Fanfics Brasil - Dia 1 - Beltane - Parte 3 Girl, Pitstopped

Fanfic: Girl, Pitstopped | Tema: Scooby-Doo, Apuros de Penélope, Josie e as Gatinhas, Corrida Maluca, Os Jetsons


Capítulo: Dia 1 - Beltane - Parte 3

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Velma conseguia ler um livro em um parque de diversões se ela quisesse. Mas desde que Daphne partiu, ela só conseguiu avançar quatro linhas em sua leitura. Primeiro, ela foi interrompida por um barulho distante de gotas e teve que entrar em quatro ou cinco cômodos diferentes até descobrir uma torneira parcialmente aberta. Ela usou todos os pensamentos lógicos possíveis para justificar por que uma torneira que já estava aberta quando ela chegou só começou a fazer barulho quando Daphne foi embora (ou então, por que uma torneira abriu sozinha).  Logo em seguida, ela ouviu o barulho distante de uma porta se abrindo… e estremeceu ao perceber que as únicas pessoas que estavam naquela propriedade junto com ela estavam lá fora. Ela tentou ignorar e reforçar o pensamento de que tudo aquilo era apenas sua mente lhe pregando peças… até que ela ouviu um estouro e, logo em seguida, um barulho de vidro quebrando. O pânico invadiu o seu corpo e, desta vez, ela lutou para evitar pensar que aquele barulho parecia o som de um tiro. Velma paralisou. Sem saber o que fazer, ela discou rapidamente o número do porteiro, mas um lapso de racionalidade a fez apagar o número antes de apertar o botão para completar a chamada. “Velma, você é a governanta, é o seu trabalho verificar o que está havendo”, ela disse para si mesma. Então, uma coragem instantânea a conduziu até o andar de cima. Ela não precisou andar muito para perceber que todas as portas estavam trancadas. “Viu? Era só a sua mente tentando lhe pregar peças”, ela concluiu. Mas quando ela estava descendo as escadas para voltar para o salão de entrada, ela ouviu a dobradiça da porta ranger novamente. E percebeu que o barulho vinha do último andar. Velma discou novamente o número do porteiro e posicionou seu polegar perto do botão de completar a chamada. Sem outra alternativa, ela subiu devagar até atingir o último andar, e assim que chegou, acendeu todas as luzes possíveis. Como no andar anterior, todas as portas do local estavam fechadas – e provavelmente trancadas, considerando que Penélope não queria que ela entrasse e mexesse em seus pertences-, exceto… a porta do fundo do corredor, que além de aberta, misteriosamente estava com a luz acesa. Velma sentiu o medo inundar seu corpo, e inevitavelmente se encolheu atrás do corrimão da escada. Seus dedos queriam completar a chamada para o porteiro, mas sua razão temia o quão ridículo aquilo soaria. “A janela deve estar aberta, Velma, e é sua função fechá-la e apagar aquela luz, que certamente Penélope se esqueceu de desligar quando partiu”, foi o que disse sua mente. Mas seu corpo não conseguiu obedecer. A dobradiça da porta rangeu novamente e Velma pôde ver a porta se abrindo devagar. O susto que ela tomou foi tão grande que a fez ligar para a mãe imediatamente. Após duas chamadas, a razão novamente a fez desligar. “Onde você está com a cabeça, Velma? Mamãe não sabe que você está aqui! E mesmo que soubesse, isso é ridículo! Fantasmas não existem!”. A bronca que sua mente lhe deu a acalmou um pouco. Mas a ligação anterior fez a mãe retornar com uma mensagem um pouco rude: “Velma, estou no meio da defesa de tese de doutorado do meu orientando, espero que seja realmente importante!”. Não era. Era apenas medo de um fantasma. Mas ela nunca admitiria, por isso digitou uma desculpa qualquer e não tocou mais no assunto. “Muito bem, Velma, você está recebendo $300 por dia para fechar aquela janela e apagar aquela luz, coragem!”, sua mente lhe provocou novamente. Funcionou. Velma conseguiu sair de trás do corrimão e caminhar em direção à porta, mas ao chegar no meio do corredor, a lâmpada de uma das luminárias piscou e ela paralisou novamente. Ela teve que recorrer a dezenas de conceitos da eletrodinâmica para justificar que era fisicamente possível e aceitável que uma lâmpada piscasse de repente. “Estamos em 2022, quem ainda usa lâmpadas incandescentes, Velma? Essa lâmpada deve estar aí desde que você nasceu, por isso está falhando”, foi a melhor desculpa que sua mente encontrou para lhe motivar a continuar andando. Quando ela finalmente chegou à porta aberta, todas as luzes do corredor atrás dela se apagaram. Velma ficou petrificada e fechou os olhos com força, pois tinha certeza de que veria algo atrás dela se ela se virasse. “Lembre-se, Velma, essa lâmpadas têm mais de dezesseis anos, é normal que elas falhem”. Sua hipótese pareceu correta, pois logo em seguida, as luzes voltaram. O medo, porém, não permitiu que ela continuasse até o interior do quarto. Ao invés de andar, ela ligou para Daphne. Celular desligado. Ligou para Fred. Celular desligado. “Malditos!”. Pensou em Marcie Fleach. Mas o que ela falaria para Marcie Fleach? Que ela estava com medo de um fantasma? As luzes desligaram mais uma vez, e a ligação para Marcie Fleach foi feita sem Velma conseguir pensar em um motivo menos ridículo. A ligação foi negada. E imediatamente chegou uma mensagem de resposta.


            Marcie: Estou trabalhando no trem fantasma neste momento. Mais tarde eu te ligo.


            Sem alternativa, Velma discou o número do pai. Que chamou, chamou dezenas de vezes, e acabou na caixa postal. De repente, as luzes apagarem e acenderam rapidamente. E as desculpas elétricas não funcionaram mais, então Velma tentou racionalizar seu medo. “Velma, por que você está com medo deste local? Só porque uma pessoa morreu aqui? Isso é ridículo. Quantas pessoas devem ter morrido no local onde fica a sua escola durante a guerra de secessão? Nem por isso você sente medo de ir à escola…”, ela se consolou. “Está na cara que esta casa necessita de manutenção, e estes fenômenos não têm nada a ver com o crime”. Quando Velma conseguiu se convencer, ela entrou no recinto. Um quarto totalmente rosa e um pouco infantil. Pudera: Penelope só tinha 14 anos quando dormia nesse quarto naquele fatídico dia. Velma procurou fixar o olhar nas cortinas majestosas para evitar olhar ao redor do local – e se lembrar da cena sanguinolenta que ela viu nos jornais. Ao chegar até as janelas, porém, ela percebeu que as duas estavam não apenas fechadas, mas também trancadas. Não havia vento em lugar nenhum. “Deve haver algum desnível no assoalho e isso faz com que o próprio peso mal distribuído da porta de mogno exerça torque e faça a dobradiça girar”, dessa vez a desculpa de Velma não tinha sentido nenhum. Ela sabia bem, afinal seu pai tem pós-doutorado em engenharia civil. Mas era uma boa desculpa, bem melhor do que acreditar que a alma de Sylvester Sneekly estava ali, tentando lhe assustar. Sem encontrar o que fazia a porta se mover, Velma caminhou de volta para a porta para apagar a luz e, de repente, ela encontrou o que havia causado o estouro e o barulho de vidro. Um grande retrato de Penelope aos 14 anos havia caído de uma das paredes e o vidro estava em pedaços. Mas o retrato não estava aleatoriamente destruído, como se tivesse caído sem motivo nenhum e quebrado. A moldura estava intacta, bem como a foto, mas o vidro havia quebrado em um padrão sinistro, em forma de lança, como se tivesse sido cuidadosamente lapidado, e essa lança afiada atravessava a foto exatamente no pescoço de Penelope, dando a impressão de que se tratava de um retrato de Penelope morta, com o pescoço atravessado por uma lança. Velma imediatamente se lembrou do que Daphne disse sobre os estrangulamentos e soltou um grito de pavor. Ela saiu dali tão rápido que não conseguiu entender se a porta se fechou sozinha logo atrás dela, ou se ela mesma, no momento de pânico, fechou a porta com força. Quando Velma chegou ao salão principal, ela desesperadamente vasculhou seus contatos no celular em busca de alguém que pudesse ajudá-la. Fleach? Não. Jones? Não… até que a próxima letra lhe pareceu uma boa ideia: Knight, Sally Mc. E Velma ligou sem hesitar.


            Velma: Thorn? Aqui é a Velma. Eu preciso muito da sua ajuda.




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Autor(a): kendrakelnick

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              Thorn: Então quer dizer que você está trabalhando para Penelope Pitstop e há um Poltergeist na mansão dela?             A pergunta de Thorn foi objetiva, mas Velma não queria respondê-la. Velma ...


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