Fanfic: Dragon Ball GT Kai | Tema: Dragon Ball
Uub dormia tranquilamente e na cama ao lado, Goku também o fazia, apesar dos graves ferimentos. O jovem terráqueo sequer podia imaginar que, naquele momento, Recoome, Botter e Jiece das Forças Especiais Ginyu terminavam seu aquecimento para dar início a luta contra seus amigos de viagem em Nova Namekusei. O grandalhão de cabelos laranja foi o primeiro a dar passos à frente e os outros dois ainda se alongavam, quando Jiece perguntou:
— Vocês estão prontos?
— Sim! - Trunks respondeu por todos, se colocando em guarda.
— Bem, então vamos começar! - disse Botter que, como se o prévio aviso não existisse, se lançou ao ataque tão rápido que o filho de Vegeta mal teve tempo de bloquear seu soco, o fazendo no último instante com os dois braços como um xis adiante do peito, sendo afastado para trás.
Goten já avançava pelas suas costas, tendo seu caminho barrado pelo soldado de pele vermelha e longos cabelos brancos, a sumirem de vista após o primeiro impacto de seus antebraços. Recoome porém, se manteve a espera com um sorriso no rosto, deixando Marron apreensiva, apesar da disposição em ter de enfrentá-lo sozinha. Gill jazia a assistir, escondido atrás de uma pedra enquanto Ginyu e Gurdo faziam o mesmo, parados diante da entrada da fortaleza.
Na Capital do Sul, um momento de silêncio se fez quando Tao Pai Pai mencionou o Clã dos Três Olhos pela segunda vez.
— A história dos meus antepassados... - disse cabisbaixo o quarto Tenshinhan diante de Tao Pai Pai.
— Eu soube que Son Goku na verdade não pertence a este planeta, mas muito antes de termos saiyajins como ele aqui na Terra, os terráqueos já interagiram e se relacionaram com outras raças extraterrestres no passado e reza a lenda de que o Clã dos Três Olhos surgiu de uma dessas interações. A linhagem desse clã possuía um terceiro olho em sua testa e era de humanos superdotados de uma percepção intuitiva inigualável e capacidades físicas surpreendentes! Quando Piccolo Daimaoh assolou o mundo com o seu domínio, os guerreiros do Clã dos Três Olhos foram os primeiros a lutar contra ele e até tiveram a chance de destruí-lo, mas por conta de seu pacifismo, eles subestimaram o inimigo e terminaram completamente exterminados pelo exército de demônios, acreditava-se que nenhum deles havia ficado vivo. Entretanto, alguém aparentemente sobreviveu e passou a linhagem adiante, a qual ficou perdida por séculos até que um belo dia, um garotinho órfão com um terceiro olho na testa veio até o meu irmão Tsuru, pedindo para que o mesmo o treinasse.
— Não só ele me treinou como praticamente me criou.
— Sim, pois você não era qualquer um para ele. Como sabe, o meu irmão decidiu passar seus conhecimentos, assim como o Kame, mas diferente dele, o Tsuru não acolhia qualquer um que viesse até ele com um presente, apenas aqueles com um dom especial único tinham o privilégio de serem seus discípulos. O Chaos por exemplo foi acolhido por causa dos poderes psíquicos com os quais nasceu e de sua estranha genética que o impede de envelhecer sem precisar de artifícios como a Ave Secular ou a Erva do Paraíso. Mas você era ainda mais especial por ser descendente de um povo de grandes poderes que acreditava-se estar extinto e foi por isso que o Tsuru se interessou tanto. Desde cedo você obstinava em ficar mais forte, tanto que o que meu irmão mais velho lhe ensinava não era o suficiente, você também queria aprender das minhas técnicas de assassinato e mesmo nunca tendo tido vontade de ensinar alguém, eu acabei te aceitando como meu aprendiz pessoal, imaginando que, por conta do sangue do Clã dos Três Olhos que corre em suas veias, você um dia se tornaria o assassino perfeito.
— E eu passei a admirá-lo Senhor Tao Pai Pai, antes de conhecer o Goku, o Mestre Kame e os outros, só o que eu queria era ser um assassino respeitado como o senhor.
— Eu sei, você suportou o treinamento para conseguir isso. Entretanto, acabou que você se tornou um fracasso, não só porque amoleceu quando conheceu Son Goku, mas também porque perdeu os poderes de seus antepassados em algum momento e só o que lhe restou foram resquícios desses poderes.
— Sabe muito bem que nunca me interessei pelo meu passado e só soube dele através do senhor e do Mestre Tsuru. Eu não sei se um dia eu tive esses poderes dos quais fala.
— Seja como for, eu esperava que despertasse tais poderes, mas você nunca conseguiu, mesmo tendo se tornado muito mais forte do que qualquer um dos seus antepassados.
— Eu não entendo, por que está desenterrando essa história agora?
— Porque o que acaba de fazer me obrigou a desenterrá-la. Já parou para pensar que o fato de você ter aperfeiçoado a sua técnica ao ponto de transformar o ponto fraco dela em um ponto forte pode ser um sinal do despertar desses poderes que você perdeu? - aquela pergunta deixou o triclope em silêncio, mas logo o assassino complementou. - Por isso, eu pretendo acabar com a sua vida o quanto antes, para que não se torne um problema na dominação deste mundo pelas Máquinas Mutantes... Morra Tenshinhan!
Em um súbito movimento, Tao Pai Pai se lançou ao ataque contra o Tenshinhan diante dele, o qual não bobeou e bloqueou o antebraço com o próprio corpo, apoiando seu braço na frente do peito. Infelizmente sua guarda acabou aberta no sentir do repuxe e o assassino aproveitou a oportunidade para focalizar um soco em um ponto vital no estômago. Sentindo uma dor imensa, os olhos do triclope ficaram opacos no cuspir da saliva, desfalecendo inerte ao chão, mas outro Tenshinhan já estava atrás deste, a revidar com um chute no pescoço de Tao Pai Pai que o deslocou enquanto o fez voar para longe. O assassino girou, caindo a deslizar pés e mãos no chão, com uma delas indo ao pescoço, sentindo que seu ex-aluno também o golpeara em um ponto vital e então percebeu os dois Tenshinhan`s restantes, rumando do alto para um pisão duplo em suas costas. No último instante, ele se jogou a rolar para frente, deixando-os a colidir os pés contra o solo a se partir. Pressionando ao extremo, Tao Pai Pai foi se reerguer depois de rolar, ainda olhando o impacto causado pelos dois Tenshinhan`s quando quase não percebeu o Kikoho do que o golpeara no pescoço rumando suas costas e uma grande explosão se sucedeu ali, causando um baita estrago.
No subterrâneo esconderijo da estação de metrô, onde a batalha causava grandes tremores, a Lunch loira insistia em querer sair, ainda que Oolong tentasse segurá-la.
— Eu não vou ficar aqui, tenho que ver o que está acontecendo!
— Mas Lunch, é perigoso demais! - ele disse antes de receber um soco e ficar no vácuo, estirado na escada. - Lunch...
Oolong acabou se levantando e mesmo contrariado, a seguiu.
A poeira da destruição causada pelo ataque de Tenshinhan jazia para todo lado e Tao Pai Pai a podia ver lá do alto, pairado após ter ascendido voo para escapar da explosão. Foi quando em seu descuido, um dos Tenshinhan`s restantes lhe agarrou em uma chave de pescoço e outro prendeu seu braço esquerdo, deslocando-o para trás.
— Argh... Maldito! - esbravejou asfixiado ao ver o terceiro ascender em sua frente.
— Pelo que me lembro, o senhor não costumava usar a técnica de voar do Mestre Tsuru.
— Eu só não dominei a técnica do meu irmão antes porque não quis, nunca precisei dela e também não era uma técnica para um assassino que precisa ser rasteiro e discreto para fazer bem seu trabalho... - ele fazia um pouco de força com a mão livre, tentando diminuir a pressão do braço daquele Tenshinhan em seu pescoço. - Mas os tempos agora são outros, essa técnica se tornou tão banal que todos em minha volta a utilizam e eu estaria em desvantagem se também não a utilizasse além de que, como eu disse antes, se o seu objetivo é matar o seu oponente, não importam os meios que use, desde que você consiga seu objetivo. - aproveitando-se do erro do triclope em ter deixado seu braço direito livre, Tao Pai Pai desferiu uma cotovelada em um ponto vital na lateral da nuca do Tenshinhan que o prendia, fazendo-o soltar seu pescoço. Ele então agarrou o pulso do Tenshinhan que segurava seu braço, o torcendo para se desvencilhar e arremessá-lo a colidir contra o terceiro Tenshinhan, já apontando seu dedo indicador, onde uma grande quantidade de ki se reuniu rapidamente. - E agora o golpe final... Super Dodonpa!
Uma rajada de energia dourada gigantesca partiu contra a dupla de Tenshinhan`s, os empurrando até a grande explosão na colisão com o solo. Ao final de tudo, os quatro Tenshinhan`s jaziam abatidos, dois por golpes em pontos vitais e dois pelo Super Dodonpa, o que deixou Tao Pai Pai satisfeito, apesar da leve ofegância enquanto descia de volta ao chão com as mãos nas costas. Eis que quando seus pés enfim tocaram o chão, os corpos de três dos quatro Tenshinhan`s se converteram em energia, unindo-se ao último em um só novamente, este que começou a se reerguer com dificuldade.
— (Droga... Eu me esforcei demais e meu corpo está sentindo os efeitos da técnica...) - Tenshinhan disse a si mesmo em pensamento.
— Entendi, a técnica tem um novo ponto fraco afinal, ela te desgasta ao ponto de arriscar sua vida quando usada em demasia, assim como o Kikoho, além de que o dano causado aos clones é acumulado em você quando voltam a se unir. Que pena, foi uma boa tentativa, mas por causa de uma sucessão de erros, não conseguiu me derrotar. Agora darei o golpe de misericórdia!
Tao Pai Pai apontou o dedo, reunindo energia para o último Dodonpa e o triclope aparentava já não ter mais forças para se defender, ainda que tivesse conseguido ficar de pé.
— Tenshinhan! - ela chamou ao gritar ao longe enquanto vinha correndo, com Oolong logo atrás.
— Lunch...? O que faz aqui? Vá... Vá embora, fuja depressa...!
— Vamos fazer o que ele disse Lunch! - Oolong tentou contê-la agarrando seu braço.
— Me larga! - ela esbravejou, arremessando o porco comicamente para longe e então levou a mão ao bolso, retirando uma cápsula hoi-poi onde guardava um lança-foguetes. Tao Pai Pai apenas desviou o olhar para trás na curiosidade enquanto a loira apoiou um de seus joelhos no chão, antes de disparar. - Eu não vou deixar esse imbecil matar você Tenshinhan, tome isso!
O tiro foi disparado e o assassino continuou olhando calmamente e quando o míssil chegou perto, Tao Pai Pai saltou, virando um mortal para trás com as mãos nas costas e pisando em cima do projétil, o empurrando contra o chão onde o mesmo explodiu na cara dele, arremessando até mesmo ao cansado Tenshinhan para trás com as costas no chão.
— Boa tentativa. - disse ele ao surgir ileso da nuvem de poeira, com um dos pés a pisar no que restou do projétil partido.
— Não pode ser!
— Lunch... Fuja! - exclamou Tenshinhan, ainda deitado no chão.
— Ela pode fugir se quiser, mas de nada vai adiantar, pois com minha capacidade extrassensorial, uma vez que eu marque o ki do meu alvo, não importa onde ele se esconda, eu serei capaz encontrá-lo.
— Não... Não faça isso Senhor Tao Pai Pai! Deixe-a em paz... A sua luta é comigo!
— Eu sei e é por isso que você vai morrer primeiro. - Tao Pai Pai chegou perto e pisou-lhe no peito, o impedindo de se levantar. - Sabe que matar é o meu trabalho e o Doutor Gero e o Doutor Myuu, além de terem me dado um poder supremo, estão me pagando muito bem pela morte de cada pessoa. Eu farei parte do novo mundo dominado pelas máquinas e pelos humanos que escolheram evoluir com elas, não serei conhecido apenas como o assassino mais famoso do mundo, meu nome será reconhecido pelos confins do espaço como Tao Pai Pai, o Lendário Assassino do Universo! Quanto a você, é uma pena que o último descendente do Clã dos Três Olhos acabe assim, como um fracassado. - ele apontou seu dedo mais uma vez, agora em direção à cabeça de Tenshinhan. - Até nunca mais, meu antigo aprendiz.
Tenshinhan estava pronto para morrer quando, do nada, sem que ninguém sentisse presença alguma, uma voadora atingiu o rosto de Tao Pai Pai, o lançando para longe a esfolar a cara no chão até a colisão contra um furgão tombado no meio da rua. O responsável, um homem magro de cabelos negros, calça jeans e blusa branca e verde com "MIR" estampado na frente que aterrissou diante do triclope, o qual logo o reconheceu.
— Você...?
— Não sabia que estava aqui, eu combinei com Son Gohan que viria para cá, mas antes tinha que ter certeza de que a ilha e a minha família estariam seguros, por isso demorei um pouco. - disse o Androide #17. - Vejo que cheguei bem a tempo!
— Pois é e pensar que há muito tempo atrás, você foi nosso inimigo... Eu te devo uma #17.
— Não há de quê. - Lapis sorriu de leve, oferecendo a mão para que o triclope pudesse se levantar. - Agora me conta, quem é esse sujeito?
— O nome dele é Tao Pai Pai e foi quem me ensinou a lutar. Ele chegou a ser contratado pela Red Ribbon há muito tempo atrás para matar o Goku, nunca ouviu falar dele?
— Não, acho que isso deve ter acontecido muito antes do Doutor Gero raptar a minha irmã e eu. Se ele foi contratado para matar o Son Goku, então ele é um assassino de aluguel, como aquele cara do Universo 6, não é mesmo?
— Sim, por muitos anos ele se dedicou a ganhar a vida matando pessoas e gostava de fazer isso, ele conhece muito bem os pontos vitais do corpo humano.
— Bem, então acho melhor eu tomar cuidado, obrigado pelo aviso.
Tao Pai Pai já se recuperava do baque quando avistou o novo indivíduo no campo de batalha:
— (De onde esse sujeito saiu? Eu não consegui sentir a presença dele, aliás, não estou conseguindo sentir ki nenhum em seus pontos vitais. O que está havendo?) - ele pensou mais um pouco, quando se recordou. - (Espera, a aparência dele é idêntica a daquele Androide Mutante mecânico que os cientistas construíram, então esse aí deve ser o Androide #17 original... Que interessante, vai ser divertido testar meus poderes contra ele e não importa que eu não consiga sentir o ki em seus pontos vitais, basta apenas golpeá-los como nos velhos tempos, ele ainda é humano e possui as mesmas vulnerabilidades de uma pessoa normal!)
— Tao Pai Pai não é mesmo? - #17 começou a dialogar com ele de longe. - Como está trabalhando para o Doutor Gero, imagino que saiba quem eu sou.
— Sim e ouvi dizer que você é importante para os planos dele com o Doutor Myuu, então vou tentar não te matar para te levar vivo para ele e ganhar um bônus como recompensa.
— É mesmo? Bem assassino, eu te aconselho a não pegar leve ou quem vai morrer é você!
— Ora essa, mas que presunçoso, não sabe com quem está se metendo!
Tao Pai Pai se lançou ao ataque e #17 apenas esperou, bloqueando-lhe o soco com a palma da mão. Ambos então sumiram, trocando golpes com choques a ressonar pelo ar e Tenshinhan ficou a observar de onde estava, em silêncio.
— Tenshinhan! - Lunch se aproximou dele correndo, com Oolong logo atrás. - Você está bem?
— Estou, não se preocupe.
— Eu sabia, você é durão, é por isso que me atrai tanto!
Ele percebeu que ela sentia-se grata por seu esforço em protegê-la, mas Tenshinhan não sentia que tinha sido capaz disso. Ele nunca foi de demonstrar o que sentia e apesar da seriedade por fora, sentia-se decepcionado consigo mesmo por dentro a pensar sozinho.
— (Mais uma vez, apesar do meu esforço, eu fracassei, cometi erros que não deveria cometer, acabei derrotado e desta vez foi pior, pois eu sabia exatamente quem estava enfrentando.) - enquanto os olhos fitavam no Androide #17 assumindo aquela luta que deveria ser sua, a mente recriava os momentos em que fora vencido, tais como na luta contra Drum e Piccolo Daimaoh, contra Nappa, contra Super Buu e até mesmo no Torneio do Poder, quando considerou seu empate contra Hermila uma derrota. - (Houve um tempo em que pensei que poderia ser o mais forte, mas os anos foram passando, Goku, Piccolo e os outros foram ficando cada vez mais poderosos e não consegui mais acompanhá-los. Apesar disso, não me conformei totalmente, eu continuei treinando e talvez, no fundo, ainda tivesse esperança de alcançá-los... Que tolice a minha, sei que me sentiria vazio sem as artes marciais, mas talvez eu devesse ter treinado menos e dedicado a minha vida a outra coisa, como o Kuririn e o Yamcha fizeram, talvez eu tivesse sido mais feliz.) - o triclope desviou o olhar para Lunch neste momento, a qual estava ao seu lado e ainda tinha um sorriso de gratidão e depois, voltou-se novamente para a batalha. - (Você tem razão Senhor Tao Pai Pai, eu cheguei ao meu limite e aceito isso conformado. Serei apenas um espectador da sua derrota pelas mãos do #17.)
O terceiro olho de Tenshinhan pareceu brilhar por um segundo enquanto observava o combate, o qual #17 estava levando grande vantagem, esquivando-se facilmente da enxurrada de socos e chutes de seu oponente, que já estava ficando irritado.
— Seu maldito, pare de brincar comigo!
No que ele disse isso, o androide desferiu uma joelhada no estômago que o fez escancarar a boca de dor. Mesmo abalado, Tao Pai Pai aproveitou a deixa para revidar com um soco no tórax, afastando um Lapis que nada pareceu sentir e manteve-se inabalado, mesmo depois que uma gota de sangue escorreu pelo canto esquerdo da boca.
— Hmm... - ele limpou o líquido vermelho com o dedo e depois levou a outra mão ao peito, no local atingido. - Entendo, esse homem é mais letal do que eu pensava. Se ele fosse mais forte, acho que seria ainda mais perigoso do que o assassino do Universo 6.
Com a mão na barriga, ainda sentindo o último golpe, Tao Pai Pai foi furioso ao contra-ataque. #17 desviou para o lado, evadindo o soco, devolvendo outro na face e cheio de raiva, o assassino tentou revidar tentando cravar as pontas dos dedos na barriga do guarda florestal, quando este segurou seu pulso antes disso.
— Por que... Por que meus golpes não surtem efeito? Por que não consigo abrir sua guarda quando se vê que você não tem estilo de luta nenhum?!
— Está enganado, eu tenho um estilo de luta, o meu. - #17 torceu-lhe o pulso, o fazendo gritar. - Sempre pensei que não, mas o Uub acabou me mostrando que sou sim um artista marcial, do meu jeito!
Ele então seguiu com um chute na cabeça usando a perna esquerda, largando o pulso para um soco na barriga e depois outro chute com a canhota, agora no peito e após girar em sentido anti-horário. Desnorteado ao ser jogado para trás, Tao Pai Pai sequer viu o androide desaparecer e ressurgir acima, lhe aplicando um pisão atrás do pescoço que o derrubou rumo ao chão. Caído de bruços após o impacto, o assassino foi se esforçando com dificuldade para se levantar, ficando em posição de engatinhar.
— Não é possível, não pensei que o tal Androide #17 fosse tão forte!
— É mesmo, além de tudo, você e eu estamos em níveis completamente diferentes. - disse #17 ao alto, chamando-lhe a atenção. - É por isso que não pode me vencer.
— Isso não pode ser verdade! Está me dizendo que há um abismo de distância entre nossos poderes?
— Os Androides Mutantes são evoluções impressionantes dos androides do Doutor Gero, mas percebo que o fato de vocês não possuírem energia ilimitada como eu os limita de modo que não sejam tão fortes quanto poderiam ser, acho que era por isso que o Androide Mutante #17 precisava de mim. Mesmo sendo um artista marcial com, provavelmente, muito mais experiência do que eu, acho que você não ultrapassa o nível que eu tinha antes de começar a treinar e eu já superei em muito esse nível há muito tempo.
— Não, isso não pode acabar assim!
— Você matou muita gente e isso antes mesmo de ter se tornado um Androide Mutante, posso ver em seus olhos que não carrega nenhum remorso e isso não é nada humano. Se não se arrepender dos seus pecados, eu terei que matá-lo para que não faça mais mal a ninguém.
— Não me conhece, quem você pensa que é... - ainda de joelhos, ele ergueu o tronco, apontando o dedo indicador. - Para falar sobre a minha vida!
Seu Dodonpa subiu em direção a Lapis, que respondeu estendendo a mão.
— Você fez a sua escolha, adeus...
A energia dourada se juntou em sua palma, seu Photon Flash disparado engoliu facilmente o ataque do inimigo, que arregalou os olhos, antes de recebê-lo em uma explosão. Nada restou no final a não ser a destruição causada pela rajada e #17 então abaixou o braço, antes de descender diante de Tenshinhan e os outros.
— Você conseguiu! - disse o triclope.
— É... Você disse que foi ele quem lhe ensinou a lutar?
— Sim...
— Eu sinto muito...
— Está tudo bem, não havia outra maneira e além disso, o Senhor Tao Pai Pai havia matado muitos dos meus alunos, agora eles poderão descansar em paz até que eu possa revivê-los com as Esferas do Dragão.
Um silêncio se fez quando Tenshinhan sorriu e no momento seguinte, sua expressão transmitiu dor ao receber um baque na nuca. #17 assistiu espantado e sem entender nada ao guerreiro cair de bruços diante de seus pés.
— Tenshinhan! - exclamou Oolong e então logo todos puderam ver o autor do ato sem a parte superior do chang pao e com o tórax à mostra, Tao Pai Pai ainda estava vivo, apesar dos ferimentos e estava diante dele e de #17 a render Lunch com o braço em volta do pescoço da mesma que se debatia.
— Me solta seu filho de uma... - ela então olhou desesperada para o triclope caído no chão. - Tenshinhan!
— Achou que tinha acabado Androide #17? É melhor não se mexer ou a mulher morre!
O descendente do Clã dos Três Olhos estava inerte depois daquela reviravolta, o assassino Tao Pai Pai sobrevivera ao ataque do Androide #17, tomando Lunch como refém. Quem sabe o que irá acontecer agora enquanto o conflito se espalha cada vez mais pelo mundo?
Autor(a): fagnerlsantos
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A luta já parecia resolvida quando o golpe na nuca levou Tenshinhan a desacordar ao chão. Oolong exclamou pelo triclope e então Tao Pai Pai resurgiu diante do Androide #17, cheio de machucados, sem a parte superior do chang pao e com o tórax à mostra, mas ainda vivo e com forças para render Lunch usando o braço em volta de s ...
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