sentir o frio cortante que esta do lado de fora.


Do alto do reinado de um reino que não me pertence -ainda- não levo uma vida tão boa quanto muitos acham que tenho, incluindo boa parte da minha família. Minha própria mãe por exemplo, no auge da sua viuvez, certamente se esqueceu do quanto meu pai batalhou para termos esse império antes de partir.


Somos a maior empresa têxtil dos Estados Unidos no momento, e mesmo com a ajuda de diretores e mais de mil funcionários apenas em uma filial, nao e nada fácil administrar tudo isso.


O telefone toca tirando-me dos pensamentos, e lamurios no qual estou afundado no momento. Claire, a secretaria da minha anilista, liga apenas para cancelar uma das minhas três consultas semanais com a Dra. Rachei, minha psicóloga. Consulta que me dou ao trabalho de ir unicamente para dormir, pois parece que e o único lugar onde consigo ter um pouco de paz nessa vida extremamente corrida que levo diariamente.


-Senhor?


-Hum?! -so ai me dou conta da presença de Chloe, minha secretaria.


-Esta bem para o senhor?


-Não me lembro de sua pergunta, não me lembro nem de te-la visto entrar!


-Tudo bem senhor!-ela parece ficar constrangida, e eu simplesmente a ignoro. A consulta foi remarcada para amanhã, senhor Chae-Rok...


-Quem cuida da minha agenda e você, faça o que quiser!-minha resposta e seca ao interrompe-la, a ouço suspirar fundo, e isso me faz fechar os olhos irritado. Ja acabou?


-Sim senhor, licença.-sai em seguida.


Me viro em direção a mesa e vejo a enorme pilha de contratos para analisar e assinar, certamente ela deixou ali quando entrou. Me sento acomodando as costas em minha cadeira, puxando um pouco as mangas da camisa, começo a analisar os primeiros papeis a minha frente.


Só eu sei o quanto cansativo e analisar contratos, ler propostas muitas das vezes absurdas. A maioria das pessoas nao sabem como meu pai batalhou para chegar onde chegou desde a sua saída de Seul, passando por Houston ate chegar em Manhattan, se soubessem, não fariam propostas absurdas como muitas das que recebo.


No relógio marcam exatamente 20:45 minutos, estou sozinho na empresa, apenas eu e os seguranças. Confesso que me perdi no tempo em meio a esses papeis todos. Aperto os olhos e respiro fundo soltando o ar que eu nem sabia ter prendido.


Me levanto pegando meu paleto em seguida o colocando em meu braço e sigo em direção ao elevador. Ao chegar no estacionamento constato que a noite esta ainda mais fria do que eu imaginava estar, sinto o frio arrepiar minha nuca,visto o terno ,e sigo em direção a minha porche. Ao entrar, sinto meu telefone tocar, olho a tela e vejo o nome Tyler, brilhar intensamente na tela.


-Fala, o que voce quer?


-E assim que voce trata a única pessoa nesse mundo que te suporta?-ele responde em tom serio, mas sem perder o humor na voz.


-Não sei de onde voce tira tanto bom humor, em uma noite de quinta feira! -respondo impaciente, estou cansado e louco para ir pra minha casa.


-Não seja tao rabugento Chae, aprenda a viver um pouco mais!


-O que voce quer? -pergunto novamente com um pouco menos de paciencia. Pediu folga hoje para vir torrar minha paciencia?


-Claro que não, e voce sabe disso, so queria te chamar para um cafe?


-Cafe?-minha pergunta sai incrédula.


-Sim, iria te chamar para irmos a uma boate e nos divertirmos um pouco, mas, pelo seu tom de voz, vejo que esta sem paciência hoje...


-Cansado!-o corrijo, e mais uma vez solto o ar com força. Não quero ir!


-Tudo bem,voçe quem sabe, qualquer coisa e so me ligar!


Encerro a ligação sem nem mesmo me despedir, ele ja me conhece e não se incomoda com isso. Sigo em direção ao meu apartamento, não e muito longe da empresa, em um dia bom, não leva mais do que vinte minutos.


Depois de um bom banho, estou colocando minha roupa, quando mais uma vez ouço o telefone tocando, vou ate ele e o nome que brilha na tela faz com que o restante de paciência que ainda existia em mim vai embora completamente.


-Oi!-respondi seco terminando depassar a camisa sobre a cabeça.


-OI? E assim que voçe cumprimenta sua mãe? -sou repreendido por ela de forma calma e firme como uma lança bem afiada.


-Desculpe mamãe!-falo deixando um sorriso debochado aparecer. Como a senhora esta?


-Não me venha com essa de mamãe, se eu não te ligar, e como se eu não existisse!


-Desculpe!-me sento ainda com o mesmo sorriso no rosto cruzando as pernas. A que devo o prazer de sua ligação?-ela solta o ar com força, sabe que não e tão prazerosa assim. O seu novo marido fez algo?


-Oras menino, respeite o Mim-Ho, o que ele poderia fazer?-"sendo mais novo que a senhora mais de dez anos, muita coisa" apenas penso.


-Claro que ele não faria nada! Mas então me diga, o que houve?


-Estou ligando para saber como esta, não posso?


-A senhora sempre tem um por que, mas eu aceito esse!-sorrio, minha mãe nao e tão calorosa assim.


-Voce continua frio como um iceberg, tao parecido com seu pai!-sua voz fica ainda mais baixa, sei que ela sente tanta falta dele como eu sinto.


-Preciso, na vida que levo tenho que ser desse jeito, se não, sou atropelado como um filote em uma manada de búfalos selvagens! -minha voz se torna ainda mais fria e respiro fundo. E a propósitto, eu me pareço muito com a senhora!-ela sorri, sabe que e verdade.


-Sinto falta do Chae-Rok de vinte e cinco anos atras, o que sempre me trazia uma flor quando chegava da escola.-divago por alguns instantes.


-Vou mandar flores para a senhora! - meu tom ainda e sério e ela mais uma vez suspira.


-Eu quero saber quando vou conhecer minha nora!


-De qual nora estamos falando, não sabia que eu tinha um irmao?-a provoco.


-Não me provoque Chae-Rok, até quando vai fica desse jeito, eu quero netos, eu quero que a familia continue, ela não pode parar em voçe, não me de esse desgosto!-ela e mais ríspida, e parece estar bastante frustrada.


-Não tenho tempo para família, muito menos filhos, não me imagino sendo pai, trocando fraldas, ouvindo criança gritando em meu ouvido.


-Não faça isso com sua mãe meu filho!-ela parece triste.


-Infelizmente no mundo em que vivemos, e muito difícil encontrar alguém que realmente goste de quem somos, e de como somos, a senhora deve saber disso!


-Voce e um homem lindo bem sucedido, mas e frio, acho que...-ignora meu comentário.


-Por favor mãe, eu preciso dormir, tenho uma reunião importante pela manhã, e estou cheio de contratos para analisar!


-Tudo bem! Durma bem!


A ligação dela ficou passando em minha cabeça, tinha algo a mais ali ela não e de me ligar, ainda mais tão sentimental dessa forma, e sempre que ela liga discutimos, e hoje ela estava ... amável. O que se torna extremamente suspeito, mas, vindo da senhora So-Ri, tudo pode ser,   posso esperar qualquer coisa dela.


 


 



Parte Brianna


 


-Senhorita?-Um cliente me chama, coloco o meu melhor sorriso e vou ao seu encontro.


Hoje o dia esta bastante frio, e a única coisa que eu queria era não ter precisado levantar da minha cama, e ter que sair de casa.


Trabalho em um café de classe altíssima no centro de Murray Hill, onde tem as empresas mais importantes, e as pessoas mais ricas e de nariz em pé que já vi em toda minha vida. Moro a quase uma hora daqui, pego um metrô e um ônibus se quiser chegar cedo, e hoje nesse frio ingrato que esta fazendo, definitivamente, a unica coisa que eu queria era estar embaixo das minhas cobertas, vendo filme e tomando um enorme pote de sorvete. Sim, me julguem, eu amo sorvete no frio.


Sou uma pessoa que finjo naturalidade para sair das situações em que me metem. Exatamente assim, me metem, pois quanto mais eu procuro sair de uma confusão, mais estou dentro de uma.


Sou uma mulher fora dos padrões, visto 48, tenho pouco mais de 1,60, cabelos escuros e ondulados, graças as mãos maravilhosas da minha cabeleireira. Um dia quem sabe nao tenho confiança suficiente para assumir o meu afro, mas, no momento a única coisa que eu quero e ser o mais invisível possível.


-O senhor deseja mais alguma coisa?-minha voz e moderada, em um tom agradável aos clientes.


-Não, obrigado!-um cliente cujo só o relógio certamente pagaria por todo o apartamento em que moro de aluguel no Harlem, me olha como se eu fosse um inseto.


Lhe ofereço o meu melhor sorriso que não me e retribuído obviamente, mas permaneço sorrindo por pura obrigação, ja que temos que ser gentis e educados com todos os clientes, do mais gentil a ate o mais filhos da... Deixa pra la.


Olho no relógio e são mais oito da noite, ainda falta uma hora para ir pra casa, respiro fundo e a unica coisa que quero e forças para finalizar mais esse dia.


-Cansada amiga? -Melanie, minha única amiga tanto no trabalho como em casa, ja que dividimos o mesmo"apertamento" me aborda no balcão enquanto busco mais um pedido.


-Morta!-digo apenas e ela sorri.


-Falta pouco, só uma horinha! -sorri brincalhona.


-Da meia noite mas não da nove horas amiga, esquece! -reclamo rabugenta, e me viro com a bandeja na mão colocando o meu melhor e mais falso sorriso no rosto.


Quando saímos do trabalho já são mais de nove e quinze da noite, tivemos que esperar o fechamento do caixa, e com isso demoramos um pouco mais para sair.
Seguimos pelas ruas frias de Murrey Hill em direção ao metrô, esta tão frio que mal consigo sentir os meus dedos. Olho para os meus pés enquanto aguardamos o próximo metrô, sinto o corpo de minha amiga se encostar no meu a procura de calor, e eu me aproveito disso para me esquentar também.


-Quando eu comprar meu carro, não vamos mais passar por isso amiga!- ela diz e eu sorrio.


-Aguardo ansiosa por esse dia, mesmo sabendo que ja estarei bem velhinha e de bengala...


-Amiga, e assim que você diz torcer por mim?- ela diz em tom brincalhão, mas eu sei que e verdade.


-Eu torço por você amiga, mas torcer por você não significa que eu tenha que te iludir! Vamos ser sinceras, nesse emprego que estamos esta difícil ate pagar as contas, pior comprar um carro!-ela torce os lábios em descontentamento, mas sorrimos por fim.


Quando chegamos em casa já e mais de dez da noite, estou exausta e minha vontade e de apenas deitar e dormir, mas estou com muita fome para fazer apenas isso, por isso, decido tomar um banho bem quentinho, comer algo e por fim dormir.


-Eu preciso arrumar um namorando, passar todas as noites olhando para a sua cara está começando a me fazer duvidar da minha sexualidade!-ela divaga enquanto garfa um pedaco de pizza.


-Vou levar isso como um elogio, mas no fundo desejando que voce entale com esse pedaco de pizza!-sorrimos.


-E sério, eu preciso beijar na boca!- ela entorta os lábios fazendo uma careta engraçada.


-Eu não sei qual a necessidade que vocês bonitas tem de beijar na boca fazer sexo, tudo isso e tão trivial... -sinto a almofada do sofá acertar. meu rosto. AI, ESTA MALUCA?


-Como assim "nós bonitas" já falei para você parar com esse complexo de inferioridade, voce é linda só precisa se cuidar um pouco mais, comprar roupas e sapatos novos...


-Eu mal tenho grana para pagar a conta do meu celular, vou ter dinheiro para ficar comprando roupas e sapatos, esta maluca? Não tenho ajuda da mamãe não!-assim que falo sei que disse merda. Desculpa amiga, não era minha intensão...


-Relaxa Bri, esta tudo bem...


-E melhor eu ir dormir!- digo ja me levantado.


-Não!-segura meu braço.


-Estou cansada, eu realmente preciso dormir, já vai dar meia noite!-a olho com carinho.


-Tudo bem, so não fica chateada viu!-ela sorri.


-Eu que te peço para não ficar chateada com essa sua amiga bocuda.


-Te amo! - ela diz sem emitir som, faço o mesmo e saio da sala.


Sigo direto para o meu quarto, estou bastante chateada com o que eu disse a ela, não e por que ela tem mãe e pai para ajudar e eu não, que posso ficar falando sobre isso.
Deito e cubro meu corpo, estou chateada demais comigo mesma para pensar em qualquer outra coisa antes de pegar  no sono.


 


 


 



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Autor(a): misssong

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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  Acordo na manha seguinte sentindo meu corpo extremamente pesado, tento me mover mas parece que estou sendo espremida por um trator. Tento abrir os olhos, mas estou tão cansada que falho miseravelmente. -Nossa, como estou cansada, parece que estou sendo esmagada por um mamute!- falo em voz baixa . -Hey, como assim??- fala alto em meu ouvido me assustando. -A ...


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