Fanfics Brasil - RETORNO A PONTAL Mulheres de areia 2

Fanfic: Mulheres de areia 2 | Tema: Novela mulheres de areia


Capítulo: RETORNO A PONTAL

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                                   Raquel para o suntuoso carro na praça da cidade de Pontal d’areia e contempla, o então melhorado hotel da família Assunção.  Aquele cheiro de mar, os mesmos tipos de pessoas tramitando ali e acolá, até parecia ter sido ontem que esteve ali pela última vez, mas 28 anos se passaram. A cidade podia não ter mudado muito, mas ela sim. Como se uma Raquel mais evoluída tivesse nascido após aquele “acidente”. As memórias vinhas como agulhadas por todo o seu corpo, mas já não importava mais, ela seguiu em frente e o passado era só uma pequena parte dela.  E isso a fez   lembrar o seu intuito ali, pretendia ser mais breve possível. Aquele lugar não lhe trazia boas recordações, por isso tratou de dirigir à prainha, o seu destino.


                                   “A casa azul” continuava igual, ela já imaginava que sua mãe não mudaria nada na casa que tanto sonhara anos atrás. Estacionou ao lado e disse para seu acompanhante de viagem: __. Você se esconde ao lado da porta e assim que eu te chamar você entra.


__ não sei o porquê de tanto suspense, mas tudo bem, respondeu o jovem, obedecendo as instruções.


                          Dona Isaura ouve o barulho de um carro estacionando. Com a idade avançada a perda parcial da visão foi inevitável. Morando sozinha há muitos anos, depois da morte do marido Floriano, a velha senhora aprendeu a viver apenas acompanhada da sua assistente, Ana que era responsável por todas as suas necessidades e da grande casa. E recebia periódicas visitas da filha Ruth e do genro.


                          Da varanda recebia uma deliciosa brisa de fim de tarde e o barulho do mar que outrora lhe incomodara tanto, agora parecia lhe trazer paz. De repente os passos de alguém que se aproximava chamou sua atenção. Dona Isaura, olhou para ver de quem se tratava. 


                          __ Ruth? É você filha?


                          __ Até a senhora mãe?


                          __ Raquel? Ah, Raquel! É você filha, que saudades. Por que não me avisou que viria hoje? Eu teria mandado fazer alguma coisa especial para o jantar. Disse, abraçando sua filha favorita! 


                          __ Oi Dona Isaura, a senhora continua igualzinha, disse Raquel, recebendo o abraço da mãe.


                          __ E então? Me conta tudo, quero saber como você está. Continua tão linda filha, tão chique. _Ana! Dona Isaura chama a secretaria. _. Traz um cafezinho para nós.  __Sim senhora, responde Ana. Como vai dona Ruth? Com licença. Cumprimenta a moça, em seguida saindo da sala. 


                          Raquel revira os olhos, já imaginando ser confundida como sempre com a irmã._ A gente vai ter muito tempo para conversar mae, mas senta ai que antes eu tenho uma surpresa!


                          __Surpresa! Que surpresa? A velha senhora percorria os olhos na filha para ver o que seria?


                          __Marcooos,pode entrar! Chama Raquel pela porta da casa.


                          De repente adentra a sala um belo jovem, louro de olhos azuis curiosos e penetrantes   e diz:


                          __Oi vó! Como vai?


                          Dona Isaura olha fixamente para o rosto do simpático moço, parecia que a pouca visão que lhe restava estava lhe pregando uma peça. Não podia acreditar na tamanha semelhança. E o nome, aquele nome. Virando-se para Raquel contemplou o sorriso da filha, mas não sabia nem por onde começar a falar. A onda de perguntas vinha e voltava a sua mente, como na praia lá fora e o medo das respostas era inevitável.   


                          __mãe, esse é seu neto, Marcos.  Raquel enfatizou o nome com orgulho. Não vai dar um abraço nele? Ou a senhora não gostou da novidade?   


                          Retomando o equilíbrio a velha senhora ofereceu os braços ao rapaz, meia desconsertada repetindo a palavra “neto” sem parar. 


                          __Filha, você está me dizendo que todo esse tempo eu tinha um neto e você escondeu isso de mim? Sorriu para o rapaz com um misto de alegria e pânico.


                          Raquel olhou para o rapaz, que agora exibia uma expressão de intrigado e disse: Filho, você não disse que queria dar uma volta para conhecer a cidade? Então... pode pegar o meu carro, vai.   Eu e sua vó temos muito o que conversar, pelo visto. 


                          O jovem assentiu com a cabeça, pediu licença e se retirou.


__Mae, eu até já sei o que a senhora está pensando!


__ Como filha, como isso aconteceu? E por que todo esse suspense?


__Eu estava grávida quando pulei daquele carro mãe e por pouco não morremos eu e o bebe? Olha, vou fazer um resumo de tudo, porque a senhora sabe como tocar nesse assunto ainda me incomoda e depois vamos só falar dos planos futuros ok?


                          Dona Isaura se sentou na sua poltrona com os olhos e ouvidos atentos a cada detalhe da conversa.


                          __É o seguinte mãe: Naquela tarde que eu pedi para a secretária do Marcos colocar um remedinho no suco dele, para que a Ruth nos flagrasse na cama, na verdade eu e ele fizemos um pouco mais do que só ficarmos deitados abraçados, ele estava praticamente inconsciente e o tempo todo achou que eu fosse a Ruth, é claro. Mas eu juro mãe que eu não tinha intenção nenhuma de ficar grávida. Eu estava cega de ódio, e pela vingança a senhora conhece a história. Só o que eu queria era afastar ele da minha irmã.  E quando eu pulei daquele carro a tempo e consegui me livrar da morte pela segunda vez, eu decidi ir embora de vez e deixar tudo aquilo para trás. Foi quando eu fui atendida no hospital do Rio por causa dos ferimentos, que a queda provocou, que descobri a gravidez. Sabe mãe, naquele momento uma chave girou na minha cabeça. Tudo fazia sentido, eu tinha ficado viva mais uma vez, para trazer essa criança ao mundo...  E então eu me foquei só no meu futuro a partir daquele momento. Tanto que eu poderia muito bem ter usado isso para completar minha vingança, mas eu resolvi sair do país e esquecer tudo. E foi isso! Bom... O resto a senhora já sabe, quando me mudei para Boston encontrei um homem bom que cuidou de mim e o do meu filho e apesar de ter sido um pai maravilhoso eu nunca escondi do Marcos que ele não era seu pai verdadeiro.  


__ E por que agora Raquel? O que você está planejando, tenho até medo de perguntar filha? Disse Dona Isaura emocionada ao ser relembrada de todo aquele pesadelo.


                    __Bom, eu acho que agora que meu marido Heitor se foi, chegou o momento de o Marcos conhecer seu verdadeiro pai, sem se preocupar em magoar seu pai de criação. Ele também quer isso mãe, vai deixa-lo feliz.


                    __ Eu sinto muito por seu marido, que Deus o tenha!  Mas...filha, você sabe como isso pode ser difícil para a Ruth, eu te contei sobre a situação dela. E quanto ao Marcos.... Não vai ser tão simples assim como você pensa.  


                    __Olha aqui mãe, eu não vou privar meu filho de conhecer o verdadeiro pai, só porque a sua adorada Ruth não pode lhe dar filhos. O que aconteceu com ela foi uma fatalidade, eu entendo que descobrir ter se tornado infértil por causa da perda do filho que ela sofreu no passado deve ter sido horrível, mas que culpa eu tenho? Inclusive a culpa é daquele desgraçado do César, que quase acabou com a minha vida e a do meu filho também.


                    __. Deixa esse homem para lá Raquel, ele já está pagando por seus pecados. Desde a morte do Zé Luiz que ele vive internado lá naquela clínica de loucos e agora parece que não reconhece mais ninguém.


                    __Bem feito! Mas não estou nem aí para o César. Ele que se dane! Disse Raquel com aquele familiar tom debochado na voz.


                    __O que é isso filha? Não fala assim. Deus castiga.


Algo dizia a dona Isaura que aquilo ia ser o começo de uma tempestade, e dessa vez ela queria ficar bem longe dos raios e trovoes que viriam. Afinal não tinha idade para tantas emoções, mas no fundo sabia que o retorno de Raquel não ia ser tão pacífico, quanto suas tardes na varanda de casa...


 


 


 


 


 


(Essa obra não tem a intenção de ferir os direitos autorais)                                                         PERSONAGENS CAP 1.FELIPE ROQUE COMO (MARCOS FILHO ) GLÓRIA PIRES COMO:(RAQUEL) LAURA CARDOSO COMO:(D.ISAURA) E  LETICIA SALLES COMO:(ANA)     



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Autor(a): rebeccaalvez1

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