Fanfics Brasil - Laços transcendentes de outra vida! Gohan e Piccolo! Dragon Ball GT Kai

Fanfic: Dragon Ball GT Kai | Tema: Dragon Ball


Capítulo: Laços transcendentes de outra vida! Gohan e Piccolo!

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— Do que... Do que você me chamou? - indagou Daimaoh, que viu Gohan, agora ascendido ao seu Estado Definitivo, se voltar para ele.
— Te chamei de Senhor Piccolo. Foi assim que eu sempre te chamei, não foi?
O namekuseijin demônio parecia surpreso, mas não demorou muito para lhe surgir um sorriso debochado seguido de um riso.
— Hahahahahahahahaha! Pensei que fosse mais esperto, eu já te disse Gohan, não sou o Piccolo que você conheceu.
— Eu sei disso, ficou óbvio para mim desde que cheguei aqui. Mas eu precisava ter certeza, já que o seu ki é igual ao do Senhor Piccolo e foi por isso que eu adotei uma versão avançada da tática que usei contra o guerreiro do Universo 9 quando lutei no Torneio de Exibição Zen e com ela pude olhar o fundo da sua alma.
— Então a aura do Super Saiyajin era para isso? Para ser um radar que enxergava a minha alma através de meus próprios movimentos? - Daimaoh sorriu. - Parece que a morte do meu filho fez bem para você como guerreiro, Son Gohan.
— Foi graças a isso que cheguei à conclusão do que eu já suspeitava, você realmente não é o Piccolo que eu conheci, porém a alma dele ainda está aí dentro. O Senhor Piccolo não dizia ser sua reencarnação porque era seu sucessor, ele realmente era a reencarnação de você, assim como o Uub é a reencarnação do Majin Buu malvado. Você e o Senhor Piccolo possuem a mesma alma, mesmo sendo pai e filho.
— É isso mesmo, eu compartilho a mesma alma com meu filho Piccolo Junior, apenas um de nós pode existir e por conta disso, só fui revivido porque ele estava morto quando o Doutor Myuu desejou às Esferas do Dragão de Namekusei que os inimigos do passado retornassem. Imagino que deva estar se perguntando como isso é possível, então eu vou explicar: os descendentes da Família do Mal possuem uma habilidade inata para manipular almas, tanto que involuntariamente conseguimos impedir que a alma de alguém assassinado por nós chegue ao Outro Mundo. Entretanto, essa capacidade não se resume apenas a isso no caso de um demônio superdotado, pois posso trazer uma alma de volta em um novo corpo se assim eu quiser, como fiz com o meu filho Piano que está logo ali e além disso, posso transpassar a minha própria alma para um descendente em troca de toda a minha energia vital restante, uma habilidade muito útil para continuar vivo de alguma forma quando se está à beira da morte. Foi assim que dei origem ao Piccolo que você conheceu em meus últimos momentos após ter sido derrotado por seu pai.
— Entendo e parece que o seu plano em continuar vivo através do Senhor Piccolo não deu muito certo, já que ele acabou não sendo como você.
— Esse é o efeito colateral desta habilidade, há um pequeno risco de que o descendente para o qual transpasso minha alma acabe perdendo sua linhagem da Família do Mal e consequentemente, perca sua maldade com o tempo. Esse foi o caso de Piccolo que, por sua influência, se tornou um ser tão gentil ao ponto de virar babá da sua própria filha.
— E você não gosta disso? Não gosta do fato do Senhor Piccolo e eu termos nos tornado bons amigos como se ele fosse um segundo pai para mim?
— Mas é claro que não! Quando ele te pegou para treinar, o objetivo dele era corrompê-lo e usá-lo para destruir o seu pai, mas o que acabou acontecendo foi justamente o contrário. Me enoja que eu, o grande Piccolo Daimaoh, tenha se tornado o melhor amigo do filho do homem que me destruiu! - Daimaoh levou a mão em seu peito. - Eu ainda sinto aqui dentro, ainda sinto esse afeto por você Gohan, você corrompeu a alma maligna de Piccolo Daimaoh!
— Então é como eu imaginava, ainda há algo do Senhor Piccolo dentro de você.
— Quando fui revivido, foi como se eu tivesse reencarnado de meu próprio filho, revivi com todo o poder e o conhecimento que ele tinha antes de morrer, as almas de Nail e de Kami reviveram suprimidas comigo, mas eu também revivi com todas essas malditas lembranças e por mais que eu tente, não consigo me livrar delas! Por isso preciso destruir você Son Gohan, para que minha alma volte a ser como era antes!
Daimaoh flexionou os braços na altura da cabeça e em fúria, elevou o seu ki ao máximo para fazer frente ao seu adversário.
— Eu sinto muito Piccolo Daimaoh, mas você não pode mais me derrotar. Se quisesse mesmo vencer, teria aproveitado a chance que teve quando eu não estava usando meu verdadeiro poder.
— Seu arrogante! Não entendeu ainda? - Piccolo avançou contra ele com o ombro esquerdo diante de si. - Não poderei me livrar da sua lembrança se não te ver morrer como um inútil que não conseguiu me vencer, mesmo depois de ter usado todos os seus poderes!
Daimaoh rumou o rosto com a esquerda usando as costas do braço em arco, golpe que Gohan defendeu com o antebraço canhoto. Quase que imediatamente, o namekuseijin continuou, desferindo um chute com a perna destra no mesmo lugar, com o impacto abrindo a defesa do saiyajin, que viu a mão direita de seu adversário agarrar sua cabeça. Com as garras cravadas no crânio de Gohan, a aura de Daimaoh ferveu, dispersando a energia vital do filho de Goku puxá-la com seu ki.
— Aaaah! - Gohan levou as mãos ao braço de seu oponente.
— É o que ganha por baixar a guarda Gohan!
— Em momento algum... eu baixei a guarda!
Gohan desferiu uma joelhada no estômago, fazendo-o retroceder em posição fetal e então juntou as mãos, desferindo um golpe de marreta diagonal que lançou Piccolo Daimaoh a atravessar a Plataforma Celeste, levando-o a uma queda em altura.
— Grande Piccolo Daimaoh! - exclamou Piano que viu Gohan descender ao redor da plataforma, com um soco rumo ao peito do namekuseijin que segurou o impacto com os dois braços em forma de xis.
Daimaoh logo tentou revidar com a esquerda e Gohan esquivou para o lado, conseguindo a brecha para um novo soco que atingiu em cheio o rosto de seu oponente, o lançando-o para longe. Nisso o saiyajin tomou impulso e o passou como se teleportasse, parando-o com uma cotovelada nas costas. A cuspir um pouco de sangue, Daimaoh tentou reagir mais uma vez, girando para a sua direita com um golpe de karatê, o qual o saiyajin desviou ao se abaixar ainda de costas, girando para a esquerda e cravando certeiramente um chute de direita no quadril, seguindo com um gancho de esquerda no queixo que o mandou voando para o alto. O demônio foi lançado em um voo de parábola, rumo a cair novamente na Plataforma Celeste e quando chegou ao ápice lá no alto, antes de começar a cair, Gohan surgiu acima dele ao ter acompanhado seu movimento como num salto com vara, com as costas para seu oponente, girando depois o corpo para um soco reverso com a direita que o mandou com violência a sofrer o impacto contra uma das torres ainda de pé.
— Maldição... - praguejou Daimaoh ao começar a se levantar.
— Aguente firme, eu vou te ajudar meu senhor! - desesperado, Piano correu em sua direção frontal.
— Não seu idiota, não venha! - Daimaoh alertou, mas já era tarde demais, pois logo Piano viu seu pai se voltar rapidamente para trás para um Gohan que ali aterrissou e disparou um poderoso Kamehameha a curta distância.
— HA!
Tudo o que Piccolo pôde fazer foi tentar bloquear o ataque que o engoliu em segundos, com Piano que estava atrás dele a ser tragado consigo. Em meio a um grito de agonia, o namekuseijin com feições de pterodátilo teve seu corpo completamente pulverizado.
— GRANDE PICCOLO DAIMAOOOOOOHH!!!
A rajada azul transpassou os limites da Plataforma Celeste e a explosão aconteceu ali, ofuscando a tudo por um instante, abalando as estruturas de todo o templo. Quando a poeira se esvaiu, Daimaoh ainda se encontrava de pé, porém cheio de ferimentos, com as roupas rasgadas e o lado direito do corpo levemente deteriorado.
— Estúpido, por que ele foi se meter?
Vendo apenas um pedaço de seu braço direito, o namekuseijin levou a mão ao mesmo e o arrancou fora, jorrando sangue. Jogando o membro no chão, ele fez força e sem muito trabalho, o braço e a parte do tronco faltantes brotaram como novos, regenerando seu corpo ao estado inteiro novamente, o que não surpreendeu Gohan.
— (Como eu pensava, a regeneração dele foi melhorada por causa da mutação e ele consegue se regenerar quase que instantaneamente. Desse jeito, eu não vou conseguir derrotá-lo a menos que eu destrua a célula central que fica na cabeça dele.)
Rasgando com a mão os restos de suas vestes superiores, Daimaoh exclamou:
— Vai pagar caro por isso Gohan! Seja como for, o Piano ainda era meu filho!
— Eu não tive a intenção e você sabe disso. Só o que quero é libertar a alma do Senhor Piccolo e além disso, eu sei que você foi o responsável pela destruição da Torre Karin e que fez algo com o Senhor Popo e com o meu amigo Dendê ou do contrário, não estaria se denominando o Kami-Sama.
— Hmpf! - Daimaoh sorriu de leve, mudando de assunto. - E eu que pensei que era forte o suficiente para te derrotar... Por que Son Gohan? Por que corrompeu a alma de Piccolo Daimaoh? Você até demonstrou ser capaz de distinguir almas. Se você tivesse... Se você tivesse se tornado parte da Família do Mal, tudo seria diferente!
— A alma do Senhor Piccolo está orgulhosa de mim? - o desgosto de Daimaoh em meio ao silêncio por si só responderam a tal pergunta e nisso Gohan sorriu ao olhar para a capa que carregava em seus ombros. - Ele sempre soube que eu nunca gostei de lutar e que a única razão para eu me manter forte era para proteger as pessoas que amo e depois que ele se foi, só o que eu queria era manter o legado dele vivo de alguma forma, pois além de meu mestre, o Senhor Piccolo foi um amigo que esteve comigo quando o meu pai não podia estar. Me lembro do quão assustador ele era para todos, mas o engraçado é que nunca tive medo dele de verdade, acho que eu conseguia ver o bom coração que ele tinha por trás de toda aquela maldade que ele dizia ter e foi dessa forma que me tornei seu amigo, o primeiro que ele teve. - Gohan voltou seu olhar, agora sério, para Daimaoh. - Não me venha com essa de que eu corrompi o Senhor Piccolo, pois ele sempre foi uma boa pessoa que era incompreendida justamente por ser seu filho. Ele se sentia um ser de pura maldade como você porque nasceu para te vingar mas, na prática, ele nunca foi e acho que o meu pai também sabia disso e por isso o deixou viver quando eles se enfrentaram no Torneio de Artes Marciais. Se tem alguém que corrompeu a alma do Senhor Piccolo, esse alguém é você, Piccolo Daimaoh.
— Cale a boca, não diga asneiras, não faz sentido algum eu tentar corromper minha alma para ser má quando ela má por natureza, só o contrário poderia acontecer! Você acha que carrega o legado de Piccolo? Você Gohan é só a sombra do amolecimento que ele teve depois que te conheceu, sou eu quem tem a alma dele, eu sou o legado de meu próprio filho! Ele pode não ter sido o que eu queria que fosse, mas farei bom uso de tudo que ele aprendeu para ter este mundo aos meus pés como no passado e ninguém poderá se opor a mim! Só o que preciso fazer antes é me livrar das más lembranças, me livrar de você Gohan! - Daimaoh juntou as mãos uma em frente a outra adiante da barriga, onde concentrou sua energia. - Gekiretsu Kodan!
— É outra das técnicas do Senhor Piccolo! - Gohan exclamou ao vê-lo lançar aquele grande meteoro de energia amarela e com as próprias mãos, o saiyajin segurou o ataque, que fez seus pés deslizarem de leve no solo. Foi quando, prestes a rebater o ataque, viu seu oponente surgir lá no alto, de olhos a brilhar em vermelho disparando dois raios de ki como lasers que se juntaram em um só ao perfurar o ombro esquerdo. - ARGH! Droga, era uma distração!
— A diferença entre nossos poderes não é tão grande e eu posso superar você com uma boa estratégia, Gohan!
Daimaoh disparou novamente, desta vez contra o joelho direito, abalando-lhe a estabilidade.
— Desgraçado... - Gohan já começava a ser arrastado pelo Gekiretsu Kodan quando o terceiro raio mirado ao peito o fez cuspir sangue, perdendo suas forças para que o ataque o atingisse em uma explosão que partiu o que restava da Plataforma Celeste no meio.
O filho de Goku acabou lançado para trás a quicar umas duas vezes no chão daquele lado que começava a se fragmentar quando Daimaoh o agarrou pela perna esquerda com o braço esticado, se lançando contra ele em uma voadora no estômago, pressionando-o contra o chão, o qual cedeu em pedaços ainda menores. Disposto a reagir, Gohan agarrou dois dos pedaços de concreto a desfalecerem em ambos seus lados e um após outro os quebrou na cabeça do namekuseijin demônio, juntando as mãos na testa, na posição do Masenko e disparando o ki a esvoaçar à curta distância em uma explosão que lançou o inimigo para o alto. Subindo a voar por entre os pedaços da Plataforma Celeste, o saiyajin mestiço avançou e sua esquerda mirada ao rosto acabou bloqueada pela palma da mão direita de Daimaoh. O impacto fez Gohan sentir o ombro anteriormente perfurado de onde um pouco de sangue jorrou e nisso Piccolo aproveitou a oportunidade, segurando-lhe o pulso com a mão esquerda e puxando-o para uma cotovelada vertical na articulação do cotovelo, quebrando-lhe o braço, com o saiyajin a dar um brado na sequência.
— O que foi Gohan? Vai chorar como costumava fazer quando era um pirralho? - a provocação de Daimaoh durou apenas até o momento em que ele percebeu que, mesmo em meio a dor, Gohan já tinha preparado um Kamehameha em sua mão direita. - Não pode ser!
— HAAAA!!!
A explosão a queima-roupa no peito foi intensa, rachando o lado ainda inteiro da Plataforma Celeste e pulverizando os pedaços soltos do lado destruído ao seu redor. Afastado para trás, mesmo faltando pedaços do tórax para cima, Piccolo Daimaoh se moveu contra Gohan, restaurando quase que imediatamente as partes faltando e utilizando a cabeça, a qual ainda estava inteira apesar de tudo, atingiu o saiyajin no peito, jogando-o para trás, esticando então seu braço esquerdo para prendê-lo pelo pescoço.
— Já entendi, você tentou destruir a minha célula central, não é mesmo? Pois saiba que também ganhei um crânio praticamente indestrutível justamente para evitar que isso aconteça. - Daimaoh o puxou para si, cravando as garras de sua mão direita na barriga do saiyajin. - Desista, você jamais conseguirá destruí-la e com minha regeneração instantânea, posso me recuperar de todos os seus ataques, mesmo que eles sejam mais poderosos que os meus!
Com a cabeça sob o ombro esquerdo de Daimaoh, Gohan reagiu como uma cabeçada na têmpora esquerda de seu adversário, se desvencilhando para um chute giratório com a perna boa que o mandou para longe, estendendo a mão direita para iniciar um disparo contínuo de esferas de energia. O namekuseijin pairou e rebateu a primeira com um tapa, avançando a voar por entre as outras na direção de Gohan. O filho de Goku esquivou seu cruzado de esquerda para trás, desviando-o com a palma da mão e revidando com uma joelhada de direita nas costelas, fazendo Piccolo gritar de dor ao vomitar sangue, ainda que o saiyajin tenha sentido o impacto por aquela perna ter sido avariada anteriormente. Furioso, Daimaoh bradou ao avançar ao ataque e Gohan foi ao seu encontro, com seus antebraços ressonando ao impacto. Golpes atrás de golpes se sucederam em uma troca de socos e chutes parelha, movendo-se pelo céu como flashes de luz.
— (Como... Como é possível ele conseguir me acompanhar nesse estado?) - a determinação no olhar do saiyajin que revidava com apenas o braço direito e a perna esquerda o assustava. - (Será que o Gohan melhorou tanto assim?)
— Aaah! - foi quando Gohan encaixou um cruzado de direita mandando Daimaoh a voar pelos ares, surgindo lá no para o desferir de um pisão que o mandou em diagonal contra o chão do lado ainda em pé da Plataforma Celeste, onde ele colidiu contra uma parte do templo. - Custe o que custar, eu vou libertar a sua alma Senhor Piccolo, para que o senhor possa voltar a descansar em paz no Outro Mundo.
Gohan estendeu os dedos indicador e médio e os levou lentamente à testa, onde a energia faiscante começou a tintilar e então, impulsionando sua perna boa, ele exclamou ao se lançar em voo rasante contra o inimigo. Daimaoh lá em baixo se reerguia e quando se deparou com a cena, o choque foi iminente.
— Não pode... Não pode ser! Aquele é o...
Foi quando ao chegar perto, a imagem de um Zanzoken de Gohan o atravessou, com o verdadeiro surgindo certa distância a sua direita, prestes a disparar o ataque, apoiando-se no chão com apenas uma perna.
— Makankosappo!
A rajada de ki envolta numa espiral saiu de seus dedos, seguindo em linha reta na direção de Piccolo Daimaoh, que já não tinha mais como desviar. Sem saber o que fazer, levou as palmas das mãos adiante de si e o Makankosappo as atravessou como se nada fossem, rumando para o centro do peito, atravessando-o de lado a lado e abrindo um buraco enorme, com a energia implodindo seu corpo. A boca de Daimaoh logo se encheu de sangue, sua visão ficou turva e suas pernas começaram a falhar, caindo sobre seu joelho direito.
— Droga... Como é possível?! - com o corpo ensanguentado, o namekuseijin demônio não podia crer no que acabara de acontecer.
— Mesmo tendo ganhado uma regeneração acelerada e uma proteção para a célula central, você ainda possui órgãos vitais como o coração que não podem ser danificados. Por causa disso, o Senhor Piccolo não era indestrutível e você também não é.
— Maldição! Foi como quando seu pai me derrotou... - Daimaoh começou a cambalear. – O mundo inteiro estava em minhas mãos e eu...
— Acabou, Piccolo Daimaoh. - disse Gohan, antes de voltar ao seu estado normal, apoiando seu braço quebrado.
— Gohan... Chegue mais perto... Não tenha medo, eu não tenho mais condições de lhe fazer mal. - apesar da desconfiança, o saiyajin foi mancando até ele e nisso o namekuseijin ameaçou cair para frente, mas Gohan se abaixou, segurando-o com o braço. - Me conte, você não lutou... Você não lutou totalmente a sério, não é?
— Hum?
— A capa... Você não retirou a capa...
Daimaoh levou a mão ao peito do filho de Goku e a mesma começou a brilhar. Aos poucos, os ferimentos no corpo do saiyajin foram se curando e os danos em suas vestes foram se consertando.
— O que é isso?
— Eu restaurei suas roupas com minha habilidade que você bem conhece e também te curei usando os conhecimentos do Kami... Posso usar todos eles desde que me tornei Kami-Sama...
— Por quê?
— Não entenda errado... Você tem muitas batalhas pela frente ainda Gohan e se eu não posso dominar este mundo, então Doutor Myuu e Doutor Gero também não podem...
Ao vê-lo tossir, Gohan apoiou as costas do demônio em seu braço esquerdo, agora curado, mantendo-o sentado no chão.
— Se você é mesmo o Kami-Sama, então você matou o Dendê, não é verdade? - Daimaoh começou a rir em meio aos seus soluços, o que deixou Gohan com raiva e frustrado ao mesmo tempo.
— Eu sei no que está pensando Gohan, que vingou a morte do seu amigo de Namekusei, mas ao mesmo tempo sabe que minha morte significa que as Esferas do Dragão deixarão de existir... Mas não se preocupe, antes de partir, eu quero lhe dar um presente...
Utilizando de suas últimas forças, o namekuseijin forçou suas entranhas e um novo ovo começou a subir pela sua garganta, expelindo-o em sua própria mão, oferecendo-o então para o saiyajin.
— O que é isso?
— Minha alma transpassada em um novo ser... Se eu fiz tudo certo, seu amigo Piccolo irá renascer a partir desse ovo...
— O que? - Gohan ficou atônito com aquela informação e Daimaoh logo completou.
— Ele precisará crescer e recomeçar sua vida do zero, mas tirando isso, ele será o Piccolo que sempre foi... Ele não será um Androide Mutante como eu, será um namekuseijin normal, mas irá herdar minhas habilidades e todo o poder que tenho agora... Ele será muito mais forte do que era antes e poderá chegar ainda mais longe, se ele quiser... Eu também passei a ele a Essência de Deus que tirei de Dendê, o que significa que agora ele é o Kami-Sama e enquanto esse ovo existir, as Esferas do Dragão continuarão existindo.
— Tudo isso é mesmo verdade? Mas e quanto as Esferas do Dragão de Estrelas Negras? O Senhor Piccolo se sacrificou para que elas deixassem de existir!
— Eu me certifiquei de que a alma do Kami irá embora comigo para o Outro Mundo quando eu morrer... Quando Piccolo renascer, ele terá apenas a de Nail, o que significa que ele poderá viver sem se preocupar com a existência dessas esferas... E mais uma coisa da qual não sei se foi o motivo que te trouxe aqui, sobre o Uub e o seu pai estarem presos, enfrentando um ao outro no Abismo, o limbo para onde vão as pessoas que são mortas pela Família do Mal... Use a última sala do andar mais baixo templo, se tiver sorte, talvez você ainda possa salvá-los...
— Piccolo Daimaoh...
— Que ironia para o grande Piccolo Daimaoh, morrer fazendo uma boa ação ao homem que corrompeu sua alma... - Daimaoh tossiu e então sorriu malignamente. - Destrua-os Gohan... Mostre aqueles cientistas que Piccolo Daimaoh ainda vive em você e que ele jamais será controlado por ninguém, a não ser pelo seu bom coração...
Piccolo Daimaoh soltou sua última gargalhada maligna, seus olhos fecharam e sua cabeça virou para o lado. O namekuseijin da Família do Mal faleceu ali, nos braços de Son Gohan, filho do homem que um dia o matou quando garoto e pelo qual sua alma maligna pertencente a seu filho tinha muito apreço.
Sentindo um misto de emoções, Gohan o deitou e o olhou fixamente por alguns segundos enquanto segurava o ovo deixado pelo namekuseijin. O saiyajin então o deixou ali e rumou para a Sala do Tempo, que por pouco não teve sua entrada destruída pela batalha. Adentrando ao local vazio e silencioso que era a dimensão daquela sala, Gohan repousou no chão o ovo que prometia um dia trazer Piccolo de volta a vida e em silêncio se retirou rumo à saída, fechando a porta.
Logo ao sair e ter a visão do céu aberto que tinha da Plataforma Celeste destruída, ele avistou Vegeta se aproximando com a Vovó Uranai, tendo Buu com Mr. Satan em suas costas como companhia. Gohan não iria adentrar ao Abismo sozinho, onde tanto Uub quanto Goku continuavam caídos, sem demonstrar sinais de vida...




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Autor(a): fagnerlsantos

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Uub e Son Goku, mestre e discípulo, entregues ao destino de terem de lutar um contra o outro. No silêncio das profundezas do Abismo, onde nem mesmo os gritos de agonia das almas perdidas alcançavam, ambos permaneciam caídos em duas poças de sangue sob o invisível chão cinza, as quais ficavam cada vez mais molhadas com o passa ...


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