Fanfic: __A SOLUÇÃO DO DUQUE__ | Tema: RBD e ÉPOCA

         Quando estava realmente melhor pedi que um empregado levasse me a vila. Não podia cavalgar ainda e precisava mandar novamente dinheiro para o sr. Christopher. Realmente não era difícil conseguir dinheiro na fazenda. O pai rico sempre oferecia mais do que pedia e quando não pedia as moedas apareciam na mesa do quarto. Acreditava que o duque quisesse recompensar o filho por algo sempre, só não fazia ideia do porquê disso. Nessa manhã disse apenas que iria comprar umas camisas, pois perdi algumas pelas manchas de sangue, o que era bem verdade, mas tinha em mãos bem mais que o suficiente para meu propósito.

          Era bem cedo ainda quando cheguei na vila e comecei passando pela casa de correio, enderecei a carta para mim mesmo aos cuidados de Judith. Provavelmente a primeira chegara com sucesso, pois não recebi resposta negativa, entretanto nem resposta positiva. Imaginara que sr. Christopher estaria bebendo em minha homenagem naquele momento. O pouco que convivemos juntos reparei que o senhor não recusava um bom drink por ser cedo demais ou um momento inoportuno. Para ele toda a ocasião cabia um dose.

          Comprei duas camisas na costureira. Para meu prazer a mesma tinha peças prontas e fora necessário apenas ajustes nas mangas e na barra. Achei que poderia aproveitar minha vinda na vila para conversar com a parteira, certamente teria alguma informação do parto de Christopher ou poderia saber sobre bastardos do duque. Como já conhecia a senhora, localizei sem dificuldades entre os vendedores de frutas próximo da igreja e resolvi cumprimentá-la.

          - Bom dia, sra. Stanhope. É um prazer revê-la.

          - Bom dia, sr. Christopher. O que lhe traz a vila, meu filho?

          - Compras. Estraguei umas camisas com o ferimento.

          - Verdade, né... como está de saúde?

       - Vou bem. Demorou um pouco porque não cuidei direito, mas estou satisfeito com minha recuperação.

          - Ficamos sabendo aqui na vila que o senhor impediu que a lady Dulce fosse mandada para Londres. Tão lindo ver um casal apaixonado nos tempos de hoje. O amor perdeu-se. Antigamente era comum ver casais como pombinhas voando por ai. Hoje é tudo mudado. Os jovens só querem ir a Londres e estudar e beber e...

          - Sra. Stanhope...- cortei-a pois vi que a conversa não estava tomando o rumo que queria. - Tenho uma curiosidade que acho que só a senhora poderia esclarecer me.

          - Pois diga.

        - Ouvi na fazenda Wycliff, dos empregados, que a senhora não fez o meu parto. Não estava na vila na época?

         - Realmente vosso nascimento fora algo estranho, vossa graça pediu me descrição, mas como se trata do senhor acho que não há problemas. Lembro me que fui chamada no começo do dia e enrolaram para levar ao quarto de vossa mãe, a duquesa. Quando cheguei ao quarto o senhor já havia nascido, disseram que a sobrinha do pároco sabia o que fazer e ajudou no parto. O estranho é que não lembro de nenhuma sobrinha do padre estar de visita na vila. Depois que vi o senhor, forte e cheio de vida, voltei para minha casa. Fiquei com isso na cabeça, sabe...

          - E...acredita que o duque possa teve outros filhos além de mim?

         - Com toda certeza não. A duquesa vossa mãe não pegava barriga. Achávamos que nem teria filhos, pois aqui está o senhor para pagar a nossa língua.

          - E bastardos? O duque não os teria com outra mulher?

          - Deus do céu menino! Claro que não. Vossa graça sempre foi um exemplo para todos. De onde tirou uma história dessas?

          - Como disse ouvi umas histórias dos empregados.

          - Não deve acreditar em tudo que escuta por ai não. A língua do povo é ferina.

          - Sim sim, a senhora está certa. Obrigado por matar minha curiosidade.

         Sai andando dizendo que tinha um compromisso muito importante antes que a senhora voltasse com aquela conversa de pombinhos voando por ai. Tive a sensação de que a senhora realmente não sabia de nada. Se algo aconteceu no parto do sr. Christopher certamente a velha parteira não participou. Caminhei até a igreja e perguntei ao homem que cuidava da administração da paroquia pelo padre que estava em exercício no ano de 1800. Informou me que o pároco dessa época era pouco comunicativo e que deixou poucos registros. Também falou que o mesmo foi embora da vila em 1801 e que morrera anos depois em Londres. Conclui que esse padre poderia saber mais do que registrava e imaginei que deveria ser o mesmo padre que levou me a Londres. Em seguida sentei me em um dos bancos da igreja para pensar melhor sobre ambas as conversas: a história parecia bater, o padre poderia ter levado um dos bebês, isso colocaria me como irmão do sr. Christopher. Se a parteira foi impedida de entrar pode ser que algo muito errado aconteceu, mas porque levar um bebê? Pelo que lembrava me ter gêmeos não era um problema para a aristocracia, o mais velho deles teria o título. Não fazia sentido esconder o segundo filho.

          - Christopher? Está me ouvindo?

          Lady Dulce tocara em meus ombros. Ela estava em pé na minha frente com sua aia do lado. Parecia um tanto chateada, mas vindo dela nada mais surpreendia me.

          - Bom dia, lady Dulce.

          - Te chamei várias vezes, tem tantos pecados assim?

          - A senhorita nem imagina. – Disse a ela levantando me do banco e fazendo uma curta reverência.

          - Posso imaginar. O que faz aqui na vila?

          - Vim comprar camisas, as minhas estragaram com o sangue.

          - Entendi... – Disse ela virando para a aia. – Preciso conversar com o sr. Christopher, pode esperar me na porta?

          A aia assentiu e saiu, deixando nos no meio da igreja.

          - Pronto, pode dizer me a verdade.

          - Como?

          - Não inventou essa história de camisas por conta de Maria?

          - Não. Realmente comprei camisas...- Apontei para o saco que deixei sobre o banco.

          A expressão dela era de descrença. Pensei se deveria compartilhar minha busca pela origem, mas como explicar o que se passava sem dar a entender que não era o sr. Christopher? Entretanto mais uma pessoa ajudando a conseguir informações poderia fazer a diferença. Quem sabe não ouvira algo importante da mesma forma que escutara a conversa na primeira vez que a visitei.

          - Vim para a vila procurar a parteira...ouvi uma história sobre meu nascimento de Oliver.

          - Ah sim, achei que já soubesse.

          - O que deveria saber? – Olhei-a em choque, a lady realmente tinha informações.

          - Ora...você era gêmeo.

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Diva.Escritora - Ri muito com seu último comentário.

Obrigada por incentivar a escritora aqui. 

Vou contar uma fofoca, mas não conta pra ninguém: 

Estou finalizando o cap. 20 agora mesmo. 

Como mencionei preciso de mais leitores, mais favoritações,

mais comentários para fazer a segunda temporada. Porém

espero que goste do final dessa. 

Sobre o wattpad tenho, e o dreame também, mas nunca postei 

em ambos. Estou pensando em testar essa história lá também, com os 

nomes originais. Quem sabe né. Me indica algo pra ler. Beijos.