Fanfics Brasil - Dia 3 – Pitstopped - parte 3 Girl, Pitstopped

Fanfic: Girl, Pitstopped | Tema: Scooby-Doo, Apuros de Penélope, Josie e as Gatinhas, Corrida Maluca, Os Jetsons


Capítulo: Dia 3 – Pitstopped - parte 3

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Marcie saltou do carro antes que Velma terminasse de estacioná-lo. Velma correu atrás da amiga, e as duas chegaram ao Malt Shop no momento em que as Hex Girls cantavam “Earth, Wind, Fire and Air”. O local estava lotado de jovens do Ensino Médio de Crystal Cove, e Velma teve que se espremer entre eles para conseguir chegar ao palco. Lá, ela tentou várias vezes gritar o nome de Thorn, mas o barulho da música era tão alto que ela não foi ouvida. Impaciente, Velma arremessou sua bolsa contra Thorn e gritou o nome dela da maneira mais alta que conseguiu, porém, a vocalista desviou do objeto rapidamente e respondeu à atitude de Velma com uma careta – e mostrando o dedo do meio para ela. A resposta de Thorn fez as pessoas rirem, e Velma ficou ainda mais irritada. Marcie foi mais sensata e puxou a amiga pelo braço em direção aos camarins.


Marcie: Venha! O show delas já está acabando, vamos aguardá-las no camarim, não terá como Thorn escapar!


As duas garotas novamente se espremeram entre a multidão, e com muito esforço conseguiram chegar até os bastidores do palco. Em seguida, elas andaram por um labirinto de corredores até chegarem aos camarins. Velma entrou por engano no camarim dos Netunos e logo fechou a porta. Em seguida, ela entrou por engano no camarim de Josie e as Gatinhas, e ao se deparar com Alexandra lá, ela permaneceu por um momento.


Velma: Alex, xuxu, eu preciso falar com você! É urgente!


Para o espanto de Velma, Alexandra estava totalmente diferente. Ela vestia uma camiseta de animal print com o logo das gatinhas e estava sentada em um sofá entre Josie e Valerie, e as três garotas conversavam e riam muito.


Josie: Desculpe, não vou te emprestar a Alex agora, Vel!


Valerie: Ela é a nossa nova roadie!


Josie: Rrrrroar…die!


As três garotas começaram a fazer imitações ridículas do rugido de uma onça, e isso irritou Velma ainda mais. Marcie tentou intervir antes que ela tomasse outra atitude radical, e chamou novamente Alexandra.


Marcie: É sério, Alex, deixe de brincadeira! Nós descobrimos a causa de tudo isso: foi a Thorn! A Thorn nos enfeitiçou e precisamos quebrar a maldição agora mesmo!


As três garotas se entreolharam de maneira séria, e no momento em que Melody imitou um fantasma e disse “Boo” de maneira sarcástica, todas elas começaram a rir sem parar. Velma revirou os olhos e suspirou, e no momento em que ela ameaçou deixar o camarim, Alexandra andou em sua direção e aceitou conversar. Do lado de fora do camarim, Velma explicou rapidamente a sua descoberta, mas Alexandra logo a interrompeu.


Alexandra: Olha, Velma, não me leve a mal, mas… eu acho que não quero mais voltar a ser quem eu era… eu estou muito  mais feliz sendo essa nova Alexandra…agora eu tenho amigos e as pessoas simplesmente não ficam me atormentando 24h por dia com piadas e provocações…


Velma: MAS VOCÊ SABE QUE ESSA NOVA VERSÃO DE VOCÊ NÃO É VOCÊ, QUERIDINHA! A NOVA ALEXANDRA É UMA MENTIRA!


Alexandra: E se eu quiser ser uma mentira? E se a mentira for muito melhor que a realidade? Olhe para você! Vai me dizer que não está feliz por ter novos amigos, novas habilidades e uma nova aparência? Vai me dizer que não ficou feliz de ser convidada para a festa da Judy?


Velma: EU PAREÇO FELIZ? Olhe para mim, eu estou magoando pessoas que me amam e fazendo coisas vergonhosas a todo momento! Não há habilidade, aparência, nem riqueza nesse mundo que valha a relação que eu tinha com Shaggy! Você é tão egoísta, querida, como ousa pensar no seu bem estar enquanto eu, Marcie e Madelyn estamos sofrendo?


Ao invés de responder prontamente, Alexandra soltou uma gargalhada forçada e ridicularizou a raiva de Velma.


Alexandra: EU SOU EGOÍSTA? Você estava em uma mansão assustadora, não tinha certeza se lá havia um assassino ou um fantasma vingativo, e ao invés de sair dali, o que você fez? Chamou todas nós, sem sequer pensar nos riscos que correríamos ali… daí você  nos impediu de sair de lá só porque VOCÊ estava com medo e VOCÊ queria ganhar 3 mil dólares…


Velma: ALEXANDRA, VOCÊ ESTÁ MUDANDO!  VOCÊ NÃO CONSEGUE VER QUE ISSO FAZ PARTE DO FEITIÇO? VOCÊ NÃO ESTÁ RESPONDENDO POR SI MESMA, POR ISSO PRECISA DA NOSSA AJUDA!


Alexandra: Sua ajuda? Você arrumou confusão com a menina estranha da escola e fez com que TODAS NÓS fôssemos amaldiçoadas! É esse o tipo de ajuda que você quer me dar?


Velma: Não, querida, eu quero te ajudar a voltar a ser quem você sempre foi, você vai sofrer consequências horríveis se continuar sendo essa nova pessoa…


Alexandra: Ah, tá, você não gostou da maldição que recebeu, então eu tenho que voltar a sofrer bullying para que você volte a ser quem você era, certo? Afinal, EU É QUE SOU A EGOÍSTA, NÉ, VELMA DINKLEY? PERGUNTE PARA A MARCIE SE ELA ESTÁ SOFRENDO POR TER DINHEIRO ILIMITADO SEM FAZER NADA, AO INVÉS DE TER QUE TRABALHAR O DIA INTEIRO PARA RECEBER MIGALHAS DOS PAIS DELA! E A MADELYN? TODOS SABEM QUE ELA SÓ FAZ ESSAS MÁGICAS IDIOTAS PARA FAZER COMPANHIA PARA A LUAN! AGORA QUE ELA SE LIVROU DA FRACASSADA DA LUAN LOUD, ELA VAI SER MUITO MAIS FELIZ!


No momento em que Alexandra levantou a voz, os membros dos Netunos passaram pelas garotas no corredor e as cumprimentaram. Ao invés de continuar a discutir, Velma simplesmente deu as costas para Alexandra e disparou em direção ao camarim das Hex Girls, afinal, o show delas havia finalmente acabado. Ao invés de aceitar o silêncio de Velma, Alexandra segurou Marcie pelo pulso e a instigou a responder.


Alexandra: Qual é, Marcie, deixe de ser submissa, fala para esse cosplay malfeito da Penélope que você está gostando da sua nova vida!


Marcie suspirou, retirou o próprio punho das mãos da amiga e a respondeu.


Marcie: Eu estou amando minha nova vida, Alex, mas eu sei que não é a coisa certa a se fazer. Eu não posso simplesmente ser feliz às custas do sofrimento dos meus pais. Nem Velma quer ser um novo alguém às custas de perder Shaggy, nem Maddie quer deixar Luan para trás. Fracassadas ou não, é o que somos! É o que temos de mais precioso e verdadeiro: a verdade. Então, sim, eu amo essa mentira que estou vivendo, mas eu não consigo me sentir bem sabendo que é uma mentira. E, sinceramente, você deveria fazer o mesmo. A babaca da Josie não vale o seu eu verdadeiro.


Marcie correu em direção a Velma e deixou Alexandra com lágrimas nos olhos. Ao chegar ao camarim das Hex Girls, ela encontrou Velma revirando gavetas e armários, em busca de alguma pista. Marcie se juntou a ela na busca, e as duas só foram interrompidas quando a porta se abriu sozinha subitamente. As garotas paralisaram de medo por um momento, mas segundos depois Luna e Dusk surgiram carregando seus instrumentos, e elas se tranquilizaram.


Luna: Desculpe, meninas, a gente não faz Meet and Greet…


Velma: Que pena, querida, porque eu pagaria milhões só para arrebentar a cara da Thorn! Cadê ela?


Dusk e Luna arregalaram os olhos de surpresa e olharam para direção de Velma. Em seguida, elas se entreolharam por um momento, e depois olharam para Velma e Marcie ainda mais surpresas.


Velma: CADÊ A THORN?


Luna: Sei lá! Hmm… acho que ela foi buscar alguma coisa para comer…


Luna e Dusk pareciam totalmente desconfortáveis, e não ousaram falar mais nada.  De repente, Velma ouviu a risada de Thorn e olhou ao redor, à procura da origem do som. Como não encontrou Thorn em nenhum lugar do camarim, ela deixou o local às pressas, e Marcie a seguiu. Ao chegar ao salão principal do Malt Shop, infelizmente, Velma viu Shaggy e Googie chegando juntos, de mãos dadas. Aquela visão destruiu toda a sua motivação e a fez paralisar de tristeza. Quando uma lágrima escorreu pelo rosto de Velma, Marcie puxou a amiga pelo braço até a saída do Malt Shop, e ao chegar à calçada, Velma desmoronou em lágrimas.


Sem saber o que dizer, Marcie apenas abraçou e consolou a amiga, que chorou sem parar por alguns minutos. Quando um soluço forte interrompeu o pranto de Velma, as duas amigas ouviram a risada de Thorn novamente, e o barulho enfureceu Velma. Ao olhar novamente ao redor, ela não viu Thorn, mas a raiva que Velma sentiu a fez correr até a loja de conveniência do outro lado da rua, em busca de Thorn. Sem pensar, Marcie a seguiu, mas de maneira inconsequente e sem olhar para os dois lados antes de atravessar. Velma só parou de correr quando o barulho alto de pneus freando ecoou pelo quarteirão. Logo em seguida, um barulho surdo de um impacto a fez olhar para trás e ver Marcie caída na rua. Velma gritou desesperadamente o nome da amiga e correu em direção a ela, mas antes que pudesse chegar ao local onde ela estava, o motorista saiu em alta velocidade, sem prestar socorro. Os gritos de Velma pedindo socorro fizeram uma pequena multidão se aglomerar ao redor do corpo de Marcie. Alguns minutos depois, surgiu o barulho da sirene de uma ambulância se aproximando, e Marcie finalmente abriu os olhos.


Velma: NÃO SE MEXA, QUERIDA! FIQUE EXATAMENTE COMO ESTÁ, UMA AMBULÂNCIA ESTÁ A CAMINHO!


Ao invés de se mexer, Marcie começou a chorar devido a dor que sentia. Enquanto os paramédicos preparavam a garota na maca, Alexandra se aproximou boquiaberta.


Velma: E AÍ? AINDA ACHA QUE A MARCIE ESTÁ ADORANDO ESSA NOVA VIDA?


Velma entrou na ambulância com a amiga e segurou a mão dela enquanto os enfermeiros prestavam os primeiros socorros. Alexandra tentou entrar também, mas foi impedida pelos paramédicos. A última coisa que Velma viu quando a ambulância começou a andar foi Dusk e Luna horrorizadas e boquiabertas, olhando uma para a outra.


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            Velma ficou tanto tempo sentada naquela cadeira de hospital que já sentia dores nas costas.  Mas pior do que a dor física era a dor emocional que ela sentia, por perceber que Shaggy sequer havia mandado uma mensagem perguntando se ela e Marcie estavam bem. Seus pais também estavam estranhamente despreocupados, e quando ela lhes enviou uma mensagem contando sobre o ocorrido, eles apenas responderam: “que bom que ela sobreviveu, tome mais cuidado da próxima vez”.  Ela tentou se manter forte, sem chorar e sem expressar qualquer um dos sentimentos horríveis que estava sentindo, mas ao ver a imagem do Sr. e da Sra. Fleach se aproximando dela no corredor do hospital, ela desmoronou. A Sra. Fleach a recebeu com um abraço apertado, e repetiu diversas vezes “está tudo bem, querida”, enquanto acariciava seus cabelos tingidos de loiro.  


            Sra. Fleach: Calma, querida, ela vai ficar bem! Ela apenas sofreu algumas fraturas, não corre risco de vida.


             Velma se sentiu melhor ao ouvir que a amiga não corria risco de vida, mesmo assim, não conseguiu parar de chorar.


            Sra. Fleach: Além disso, por sorte, poderemos pagar todo o tratamento e a reabilitação dela… usaremos o dinheiro da venda do parque… então, não há o que se preocupar!


            Velma soluçou e chorou ainda mais, desta vez, por pura raiva. Além da maldição ter feito a família Fleach perder o próprio negócio, ela também os fez perder todo o dinheiro com despesas médicas. A Sra. Fleach não sabia o que fazer para acalmar a garota, e continuou a confortá-la por um bom tempo, até ser interrompida pela chegada de Alexandra Cabot. Ao vê-la, Velma se soltou do abraço e liberou toda a raiva que estava sentindo.


            Velma: ESTÁ VENDO? OLHE COMO MARCIE ESTÁ ADORANDO A NOVA VIDA DELA!


            Alexandra: Hey, calma, eu também não estou gostando da minha vida, ok? Me desculpe. Eu fui uma idiota… você tem razão, o que estamos fazendo não é certo para ninguém e só vai acabar com as nossas vidas…


            Velma se acalmou com o pedido de desculpas de Alexandra, mas ao perceber que Alan Mayberry se aproximava delas, ela olhou estupefata para Alexandra.


            Velma: O que diabos o Alan está fazendo aqui?


            Alexandra: Ah, ele me deu uma carona…


            Alexandra tentou disfarçar a timidez, mas corou quando Alan se aproximou das duas e a cumprimentou com um beijo na bochecha. Após perguntar sobre Marcie ao casal Fleach, ele disse que esperaria Alexandra do lado de fora. Velma ficou perplexa ao ver a cena, e Alexandra corou ainda mais.


            Velma: Ah, não, não vá me dizer que… que você… ALEXANDRA!


            Alexandra: O que? É algum crime eu pegar uma carona com um garoto bonito?


            Velma: UM GAROTO BONITO QUE É O SEU CRUSH E TAMBÉM É O NAMORADO DA JOSIE!


            Alexandra: Mas a Josie traiu ele com o Peter!


            Velma:: Ah, claro, só porque ela traiu o Alan, torna-se totalmente ético trai-la também?


            Alexandra: Qual é, Velma, é só uma carona! Ele nem sabia que eu existia antes dessa maldição, deixe-me aproveitar um pouco antes que o feitiço acabe! Além disso, foi por causa dele que eu repensei minhas atitudes e vim até aqui… quando Alan começou a me notar eu percebi que as coisas realmente estavam bizarras, e mesmo que eu me divertisse com tudo isso, as consequências seriam horríveis…


            O celular de Velma tocou e interrompeu Alexandra. Ao atender a ligação, Daphne perguntou por Marcie, e ao ouvir que ela estava fora de perigo, ela pediu para Velma voltar para a mansão. Velma perguntou se Alan poderia levá-la ao Malt Shop, onde seu carro estava estacionado, mas o pedido soou como uma ofensa a Alexandra.


            Alexandra: É sério que você vai estragar minha carona?


            Velma revirou os olhos ao ouvir a resposta, e ao desligar, chamou um taxi.


_______________________________________________________________


            Chegando em frente ao portão da mansão Pitstop, Daphne a recebeu com as broncas de sempre, e ficou cinco minutos falando sem parar sobre a ausência do carro que Velma havia usado para ir ao Malt Shop. Sem ter o que responder, Velma apenas suspirou e entregou as chaves do automóvel para amiga, que logo pediu para Fred Jones trazê-lo de volta.  Em seguida, Daphne apresentou Velma a Tinker, um amigo de Fred que entendia de automóveis e estava ali para (novamente) fazer os reparos necessários na Compact Pussycat. Enquanto o rapaz trabalhava no carro raro, Velma explicou a Daphne tudo o que ocorreu nas últimas horas – e sentiu que a amiga não acreditou nela. Velma foi interrompida quando Fred Jones chegou dirigindo o carro que ela havia levado ao Malt Shop. Ao verificar que o carro faltante estava intacto e novamente na garagem, Daphne perdeu totalmente o interesse nas explicações de Velma. Logo em seguida, o casal partiu, deixando Velma na mansão e o mecânico na garagem consertando a quilometragem da Compact Pussycat. Sem ter o que fazer, Velma enviou mensagens para Madelyn e Alexandra, mas não obteve resposta. Pouco antes das 23h, recebeu uma mensagem de Marcie confirmando que estava bem. Exausta, ela decidiu descansar, afinal, no dia seguinte ela teria aula e muitos desafios – e pessoas- a enfrentar naquela escola.


            Quando finalmente pegou no sono, Velma sonhou que estava conversando com Tinker sobre carros, e quando ele terminou de regularizar a Compact Pussycat, ela o levou até a garagem da mansão para mostrar todos os carros que tinha. No próximo sonho, Velma já conhecia Tinker tão bem que estava no carro dele a caminho de um bar decadente à beira da estrada. No outro sonho, ela cantava alto e ria muito enquanto brindava uma bebida fortíssima com vários homens estranhos e mal-encarados. No último sonho, ela venceu uma partida de pôquer contra três anãos delinquentes conhecidos da cidade, mas antes de pegar seu prêmio alcoólico, seu celular lhe fez acordar. Para o seu desespero, novamente, os sonhos não tinham sido apenas sonhos, e Velma se viu em um lugar estranho, rodeada de pessoas estranhas.


            Madelyn: Aonde você se meteu dessa vez?


            Velma: Maddie, eu não sei! Eu… eu… estou em apuros! Socorro!


            Madelyn: Olha, eu não diria que você está realmente em perigo, mas pelas coisas vergonhosas que você andou postando, você só cometeu suicídio social e terá que mudar de cidade… talvez, até de estado…


            Velma: Maddie, socorro! Pare de me julgar e me ajude!


            Madelyn: Por que você acha que eu te liguei? Eu já estou te ajudando a não passar mais vergonha! Agora vê se dá um jeito de sair daí, porque não tem como eu ir te resgatar dessa vez… a Alex sumiu e eu demoraria umas quatro horas para chegar até aí de bicicleta…


            Velma desligou o celular no momento em que o barman lhe entregou seu prêmio alcoólico e os seus companheiros de pôquer brindaram aos gritos. Sem jeito, Velma se esquivou de todos eles e deixou o bar logo após o brinde. Porém, do lado de fora, a visão que ela teve foi ainda pior: uma estrada deserta, uma oficina mecânica em ruínas, um posto de gasolina abandonado e a escuridão total. Ao caminhar entre os carros velhos estacionados ao redor do bar, Velma reconheceu o carro que havia atropelado Marcie e fugido logo em seguida. Para piorar, não havia sinal de celular em lugar nenhum, e Velma não conseguia completar chamadas, nem usar direito a internet. Desesperada, ela voltou ao bar – e foi saudada novamente aos gritos pelos caipiras ali presentes – e procurou Tinker, mas não o encontrou em lugar nenhum. Ao voltar para o lado de fora, ela se desesperou e começou a chorar. Alguns homens se aproximaram dela, mas ela dispensou um a um, sabendo que eles não tinham a intenção de ajudá-la de verdade.


Sem opção, ela caminhou alguns metros pela estrada escura, e diminuiu seus passos quando percebeu que a luz do bar ficava cada vez mais distante. De repente, Velma sentiu que estava sendo seguida, e ao olhar para trás, percebeu que um cachorro grande, gordo e peludo andava atrás dela. Ela estava tão fragilizada que não sentiu medo, e deixou o cão se aproximar dela e confortá-la com lambidas nas mãos. A atitude dele trouxe mais lágrimas aos olhos de Velma, pois ela se lembrou de Scooby-Doo e, consequentemente, de Shaggy. No entanto em que ela acariciava as costas do cão, ele fez um barulho semelhante a uma gargalhada e fugiu, levando com ele o celular de Velma. Furiosa, ela correu alguns metros atrás do cachorro, gritando e chorando de raiva, mas o cansaço, o medo do escuro e o salto alto de seus sapatos logo a fizeram parar. Velma decidiu voltar para o bar, afinal, era melhor ficar com delinquentes em um lugar iluminado do que encontrar um delinquente sozinha, na escuridão. Para a surpresa dela, no meio do caminho de volta, um carro estranho saiu do bar e veio em sua direção. Sem desligar o carro, o motorista apenas abriu o vidro e entregou a ela o celular roubado pelo cachorro – e novamente o cão, que estava no banco do passageiro, fez o barulho esquisito de uma risada.


Dick Dastardly: Meu cachorro idiota me trouxe isso e acho que pertence a você…


Velma: Oh, obrigada, querido! Eu… eu…


O soluço do choro a impedia de falar, e o cão novamente “riu” dela.


Dick Dastardly: Você é a garota que está cuidando da casa da Penélope, né? Velma Dinkley?


Velma sentiu medo de dizer que sim. Não apenas pela aparência suspeita do rapaz e do carro dele, mas também por ele ser um dos caipiras delinquentes que frequentava aquele bar - e, é claro, por ele saber que ela estava cuidando da mansão Pitstop. Porém, naquele momento, ela não teve outra escolha além de balançar a cabeça afirmativamente e confiar nele.


Dick Dastardly: Entra no carro, eu te levo até lá.


Antes que Velma pudesse responder, ele abriu a porta do passageiro e rispidamente empurrou o cachorro para fora, deixando o assento livre para Velma. Dessa vez, o cachorro fez um barulho parecido com um murmuro rabugento, e só parou quando o homem abriu a porta de trás e o deixou entrar no carro novamente. Velma sentou no banco com receio e fechou a porta. Quando o carro acelerou na escuridão, ela mandou uma mensagem para Madelyn dizendo: “Se eu sumir, procure por um homem de bigode fino e um cachorro marrom e gordo em um Impala preto 1969”. E implorou que o sinal fraco entregasse suas últimas palavras antes que ela morresse.


 


 


 


 



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Autor(a): kendrakelnick

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