Fanfic: Dragon Ball GT Kai | Tema: Dragon Ball
A Terra Sagrada de Karin estava tranquila depois de todas as batalhas que lá aconteceram e acima das nuvens da região se encontrava o retrato de uma delas: os restos da Plataforma Celeste em silêncio a flutuarem. Esse foi o cenário que o General Rild encontrou quando lá chegou e nisso ele levou a mão ao ouvido a fim de reportar a situação ao seu criador, que ainda estava à espera de notícias no topo de uma das torres do Castelo do Rei.
"Doutor Myuu, responda."
— Rild? - o cientista também colocou a mão no ouvido para ouvir a comunicação. - E então, qual é a situação?
"Não há nenhum sinal de Piccolo Daimaoh e o lugar está em pedaços."
— O que disse?
"O mais provável é que tenha acontecido uma luta aqui e que ele tenha sido eliminado."
— Entendo, mas e quanto à sala que dá acesso ao Abismo?
"Não sei quanto isso, mas ainda há uma parte da Plataforma Celeste que está inteira e eu pretendia destruí-la, por via das dúvidas."
— Pois então faça, não quero ter de lidar com o maldito do Uub a essa altura no caso da entrada ainda não tiver sido selada!
Junto às ruínas da Plataforma Celeste, Rild respondeu antes de desligar:
— Entendido. - o general estendeu a mão, onde começou a concentrar energia. - O Doutor Myuu é um tolo, deveria ter me deixado matá-lo quando tive a chance, depois lidaríamos com Goku de outra forma se fosse necessário. De nada vai adiantar destruir a entrada agora se a pessoa que esteve aqui já os tiver tirado de lá. - Rild disparou a esfera de sua mão, gerando a explosão que iluminou o céu e fez pó do que restava daquelas ruínas. - Por outro lado, eu quero que isso realmente tenha acontecido, que tenham conseguido tirar aquele orgânico maldito vivo de dentro do Abismo, ele ainda não sofreu o bastante por zombar da evolução, por se colocar acima de nós, seres evoluídos! O Uub merece ser morto pelas mãos daquele que tem o comando de todo o exército de Androides e Máquinas Mutantes, pelas minhas mãos, as mãos do grande General Rild!
Em um brado de guerra ele se foi, sem saber que também havia selado a entrada para a Sala do Tempo onde Gohan havia deixado o último ovo de Piccolo Daimaoh.
De volta à Capital Central, Dr. Gero questionou seu colega:
— O que aconteceu?
— Aparentemente, Piccolo Daimaoh foi eliminado.
— Não tem importância, não teremos acesso às Esferas do Dragão, mas eles também não terão e desde que Daimaoh tenha selado a tal sala que dá acesso ao Abismo, está tudo bem. O estranho é ele ter sido derrotado quando sabia melhor do que ninguém quem não poderia enfrentar, é verdade que ele se tornou forte como Androide Mutante, mas não teria muitas chances contra o Vegeta ou o Androide #17, é provável que ele tenha sido morto por um dos dois ou talvez até mesmo pelo Majin Buu.
— Eu discordo. - a voz firme do bio-androide que descendeu de braços cruzados a flutuar ao lado deles fez Gero olhar.
— Cell?
— Seus cálculos estavam incorretos doutor, eu lutei com Gohan e ele não tem o nível que pensavam que tinha, está mais forte e poderia muito bem ter sido ele também.
— Esperava que isso pudesse mesmo acontecer, não consegui muitos dados a respeito dele nos últimos meses devido ao seu aparente afastamento das lutas, parece então que os curtos treinamentos dele tiveram algum progresso.
— E o que importa quem derrotou Piccolo Daimaoh? - questionou o Dr. Myuu. - Devemos focar na possibilidade de que Uub e Goku já não estejam mais no Abismo, além de que a possível traição de Daimaoh pode ser prejudicial para nossos planos.
— Você está certo. - afirmou o Dr. Gero. - Mas vamos resolver uma coisa de cada vez, Son Goku e Uub não são um problema por enquanto, é possível que tenham chegado ao Abismo tarde demais para salvá-los e que eles já tenham matado um ao outro, sugiro que foquemos no outro problema primeiro.
— Desde que não nos esqueçamos disso, de acordo.
— Bem, então acho que vão gostar de saber que as crias do Piccolo estão perto daqui. - comentou Cell. - Se há alguma traição, certamente são eles quem agora estão no comando dela.
— Então nos leve até lá.
— Pois não, Doutor Myuu. - Cell disse em um tom de deboche, como se parafraseasse o General Rild.
— Mas ainda bem que você apareceu, meu androide definitivo que nunca tive a possibilidade de ver se tornar perfeito, eu estava realmente esperando por você.
Com a derrota de Tambourine, ficou decretado o início do fim da ameaça dos descendentes de Piccolo Daimaoh, só o que restava agora era reduzir os números dos que ainda viviam, algo que já estava sendo feito. Os comandados de Merus também já haviam chegado ao planeta e suas tropas acabaram ironicamente lutando ao lado das do Imperador do Universo devido à força maior do momento em uma espécie de trégua e apesar de serem os únicos a não usar de meios letais, sua presença foi fundamental para desequilibrar as coisas de uma vez, o esforço conjunto dos guerreiros, do Exército de Rejick, do Exército de Freeza e da Patrulha Galática estava finalmente levando a guerra a um final. Lá do alto, Kuririn já podia notar que as coisas nos arredores da cidade estavam mais tranquilas e descendo ao chão, foi cumprimentado por seus companheiros.
— Meus parabéns Kuririn.
— Obrigado Mestre Kame. - ele o agradeceu abaixando a cabeça em sinal de respeito e depois a levantou para continuar. - E obrigado você também Tenshinhan, acho que eu não teria conseguido vencer o meu medo sem a sua ajuda.
— Agradeço, mas o mérito final foi seu. Não pensava que pudesse dissolver o seu ego a ponto de eliminar todas as emoções negativas completamente, é algo muito difícil de fazer até mesmo para os maiores mestres das artes marciais.
— Antes de treinar com o Mestre Kame, eu era um monge no Templo Orin e a Dissolução do Ego era um dos princípios que nos ensinavam, só que apenas na teoria, pois nenhum dos mestres de lá havia dominado esse conhecimento. Acho que das vezes em que precisei vencer a minha frustração e os meus medos, comecei a entender o que essa teoria significava na prática e como ela poderia me tornar mais forte e me deixar em paz comigo mesmo.
— Eu também precisei repensar sobre mim mesmo para ter acesso aos poderes da linhagem do Clã dos Três Olhos e paguei um preço alto por isso. Nós temos que dar um jeito de acabar com tudo e trazer de volta todos que perderam suas vidas!
— Eu sei e nós vamos conseguir Tenshinhan, já estamos conseguindo mesmo com o Goku não podendo lutar com a gente agora e depois que tudo ficar bem, acho que vou querer ver o que esses seus novos poderes são capazes de fazer.
— Hehehe, você vai perder! - Chaos caçoou.
— Como é?
— Você pode até ter ficado forte, mas o Tenshin ainda é mais do que você, carequinha.
— Não me chama de carequinha...
Kuririn franziu a testa e então Chaos removeu seu gorro, mostrando seu único fio de cabelo antes de dizer novamente:
— Carequinha!
Todos começaram a rir, descontraindo o ambiente.
— A luta aqui já acabou? Parece que cheguei um pouco atrasado. - a voz daquele homem de barba e cabelos grisalhos, mas ainda mantendo um pouco do seu outrora aspecto jovial, veio do alto de um pequeno prédio ainda de pé para tomá-los atenção. - E olha só que falta de criatividade do autor disso aqui em usar o mesmo recurso narrativo três vezes no mesmo arco, pois eu também acabei repensando sobre mim mesmo para despertar o Maisou Tensei.
— Qual é a desse velho? - questionou Yajirobe em meio à confusão coletiva.
— Graças a isso, minhas conexões de alma ficaram mais profundas e isso inclui a alma de Son Goku, é a primeira vez que os vejo, mas sinto como se já conhecesse todos vocês. - ele saltou de lá e aterrissou para junto dos outros. - Você é o Yajirobe, correto? E você é...
— Upa.
— Ah sim, o amigo de infância do Son Goku. Aquele ali é o pequeno Chaos e esse deve ser o Mestre Kame, o criador da Onda Vital.
— O nome correto da técnica é Kamehameha, mas sim, sou eu mesmo.
— Aqui temos o Yamcha e também o Kuririn, o cara que na terra dos ninjas é deus.
— O que? - Kuririn questionou confuso.
— E por último o Tenshinhan, você é um dos favoritos do autor, sabia?
— Quem é você afinal? - o triclope perguntou.
— O meu nome é Shujinko e é um prazer conhecer vocês. Acho que já devem ter ouvido falar de mim como Brave Yuki.
— Espera, então você é aquele cara que lutou contra o Vegeta no torneio? - perguntou Kuririn.
— Hmm... Mas você está diferente, o que houve? - Kame perguntou. - Que eu saiba, as pessoas não envelhecem no Outro Mundo.
— Pois é, mas aconteceu que precisei forçar o meu corpo a envelhecer para sentir que amadureci, no fundo eu sou só um velho cujo seu tempo já passou e que se está aqui ainda é apenas para observar as novas gerações.
— Eu te entendo e sabe, por alguma razão, você me lembra um pouco o meu mestre.
— Engraçado, eu ia te dizer a mesma coisa.
Kame e Shujinko ainda não sabiam que ambos haviam sido discípulos de Mutaito, só que nunca se encontraram por terem vivido em eras diferentes.
— Desde que a minha irmã o trouxe para aquele torneio que estava curioso para te conhecer, afinal de contas, eu levei cinquenta anos para desenvolver o Kamehameha e você o usou naquele dia sem sequer ter ouvido falar sobre ele. É bom saber que está de volta para lutar ao nosso lado, você será de grande ajuda.
— Obrigado Mestre Kame. - ele juntou o punho com a palma da mão e abaixou a cabeça em sinal de respeito.
— Não há de que Mestre Shujinko. - Kame fez o mesmo reciprocamente e então chegou de surpresa no pé do ouvido a falar baixinho. - Escute, você também gosta de... pafu pafu?
— Pafu Pafu? Quer dizer... - deixando-se influenciar pela conexão com a alma que o permitiu executar a Complete Counter na luta contra Saganbo, ele exibiu um sorriso safado enquanto gesticulava com as mãos como se apalpasse um par de seios.
— Isso mesmo, eu sabia, nós vamos nos dar muito bem, hahahahahahaha!
— Ótimo, agora temos dois velhos tarados. - Yajirobe comentou baixo próximo ao ouvido de Kuririn, que foi obrigado a concordar.
— Bem, bem, parece que essa aqui é a reunião dos terráqueos. - o outrora Brave Yuki deixou Kame e se colocou no meio de todos. - Onde está aquele rapaz?
— A quem se refere? - Kame perguntou, fazendo Shujinko olhar para trás para respondê-lo.
— Ao discípulo do seu discípulo, aquele jovem poderoso que venceu a segunda luta no Torneio de Artes Marciais.
— Está falando do Uub? - perguntou Kuririn. - Ele não está aqui.
— Entendo, isso significa que ele ainda não despertou.
— Espera, então você sabe alguma coisa a respeito dele e do Goku?
— Não tenho certeza, mas vou contar o que sei e também o que senti a vocês, só que antes... - ele estalou os dedos, envolvendo todos eles em bolhas verdes. - Vou curar todo esse povo louco aí, pois vocês e eu precisamos estar inteiros para continuarmos lutando até que ele chegue.
Nas entranhas da Corporação Cápsula, enquanto o caos do conflito reinava do lado de fora, o silêncio era quem reinava naquele quarto. Goku ainda estava inconsciente na cama à esquerda junto à janela de cortinas brancas enquanto Uub mantinha-se adormecido na cama à direita, os resquícios do que ocorreu no Abismo ainda perduravam depois de horas. O jovem terráqueo parecia tranquilo com um sorriso sereno, mas sua mão emitia espasmos irregulares há algum tempo, indicando que seu corpo estava querendo sair daquele sono pesado, mesmo que isso significasse deixar aquela tranquilidade e voltar à realidade de um conflito motivado por vingança que tirou a vida de sua mãe e de seus irmãos.
"Uub, de hoje em diante, estarei sempre com você nos bons e nos maus momentos e enquanto estivermos juntos, você nunca mais ficará sozinho. De hoje em diante, o seu irmão Buu vai cuidar de você até o fim dos tempos..."
A última frase que Buu falou antes de se unirem ficou viva em sua mente naquela hora como se fosse a primeira vez e no instante seguinte, o tão aguardado momento aconteceu, seus olhos se abriram de repente dando luz a visão do teto, onde havia um ventilador a girar lentamente a fazer o ar circular naquele pequeno espaço fechado. No silêncio daquele quarto, Uub finalmente havia despertado.
— O que aconteceu? - ele perguntou-se, levantando seu tronco na sequência. - Onde estou? - não havia ninguém ali, ninguém que pudesse responder as suas perguntas. - Mestre!
Ele se levantou de supetão quando o viu na cama ao lado, com muitas faixas a cobrir seus graves machucados, Uub não conseguiu evitar sentir um aperto no coração ao vê-lo naquele estado, se lembrando aos poucos de tudo o que havia ocorrido e das palavras que Goku lhe havia dito.
"Acho que parte disso é culpa minha, me perdoa Uub..."
— Não tenho o que perdoar, sou eu quem devo pedir desculpas, o senhor está assim por minha causa, por pouco não o matei. Como pude deixar as coisas chegarem a isso? Eu não deveria ter desistido, pois foi isso que o senhor me ensinou, a continuar lutando, não importa o que aconteça. - ele olhava para si mesmo, não vendo nenhum arranhão em seu corpo, apesar das roupas rasgadas. - Até mesmo o Buu teve de se sacrificar para que minha alma ficasse em paz e eu voltasse a ser o que era. Já perdi muita coisa e não posso perder mais nada, aqueles miseráveis, eu não vou perdoá-los! - ele viu que seu Bastão Mágico estava recostado em pé na parede ao lado de sua cama e ao pegá-lo, colocou-o pendurado nas costas. - Mestre Goku, me perdoe por ter sido tão negativo, prometo que isso não vai mais acontecer e não se preocupe, eu vou lutar por nós dois até que se recupere e vou derrotar todos eles, vou vingar a minha mãe e aos meus irmãos e irmãs, vou honrar a memória do meu pai, vou honrar o sacrifício do Buu e principalmente, vou honrar o seu nome como seu discípulo e da próxima vez que nos encontrarmos, vamos lutar de novo com todas as nossas forças e vou dar o meu melhor para te derrotar, é uma promessa, vou ficar ainda mais forte! - como no dia em que se conheceram enquanto ia para casa nas costas de Goku, ele sorriu, ergueu o punho para o alto e exclamou espontaneamente. - É!!!
E depois de um breve momento de silêncio, o jovem terráqueo se despediu, caminhou até a saída, abriu a porta e deu uma última olhada em Goku antes de fechá-la, abrindo um sorriso de quem dizia para continuar descansando e deixar tudo com ele.
Quando chegou ao corredor, Uub se deu conta de onde estava e logo seguiu correndo rumo à saída à direita e depois de alguns passos correndo, se encontrou com o inquieto Príncipe dos Saiyajins que mais uma vez tinha saído do laboratório de sua esposa para caminhar pelos corredores.
— Uub?
— Senhor Vegeta? - ele parou em sua frente e o saiyajin cruzou os braços, com um sorriso de canto.
— Já era tempo.
— Me desculpe. - ele coçou a nuca, desconsertado. - Parece que eu dormi demais não é?
— E quanto ao Kakarotto?
— Ele continua desacordado.
— Era de se esperar, você quase acabou com ele.
— Eu sei, sinto muito...
— Mas ele vai ficar bem, o imbecil do seu mestre pertence à raça guerreira dos saiyajins, vai se recuperar depressa, mesmo sem uma máquina de recuperação como as que eu costumava usar quando trabalhava para o maldito do Freeza.
— Eu sei, o Mestre Goku é muito forte. Sabe alguma coisa do Trunks e dos outros?
— Eles foram dar um jeito de fechar o portal por onde a invasão das máquinas começou.
— Então meus amigos estavam lutando enquanto eu estava aqui? Não posso mais continuar parado, eu tenho que ajudá-los a deter o Doutor Myuu e o General Rild!
Uub correu e passou por Vegeta que, lembrando-se de como Goku o ameaçou quando pensou não haver outra saída a não ser matá-lo enquanto estavam no Abismo, o fez parar ao chamá-lo:
— Escute, você sabe do apreço que Kakarotto tem por você, não sabe?
— Eu sei, ele só está do jeito que está porque queria me proteger.
— Nesse caso, não ouse decepcioná-lo, fui claro?!
Mesmo lhe falando em tom ríspido, Uub apenas o olhou nos olhos com um sorriso, como o próprio Goku faria, falou:
— Foi e não precisa nem me dizer isso, eu vou me tornar mais forte, o mais forte e superarei também o senhor, entendeu Senhor Vegeta? Vou me tornar tão forte que nenhum dos dois será capaz de me alcançar!
Ouvindo aquilo, Vegeta apenas sorriu de canto novamente e então o deixou sair, ficando apenas a pensar consigo mesmo.
— (Normalmente eu veria isso como palavras vazias de um verme cujo poder atual não se compara ao meu, mesmo sendo forte. Porém, esse garoto miserável já demonstrou que é como você e que se eu não me cuidar, até mesmo ele vai me deixar para trás... Kakarotto, seu maldito, você realmente fez do Uub a sua imagem e semelhança.)
Lá fora, o Esquadrão Pilaf viu quando ele partiu voando da varanda a toda a velocidade, as coisas já estavam mais calmas para eles também a essa altura.
— Veja Grande Pilaf, é o Uub! - disse Mai, comunicando-se de dentro de seu mecha rosa.
— Estou vendo, até que enfim ele acordou e vai fazer alguma coisa, aquele garoto deixou todo o trabalho pesado para a gente e para o patrãozinho, digo, para o Trunks.
Uub voava sobre a Capital do Oeste com um semblante assustado, apesar do conflito já ter sido quase totalmente controlado, o caos e a destruição ficaram como lembrança, era algo que o incomodava, pois não conseguiu fazer nada para evitar que aquilo acontecesse por estar ausente, não conseguiu evitar o pensamento de que poderia ter impedido que vidas que ali viviam se perdessem.
— Aquele miserável do Doutor Myuu... Por que foi envolver as pessoas da Terra quando era a gente que ele queria? Eu perdi muito tempo e não posso deixar isso assim, preciso dar um jeito de vencer ele e o General Rild, não importa como! E parando para pensar, ainda não sei como eu poderia vencer o Rild sozinho... - mesmo dizendo isso, ele reparava em como voava e sentia seu corpo mais veloz por alguma razão. - Se bem que sinto que poderia derrotá-lo agora, será que eu fiquei mais forte? - colocando a mão próxima ao peito, Uub liberou um pouco de poder mágico involuntariamente e quando viu, suas roupas estavam como novas, o susto foi tão grande que acabou freando na hora. - Desde... Desde quando eu consigo fazer isso?
"Uub, de hoje em diante, estarei sempre com você nos bons e nos maus momentos e enquanto estivermos juntos, você nunca mais ficará sozinho. De hoje em diante, o seu irmão Buu vai cuidar de você até o fim dos tempos..."
— (Então foi isso que quis dizer sobre estar sempre comigo, não só você uniu sua alma com a minha como também me deu seus poderes!) - ele olhou para trás e sentiu como se visse a imagem sorridente de Buu ali, a guardar suas costas. - Buu... Agora entendo, não estou sozinho e nunca mais irei ficar, você lutará ao meu lado e juntos, vamos vencer qualquer oponente, nós vamos salvar a Terra!
Uub novamente voltou-se para o horizonte e com determinação avançou adiante, o jovem terráqueo com alma de demônio estava de volta!
Na Capital Central, depois de ter curado todos e de Yajirobe ter removido suas faixas, Shujinko contou tudo o que sabia, desde as intenções de Uranai em trazer Piccolo do Outro Mundo e não encontrá-lo até sua conexão com as almas de Uub e Son Goku.
— Então o Goku e o Uub estão bem? - perguntou Kuririn.
— Não tenho certeza, minhas conexões não têm restrição de tempo ou espaço e quase sempre desconheço os donos das almas, seus nomes e seus mundos, apenas as sinto. Mas quando senti a alma daquele garoto, também senti tudo o que vocês disseram que ele tem passado, só que estava tranquila, como se tudo já tivesse ficado para trás.
— Isso é mesmo um indício de que você sentiu a alma dele como ela está neste momento. - comentou Kame. - Mas será mesmo que aquele jovem está pronto para lutar no lugar do Goku? Da última vez ele perdeu a vida quando tentou se provar lutando contra Baby.
— Bem, apesar de já ter tocado a alma de inúmeros heróis de diferentes mundos, eu não acredito em protagonismo e predestinação. Acredito que poderia me conectar com a alma de qualquer pessoa, pois cada um de nós é protagonista de sua própria história e nós só nos tornamos importantes através do nosso próprio esforço. Vocês conhecem Son Goku melhor do que eu, sabem o quanto ele lutou para ser o que é hoje e o Uub está seguindo os seus passos, por isso minha alma encontrou a dele e por isso me veio a impressão de que devemos esperar por ele, ainda que seja Son Goku quem tenha alcançado o nível dos deuses.
— O que você acha Tenshinhan? - perguntou Yamcha.
— Não sei, a presciência dos meus olhos se resume a apenas intuições enquanto fora de um combate, mas pelo pouco que conheço daquele rapaz, não é de se surpreender que ele se torne tão forte quanto o Goku algum dia.
— Assim como foi com o Goku quando era menino, minha irmã previu que o Uub fará grandes coisas no futuro. - disse Kame. - Entretanto, concordo com Shujinko que cada um é responsável por sua própria história e vocês não podem depositar tudo nas costas dele ou do Goku, o que estiver ao nosso alcance nós precisamos fazer.
— E nós vamos mestre, vamos lutar até que eles cheguem, não importa o quanto demorem, nós vamos conseguir!
Com as palavras de Kuririn, o grupo dos terráqueos estava pronto para a próxima luta. Mal sabiam eles que Dr. Gero e Dr. Myuu estavam a caminho, com este último levando aquele frasco de vidro com sementes e um líquido metálico em seu bolso, o qual seria usado muito em breve.
Autor(a): fagnerlsantos
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O grupo de Kuririn havia se espalhado pelos arredores e já não havia mais muitos inimigos nas ruas destruídas da Capital Central, as forças do Dr. Gero e do Dr. Myuu tinham sido reduzidas a praticamente zero, os números dos descendentes de Piccolo Daimaoh se encontravam em redução constante, a Patrulha Galática es ...
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