Fanfic: Dragon Ball GT Kai | Tema: Dragon Ball
Os jovens saiyajins sabiam bem do que Thief estava falando, especialmente Trunks devido a seu pai ter crescido ouvindo falar sobre o Lendário Super Saiyajin.
— O Super Saiyajin das lendas? Então você foi o primeiro, aquele que originou o mito do Lendário Super Saiyajin?
— Isso mesmo. - respondeu Yamoshi.
— Mas como? - confuso, Goten questionava. - Como é possível que o primeiro Super Saiyajin ainda esteja vivo? E por que está aqui no Mundo dos Demônios?
— É uma longa história que, se vocês tiverem paciência, eu posso contar. - da mesma forma que Goku fez quando enfrentou Bills, Yamoshi manifestou seu ki de chamas sob a ferida em seu peito e a sarou. Sentando-se no chão em posição de lótus, ele fechou os olhos para visualizar mentalmente seus tempos de juventude, quando não possuía tantas cicatrizes como a que acabou de ganhar. - Há muito, muito tempo atrás, quando os saiyajins ainda eram uma raça primitiva no Universo 7, vivíamos eu e meus cinco amigos. Nosso povo havia se tornado muito forte em pouco tempo de existência e os mais fortes começaram a usar esse poder para oprimir os mais fracos com a desculpa de que seria a seleção natural que nos tornaria ainda mais poderosos nas próximas eras. Meus amigos e eu não concordamos com isso e começamos uma rebelião em favor da igualdade entre os saiyajins, a qual culminou em uma grande batalha que sabíamos que não poderíamos vencer quando vimos os rebeldes que nos apoiaram caindo um a um perante a superioridade do inimigo, no final restamos nós seis contra todo um exército de guerreiros tão poderosos quanto nós, terminamos pressionados ao ponto de meus amigos estarem em volta de mim me dando suas últimas energias e me depositando toda a esperança dos seus corações antes de morrerem. Eu não aguentei ver aquilo e tomado por uma fúria extrema, uma energia dourada brotou de dentro de mim, meus cabelos ficaram loiros e meu poder se elevou às alturas, me tornei um ser capaz de aniquilar todo aquele exército sozinho, eu podia ver o medo nas faces de cada um deles enquanto os destroçava em pedaços como se nada fossem, sentia que aos poucos estava vingando meus amigos e acabando com a raiz de todo o mal em nosso povo. Entretanto, eu só havia conseguido me transformar em Super Saiyajin graças a energia dos meus amigos e quando ela se esgotou, acabei perdendo os meus poderes e em maior número, conseguiram me derrotar.
— Isso significa que o senhor morreu? - perguntou Uub.
— Sim, mas aconteceu que quando cheguei ao Outro Mundo, minha alma estava vazia, a minha vontade de continuar lutando era tanta que o meu espírito se separou dela e continuou no Mundo Material e dessa forma, se tornou impossível o meu julgamento, eu fiquei sem destino no Mundo Espiritual, não poderia ser mandado nem para o Inferno e nem para o Paraíso. Os deuses não podiam deixar isso assim, pois o meu espírito vagante poderia acabar se apossando de um corpo e desta forma me trazer de volta à vida sozinho, isso não poderia acontecer e foi então que eles encontraram a solução, eles recuperaram o meu corpo e colocaram minha alma vazia dentro dele para garantir que o meu espírito tivesse um lugar para onde desejasse voltar e ao mesmo tempo, para impedir que isso acontecesse e eu voltasse a viver, eles jogaram o meu corpo e a minha alma em um lugar que meu espírito jamais poderia chegar: este mundo.
— Então você esteve aqui no Inferno do Makai esse tempo todo? - perguntou Beelzebub.
— Isso mesmo e mais, estou preso neste lugar que chamam de Forbidden Land, não posso deixar estas terras mesmo que eu queira, os deuses me selaram neste vale que um dia foi habitado por civilizações antigas de demônios e o protegeram para que nada e nem ninguém pudesse transpassá-lo e chegar até mim, isso claro até o Thief descobrir uma falha no selo e com isso se tornar capaz de entrar e sair daqui, seja sozinho ou acompanhado.
— Deixe-me ver se entendi, você está aqui agora, mas ao mesmo tempo não está, certo? - questionou Trunks.
— Exatamente, o que estão vendo é apenas meu corpo com uma alma vazia que através da meditação à sombra desta árvore gigante conseguiu se manter remotamente conectado ao seu espírito e assim recuperar parte de sua essência. Foi assim também que ascendi ao divino e agora meu espírito vive para buscar seis saiyajins de corações justos como eu e meus amigos éramos para que, iluminando-se, tomem emprestados os poderes que adquiri aqui e deem origem a um novo salvador: o Deus Super Saiyajin.
— Então essa é a origem do ritual do Deus Super Saiyajin, uma alusão a sua vida e de como se tornou o primeiro Super Saiyajin. - Goten compreendeu. - Entendi que nos provocou para lutarmos com todas as nossas forças, mas mesmo assim nos desculpe, não fazíamos ideia que o senhor era a lenda que indiretamente nos ajudou a salvar a Terra de ser destruída pelo Senhor Bills.
— Agradeço pelas palavras rapaz, mas a verdade é que sou apenas um mártir. O seu pai é maior do que eu, pois nasceu como um guerreiro de classe baixa que com seu esforço ganhou o respeito do príncipe herdeiro do trono e se tornou o saiyajin mais poderoso da história, Son Goku de fato conseguiu a igualdade pela qual tanto lutei e ele é a verdadeira lenda que será lembrada pelas futuras gerações... - falando até então em tom sereno, ele mudou para um desdenhoso. - Apesar de que fez ser dele o poder que emprestei e ainda aprendeu a usá-lo sozinho, é um trapaceiro safado!
Goten não conseguiu conter o riso e agora que estava tranquila a situação, era hora de Thief explanar tudo.
— Eu não fazia ideia de que, de certa forma, já os conhecia, isso e o fato de ter lido a mente do Uub nos poupa tempo e podemos ir direto ao assunto, acho que já deduziu o motivo que me fez trazê-los até aqui quando se adiantou em testá-los.
— Sei, sei, como literalmente nunca tenho nada pra fazer, você creu que eu poderia ficar de babá desses dois e ensinar a eles o que é ser um saiyajin de verdade.
— Se não for muito incômodo... O jovem Uub veio ao Makai para aumentar seus poderes, Goten e Trunks o acompanharam, mas Satan e eu não sabemos como ajudá-los, já que não são demônios ou reencarnações de demônios. Entretanto, quando Satan me disse que eles são descendentes dos saiyajins, me lembrei de você, contei quem era e como te descobri aqui, ele achou que seria uma boa ideia.
— Bem, não posso negar nada a um amigo, o único que ainda tenho, pode deixar esses rapazes comigo que prometo deixá-los fortes o suficiente para enfrentar os tais Dragões Malignos.
— Obrigado Yamoshi. - Thief agradeceu com um aperto de mão. - Eu sabia que podia contar com a sua ajuda.
— O Goten e eu treinarmos com o Lendário Super Saiyajin... Então isso era a coisa neste lugar que iria nos ajudar?
— Era, por quê? Vocês não querem treinar com o meu amigo Yamoshi?
Os jovens saiyajins se entreolharam, antes de Goten responder:
— Nós queremos sim, só estamos surpresos e também honrados.
— Hahahahaha, deixem de cerimônia e se despeçam dos seus amigos. - disse Yamoshi. - Vocês vão ficar aqui por um tempo e eles terão de deixá-los para seguirem seus próprios caminhos na busca de se fortalecerem.
Era ali que o grupo se separava, Forbidden Land era apenas a parada no caminho para Plain Land que aguardava a chegada de Uub e Beelzebub, os quatro guerreiros haviam traçado seus destinos e vendo-os conversar com Trunks e Goten sobre o futuro, Marron sentiu-se deslocada, ela tinha acabado de se dar conta de que não havia lugar para onde ir naquele mundo. Ficar em Forbidden Land? Seguir viagem para Plain Land? Nenhuma das opções faria diferença, em ambas ela seria apenas a acompanhante, exatamente como no início da viagem à procura das Esferas do Dragão de Estrelas Negras, em ambas ela veria seus amigos ficando mais fortes e se sentiria inútil em não poder acompanhá-los. Seus pais haviam sobrevivido à guerra contra as Máquinas Mutantes, voltar para casa e pedir a ajuda deles seria uma opção, mas seu pai já havia lhe ensinado tudo o que podia durante os meses antes do Torneio de Artes Marciais e sua mãe, mesmo sendo forte, nunca havia se dedicado a treinar de verdade, tinha inclusive noção de que até já a havia superado desde que a derrotou quando a mesma estava possuída por uma larva de Baby. O único que talvez pudesse ajudá-la a extrair mais do seu potencial seria o seu tio #17, só que infelizmente ele se foi, Marron sentia-se abandonada e sem rumo.
— Marron, você está bem? - Gill flutuava ao redor dela, mas ela estava perdida demais em seus pensamentos para notá-lo. - Marron?
— Uub, eu não sei o que te espera em Plain Land, mas é melhor você se esforçar bastante.
— Entendi o recado, vocês são da raça guerreira que não possui limites, são saiyajins e irão aprender com um dos maiores de todos... Mesmo assim, não pretendo ficar atrás de vocês, estejam certos disso!
— Assim é que se fala amigão! - Goten estendeu seu punho para Uub tocá-lo com o seu.
— Eu mal conheço vocês, mas estou com o Uub nessa e aliás, você agora é o meu rival Uub, espero que saiba disso e que me tornarei um Deus Demônio antes do que você!
— Eu já tenho uma porção de rivais, o Goten, o Trunks, o Rejick, o Kyabe, até mesmo a Caulifla e o Mestre Goku... Mas quanto mais rivais, melhor!
— Acho que isso também vale para a gente, não é Goten? Vamos ver qual de nós dois vai sair daqui o mais forte!
— Com certeza Trunks, eu não vou te dar moleza não, se relaxar, vai ficar para trás!
— Goten, Goten! - o pequeno robô se aproximou afoito.
— O que foi Gill?
— A Marron não parece muito bem.
Vendo-a cabisbaixa e de canto, Goten foi até ela para conversar:
— O que foi minha linda? - vendo que suas palavras não a tiraram de seus pensamentos, ele tocou em seu rosto. - Marron?
— Oh, Goten? Me desculpe.
— Não precisa ficar triste, vai ser só até eu ficar forte o suficiente para salvarmos a Terra, também vou sentir saudade. - ele pegou nas mãos dela antes de continuar. - Você também vai treinar para ficar mais forte até lá, não vai?
— Eu? Sim, eu irei!
— Eu sabia, mal posso esperar para ver o quão forte você vai estar, por isso vou me esforçar bastante para conseguir lutar ao seu lado!
Aquelas palavras cortaram seu coração, era diferente do passado quando ninguém esperava nada e tinha muito a mostrar, agora todos esperavam muito porque sabiam do que era capaz e não tinha nada mais a mostrar. Naquele momento, Marron temeu decepcionar Goten, a pessoa que mais a amava na vida por ser forte, algo que a quebrou por dentro, mas mesmo assim ela não deixou isso transparecer e disfarçou um sorriso.
— Gill, Gill? - a pequena Máquina Mutante ainda estava achando estranha a forma de agir da garota, mas não podia fazer mais nada a não ser esperar ela mesma contar o que a estava afligindo.
— Yamoshi, agora que já deixei esses dois sob sua tutela, vou-me embora, pois ainda preciso conduzir o príncipe e o jovem Uub até Plain Land.
— Eu sei Thief, mas apareça numa próxima oportunidade para colocarmos a conversa em dia.
— Claro!
— Ah Uub, Gill, sei que a Marron sabe se cuidar sozinha, mas se ela precisar, protejam ela por mim, está bem?
— Deixa com a gente Goten! - Uub fez um sinal de joia e o mascote em seu ombro o repetiu, antes de falar diretamente ao seu "dono".
— Boa sorte Trunks.
— Obrigado Gill, se cuidem e boa sorte também!
Beelzebub e Uub deram as costas, seguindo Thief para longe da clareira e Marron acabou indo junto com eles em meio suas incertezas, desviando o rosto para trás a ver seu namorado balançando o braço, se despedindo com um sorriso de quem tinha certeza de que a veria ainda mais forte quando a encontrasse novamente, expectativa essa que ela não sabia se poderia cumprir.
Voltando para onde haviam estacionado o jipe, os remanescentes tomaram seus acentos e seguiram viagem pelo deserto, Uub agora ocupava o banco que Trunks costumava se sentar quando não estava dirigindo, vendo que Marron no acento ao lado sempre tentava esconder que estava triste e inquieta. Conhecendo-a há muito tempo, ficou nítido para Gill e ele que algo a incomodava desde que haviam deixado as terras de Yamoshi, mas ela sempre negava e desviava o assunto quando questionada. Foi assim que se passaram quatro dias de viagem em que tentaram manter o mesmo ambiente descontraído dos catorze anteriores, Marron acabou fazendo parte desse ambiente e parecia feliz, mas ainda assim, Uub ainda sentia que havia algo errado com ela. Já passava do meio-dia quando chegaram a uma região de cordilheira em que aos poucos ficava cada vez mais difícil seguir adiante com o jipe, não demorou para que Thief tivesse que parar.
— Nossa viagem de carro acaba aqui, de agora em diante o resto é a pé.
Reunindo suprimentos em cápsulas, eles começaram a peregrinação naquele terreno irregular, Thief foi questionado se não poderiam chegar até lá voando, mas ele alegou que era necessário que fossem por terra para que Plain Land se revelasse a eles, já que era um lugar lendário onde se poderia conseguir o poder dos deuses, logo, oculto aos olhos de quem poderia encontrá-lo facilmente por cima. O grupo levou dois dias circulando aquele terreno acidentado a desviar pelo leste e quando enfim chegaram ao outro lado da cordilheira que parecia não ter fim, desceram rumo à planície onde caminharam por horas dentro de uma neblina que não se sabia de onde veio e que ficava cada vez mais densa, todos permaneceram juntos para que ninguém se perdesse e mesmo parecendo que estavam caminhando em círculos, mantiveram-se firmes a seguir Thief, confiando na experiência de quem sabia para onde ir até que de repente, a neblina se esvaiu como portas se abrindo e um grande jardim se apresentou diante deles, deixando-os boquiabertos.
— Que lugar mais lindo. - comentou Marron.
— Nós chegamos Senhor Thief? - perguntou Uub. - Aqui realmente é Plain Land?
— Pela descrição que Satan me deu, parece que sim.
— Como assim parece? - Beelzebub questionou. - Você já não esteve aqui antes?
— Não, o seu pai foi quem esteve aqui há muito tempo e me indicou o caminho, pessoalmente é a minha primeira vez aqui também.
— E só agora nos diz isso?!
— Espere um momento, então esse tempo todo nós tínhamos como guia alguém que nunca havia feito essa viagem antes? - perguntou Marron.
— Eu arrisquei a minha vida e trouxe vocês até aqui, não trouxe? Podiam ser um pouco mais agradecidos!
— Tem razão. - Beelzebub enganchou o braço por trás do pescoço dele. - Foi mal aí Thief, mesmo sem nunca ter vindo aqui, provavelmente não teríamos conseguido chegar sem suas habilidades de reconhecimento.
— Ah, assim é melhor, agradeço pelas palavras príncipe.
— Só vê se não se acostuma porque poderíamos mesmo ter nos metido numa roubada por causa disso, heheheh!
— Bem, então o que estamos esperando, vamos entrar e procurar as árvores! - disse Uub que tomou a frente quando antes da entrada do jardim, uma espada de fogo se materializou no ar em um movimento rápido a gerar um corte de energia flamejante.
— Perigo! - Gill exclamou quando o terráqueo bloqueou no último instante com uma barreira esférica que protegeu a si e a seus companheiros, mesmo se rompendo facilmente com o impacto na sequência.
— Caramba, mas o que é que foi isso?
Eis que a grade lâmina se moveu para o alto a ser pega pela mão de uma figura feminina de rosto belo, pele azul e cabelos ondulados de cor branca, soltos na altura das costas, tendo uma auréola ao redor do pescoço e o corpo curvilíneo coberto por um robe branco com um uma couraça preta com detalhes em amarelo e laranja por cima.
— Alto, vocês não podem passar! - ela disse ao descender como uma valquíria imponente diante deles e ao notar que as vestes e a aparência dela eram semelhantes às de Whis e Vados, Uub deduziu.
— É um anjo!
— Hmm... Essa aí deve ser Pirinya, a anjo colocada pelos deuses para guardar a entrada de Plain Land.
— E para variar, só agora nos conta isso também.
— Não se preocupe príncipe, os anjos não lutam, a função dela é apenas impedir que gente não autorizada chegue perto das árvores sagradas, só precisamos conversar com ela para que nos deixe passar. - Thief se pôs a frente e curvou-se em sinal de respeito enquanto ela mantinha a espada apontada para eles. - Perdoem-nos pela chegada repentina, o meu nome é Thief e fui encarregado de trazer esses dois jovens para que possam comer dos frutos.
— Compreendo, peço a eles que, por favor, se apresentem e me contem suas motivações.
Thief olhou para trás e lhes acenou com a cabeça para que o fizessem.
— O meu nome é Uub e sou a reencarnação de um demônio chamado Majin Buu, estou aqui porque preciso comer do fruto da Árvore da Vida para que os poderes divinos que herdei do Sagrado Kaioshin ganhem vida e eu possa usá-los para derrotar os Dragões Malignos que ameaçam o meu mundo.
— E eu sou Abraca, também conhecido como Beelzebub, filho de Satan e estou aqui para comer do fruto da Árvore do Conhecimento e assim adquirir a ciência do poder dos deuses, me tornar um Deus Demônio para ajudar meu pai a defender o Inferno da opressão dos Makaioshins.
Após alguns segundos de silêncio, Pirinya abaixou sua arma e sorriu ao dizer:
— Suas motivações são nobres e como minha espada não se moveu para consumi-los, vejo que estão falando a verdade. - virando-a a bater com a ponta da lâmina no chão, a mesma se transfigurou em seu báculo de anjo. - Abraca, eu te autorizo a entrar no jardim e comer do fruto da Árvore do Conhecimento.
— Legal! Espera, mas e quanto ao Uub?
— Infelizmente ele não poderá entrar, pois ainda que seja a reencarnação de um demônio e tenha motivos nobres, ele é um humano e os humanos foram proibidos de entrar neste jardim.
— Verdade? - questionou Thief. - Mas Satan não me disse nada sobre isso.
— Provavelmente eu não deva ter contado isso a ele, mas este lugar foi a origem dos humanos que existiram neste mundo.
— É sério? - perguntou Beelzebub. - Então é por isso que nunca existiram humanos no Makai fora do Inferno?
— Sim, é por isso. Creio que sabem que este mundo é regido por Makaioshins e Makaiohs que foram exilados aqui, shinjins malignos nascidos de frutos ruins da Kaiju, a árvore sagrada do Kaishinsei de onde originam os indivíduos que se tornam Kaioshins e Kaiohs. Mesmo tendo caráteres corrompidos, Makaioshins também são capazes de criar vida e os demônios foram a sua criação, seres malignos em sua maioria que espalharam o caos e fizeram o Makai ganhar seu nome como um verdadeiro mundo de trevas. Temendo que as coisas fugissem do controle e afetassem o Mundo dos Humanos, os Kaioshins decidiram fazer uma experimentação neste planeta para equilibrar esse caos com a presença dos humanos, criando duas espécies deles sem muitos poderes, mas com grande inteligência: os picchis e os que tiveram como base os terráqueos do Universo 7, um casal de cada espécie e lhes foi dado este jardim como lar. Eles queriam que essas espécies humanas se desenvolvessem boas e puras para seu propósito e por isso permitiram que comessem dos frutos da Árvore da Vida, pois eles aflorariam cada vez mais a sua essência divina de pureza. Todavia, eles foram tentados a comer dos frutos da outra árvore, algo que lhes foi proibido, a Árvore do Conhecimento lhes deu a ciência da natureza dos demônios, o que os fez conhecer o mal e perder sua pureza, a experimentação foi um fracasso e os casais foram expulsos daqui, condenados a viver e procriar entre os demônios. Desde então se tornou proibida a entrada dos humanos neste jardim e eu fui colocada aqui pelo Governante Supremo para guardar as árvores até o fim da vida deste planeta.
Marron abaixou a cabeça, todo o esforço para chegar até ali não valeu de nada e Uub estava terminado como ela, sem um caminho para ficar mais forte. Ela já havia aceitado esse destino para si, mas por que seu amigo tinha que compartilhar dele? Por que justo o Uub que sempre se esforçou tanto e era em quem mais confiavam? Ela não podia aceitar isso e fechava o punho com força enquanto se lembrava de cada um das vezes em que o jovem terráqueo deu tudo e mais além de si para que pudesse salvar a todos.
— Nós compreendemos a situação, mas... - Marron levantou o rosto, olhando diretamente nos olhos de Pirinya. - O Uub não é um humano deste mundo e por isso acho que merece uma exceção a essa regra, o Trunks e o Goten já estão treinando e o Uub também precisa ficar mais forte, o destino do nosso mundo depende disso... Se eu não puder mais acompanhá-los, que ao menos o Uub possa, então eu imploro, por favor, deixe-o entrar!
— Marron...
Um tenso silêncio se fez presente enquanto o vento sacudia os galhos das árvores e tocada pela determinação da garota, a anjo decidiu:
— Muito bem, o deixarei entrar... - Pirinya surgiu diante do terráqueo em um movimento rápido que ele sequer conseguiu ver, levantando seu báculo que novamente se tornou uma espada de fogo. - Se ele demonstrar que é diferente dos outros humanos através de uma prova.
— Prova?
— O que me diz Uub, está disposto a arriscar a sua vida para entrar no jardim de Plain Land?
Um obstáculo inesperado se colocou diante de Uub, mas Marron lhe conseguiu uma chance e agora só depende dele ter a coragem de enfrentar o misterioso teste.
Autor(a): fagnerlsantos
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— O que me diz Uub, está disposto a arriscar a sua vida para entrar no jardim de Plain Land?Foi a pergunta que o jovem terráqueo ouviu dos lábios de Pirinya, a anjo de vestes brancas e cabelos soltos ondulados na altura das costas que guardava a entrada, a qual mantinha a grande espada de fogo elevada ao alto, pronta para descer sob sua cabe&cced ...
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