Fanfic: Love Secrets | Tema: #emmaswan #ouat #reginamills #swanqueen

Caros leitores, como podemos observar nos últimos bailes, a corrida pelo casamento dos sonhos anda bem acirrada. Aos poucos, belos casais vão se formando. Branca de Neve e o Príncipe David parecem estar cada dia mais apaixonados. Zelena Mills e o Conde Robin Hood também tem desfilado pela cidade esbanjando amor.

Entretanto, o maior choque de todos foi a recente proposta de casamento que o Duque Gold fez a filha do Rei Maurice, a linda Bella French. Todos sabem do gosto do Sr Gold por mulheres mais jovens, mas pedir em casamento uma moça que tem a mesma idade de seus dois filhos é, no mínimo, muito esquisito.

Existem ainda, outros possíveis casais que chamaram atenção: Regina Mills tem sido vista acompanhada pelo Sir Daniel, que trabalha para a cavalaria de seu pai, o Rei Henry. Estaria Cora Mills apoiando esse possível romance? Ou será que tudo não passa de uma farsa para enganar a todos? Vale a pena esperar para ver.

Outra jovem que vinha se esquivando de possíveis pretendentes é o diamante da temporada. A bela Emma Swan. No último baile, a moça estava acompanhada do Sir Killian Jones, capitão da marinha do Rei Leopold. Entretanto, ao contrário da mãe de Regina, a Rainha Eve parece bem contente com o pretendente de sua filha. Oras, não era de se esperar menos. Eve e Leopold casaram-se apaixonadíssimos. Era de se esperar que desejassem o mesmo para suas filhas.

Gentis leitores... Sua devota autora retornará em breve com mais comentários sobre as famílias reais.

CRÔNICAS DA SOCIEDADE DE LADY CAMPBELL, 
05 DE ABRIL DE 1813

A última edição do panfleto da autora anônima acabara de chegar. E, como sempre, as pessoas ficavam eufóricas com as “notícias”. 

O recente baile havia sido bastante movimento. A cena em que o Duque Gold se ajoelhou no meio da pista de dança, na frente de todos, para pedir a mãe da Bella em casamento, com um enorme anel de diamantes que ela mal conseguiria segurar no dedo, surpreendeu a todos. Apesar de todos acharem o contrário, aparentemente, a jovem estava apaixonada de verdade, pois nem se quer pestanejou antes de gritar o “sim” com tanta empolgação.

Entretanto, nem essa grande cena foi capaz de desviar os olhares de Emma e Regina. As duas seguiam sendo assuntos da coluna da Lady Campbell.

– Será possível que essa gente nunca vai me esquecer? – Regina parecia irritada.

– Qual a boa de hoje?

– Boa? O Gold fez a maior cena no meio do baile e essa fofoqueira de quinta ainda achou espaço para falar de mim!

– Deixe-me ver, irmã.

Zelena puxou o folheto das mãos de Regina, passou os olhos rapidamente pelo texto e respondeu.

– Não é tão ruim.

– Como não? Ela falou que o meu relacionamento com o Daniel é falso.

– De certa forma, é. – Zelena respondeu baixinho.

Regina atirou a xícara de chá que estava em suas mãos na parede, fazendo um pouco de sujeira.

– Irmã, ela apenas supôs de que poderia ser uma farsa. Não afirmou nada. Esse seu comportamento é que está entregando o jogo. Controle-se!

Regina respirou fundo e concordou com sua irmã. Logo, Cora entrou na sala.

– O que aconteceu aqui?

– Nada demais, mãe. Eu que sou desastrada e acabei derrubando a xícara, já estou indo limpar. – Zelena mentiu.

– Não precisa se preocupar. Temos criadas para isso! Luci! Vem aqui, por favor.

– Sim, senhora.

– Preciso que limpe essa bagunça. Agora.

– É claro, senhora.

A criada Luci se retirou e logo voltou com uma vassoura e pá, para limpar o vidro do chão.

Cora sentou-se no sofá ao lado das filhas para participar da conversa.

– Qual é a fofoca do dia? Deixe-me ver esse jornalzinho.

Zelena entregou-lhe o papel, avaliando as expressões de Cora enquanto lia.

– Muita audácia dessa autorazinha achar que eu não estou contente com as escolhas de vocês. Zelena conseguiu um Conde e Regina, bom, é... Não é que eu não concorde. Eu apenas acho que você merecia mais. Eu te criei para algo bem maior. O Daniel é um bom moço, mas é apenas um funcionário da cavalaria. Ainda assim, podia ser pior. Você poderia estar noiva de um velho asqueroso como o Senhor Gold. – Cora fez cara de nojo – Ao menos você e o Daniel poderão me dar bonitos netos.

Regina revirou os olhos.

– Muito cedo para pensar em netos, mamãe. Daniel e eu não temos nada, oficialmente.

– Ótimo. Significa que ainda há tempo de te arrumar um marido bonito e com um bom título.

– Francamente, mãe! Preciso sair. Vou ao centro comprar algumas coisas.

 ***

 – Emma, você não pode deixar se abalar por fofocas.

Enquanto passeavam na rua, as irmãs conversavam.

– Sinceramente, Branca, eu não entendo. Por que essa autora não pode só me deixar em paz? Eu não quero ser assunto de nada.

– Ela não falou mal de você, Emma.

– Eu não quero que ela fale de mim. Nem de bem, muito menos de mal.

Toda vez que seu nome saía na coluna do dia de Lady Campbell, Emma se irritava. E isso acontecida com bastante frequência.

Apesar de não falar inverdades, os comentários sobre a vida de Emma a aborreciam bastante. Mesmo sendo filha de reis, a moça sempre presou por sua privacidade.

– Vamos parar para tomar um chá?

– É claro.

Branca e Emma pararam na pequena padaria da esquina. Escolheram uma boa mesa e fizeram seus pedidos: dois chás gelados, uma porção de biscoitos e duas fatias de bolo de abacaxi.

Enquanto comiam seu lanche, Emma avistou algo que fez seus olhos brilharem. Do outro lado da rua estava Regina. Com cara de poucos amigos. Como sempre. E tão linda. Como sempre.

– Eu deveria falar com ela?

– Eu acredito que sim. Vai ser bom falar como você se sente com isso tudo.

Ao receber o apoio da irmã, Emma estava determinada a falar com a morena. Mas, antes que pudesse pensar em algo, Regina sentou-se à mesa.

– Emma, podemos conversar?

– É... Eu vou ao toalete. Já volto, Emma. – Branca se retirou, deixando-as a sós.

– O que você quer, Regina? Não está satisfeita? Os últimos acontecimentos não foram suficientes para você?

– Emma, por favor, me escuta. Não é o que você está pensando.

– Não? Você me beijou e depois saiu por aí de mãos dadas com um homem. E ainda teve a audácia de me confrontar quando eu fiz o mesmo. Quem você pensa que é, Regina?

– O Daniel e eu somos apenas amigos, Emma. É tudo uma farsa, para enganar minha mãe. Eu preciso que acredite em mim. Por favor.

– Você acha mesmo que eu vou cair nessa conversa? Eu vi como vocês estavam juntos.

– Faça-me o favor, Emma. Você também estava de papinho com o Killian.

– É diferente. Sempre fomos amigos.

– Não, não é. E com certeza ele não te considera só uma amiga. Está escrito bem no meio da cara dele que ele gosta de você. – Regina revirou os olhos – Só uma cega como você não percebe isso.

Estaria Regina falando a verdade? Ela e o Daniel eram apenas amigos? Isso tudo era uma farsa? Não, eu não posso acreditar nisso. Pensou Emma.

– Eu não vou permitir que brinque comigo dessa forma, Regina.

– Não estou brincando, Emma. Eu preciso ir. Estarei hoje a noite no lago próximo ao carvalho branco. Me encontre lá as nove horas e conversaremos melhor.

Sem dizer mais, Regina saiu.

***