Fanfic: Dragon Ball GT Kai | Tema: Dragon Ball
Os corpos aparentemente sem vida de Uub e Goku jaziam deitados em silêncio nas profundezas do Abismo, a segunda fase do plano perfeito dos cientistas estava se cumprindo e em meio ao conflito que assolava a Terra, a terceira fase já estava em execução.
Na Torre Sagrada de Karin onde ainda era manhã, Mestre Karin e Yajirobe estavam em pânico diante do ser demoníaco que ali chegara. Era um namekuseijin de traje azul que possuía o kanji de "Demônio" estampado no peito, mas não se tratava de uma Máquina Mutante, pois seu físico alto e forte de pele esverdeada era o seu natural, possuindo apenas as marcas em cruz em seu olhar maligno e os dispositivos metálicos nas orelhas pontudas. Tratava-se de um Androide Mutante e não era ninguém outro se não Piccolo, mas não aquele que em vida foi um Guerreiro Z e sim seu pai e encarnação anterior de rosto mais magro e amedrontador.
— Pi-Piccolo Daimaoh! - exclamou o samurai gorducho empunhando sua katana na vã tentativa de intimidá-lo.
— Vamos, eu exijo que me entreguem todas!
— To-Todas? Todas o que?
— Não se faça de besta, eu sei que você é um covarde, mas não é um idiota. - Daimaoh falava com Yajirobe como se bem o conhecesse. - Vocês têm trinta segundos, me entreguem as Sementes dos Deuses ou você e o Karin vão morrer!
— O que a gente faz agora Mestre Karin?
— Lute com ele, ora essa! - respondeu o gato branco humanoide.
— O q-q-que?!
— Enquanto isso, eu escapo pelos fundos com as Sementes dos Deuses para um lugar seguro.
— Ficou maluco? Você sabe que eu não tenho como dar conta desse monstro!
— Você precisa ser corajoso agora Yajirobe, todos dependem disso.
— Não venha com esse papo filosófico pro meu lado, eu sei que você só quer que eu fique aqui e morra enquanto você salva o seu pelo!
— Bem, se sacrificar por mim é o mínimo que você pode fazer, já que você mora aqui e se empanturra às minhas custas.
— Que cinismo! Sou eu quem caça a comida e mantenho esse lugar limpo, você devia ser mais agradecido, sabia?
— Já chega, vão discutir a relação no Inferno! - exclamou Daimaoh furioso e com um olhar assassino, antes de se lançar na direção deles com as garras afiadas de sua mão direita, prontas para o ataque. - O tempo de vocês estourou, morram!
Yajirobe empunhou a espada mais uma vez e diante da morte fechou os olhos, sendo aí o momento em que alguém surgiu em voo e se colocou entre eles, afastando o temível Piccolo com um soco que o atirou a quebrar o guarda-corpo na beirada da torre, causando uma queda de altura no processo. O indígena de aparência jovem para a idade em trajes típicos de calça em amarelo claro e colete bege havia aparecido para protegê-los.
— Upa!
— Parece que eu cheguei a tempo, não é Mestre Karin?
— Essa foi quase, eu pensei que fosse morrer dessa vez! - disse Yajirobe. - Por que demorou tanto? Supostamente você deveria ser o protetor destas terras, não é não?
— Desculpem-me, é que eu estava um pouco ocupado lá em baixo, aquelas máquinas conseguiram matar metade da minha tribo e muitos ficaram feridos, inclusive o meu pai. Felizmente, eu consegui destruir todas antes que causassem mais estragos e foi aí então que senti esse ki poderoso aqui em cima, espero que não se importe de eu ter quebrado as regras pra chegar aqui.
— Mas é claro que não, você salvou a minha vida. - disse Karin. - Viu só Yajirobe? Por que você não pode ser como o Upa de vez em quando?
— Um maluco suicida? Não obrigado, eu prefiro continuar vivo.
— Continuar vivo? Se esqueceu de que nós dois íamos morrer ainda há pouco?
— Por isso mesmo, era melhor tentar a sorte apelando para a misericórdia do inimigo. Que diferença ia fazer lutar ou não? Eu não ia ter forças nem para arranhar ele mesmo...
— Isso porque você é um relaxado. Sendo apenas um ronin, você era tão forte quanto o Goku antes de ele beber a Água Ultra Sagrada e em compensação, o Upa era um garotinho que nem sequer sabia o que era lutar naquela época. Se você tivesse se dedicado a treinar tanto quanto ele durante esses quarenta anos, hoje você provavelmente seria mais forte do que o Kuririn e o Tenshinhan.
— Pode até ser, mas isso só ia me causar problemas, sorte a minha eu ter escolhido ficar no meu canto.
— Mestre Karin, Yajirobe, ele está voltando, fujam depressa! - exclamou Upa.
— Certo. - disse o gato, apoiando-se em sua bengala ao caminhar até um pote onde havia uma porção de Sementes dos Deuses, as quais encheram o pequeno saco de pano onde despejou e amarrou com um barbante.
— Tá, mas e você? - perguntou Yajirobe. - Vai mesmo ficar aqui e lutar com esse monstro?
— Vou sim, é o que o Goku faria.
— Não banque o herói, o Goku poderia enfrentá-lo porque é outro monstro anormal! Esse Piccolo Daimaoh também é totalmente diferente do que eu conheci, ele até está muito mais poderoso do que o filho dele, o Piccolo, estava antes de se matar a uns meses atrás! Eu sei que depois do Mestre Karin, você também treinou com o antigo Kami-Sama, já suportou a Sala do Tempo e treinou um bocado, mas você é só um humano, nem os mais fortes que são aqueles dois que o Mestre Karin citou ainda há pouco teriam chance contra ele, quanto mais você!
— Eu sei, mas como você mesmo disse, é meu dever proteger estas terras, mesmo que isso custe a minha vida. Foi por essa razão que eu nunca saí daqui, mesmo querendo muito seguir o Goku e ficar mais forte com ele.
— Bem, você é quem sabe... - Karin se colocou ao seu lado e ambos rumaram às escadas, quando Yajirobe parou e questionou mais uma vez. - Tem mesmo certeza?
— Tenho. Agora vão, depressa!
E eles assim o fizeram, com Daimaoh surgindo novamente de braços cruzados, flutuando além do parapeito destruído da torre.
— Quem ousa desafiar o grande Piccolo Daimaoh?
— Eu, Upa, filho de Bora da Tribo Karinga, protetores da Terra Sagrada de Karin!
— Ora, é apenas um inseto rastejante... - ele disse ao entrar na torre novamente.
— O que?!
— Eu já devia supor por aquele soco, você não merece ser executado pelos meus punhos.
— É o que vamos ver!
Upa partiu para o ataque e Daimaoh o esperou, o golpe de cotovelo do terráqueo foi segurado pela mão do namekuseijin, com o impacto a tremer a torre, fazendo a mesma rachar. Uma troca de golpes em rapidez deu início ao que seria uma desbalanceada disputa.
Do outro lado do mundo, como combinado com Goten e #17, Son Gohan estava defendendo a Capital do Leste. O poderoso saiyajin mestiço limpava as ruas das Máquinas Mutantes e dos Saibamen sem dificuldade alguma, tendo o máximo de cuidado para causar o mínimo de destruição possível e não machucar ninguém inocente. A capa branca, que um dia foi de seu mestre, balançava a cada movimento até que eis que de repente, o saiyajin parou lá no alto, voltando o seu rosto para o horizonte.
— Que estranho, por um momento eu pensei ter sentido o ki do Senhor Piccolo... - Gohan olhava para além do oceano ao longe, na direção oposta do Sol que já estava se pondo naquela região, com as primeiras estrelas da noite já visíveis. - Deve ter sido apenas minha imaginação, pois tem tantos kis fortes espalhados pela Terra neste momento que fica difícil até de encontrar alguém, talvez seja de algum desses pobres namekuseijins que acabaram vítimas dos experimentos do Doutor Gero e do Doutor Myuu ou... Será mesmo possível?
Neste meio tempo, Upa já tinha várias escoriações pelo corpo, disparando esferas de energia contra um Piccolo Daimaoh ileso que sequer fazia questão de desviá-las, recebendo-as de peito aberto em uma cadeia de explosões no ar. Avançando contra o índio com um sorriso malévolo, o namekuseijin demônio desferiu um forte soco no estômago, o fazendo vomitar sangue e em seguida aplicou uma cotovelada nas costas que o mandou para baixo. Upa rolou no ar e voou para trás, rodeando em volta do pilar da Torre Karin e partindo para um contra-ataque. Daimaoh recebeu o soco com seu antebraço, defendendo também a sequência de golpes que vieram a seguir até revidar com uma joelhada na barriga que repuxou o indígena para o alto, o agarrando pela perna esquerda para atirá-lo na direção do chão. Upa sofreu o impacto e quase que ao mesmo tempo, Daimaoh surgiu diante de si com a mão em seu pescoço, o empurrando a afundar mais ainda no solo.
— Idiota, pensou mesmo que podia fazer frente aos meus poderes me atacando diretamente? Você não passa de lixo!
Piccolo concentrou ki em sua mão esquerda e disparou à queima-roupa no peito, a rajada de energia explodiu como um pilar que se expandiu em uma cratera, terminando com o índio com as roupas rasgadas e ferimentos por todo o corpo. O namekuseijin se levantou, quando olhou para o lado e viu o restante da Tribo Karinga que ainda tinha condições de lutar depois da batalha contra as Máquinas Mutantes se aproximando ao surgir por entre as árvores, atraídos pela explosão.
— Não pode ser! - gritou um deles ao verem a cena de seu compatriota caído diante do demônio verde. - Senhor Upa!
— Não podemos deixar o filho de Bora morrer, vamos protegê-lo como ele têm nos protegido, atacar! - todos empunharam suas lanças e prepararam flechas em seus arcos, antes de partirem para o ataque.
Daimaoh apenas os olhou com desprezo e sem mover um dedo sequer, apenas arregalando um pouco os olhos, fez com que uma explosão súbita acontecesse onde os remanescentes da Tribo Karinga se posicionaram, os lançando pelos ares e pulverizando-os em gritos de desespero.
— Não! Por que fizeram isso meus irmãos? - disse Upa, sem forças para se mover ao presenciar o ocorrido, virando o rosto com dificuldade para o lado e então algumas lágrimas se fizeram presentes em seus olhos que se voltaram com raiva para Piccolo. - Seu covarde... Eles nem sequer eram ameaça pra você, como você pôde?!
Piccolo olhou de volta para Upa e o chutou no rosto, o lançando arrastado para longe.
— A culpa foi deles por terem levantado suas armas, a lei agora é que todos que se opuserem ao Doutor Gero, ao Doutor Myuu e a mim serão eliminados.
— Miserável! - Upa gritou, ainda deitado em seu estado lastimável sem poder se levantar. - Quem... Quem você pensa que é para decidir o destino das pessoas?
— Quem eu sou? - Daimaoh sorriu malignamente. - Eu sou o novo Kami-Sama da Terra!
— Como é que é? - Upa estava surpreso com a resposta do Androide Mutante.
— Isso mesmo, eu agora sou justamente aquele que mais tem o direito de decidir o destino das pessoas.
— Você? Kami-Sama? Não pode ser! Como é possível?
— Para que quer saber se você já está com o pé na cova? No próximo movimento você já estará morto, mas não serei eu quem irá te matar, pois como eu disse antes, você não merece ser executado pelos meus punhos.
Daimaoh fez força em suas entranhas, até que algo começou a subir pela sua laringe, era um ovo que saiu parido de sua boca, o qual chocou momentos depois de cair no chão.
— O que... O que é isso? - questionou Upa, assustado ao ver uma criatura humanoide que parecia uma gárgula verde com feições de pterodátilo sair de dentro daquele ovo.
— Que bárbaro, é exatamente como os cientistas disseram, meus filhos podem herdar minha mutação de Androide Mutante se eu assim quiser. - ele viu os olhos da criatura se abrindo, os quais tinham uma marca de cruz. - Seja bem vindo ao mundo, seu nome será Ukulele!
— (Mas o que é isso? Essa coisa acabou de nascer e tem um poder absurdo!) - Upa pensava assustado e tentou se levantar, mas seu tronco deitou novamente. - Droga, não consigo me mexer!
— Agora eu irei embora para terminar minha tarefa. Ele é todo seu Ukulele, faça com ele o que bem entender.
— Entendido, meu pai. - disse Ukulele com uma voz levemente esganiçada, antes de se aproximar de Upa enquanto Daimaoh dava as costas e começava a caminhar para longe. - Está pronto para morrer rapaz?
— Droga... - Upa ainda fazia esforço para tentar se levantar e nisso Ukulele puxou suas garras.
— Adeus! - o golpe de mão direita mirado ao coração acabou acertando o chão. - O que?
O corpo do indígena foi retirado do caminho pelo samurai gorducho de kimono listrado e colete de pele, que o agarrou em um salto no último instante e caiu arrastado com ele de bruços há poucos metros de Ukulele.
— O que eu não faço para salvar a vida de vocês? - ele disse ao tirar seu corpo de cima do de Upa que, ao abrir os olhos, sorriu.
— Yajirobe, você voltou...
— Eu tive que voltar porque sua tolice em querer bater de frente com Piccolo Daimaoh só podia terminar desse jeito, sorte sua que ele provavelmente pegou leve ou você já estaria morto.
— E o Mestre Karin?
— Está em segurança, junto com o seu pai e os sobreviventes da Tribo Karinga. - Yajirobe pegou o pequeno saco de pano amarrado na cintura e o abriu, retirando uma semente e a derrubando na mão direita de Upa, antes de também colocar o saco na mão esquerda dele. - Toma!
— Por que... Por que as trouxe de volta?
— Porque se eu não fizesse isso, você iria morrer, é tão difícil de entender? - ele se voltou para Ukulele e retirou a katana da bainha. - Coma uma e fuja com as outras para o lugar mais longe que puder enquanto esconde o seu ki. Contra o Daimaoh em pessoa, eu não duraria dois segundos, mas contra esse aí acho que consigo segurar tempo suficiente pra você fugir.
— Yajirobe...
— Então você veio me enfrentar gorducho? - perguntou Ukulele ao se voltar para ele.
— Gorducho uma ova, fique sabendo que eu sou forte e até já matei um monstro como você no passado, a carne dele era deliciosa!
— Então você matou um de meus irmãos e o comeu? Gorducho miserável, eu vou te matar!
Furioso, Ukulele envolveu seu corpo em uma aura de ki escuro ao balançar suas asas, o solo gramíneo começou a rachar, deixando o samurai apreensivo.
— (Caramba, até mesmo os filhos do Piccolo Daimaoh se tornaram apelões a esse ponto! Será que nem contra um deles eu tenho chances mais?)
— Não precisa... Não precisa fazer isso Yajirobe...
— Anda logo Upa, você está perdendo tempo! Faça o que eu mandei, não quero sacrificar a minha vida por nada... - Ukulele já avançava em sua direção e nisso ele empunhou sua espada. - Coma uma Semente dos Deuses e fuja daqui, depressa!
O namekuseijin mutante, que também era um Androide Mutante, girou e balançou a cauda que se chocou contra a katana em um choque ressonante, acabando com o samurai cedendo ao impacto e sendo atirado para longe.
— Yajirobe! - exclamou Upa.
Yajirobe quicou no solo duas vezes, antes de estabilizar-se a arrastar os pés no gramado e avançar novamente em uma corrida de extrema velocidade. Balançando a katana, ele cortou o ar, disparando um corte de ki que partiu o chão diante de Ukulele, o qual se esquivou saltando para trás, planando com suas asas. O namekuseijin então concentrou energia em sua boca e lançou uma rajada de ki contínuo, a qual o samurai esquivou por um triz, com a explosão em suas costas o obrigando a saltar contra o inimigo, empunhando sua katana com a lâmina para trás, sentindo tudo em slow motion.
— Você já era gorducho! - afirmou Ukulele no momento em a lâmina cruzou com suas garras e Upa assistia a cena impressionado.
— Ele tem seus defeitos como todo mundo, mas é um guerreiro valoroso que enfrenta o medo para ajudar seus amigos... Eu não podia esperar menos de alguém que também é amigo do Goku...
Upa levou com alguma dificuldade a Semente dos Deuses em sua mão até a boca e nesse meio tempo, Yajirobe e Ukulele aterrissaram de costas um para o outro, com alguns segundos de incerto silêncio a prosseguir. Eis que então o samurai caiu sobre um dos joelhos, no jorrar do sangue em seu peito do rasgão causado pelas garras do namekuseijin demônio.
— Hahaha! Eu te avisei, não foi? - nisso Ukulele sentiu uma dor imensa em seu antebraço e no momento seguinte, sua mão caiu atorada de seu braço, jorrando sangue roxo no processo. - ARGH! MALDITO!
— Heheheh... - Yajirobe se virou, rindo apesar da dor. - Se eu vou morrer mesmo, então tenho que pelo menos deixar a minha marca.
— Sangue! Eu detesto ver sangue!
Ukulele virava o rosto e por isso não percebeu Upa, agora recuperado, chegar por trás e lhe aplicar uma joelhada no crânio que o atirou a colidir contra algumas árvores.
— Upa, seu imbecil! - murmurou Yajirobe. - Você ainda não foi?
— Eu não podia te deixar aqui para morrer por mim.
— Que coisa... Agora não sei se brigo com você ou te agradeço por isso. - Upa sorriu e Yajirobe sorriu de volta. - Me dá uma Semente dos Deuses aí vai.
— Certo. - Upa foi procurar o saco de sementes onde havia amarrado junto o cinturão da faixa azul e vermelha em sua calça quando não o encontrou. - Ah, não pode ser!
— Não me diga que...
Ambos se voltaram na direção de Ukulele que o havia pegado no momento do golpe do indígena, já caminhando na direção deles com o saco de sementes em sua mão inteira.
— Desgraçados, se aproveitam que, por causa da anomalia genética que eu tenho, não posso me regenerar como um namekuseijin normal, mesmo sendo um Androide Mutante. Eu não quero sangrar mais!
Ukulele abriu seu bico e despejou todo o conteúdo do saco goela abaixo.
— Não! - gritou Yajirobe, mas já era tarde demais para impedi-lo, Ukulele as engoliu e não demorou muito para sua mão direita regenerar no cotoco do antebraço.
— Ah... Bem melhor...
— Essa não, ele comeu todas as Sementes dos Deuses e agora vai nos matar!
— Não vai não. - disse Upa. - Ele pode ser forte, mas nem tanto. Se lutarmos juntos, tenho certeza de que podemos vencê-lo facilmente.
— É sério?
— Sim. Você ainda consegue lutar?
— Se não tem outro jeito... - ele falou, com seu peito ainda sangrando.
— Ótimo. Eu vou na frente e você fica na retaguarda esperando o momento certo, vamos lá Yajirobe!
Upa envolveu seu corpo em uma aura de ki e partiu para o ataque, se chocando contra Ukulele que já vinha na direção contrária, abrindo uma pequena cratera no reverberar da ventania.
— Por que eu tenho que lutar nesse estado? - questionou-se Yajirobe antes de pegar sua katana do chão.
Upa e Ukulele trocavam golpes em alta velocidade e em pé de igualdade acima do solo.
— Para alguém que quase foi morto pelo meu pai, você é bem forte, é mais forte do que o gorducho... Mas mesmo assim, não vai me derrotar!
— Isso é o que você pensa! - exclamou Upa, antes de lhe atingir um potente soco no centro do rosto que o jogou para trás.
— Argh! Seu... - Ukulele ameaçou avançar de volta, quando parou e levou as mãos à barriga, sentindo-se mal. - Ugh...
— O que está acontecendo? - perguntou Upa, que viu o namekuseijin começar a estufar.
— Trouxa, esse é o resultado por ter comido tantas Sementes dos Deuses de uma vez só, eu aprendi isso da pior forma também. - Yajirobe embainhou a espada e começou a correr. - É a nossa chance Upa, ataque ele agora com todas as forças!
Upa respondeu elevando o seu ki, erguendo sua perna esquerda e abrindo os braços para a sua técnica especial.
— O que você vai fazer?
— Vou acabar com você, desgraçado! - Upa apoiou a perna e jogou os braços para frente como em um abraço. - Cross Typhoon!
A boleadeira de duas grande esferas de energia dourada cruzou o ar em uma explosão considerável, lançando o Ukulele estufado com as asas destroçadas e cheio de graves ferimentos a despencar em queda livre.
— Essa não, sangue! Sangue! - ele gritava assustado quando viu o samurai lá em baixo com a mão no cabo da espada, pronto para o golpe final.
— Diga adeus! Aaah!
Concentrando energia na lâmina que resplandeceu em ki azul, Yajirobe desferiu o corte diagonal, partindo o corpo de Ukulele ao meio.
— GORDUCHO MALDITO! WHOA! - em meio ao processo de estufamento, a divisão fez com que suas duas partes explodissem em pedaços atrás do samurai, jorrando sangue para todo lado.
Exausto, Yajirobe foi de joelhos ao chão enquanto Upa se aproximou dele e disse:
— Conseguimos Yajirobe, conseguimos!
— É? Fico feliz que eu não tenha me arriscado à toa. O lado ruim é que aquela coisa comeu as Sementes dos Deuses.
— Não importa, o importante é que elas não caíram nas mãos de Piccolo Daimaoh e que nós dois sobrevivemos, mesmo que alguns dos meus irmãos não tenham tido a mesma sorte. - Upa apoiou Yajirobe pelo ombro. - Você foi incrível Yajirobe, podia descer da torre e treinar comigo um dia desses, garanto que conseguiria ficar mais forte do que eu!
— Como eu disse antes, ficar forte só vai me trazer problemas, eu prefiro continuar assim mesmo.
Upa apenas sorriu e nisso completou:
— Vamos, você precisa tratar desses ferimentos.
— Poxa... A pior parte é que não sobrou nada inteiro daquele monstro, eu estava seco pra assar e comer ele.
Upa riu, apesar dos pesares e então a dupla foi embora, rumo ao abrigo na aldeia da Tribo Karinga.
Na abandonada Torre Karin, Piccolo Daimaoh sentia um aperto no peito, já sabendo o desfecho de seu filho.
— Pobre Ukulele... Sua vida foi curta, mas seu sacrifício não foi em vão. - as plantas nos vasos cujos frutos eram Sementes dos Deuses encasuladas como vagem estavam se desfazendo com o fogo, a Torre Karin estava em chamas e Piccolo se encontrava no meio delas como se nada fossem. - Se eles pensavam que meu objetivo era conseguir as Sementes dos Deuses para mim, estavam redondamente enganados. Meu objetivo era destruí-las e eu consegui... - em sua mente voltaram as lembranças de como matara Dendê e Sr. Popo, usurpando o título de Kami-Sama pouco antes de descer para a Torre Karin. - Além disso, eu agora sou o Kami-Sama, o que significa que tenho o controle sobre as Esferas do Dragão, os recursos que eles tinham para sobreviver se acabaram e com isso a terceira fase do plano do Doutor Gero e do Doutor Myuu está concluída! Hahahahahahahahaha!
Enquanto isso, em algum lugar do planeta, a Esfera do Dragão de quatro estrelas se encontrava perdida em meio a um prado verdejante, quase que afastada do caos que o mundo vivia. Como se algo a possuísse, suas estrelas vermelhas escureceram, tornando-se negras como as da já extintas Esferas do Dragão de Estrelas Negras e de repente, como se não mais bastasse, ela rachou. O ato de Piccolo Daimaoh ter usurpado o título de Kami-Sama mais tarde traria consequências que ele próprio desconhecia...
Autor(a): fagnerlsantos
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Piccolo Daimaoh, o terrível demônio que fez o mundo sofrer sob o seu jugo no passado, tinha tudo pronto fazê-lo novamente no presente, só que agora com os plenos poderes do título de Kami-Sama. Após ter destruído as Sementes dos Deuses junto com a própria Torre Karin, o namekuseijin ascendeu de volta à Plataforma C ...
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