Fanfic: 365 Dias Ao Seu Lado | Tema: Original
Acordo na manha seguinte sentindo meu corpo extremamente pesado, tento me mover mas parece que estou sendo espremida por um trator. Tento abrir os olhos, mas estou tão cansada que falho miseravelmente.
-Nossa, como estou cansada, parece que estou sendo esmagada por um mamute!- falo em voz baixa .
-Hey, como assim??- fala alto em meu ouvido me assustando.
-Ahh!-dou um grito me virando rapidamente a fazendo cair de sima de mim. Esta maluca doida, quer me matar do coração ou so sufocada mesmo?- ela começa a gargalhar e eu coloco a mão no peito tentando me recompor do susto e da tentativa de esmagamento.
-Fala sério amiga, eu sou magrinha!-ela diz brincalhona sorrindo abertamente e o meu sorriso murcha na hora.
-Bom dia pra voce também!-falo cobrindo meu rosto com a coberta ao me deitar novamente.
-Oh meu Deus, desculpa Bri, eu não disse intencionalmente...
-Relaxa eu mereci depois de ontem...
-Não, olha pra mim!- ela ordena puxando a coberta do meu rosto. Eu juro, so falei, nem pensei!
-Já disse, esta tudo bem, eu sei que estou enorme e preciso de uma dieta urgente!
-Para com isso, voce e linda...
-Sou gorda e ponto final!
-E muito gostosa!-finge falar de forma sexy.
-Como voce sabe, se nunca experimentou?-entro na onda sorrindo.
-Voce que nunca quis!-morde o lábio em tom brincalhão.
-ECAAAAA!-gargalhamos alto e ela me abraça forte.
-Desculpa amiga eu não...
-Deixa isso pra lá, já passou!
-Voce sabe que eu te amo não é?
-Eu também te amo!
-Então levanta dessa cama e vamos tomar café da manha, bora!-se levanta esticando a mão pra mim.
-Não quero tomar café, só quero dormir!-me largo novamente na cama.
-Não senhora, nem vem com essa de só querer dormir, tem que se alimentar direito, ontem so comemos porcarias. Deveríamos até que dar uma caminhada para eliminar tudo aquilo de carboidratos que comemos ontem!
-Vai la você, eu estou a tanto tempo sozinha que eu quero deixar o carboidrato para me fazer um carinho de dentro pra fora!-passo a mão por minha barriga e caímos na gargalhada.
-Voce e maluca! Então eu vou tomar café e fazer uma caminhada, quer alguma coisa da rua?
- Eu quero! - me sento rapidamente. Um moreno alto mais ou menos um metro e oitenta, sarado, romântico, que beija bem e tenha uma pegada maravilhosa!-sorrio.
-Mais alguma coisa mestre?!-debocha.
-Não, por enquanto e so!
-Você esta muito carente, sabia que falta de sexo mata?-coloca as mãos na cintura me encarando.
-Serio?-arregalo os olhos exageradamente. Então esquece o moreno amiga, passa na funerária e escolhe o melhor caixão, por que sou apenas fruto da sua imaginação, já estou morta a tempos!-uno as mãos em prece e me deito novamente.
-Faz um favor pra mim Brianna?-ela fala e eu nao a respondo. Vá se foder!- a ouço sair e bater a porta com forca!
-QUEBRA!-grito ainda sem me mover.
Sério, faz tanto tempo da ultima vez em que coloquei a margarida pra rolo que eu nem me lembro mais se ela sabe como ser usada.
Minha confiança com os homens esta pior do que cara de lutador de MMA depois de uma luta, sério, eu praticamente respiro por aparelhos quando o quesito e homens. Eu sempre fico tímida e sem jeito, acho que eles vão ficar desconfortáveis ao meu lado por eu não ter o corpo igual ao das outras mulheres, que as pessoas vão ficar encarando os caras e perguntando o que eles viram em mim. Enfim, o meu nível de confiança e tipo esse, e sendo assim, quando vou conseguir arrumar um namorado? Nunca!
Mas, as vezes eu penso que e melhor ser sozinha do que mal acompanhada. Tenho medo de encontrar alguém que aparentemente goste de mim, mas que na realidade não gosta do seu próprio umbigo, acabe me puxando ainda mais pra baixo, e se for para se afundar, prefiro me afundar sozinha.
-Afz!- solto o ar com forma em forma de frustração e cubro minha cabeça.
Ja passam de onze da manha, estou finalizando o almoço pois Mel e eu temos que estar antes de uma hora da tarde no café, pois hoje largamos ainda mais tarde. Quando terminamos de comer saímos de casa em cima da hora, esta tão frio, e eu vi na previsão que hoje pode nevar, com isso o transito fica um caos e eu so peço para não chegarmos atrasadas no trabalho.
Parte Chae-Rok
Chego na empresa por volta de dez e meia da manhã, pois fui direto para a consulta que estava marcada para as nove, uma hora e meia de sono para completar minha noite mal dormida devido a muito trabalho.
Fui conseguir dormir um pouco já era mais de quatro da manha, as sete já estava em pé, então, ir a consulta acaba sendo uma forma de dormir mais.
A Dra. Rachel me faz sempre a mesma pergunta "Como você esta?" Como tem sido sempre a mesma resposta, eu acabo me virando para o lado e pego no sono até ela me acordar e dizer que o meu tempo acabou.
Eu me levanto, coloco os sapatos, passo a mão sobre a camisa, coloco o meu terno, passo as mãos pelos cabelos para alinha-los, me despeço com uma reverencia, e saio sem dizer nada, acho que e o dinheiro mais fácil que ela ganha em toda a vida. Ja pra mim, eu consigo dormir longe de toda a papelada que me cerca tanto no trabalho quanto em casa.
Cruzo o salão da presidência, e vejo uma Chloe pálida, e com os olhos extremamente arregalados. Ela se curva em uma reverência assi como todos os funcionários, como manda a politica da empresa desde a época do meu pai, ela esta aparentemente tensa e bastante nervosa.
-O que foi?-a questiono antes de mais nada.
-Bem, e que a senhora So-Ri senhor...
-Chae-Rock.-ouço a voz de minha mãe, e não posso acreditar, estava tudo muito bom ate então.
-Me diz, como você consegue fazer isso, não estava em Seul ontem a noite?-questiono passando por ela ao entrar em minha sala.
-Muito me admira sua falta de atenção, se tivesse mais atento, tinha visto o prefixo no celular, saberia que estava te ligando de Manhattan, e não de Seul.-solto o ar com força.
-Pois bem, a que devo a honra de sua visita?-abro o primeiro botão do terno ao me sentar cruzando as pernas em seguida.
-O de sempre, vim pessoalmente para te cobrar ...
-Eu não consigo acreditar na senhora!-interrompi, baixando um pouco a cabeça elevando os olhos ate seu rosto e tento ser ainda mais frio e incisivo em minhas palavras. Eu não vou me casar!-sou firme!
-Bem, já que você não me deixa outra escolha.-ela se levanta apoiando as mãos em minha mesa e olhando fixo em meus olhos solta a bomba. Você tem um três meses pra me apresentar uma nora, e ficar no minimo noivo.
-O que?-a encaro de volta.
-E isso mesmo que você ouviu Chae-rok, três meses para me apresentar alguem, e um ano para estar casado e a espera de um herdeiro...
-A senhora não tem esse direito...
-Tenho sim, e vou fazer isso pelo bem da minha empresa!
-Nossa!-sou firme ao corrigi-la e me levanto fazendo o mesmo movimento que o seu.
-Eu ainda estou viva Chae-Rok!-me encara desafiadoramente eu apenas sustento o seu olhar. Não quero que o patrimônio que seu pai lutou tanto para construir vá parar nas mãos de qualquer um!
-Eu sou novo, saudável...
-SEU PAI TAMBÉM ERA!-pela primeira vez vi lágrimas se formarem em seus olhos - Ele sempre foi ativo, era extremamente saudável, e um dia ele simplesmente saiu e não voltou mais.
-Mãe...
-Eu não guardo raiva daquele homem que o atropelou, mas eu não consigo não me lembrar com tristeza, era para o meu marido estar aqui comigo, conosco, mas ele foi arrancado de nós muito cedo.-ela senta novamente. A minha sorte e que você estava aqui e assumiu tudo, se colocou a frente, se dispôs a fazer mesmo muito novo, mas e se não tivesse, quem iria assumir? Eu?-ela abaixa a cabeça. Eu nunca entendi nada disso tudo só entendo de vestir roupas, não sei nada sobre tecidos, poderia aprender? claro! Mas você estava tão preparado, e eu fiquei tão orgulhosa de você!- mais uma vez me olha e vejo verdade e orgulho em seus olhos, e isso mexe comigo de uma forma diferente. E por isso que eu te peço, te imploro, forme uma família, por que se amanhã acontecer algo, quem vai assumir tudo isso?-olha ao redor e eu a encaro fixamente me sentando em seguida e fechando os olhos com força.
-Mãe.-passo as mãos pelo rosto, estou tão cansado, e com a cabeça a ponto de explodir. Tudo bem!-me rendo por fim.
-Meu Chae!-sorri altiva como se aquela mulher toda emocionada de alguns segundos atras nunca tivesse existido. Você não vai se arrepender!
-Mas, a senhora não pode se envolver em minha escolha!-ela concorda e se afasta.
-Mas eu quero que seja uma coreana!-e sua vez de elevar a sobrancelha.
-Mãe!-a repreendo. O que eu acabei de falar?
-Uma coreana, e tenho dito!-ela caminha ate a porta e para em seguida. Um ano Chae-Rok, um ano.
Ela sai da sala deixando apenas o seu perfume pra trás. Sinto a frustração e a sensação de impotência percorrer o meu corpo. Eu poderia muito bem dizer que não e ponto final, mas, de certa forma ela esta correta, se algo acontecer comigo, não teremos a mesma possibilidade da descendência permanecer a frente da empresa. Eu assumi tudo muito novo ainda na filial na Coreia pois estava terminando minha especialização na época, e só depois que assumi a matriz diretamente de Nova Iorque. Fazem exatos seis anos que moro aqui e sete anos e meio que meu pai morreu atropelado, me lembro como foi assustador assumir tudo isso, mas não tive outra saída, ou era isso ou minha mãe assumir e corrermos o risco de perdermos tudo, ou ter que passar para as mãos de outra pessoa e corrermos o mesmo risco, não que na minha mão fosse dar certo, mas, demos sorte e deu certo.
Minha cabeça da voltas e na mesma hora sinto como se fosse explodir em uma dor intensa. Ja faz mais ou menos três anos que sinto essa dor de cabeça toda vez que fico estressado. Pego dois analgésicos e os tomo com uma dose de Whisky, se isso e certo? Definitivamente não! Mas, e a única coisa que vejo em minha frente. Sento no sofá que tenho no escritório, perdi toda a vontade de continuar estudando o ultimo contrato que ficou faltando. Ouço batidas na porta e peço que entre.
-Bom dia, que cara e essa?-ouço a voz do Tyler, e aperto ainda mais os meus olhos.
-Você não tem mais o que fazer não?-aperto minha testa com o polegar e o indicador na vã tentativa de aliviar a dor.
-Ate tenho, mas preciso comer, não tomei cafe da manha, e como sei que você também não comeu nada, vim te buscar. As vezes eu acho que voce esquece que sou o seu assistente e secretario pessoal sabia? Minha obrigação e não sair do seu pe!
-E, as vezes faço questão de esquecer disso! -o encaro e ele sorri debochado. E eu não quero, so me deixa em paz!
-O que houve em? -senta a minha frente e me encara.
-Visita indesejada a essa hora da manhã!-o encaro apoiando os cotovelos nos joelhos.
-Dona So-Ri, a rainha do gelo?
-A própria!
-Mas ela não estava em Seul?
-Também achei isso!-digo me levantando. E o pior não e isso!
- O que foi?
-Ela esta me obrigando a casar!
-Como assim?-me encara recostando no sofá.
-Vamos, acho que agora eu quero sair daqui um pouco!-fecho meu terno colocando o celular no bolso seguindo em direção aporta.
...
-Sinto muito meu amigo, mas eu acho melhor você começar a procurar uma pretendente viu?-fala com um sorriso sínico no rosto depois que conto a ele a conversa com a rainha do gelo.
-Vai se...
-Olha!-sorri, e eu fecho ainda mais a expressão.
Estamos em um cafe próximo a empresa, nunca tinha vindo aqui em todos esses anos que estou aqui. O lugar e okey, parece ser bom, ao menos a comida e.
Senti alguns olhares em minha direção assim que entrei, não me incomodo muito, pois no momento ficarem me olhando e o que menos importa. Sempre chamei muita atenção por onde andei, sempre fui bem alto, tenho 1,89 de altura, ombros largos pois fazia natação na escola, rosto de expressão forte, não aparento ter 33 anos, graças a genética asiática. Então, com tudo isso, é impossível não chamar atenção.
Tomo um gole do meu café e tento organizar os meus pensamentos, parece que vou cuspir fogo de tanta raiva e frustração que sinto no momento.
-Cara, não tem outra saída, e sério, você precisa encontrar alguém, nem que seja de fachada!
-Fachada?-o encaro. recosto na cadeira e faço sinal para que continue.
-Sim, como um contrato ou acordo sei lá, conversa com alguma mulher, ofereça algum dinheiro, tipo aluguel, uma dama de companhia ou um favor mesmo, você nem precisa gostar dela, óbvio!
-Sera que isso daria certo?
-Não custa tentar!
-Quem seria a louca?
-Ai é com você!
Me pego pensando na solução que meu amigo encontrou, e bem, parece ser uma forma de ao menos despistar a senhora So-Ri, deixá-la mais tranqüila em relação a isso, e depois que eu lhe der o que ela quer, ela vai largar o meu pé. E estando com alguém, mesmo de fachada, vai me dar tempo de pensar em algo em relação a ter filhos.
Autor(a): misssong
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