Fanfics Brasil - Capítulo I Love Secrets

Fanfic: Love Secrets | Tema: #emmaswan #ouat #reginamills #swanqueen


Capítulo: Capítulo I

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Caros leitores, é chegada a hora mais esperada por todos: a temporada de bailes vai começar e esta autora está ansiosa para conhecer as novas debutantes. Segundo boates, esse ano o Rei Leopoldo e a Rainha Eve apresentarão as suas duas filhas e é claro que o olhar de todos está voltado para elas.


O fato é que estes conseguiram educar duas lindas ladies, que apesar de muito parecidas, apresentam belezas distintas: enquanto uma possui cabelos negros como uma noite sem lua, a outra possui cachos loiros como o raiá do dia. Outro fator que chamou a atenção desta autora foram os olhos esverdeados, que certamente puxaram a mãe. A visão do Rei, da Rainha e de suas filhas em um mesmo ambiente é o bastante para que se perceba o quanto são parecidos. Embora possa se dizer que seus gostos para nomes são um tanto quanto singulares. Entretanto, há vantagens numa família de aparência tão consistente: não há dúvidas de que todas são legítimas. 


Ah, gentil leitor... Sua devota autora gostaria que fosse assim entre todas as famílias reais... 


CRÔNICAS DA SOCIEDADE DE LADY CAMPBELL, 
14 DE MARÇO DE 1813


 


– Quanta ousadia dessa autorazinha! – Cora Mills resmungava enquanto amassava o exemplar do jornal de fofoca local. 


Na sala, suas filhas Zelena e Regina, fingiam não notar o descontentamento de sua mãe, isentando-se de fazer quaisquer comentários. 


– Por Deus, Cora. Pare de se importar com essas fofocas. – Henry tentava acalmar sua esposa. 


– Por acaso vocês leram o que ela escreveu? – perguntou Cora. – Leram? Claramente estão nos difamando! 


É claro que, a esta altura, todos já haviam lido o panfleto. Todas as terças e quintas-feiras a pacata cidade era movimentada por uma autora misteriosa que assinava como Lady Campbell. As suas crônicas logo tornaram-se parte da rotina de todos. A sociedade ansiava para saber qual seria a próxima sujeira exposta. Sim, a autora era bastante sucinta e não media palavras para falar aquilo que queria, não importava quem iria prejudicar. 


– Não é tão ruim, mãe… – Zelena tentava tranquilizá-la. – Nossos nomes não foram citados. 


– Como se fosse necessário! Basta apenas uma faísca para que as pessoas passem a comentar. Se essa história vier à tona, como vou lhe arranjar um bom marido? Você terá que se contentar com algum viúvo velho e asqueroso, sem títulos… 


Cora Mills andava de um lado a outro da sala, agitando os braços de forma dramática. 


– Por favor, mamãe, Zelena tem muitos atributos e pode conseguir um marido por mérito próprio. Não será um jornalzinho de fofocas que vai mudar isso. – Regina parecia ser a única a quem Cora ouvia. 


O fato é que Cora não estava errada. Toda a cidade estava curiosa para saber quem era a filha ilegítima. É claro que a poderosa senhora Mills escondia esse segredo a sete chaves. 


Quando casou-se com o Rei Henry, Zelena não tinha completado nem o seu segundo mês de vida. Logo, as pessoas nunca contestaram a legitimidade de sua paternidade. O que era bem óbvio, caso parassem para observar a família. Zelena e Regina eram completamente diferentes. A mais velha era ruiva e possuía olhos verdes esmeralda. Já a mais nova era morena e com olhos negros penetrantes. Ainda assim, o Rei nunca as diferenciou. Amou-as e educou-as de forma igual. 


***


Naquele exato momento, na casa do Rei Leopoldo e da Rainha Eve, os criados serviam o café da manhã. 


– Mamãe! A Lady Campbell escreveu sobre nós! – Branca comentava com empolgação.


– O que ela disse? – perguntava Eve com a mesma empolgação que sua filha apresentou.


– Bom, ela criticou nossos nomes. – Branca falou apreensiva. – Mas afirmou que não poderia haver dúvida de que somos legítimas. E que isso é mais do que se pode dizer da maioria das famílias da sociedade. 


– De quem será que ela está falando? – Eve se questionava. 


– De novo esse jornal sensacionalista? – Emma juntava-se à mesa para tomar café em família. 


– Não sei porquê vocês dão tanto atenção a uma pessoa que nem se quer mostra sua verdadeira identidade. – Leopoldo interrompia a conversa. 


– O que ela fala, ou deixa de falar, pode ajudar as nossas filhas a se casarem, Leopoldo. 


– Tenho certeza que essa fofoqueira não vai prejudicar as nossas filhas. – retrucou o rei. 


Bem que poderia. Pensou Emma.


Após acompanhar as temporadas passadas, a simples menção da palavra “casamento” lhe causava arrepios. Não é que Emma não quisesse se casar. Ela queria. Mas não de qualquer jeito. Não com qualquer um. E isso não era culpa dela. 


A princesa cresceu em um lar de amor verdadeiro. Seus pais se casaram verdadeiramente apaixonados. Diante disso, seria desejar demais encontrar um marido por quem tivesse ao menos um pouco de afeição?


A sua irmã, por exemplo, já estava sendo cortejada por alguns homens. Entretanto, Emma não conseguia vê-la casada com nenhum deles. Não que achasse que eram superiores. Longe disso. Ela apenas gostaria que tivessem a metade da felicidade de sua mãe. É claro que Branca não pensava tão diferente. 


Ela até havia feito uma pequena lista de “qualidades para um bom pretendente”. Ali, ela descrevia o seu homem perfeito: companheiro, educado, atencioso, que goste da família, que ame animais, fiel… Entre muitas outras coisas. O fato é que nenhum dos três homens que haviam pedido a sua mão se encaixavam nessa lista. Ela também tinha uma lista com possíveis pretendentes aceitáveis para Emma. 


Apesar do interesse real em casar suas proles, o rei Leopoldo não se incomodaria em esperar mais um ano ou dois, caso fosse necessário. Decisão essa que não agradava muito a sua esposa. De qualquer modo, ambos torciam pela felicidade das filhas e não as entregariam para quaisquer homens. Ainda assim, Eve tinha esperanças de encontrar bons pretendentes. 


– Vamos a modista hoje? Vocês precisam de novos vestidos para o baile da sexta-feira. 


– Claro, mãe! 


Branca estava sempre empolgada com bailes, vestidos e joias. Emma apenas concordou com a cabeça e continuou seu desjejum. 


***


Naquela mesma tarde, a rainha Eve e suas meninas saíram para visitar a modista. Enquanto desfilavam graciosamente pelas ruas, não havia outro assunto na cidade, senão o panfleto da Lady Campbell. De quem a escritora estaria falando? Quem era a filha ilegítima? Essa história era realmente real? As pessoas pareciam reparar bem mais umas nas outras. Provavelmente procurando traços que confirmassem a fofoca. 


– Sorria mais, Emma. As pessoas estão olhando. – resmungou Eve. 


– Por que? As pessoas só estão nos olhando porque a Lady Campbell disse que somos parecidas. 


– Exatamente. Ela chamou atenção para vocês. Aproveitem isso. 


De fato, todos estavam olhando e apontando as mesmas semelhanças que outrora a colunista havia apontado. 


– Eu preferia que ela não falasse sobre nós. – retrucou Emma. 


Embora não aprovasse completamente o conteúdo da Lady Campbell, Emma não podia negar o quanto a autora era esperta e estava se tornando influente na cidade. A cerca de seis semanas o misterioso periódico surgia nas portas de todas as pessoas importantes da cidade. Durante as três primeiras semanas, fora entregue às terças e quintas-feiras, antes do nascer do sol. Na quarta semana, enquanto seus mordomos aguardavam o entregador, descobriram que cada exemplar estava sendo vendido pela exorbitante quantia de sete moedas de ouro. A essa altura, a grande sociedade já estava mais que viciada nas fofocas e todos os exemplares eram vendidos rapidamente. 


O grande diferencial desta colunista era a mistura de notícias locais, comentários para lá de ousados, muito sarcasmo e ocasionais elogios. Diferente de outros autores, Lady Campbell não poupava detalhes e nem camuflava nomes. Logo, as pessoas ficavam fascinadas.  


Ao adentrarem na modista, puderam perceber o quanto o local estava lotado. Aparentemente, todas as importantes famílias resolveram trazer suas filhas para provar seus vestidos no mesmo dia. No fim das contas, não passava de uma trama para tentar descobrir mais fofocas, afinal, qual o melhor lugar para se saber da vida íntima de outras mulheres, se não na modista? 


– Ótimo. A cidade toda está aqui… – a loira reclamava baixo, mas não o suficiente para evitar que sua curiosa irmã ouvisse. 


– Ela está aqui. – Branca apontou com os olhos a direção para qual Emma deveria olhar. 


– Era só o que faltava! – resmungou enquanto revirava os olhos. 


– Venham meninas, vamos ver as sedas. – interrompeu a mãe – Tons claros, por favor. – pediu se direcionando a modista. 


Logo a mulher passou a mostrar-lhes uma variedade das melhores sedas. Branca logo encantou-se com um dos tecidos e passou a tirar suas medidas. Emma, por outro lado, não conseguia escolher. Não se sentia a vontade com aquele par de olhos negros nela. 


No outro canto da sala, uma morena cerrava os olhos e observava cada movimento de Emma. Embora frequentassem os mesmos lugares, o diálogo entre elas era quase inexistente. Nas pouquíssimas vezes que chegaram a se falar, as duas sempre trocaram farpas. 


Emma não sabia ao certo qual o motivo disso tudo. Mas ela não gostava da forma como Regina a tratava nos lugares. Sempre com cara fechada, olhares tortos, com ar de superioridade. 


Em alguns momentos, Emma chegou a sentir-se mal por causa disso. Ela nunca havia dito ou feito nada para causar tanta repulsa na Regina. Ou pelo menos, não teria feito intencionalmente. Por diversas vezes pensou em se aproximar e se desculpar, mesmo sem saber o porquê disso tudo. Entretanto, Regina não parecia disposta a cessar fogo. Emma decidiu que seria mais inteligente ignorar e não prestar papel de idiota.


Seria essa raiva de Regina causada pela rivalidade que a sociedade alimentava entre as jovens que buscavam casamento? Mas como? Emma não fazia ideia de quem seriam os pretendentes da morena, muito menos se as duas tinham algum interesse comum. Esse último era quase impossível, já que até o presente momento nenhum homem havia despertado o interesse da loira. 


Por fim, ela simplesmente escolheu o seu vestido e saiu com sua mãe e irmã. Deixando a Regina um pouco desnorteada, sem a sua presença. 


– Se não quer que as pessoas percebam, é melhor disfarçar. – Zelena chamava a atenção de sua irmã. 


– O que? – Regina tentava disfarçar. 


– Não adianta, mana. Eu te conheço. Tem algo nessa garota que te deixa tensa. Eu só não sei o quê.


– Não é nada. – Regina revirou os olhos.


– Ela é muito bonita. Poderia facilmente roubar os melhores pretendentes nesta temporada.. – provocou Zelena. 


– Ela não vai! – a morena pareceu irritada. 


Zelena assentiu de forma contundente e direta. Mas a sua gargalhada não foi muito reconfortante para sua irmã.


***



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Autor(a): vitoriaesc_

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A temporada mal começou e aparentemente já há algumas rivalidades formadas. Ainda que seja de conhecimento geral que a filha dos poderosos Mills não seja o maior exemplo de simpatia, nem mesmo esta autora conhece o motivo da desavença.  CRÔNICAS DA SOCIEDADE DE LADY CAMPBELL,16 DE MARÇO DE 1813   Mais tarde nessa s ...


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