Fanfic: Dragon Ball GT Kai | Tema: Dragon Ball
Minutos se passaram com Tambourine sentado e observando a luta de Kuririn. O careca naquele momento se encontrava a alguma distância dos outros dois e estava a lutar contra três netos de Piccolo Daimaoh ao mesmo tempo sem sentir desvantagem alguma, um tinha aparência de gárgula, só que sem asas enquanto outro tinha asas enormes e parecia um namekuseijin normal, só que de baixa estatura, sem nariz e com as antenas nas bochechas e o último tinha a pele grossa e escamosa, corpo humanoide e cabeça de crocodilo. O trio despejava golpes conjuntos, mas logo Kuririn os afastou, socando o da frente, dando uma cotovelada no rosto no da sua esquerda e chutando o da sua direita. Eles avançaram novamente e Kuririn disparou ki contra o chão, impulsionando-se para o alto onde ergueu a mão a formar um disco de energia.
— Kienzan Sanmaiba!
O disco arremessado se dividiu em três, surpreendendo os inimigos que foram atorados ao meio a jorrar sangue, ceifando suas vidas.
— Hmm... Esse baixinho se tornou forte. - comentou Tambourine enquanto o via descender ao chão. - Já está na hora de cumprimentá-lo pessoalmente.
O namekuseijin demônio então se levantou e saltou do topo em forma de cúpula do prédio onde estava enquanto o terráqueo, ao colocar os pés no asfalto, sorriu satisfeito.
— Parece que essa área está limpa, destruir esses monstros é só o que podemos fazer. O Goku está demorando demais dessa vez, o que será que está acontecendo? Será que o Gohan e os outros não conseguiram achar um jeito de tirá-lo daquele lugar onde o Mestre Kame disse que eu já estive?
— Ah, então já esteve no Abismo? - a voz de Tambourine o surpreendeu e ao virar-se para sua direita, o viu de braços cruzados, pendurado como um morcego na haste de um poste em L cuja lâmpada faiscava. - Isso significa que eu realmente te matei daquela vez e que assim como eu, você voltou à vida.
Assim que o viu, a imagem de Tambourine de ponta-cabeça no teto da sala de espera do Torneio de Artes Marciais se fez presente em sua mente, o colocando em pânico internamente.
— (Não pode ser! Esse monstro é...)
— Não deveria estar vivo, você envelheceu, baixinho. Meu pai, o grande Piccolo Daimaoh, não iria gostar se soubesse que um dos lutadores do Torneio de Artes Marciais que supostamente matei está vivo, então vim para terminar o serviço, ainda que hoje já não faça diferença.
Tambourine sorriu malignamente ao se lançar girando a bater asas, o terráqueo ficou paralisado, suas pernas tremiam e quando o demônio estava para cravar as garras em seu peito, alguém o tirou do caminho ao agarrá-lo num salto. Era Yamcha, em seu gi laranja como o de seu amigo e com seus cabelos lisos presos num rabo de cavalo a balançarem.
— Essa foi por pouco... Você está bem Kuririn?
— Yamcha? Eu... acho que sim, obrigado.
— Eu já entendi, esse é aquele monstro criado pelo Piccolo Daimaoh que te matou, não é verdade?
— S-Sim, eu me deixei levar por causa disso, desculpe.
— Hmm... Olhando de perto para o seu rosto, você não me é estranho. - Tambourine reparava em Yamcha. - Ah claro, você também era um dos lutadores que eu tinha que eliminar, agora me lembro.
O guerreiro do deserto se levantou a encará-lo deixando seu amigo sentado no chão e disse:
— Não se preocupe Kuririn, você não precisa encará-lo se não quiser, deixe esse monstro comigo. Diferente daquela vez, minha perna agora está boa e eu posso lutar!
— Por mim está tudo bem, matarei você primeiro então.
Tendo dito isso, Tambourine viu Yamcha se lançar primeiro, sob o som do uivo de um lobo.
— Roga... - os golpes rápidos com as mãos colocaram o namekuseijin demônio a bloquear e desviar e quando Yamcha foi aplicar o movimento final do seu golpe no peito com as duas mãos, Tambourine acabou surpreendido quando das mãos estendidas que iria defender, saiu uma explosão de energia azul à queima-roupa que lhe furou a defesa a rasgar o peito. - Hameha!
A combinação de Rogafufuken e Kamehameha lançou o inimigo pelos ares, obrigando-o a agitar asas a pairar e nisso Yamcha decolou em seu encalço, mantendo a pressão sobre ele com uma combinação de golpes. Lá em baixo, Mestre Kame se juntava a eles depois de se livrar dos últimos inimigos, observando a luta que acontecia no céu.
— É nessas horas que eu penso sobre ter escolhido não aprender a técnica de voar do Tsuru. - ele se aproximou de seu outro discípulo e lhe estendeu a mão. - Você está bem Kuririn?
— Estou sim mestre, obrigado.
— Eu vi o que houve e tive a impressão de sentiu que medo ao ficar de frente com aquele demônio mais uma vez.
— Para falar a verdade, eu senti, foi mais forte do que eu.
— Lembre-se de que nós já treinamos isso, você já superou os seus medos.
— Eu sei, mas não pude deixar de pensar que o Tambourine que eu vi na Floresta do Terror era apenas uma ilusão.
— Não faz diferença, o medo que tinha dele era real e você conseguiu vencê-lo, não tem porque ser diferente agora.
— O senhor está certo, o medo não me deixará lutar com todas as minhas forças.
— Assim é que se fala, agora vai lá, pra cima dele Kuririn!
— Deixa comigo mestre!
O monge ascendeu ao combate, deixando Kame sozinho a abaixar os ombros com uma gota de suor na cabeça.
— E o velho aqui fica esperando no chão mesmo... Eu devia ter trazido uma das minhas revistas pelo menos para me distrair enquanto isso, é uma pena. Posso ter minhas tentações sob controle, mas ainda estou muito vivo, hahahahaha!
Voltando ao combate, Tambourine enfim reagiu aos ataques, colidindo seu punho contra o de seu adversário diretamente.
— É só isso que você tem?
— Não, só estou começando!
Yamcha se afastou e formou uma esfera de energia acima de sua mão enquanto apoiava o braço com a outra, seu Sokidan quando arremessado foi facilmente esquivado, mas ao mover a destra com os dedos indicador e médio apontados, ele começou a mudar a direção da esfera, obrigando o namekuseijin mutante a desviar mais vezes. Quando Yamcha desceu a esfera para baixo e ameaçou voltar a atingir Tambourine desprevenido no queixo, este a agarrou com as duas mãos e começou a suprimi-la, o guerreiro do deserto avançou a fim de atacá-lo diretamente sem chance de defesa nesse meio tempo, mas ele não contava com o que viria a seguir, Tambourine tornou seu Sokidan em nada mais rápido do que ele imaginava e cravou as garras da mão direita no peito dele assim que chegou perto, fazendo-o vomitar sangue junto ao que saiu no local atingido. Apenas sorrindo malignamente sem nada a dizer, Tambourine deu sequência empurrando-o com um chute no estômago, descravando suas garras que estavam a pingar o líquido vermelho e fechando o punho para desferir um cruzado que o lançou a fazer em pedaços um prédio em construção adiante com a colisão.
— Yamcha! - a caminho, vendo seu amigo seu golpeado, Kuririn avançava. - Aaaaaah!
Tambourine só viu que o careca já estava perto quando este balançou a perna para chutá-lo longe no rosto e depois concentrar energia nas mãos, estendendo-as para frente a disparar uma poderosa rajada de ki que se dividiu em várias de menor tamanho na sequência. Surpreso, o demônio tentou evadir, mas as rajadas o seguiram e o tragaram para uma cadeia de explosões, das quais ele saiu com chamuscados em sua pele cascuda e esverdeada.
— Então decidiu lutar? Esse primeiro ataque foi um bom começo, o que mais você tem?
— (Um bom começo? Mas eu o ataquei pra valer!)
— Bem, já que não me ataca, farei isso por você.
Tambourine bateu asas ao elevar seu ki e escancarando a boca, disparou uma rajada de energia poderosa que Kuririn tentou segurar com as mãos e quando pensou ter tido êxito, o namekuseijin surgiu atrás, atacando nas costas com um golpe de marreta que o derrubou verticalmente. Rumo ao solo, Kuririn girou e viu Tambourine descendo a persegui-lo e então estendeu as mãos, disparando sucessivas esferas de ki que contiveram seu adversário e o permitiram aterrissar em segurança, apoiando as mãos para saltar para trás e evitar que o inimigo o atingisse com um pisão. O monge continuou recuando a saltar enquanto o inimigo continuou avançando a desviar os carros atravessados e os entulhos em seu caminho, conseguindo chegar até Kuririn que bloqueou o antebraço dele com o seu próprio.
— Você é mais forte do que o seu amigo, mas se continuar lutando assim, é melhor se render de uma vez.
Com a mão esquerda Kuririn disparou à queima-roupa, três esferas de energia na barriga dele, o desestabilizando tempo suficiente para que ele levasse as mãos ao rosto e invocasse:
— Taiyoken!
A luz cegou Tambourine na hora, permitindo-o partir para o ataque certeiro com uma combinação de socos e chutes que se findaram com um soco no peito que o mandou a atravessar todo o caminho quebrando tudo e atingir um pequeno prédio no final da rua que veio abaixo no processo.
— Bom trabalho Kuririn! - exclamou o Mestre Kame que tinha ido até Yamcha para ajudá-lo.
O terráqueo se manteve inquieto, esperava ter causado algum dano relevante no inimigo, mas acabou frustrado mais uma vez quando Tambourine ressurgiu com apenas arranhões.
— Não pode ser!
— Esses são os seus melhores golpes? Que patético!
— Droga, parece que o Kuririn mal conseguiu machucar esse monstro depois daqueles ataques! - comentou Yamcha, já conseguindo ficar de pé si mesmo.
— Eu pensei que seria mais forte do que isso e nada mudou afinal, mas tudo bem, não me interesso pela luta, eu só gosto mesmo de matar e de ver o medo na cara das pessoas enquanto elas tentam se defender. - Kuririn começou a ficar apreensivo novamente, suas pernas inconscientemente começaram a dar passos para trás enquanto Tambourine caminhava na sua direção e ao perceber aquilo, o demônio sumiu em um movimento rápido, reaparecendo atrás do terráqueo que desviou por pouco e caiu, deixando a garra do namekuseijin mutante atingir o chão. - Agora vamos, me ataque!
Mesmo naquelas condições, Kuririn se levantou e o fez, se lançando de um lado para o outro enquanto Tambourine apenas o desviava, era como se a luta do passado estivesse sendo reencenada no presente.
— Mestre Kame, não podemos ficar parados, nós temos que fazer alguma coisa! - comentou Yamcha.
— De nós três, o Kuririn é o mais forte, mas ele está se deixando dominar outra vez ao invés de limpar a mente. Minha intenção era de que ele superasse o medo como já fez antes e ele estava conseguindo, mas parece que tem alguma coisa que faz com que esse medo volte. Esse demônio é muito poderoso e sem o Kuririn lutando conosco, as chances de o vencermos são muito pequenas.
— Mas então o que faremos mestre?
— Vamos atacar em conjunto de uma vez só e com todas as nossas forças, se conseguirmos ferir esse monstro, talvez o espírito de luta do Kuririn volte e aí sim nós três juntos seríamos mais do que capazes de derrotá-lo.
— Certo!
Kuririn ainda tentava lutar, mas seus golpes não encaixavam, seus punhos tremiam e não acertavam o alvo. Seu último soco parou apenas no vento enquanto Tambourine sumia e reaparecia em suas costas a agitar asas de braços cruzados acima do solo, estando de cabeça para baixo. Se aproximando do monge lentamente, ele o faz dar passos para trás de novo com as pernas a chacoalhar, mais ainda do que antes.
— (O que há comigo? Nem do Freeza que me explodiu em pedaços eu senti tamanho pavor! O que é essa agonia? Por que não consigo superar esse medo que me consome?!)
— O que foi? Está com medo? - Tambourine perguntou e recebeu como resposta um engolir seco seguido da cabeça a chacoalhar em negativa, embora o resto do corpo demonstrasse o contrário. - Que vergonha! Quando era um menino, você ainda tinha um olhar determinado, apesar do medo e agora olhe para você, falta pouco para se borrar nas calças. Te ver assim me faz querer te matar da mesma forma que te matei daquela vez!
Tambourine desvirou-se e avançou com a sola do pé, o careca entrou em pânico, revivendo a assustadora cena da sua infância enquanto aquele enorme pavor o mantinha paralisado. A sola do pé do demônio pisou com força em sua cabeça raspada, seu pescoço estralou e logo o inimigo tomou impulso para aterrissar mais adiante, Kuririn caiu para trás com as costas no chão enquanto seus olhos estavam quase que opacos.
— Kuririn! - exclamou Yamcha que, ao lado do Mestre Kame em sua forma ascendida com grandes músculos que faziam a larga regata preta com um "K" estampado ficar justa em seu tronco, preparava um Kamehameha combinado.
— É agora Yamcha! HA!
— HA!
O duplo Kamehameha se uniu em um só, praticamente varrendo Tambourine do caminho e no findar daquilo, Kame voltou ao normal e foi até Kuririn, acompanhado de seu outro aluno que foi quem verificou o estado dele.
— E então?
— Não se preocupe mestre, ele ainda está vivo e apesar de mole, o pescoço dele não está quebrado, só saiu do lugar. - Yamcha levou as mãos à cabeça dele a puxou para o lado, colocando o pescoço no lugar só que mesmo assim, ele não reagiu e continuava com o olhar vazio. - Kuririn? Kuririn! Responda Kuririn!
— WAAAAAAAAAAAAH! - aquele grito de agonia repentino os assustou e a gemer, continuou. - Está escuro... Está escuro...!
— O que foi? O que você está vendo? Olha para mim Kuririn!
Por mais que Yamcha insistisse, os olhos de seu amigo estavam perdidos no nada, era como se ele não estivesse ali fisicamente.
— Me tirem daqui... Me tirem daqui, socorro! - ele se debatia através de espasmos, como se tentasse se mover e não conseguisse. - Socorro! Goku!!!
— Mestre, o que está havendo com ele?
— E como eu vou saber? Eu nunca vi ele desse jeito.
— Aquele monstro maldito... O que foi que ele fez?
Tambourine neste momento aparecia por trás da fumaça a espalhar, estando no meio da vala deixada pelo ataque.
— Esse último doeu um pouco, mas vocês me pagam, vou matar todos os três de uma só vez!
— Hein? - Kame logo o percebeu. - Cuidado Yamcha!
— Hum?
O demônio tinha alçado voo em linha reta e a toda a velocidade, as costas de Yamcha seriam o seu primeiro alvo, só que algo o impediu quando já estava a poucos metros deles, uma poderosa explosão que abriu uma fenda quadrada no solo.
— Argh! O que foi agora? - sentido dor, ele foi se levantando e quando olhou para o alto, enxergou o homem trajado de changshan a mesclar cinza, bege, marrom e detalhes em vermelho, formando um triângulo com as mãos, não era outro se não o triclope careca que estava atrás dele anteriormente. - Você...
— Oh veja, é o Tenshinhan! - disse o Mestre Kame.
— Aquele é o Tenshinhan? - Yamcha estava surpreso ao vê-lo com aquele olhar imponente e profundo de pupilas púrpuras e pele levemente avermelhada, resultante do emanar de um grande poder.
— Desgraçado! - Tambourine ascendia do buraco com a ajuda das asas. - Quando foi que chegou?
— Quando você ainda estava descansando. Eu estava aqui o tempo todo com minha presença ocultada e só não agi antes porque a presciência dos meus olhos via que o Kuririn iria derrotá-lo. - Tenshinhan desviou o rosto por um momento para o mesmo lá em baixo naquele estranho estado de paralisia e loucura. - Só que depois do que acabou de acontecer, pensei que essa presciência poderia estar errada, não aguentei ficar só olhando e então decidi ignorá-la para acabar com você eu mesmo.
— Tch... Acha que tenho medo de você? A única razão pela qual recuei foi porque precisava recuperar minha energia, mas agora que já a recuperei, vou te fazer em pedaços!
Tenshinhan o ignorou e olhou para o velho rival do Mestre Tsuru.
— Mestre Kame, tem outro demônio como esse não muito longe daqui, o Chaos foi atrás dele, mas como se esforçou demais na última luta dele, receio que não vá conseguir sozinho. Peço que o senhor vá ajudá-lo, tudo bem?
— Está certo. - Kame sorriu enquanto olhava por trás de seus óculos modernos. - Parece que muita coisa aconteceu com você, imagino que esse deva ser o poder da linhagem do Clã dos Três Olhos.
— Clã dos Três Olhos? - Yamcha naturalmente estava confuso.
— Sim. - Tenshinhan respondeu a Kame com um sorriso. - Então o senhor já sabia?
— Eu vivi na mesma época que eles quando era jovem, além de ter os visto darem a vida para tentar deter Piccolo Daimaoh. Sempre suspeitei que você descendesse deles, por isso eu acreditava que você não era como o Tsuru e o irmão mais novo dele e podia ver bondade em você.
— Obrigado por ter acreditado em mim Mestre Kame. - ele abaixou a cabeça em sinal de respeito, com o punho direito na palma da mão esquerda e o velho sorriu novamente, antes de se retirar como o triclope havia pedido. Mesmo sendo um aluno de Tsuru, Kame o considerava como se fosse um de seus próprios alunos e Tenshinhan também o considerava como um mestre de forma recíproca, sendo muito grato por tudo o que o velho fez por ele. Restando apenas Yamcha ali, este perguntou:
— Tenshinhan, tem certeza de que consegue enfrentar esse monstro sozinho?
— Tenho, não se preocupe comigo, apenas trate de se recuperar do seu ferimento e cuide do Kuririn, tente reanimá-lo de alguma forma pois ele não parece estar consciente, mesmo se movendo e conseguindo falar.
— Entendido, boa sorte então Tenshinhan.
— Heh! - Tambourine riu. - Você está muito confiante, não tem a menor ideia de com quem está se metendo, vou te deixar ainda pior do que seu amigo Kuririn!
— Isso é o que vamos ver!
Tenshinhan elevou o ki, se preparando para o combate.
Upa e Cymbal estavam lutando pra valer, o namekuseijin demônio com aparência de dragão tinha a vantagem enquanto se repeliam em choques mútuos, mantendo-se um em volta do outro. Pressionado, tendo tomado um soco de esquerda no rosto que o afastou, o índio se viu obrigado a recuar e então o inimigo o perseguiu, logo se aproximando pela sua direita ao acompanhar seu voo no bater das asas. Upa desviou alguns obstáculos formados pela destruição na cidade e Cymbal o seguia, até que um prédio semitombado à frente os levou para lados opostos, o terráqueo então acelerou e fez curva por em torno do prédio, aparecendo na frente do demônio assim que este saiu do outro lado, lhe aplicando um soco na barriga. Cymbal sentiu o baque cujo som destruiu os vidros daquele prédio, mas juntou as mãos e revidou com um golpe de marreta na cabeça dele, lançando-o para baixo e descendo na sequência, com um soco pronto desferir nas costas.
— Não vai me fazer virar comida para aquele gorducho, antes disso eu te mato! - foi então que algo o paralisou, uma pressão o impediu de mover-se e ao desviar o olhar para o alto, viu o pequeno amigo de Tenshinhan de pele pálida, gorro, regata amarelo claro e calça preta, tendo entrado na batalha com as mãos estendidas em sua direção. - O que?!
Upa então conseguiu aterrissar de cócoras, mesmo com os pés a rachar o chão e se levantando abriu os braços, envolvendo-os em energia para jogá-los cruzados adiante.
— Cross Typhoon!
As duas grandes esferas de energia bolearam-se uma em volta da outra até atingirem um Cymbal parado e sem defesa no ar. Quando a fumaça da grande explosão se esvaiu, ele estava com o corpo cheio de chamuscados.
— Miseráveis! Ninguém... VAI ME COMER! - ele expandiu sua energia em uma explosão de ki, atirando Upa e Chaos para longe em lados opostos. Agora com o lugar completamente devastado, ele descendia ofegante ao solo. - Ah... Acho que me livrei de todos eles.
— Tem certeza? - a voz de Yajirobe vinda de trás o deixou a suar frio, ele estava com a katana embainhada novamente, mas pronta para ser sacada enquanto andava na direção dele.
— P-Para trás, não se aproxime!
O medo de ser comido por Yajirobe era tanto que ele estendia as mãos e dava passos para trás sem considerar que o samurai era o mais fraco comparado a Upa e Chaos. Sabendo disso, o gorducho estava se aproveitando para ganhar vantagem e lambeu os lábios para deixá-lo com ainda mais medo.
— Dessa vez eu vou te temperar com um molho especial, você vai ficar delicioso.
— Não! - comicamente a jorrar lágrimas, ele implorou de joelhos. - Por favor, não me coma, eu faço o que você quiser, mas não me coma! - foi então que um vortex esverdeado o atingiu pelas costas, distorcendo seu corpo ao sugá-lo. - NÃO ME COMA!!!
Jogando-o para dentro do pequeno frasco com o selo gravado, Mestre Kame se aproximou e o tampou com uma rolha, antes de recolhê-lo.
— Oh, é você Mestre Kame? - Yajirobe disse ao reconhecê-lo enquanto o velho fazia um "V" de vitória com os dedos. Com Cymbal selado pelo Mafuba, os guerreiros que lá estavam se reuniram na curta tranquilidade do momento.
— Todos estão bem? - perguntou Upa.
— Estamos sim! - respondeu Chaos.
— Aí mestre, será que eu posso ficar com o frasco desse monstro?
— Hum? - a pergunta de Yajirobe deixou Kame confuso. - E para que você o quer?
— Para fazer um churrasco.
— Um... churrasco?
— É uma longa história Mestre Kame. - interveio Upa. - Para resumir, o Yajirobe já comeu aquele monstro antes no passado e quer repetir a refeição.
— Ah, vindo de você, só podia ser isso mesmo... - o velho lhe jogou o pequeno frasco que ele agarrou com as duas mãos e já se pôs a querer remover a rolha. - Ei, aqui não, deixa isso para mais tarde!
— Tá, foi mal, mas é que eu estou com fome.
— Que isso Yajirobe? - perguntou Upa. - Nós estamos em guerra e você está pensando em comida?
— Mas é claro que sim, vai que todos nós morremos? Se isso acontecer, pelo menos eu vou morrer com a pança bem cheia!
Chaos ria quando notou o semblante sério do velho por trás dos óculos.
— O que foi Mestre Kame?
— Eu estou preocupado com o Kuririn.
— Com o Kuririn? Mas o que aconteceu com o carequinha?
— Vamos, precisamos voltar, eu explico no caminho.
— Certo! - disse Upa, antes de seguir Kame voando baixo, assim como Chaos, deixando o samurai para trás.
— Espere aí Upa, eu não quero ficar aqui! Se esqueceu do que nós combinamos? - vendo que os três já estavam longe, ele não teve escolha. - Ah, puxa...
O remédio de Yajirobe foi segui-los, depois de guardar o frasco junto à faixa de seu kimono.
A maioria dos filhos de Piccolo Daimaoh foi neutralizada, restando apenas Tambourine a lutar contra Tenshinhan enquanto Kuririn estava preso a um misterioso e estranho estado de transe apavorante.
Autor(a): fagnerlsantos
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O sentimento era o de flutuar na escuridão, rodeado de gritos de pavor e desespero, não conseguia se mexer, apenas olhava para o nada enquanto Yamcha o vigiava ali, atrás daquele resto de parede onde estava recostado. O guerreiro do deserto o deixou deitado no chão enquanto esperava seu machucado no peito estancar um pouco e então, Kuriri ...
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