Fanfic: __A SOLUÇÃO DO DUQUE__ | Tema: RBD e ÉPOCA

      A casa Wycliff estava uma bagunça na manhã seguinte. Pelo visto nada estava no lugar certo para a duquesa. Faltava poucos dias para o domingo e segundo os seus gritos não tínhamos muito tempo para nada. 

          - Bom dia, duquesa. – Disse ao passar pela senhora fazendo uma leve reverência.

          - Você está atrasado! – Disse me.

          - Para que?

          - Para o seu casamento, oras. 

          - Se não me falha a memória, ainda é no domingo.

      - Como os homens são todos igual... temos pouco tempo até domingo. Vamos a costureira. 

           - Para que? – Insisti.

        - Oras, comprar um terno, você não pode se casar com qualquer roupa. 

          O sr. Christopher tinha uns dois ternos no baú, mas entendi o desespero da duquesa. Assenti e fui para a mesa tomar meu café. 

          - Onde pensa que vai? – Perguntou me séria. 

          - Tomar meu café? 

          - Não ouviu me? Estamos atrasados. 

         Estamos? Sim, a duquesa puxou me até a carruagem que estava nos esperando no pátio da fazenda. A viagem até a vila só não foi mais silenciosa pelos roncos da minha barriga faminta. Na vila estava bastante tranquilo, pelo visto o escândalo ainda estava abafado. As poucas pessoas que passou por nós apenas acenavam de longe. A duquesa exibia um sorriso fantástico e cheio de dentes em seu vestido rosa claro. Tive a sensação que era o sorriso que estava afastando as pessoas de nossa companhia. 

        A costureira tinha minhas medidas devido ao primeiro encontro que tivemos por conta das camisas novas. Por incrível que pareça foi uma aquelas camisas que me trouxeram de volta aquele lugar. Dulce cheirara uma delas e eu ainda não sabia o que havia atraído sua atenção naquela peça e esse fato não saia me da minha mente. 

             Em poucos minutos a duquesa já havia escolhido o meu vestuário completo que usaria no casamento. Depois ela anunciou que poderia fica à vontade por um tempo enquanto ela mesma escolhia seu vestido para a ocasião. Pela cara que a costureira fez aquele tempo seriam horas. Aproveitei para ir comprar algo para comer na padaria local . Era pequena e com poucas opções em pães. Comprei um pão doce e sai comendo pela praça na intenção de sentar em um dos bancos. No caminho avistei o duque de Wycliff vindo a cavalo. Parou muito próximo de mim e começou a fala sem descer do animal. 

        - Sabia que te encontraria perto da costureira. Preciso que acompanhe me até a igreja. 

            - E a duquesa? A senhora não saberá pra onde fui. 

            - Acredita mesmo que irá terminar em breve? 

      Não respondi nada. Não seria difícil imaginar a resposta. O duque saiu a cavalo e eu fui andando até a igreja. Óbvio que o duque não me esperou e entrou na igreja primeiro. Eu empurrei o pão boca a dentro e entrei depois. O duque já conversava com o pároco quando me aproximei. O velho padre olhou me com cara de espanto. Certamente perdi a história do escândalo contada pelo pai amoroso. 

      - Que bom que o jovem decidiu antecipar o casamento. Pelo visto a tentação está sendo forte. 

             - Tentação é a palavra, padre. A senhorita o cerca o tempo todo. Eu proibi as visitas, pois ela invade a fazenda pela janela para vê-lo. Eu não sei até quando ele vai aguentar antes de perder a cabeça, se é que já não perdeu. 

           - Misericórdia, meu Deus. Temos que casá-los antes que o pior aconteça. – Concluiu o padre.

          A conversa entre ambos continuou. O duque deixava claro que não era de sua vontade o casamento, mas o pároco afirmava que era o melhor a se fazer. Eu não era necessário na conversa, sai observando as imagens antigas que decoravam a pequena igreja e imaginei me casando com lady Dulce Savinón, filha de um duque. Logo eu, um pobre guia de carruagem casando com uma moça de sangue azul. O Diego dentro de mim arrepiou-se com a visão. Mas Dulce não se parecia com os aristocratas que conheci durante toda minha vida. Dulce era trabalhadora, sonha em ser reconhecida pelo seu trabalho com as plantas, não importa-se com sujeira, nem com roupas luxuosas, nem com modos de uma dama da sociedade, nem com nada desse mundo. Dulce era simples, inteligente e bonita...nossa como era linda. Ela tinha uma beleza natural, incomum nos dias atuais. 

          - Por que está suspirando? – Perguntou o duque que já não estava com o padre.

           - Não estou. – Disse pois não reparei.

      - Pois parecia que estava. Por Deus, está mesmo apaixonado por aquela louca?

          - Não estou! – Respondi de imediato.

          - Não está? Agora estou confuso.

        - Eu gosto dela, mas Dulce não é louca. É uma mulher incrível. 

     - Como ela te seduziu tão fácil? Passaram alguma noite juntos? Foi isso?

   - Estamos em uma igreja, pai. – Respondi envergonhado.

        - Que seja...temos que fazer outra coisa aqui. Venha comigo. 

         Acompanhei o velho até o fundo da sacristia, lá havia uma escada que dava no porão da igreja. Era uma sala grande com várias portinhas de ferro nas paredes. Tive a impressão que ali era o cobre de relíquias da vila. O pároco esperava por nós em frente a uma das portinhas, nela se lia “Wycliff” gravado no ferro. O duque lhe deu uma chave antiga e o padre tirou da portinha uma caixa e entregou ao duque. Olhei com curiosidade o que poderia haver de tão importante escondido na igreja. De início não parecia nada de mais: uns papeis, uns pacotinhos amarrados. O duque mexeu e remexeu até tirar um pacotinho de fila amarela e entregou me. Era leve, eu olhei de volta esperando instruções. Ninguém disse nada e então eu abri...

            Era o anel mais lindo que tinha visto em toda minha vida, não que tivesse visto muitos anéis, mas aquele era definitivamente perfeito. De ouro com uma pedra verde presa no centro, envolta tinha o desenho de ramos que seguia até a parte de trás em que se lia bem pequena a palavra “sempre”. Era tão perfeito que me vi sorrindo para o anel. 

           - Era de sua tia avó...já falecida, porém disse que queria dar o anel para o casamento do único sobrinho que teve. Ela morreu você tinha uns cinco anos, acho que nem lembra-se dela, tia Helda. O caso é que esse anel é seu desde então e estou te passando agora que chegou a hora de levar sua noiva ao altar. – Explicou Wycliff.

        Uma emoção estranha encheu me. Como se algo estivesse certo naquela ação. Guardei o pacotinho com o anel no bolso e saímos da igreja.

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Diva.Escritora: Obrigada pelos elogios ao texto, gosto muito do que escrevo e é uma honra receber elogios de uma colega de escrita. Me perdoe a gramática/ortografia, sei que acabo postando com muitos erros e tenho ciência disso. Preciso de umas aulas de português a mais. Segui seu conselho e comecei a posta no wattpad, tenho nome composto e não aceitava o mais simples, por isso estou com nome diferente. Usei os nomes reais dos personagens para postar em originais. Quero muito ler algo seu, vi que tem 8 textos postados, me indica um. (Cada escritor sabe qual é o texto queridinho, o meu se chama "Entre nós dois", nunca acho que está bom para postar) . Espero a sua indicação. Se puder me ajudar lá no outro app, seria eternamente grata. S2

Contagem: Faltam 3 capítulos para o final da temporada.