Fanfic: Love Secrets | Tema: #emmaswan #ouat #reginamills #swanqueen

Os dias se passaram e não se falava em outra coisa. Surgiram inúmeras especulações a respeito da garota abusada, porém, esse segredo continuava a salvo. As poucas pessoas que sabiam do acontecido eram amigos de Regina e concordaram que, para sua segurança, jamais poderiam comentar sobre isso.

Em protesto, a escritora Lady Campbell lançou outros dois panfletos, com notas de repúdio sobre o acontecido.

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Caros leitores, venho por meio desta nota manifestar com veemência o meu repúdio ao ataque que infelizmente ocorreu recentemente. É inaceitável que nós mulheres ainda sejamos vistas e tratadas como um pedaço de carne, por homens que não merecem se quer respirar o mesmo ar que nós respiramos.

Esta autora deseja, do fundo do seu coração, que a referida moça consiga se recuperar de todo esse trauma.

 CRÔNICAS DA SOCIEDADE DE LADY CAMPBELL, 
10 DE ABRIL DE 1813

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Caros leitores, esta autora vem, mais uma vez, demonstrar o seu total repúdio ao acontecido no último baile. E, além disso, desaprovar também o comportamento dos cidadãos deste lugar. Em meio a um fato tão horrendo, as pessoas seguem especulando a identidade da garota.

Mais uma vez, esta autora deseja os mais profundos votos de melhoras!

CRÔNICAS DA SOCIEDADE DE LADY CAMPBELL, 
11 DE ABRIL DE 1813

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Emma, por outro lado, seguia preocupada. Não tinha notícias de Regina a pelo menos três dias. Precisava arrumar um jeito de falar com ela, precisava saber se ela estava bem. Precisava se desculpar.

Havia tentado mandar recados por Killian, que por sua vez os repassava para um de seus amigos no castelo do Rei Henry, para que chegasse aos ouvidos de Regina. Porém, não sabia ao certo se seus recados não estavam chegando até a morena ou se ela apenas estava escolhendo ignorá-la. Nem se quer conseguiria culpá-la, se fosse o caso de estar ignorando-a. A própria Emma se culpava.

Nesses últimos dias, Branca se empenhou em animar sua irmã. A todo momento tentando convencê-la de que aquilo aconteceria com ou sem a sua presença lá.

– Emma, você precisa entender que isso não é culpa sua. Você não tinha como prever isso.

– Mas se eu estivesse lá não teria acontecido...

– Você viu o tanto que ela ficou machucada, com certeza quem fez isso teria força o suficiente para subjugar as duas. Deus sabe que poderia ter sido bem pior!

– Sinceramente, isso não me tranquiliza. – Emma continuava triste.

– Preciso falar com ela urgentemente.

Branca deitou-se ao lado de Emma, tentando confortá-la. Fez carinho em seu cabelo e Emma acabou dormindo. Percebendo que a irmã descansava, Branca decidiu sair, precisava ir à modista começar a procurar tecidos e modelos para seu vestido, afinal, seu casamento aconteceria em breve.

Ao chegar na modista, Branca logo avistou uma ruiva que gritava eufórica. Zelena estava provando um vestido lindíssimos, digno de um grande evento. No cantinho, sentada em um banco, estava Regina, tristonha. Nem mesmo os tecidos em seu colo a deixavam animada

Instintivamente, Branca a olhou. Só então, percebeu. Regina estava rodeada de tecidos brancos. Branca sabia exatamente o que aquilo significava. E pior, sabia o que significaria para Emma. Nesse meio tempo, a modista veio até Branca.

– Branca, minha queria, como posso te ajudar?

– A senhora está meio cheia hoje. Eu volto uma outra hora, tudo bem?

A senhora assentiu.

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A presença de Branca deixou Regina ainda mais cabisbaixa. Ela ainda não tinha falado com Emma. Não é que não quisesse, ela apenas não sabia como contar para sua amada que estava sendo forçada a se casar.

Acompanhada de sua irmã, Zelena, Regina caminhava pelo centro da cidade quando foi abordada por Branca.

– Você vai contar para ela, certo? Você falará com ela, não é?

– Branca, eu não sei como... – Regina tentava se explicar.

– Minha irmã está a dias se culpando por aquilo e eu sinto muito, de verdade, eu sinto tanto que isso tenha acontecido com você. Mas a Emma não tem culpa de nada e você precisa falar isso para ela.

– Ela não teve culpa de nada.

– Eu sei. Mas ela se culpa. E o fato de você estar ignorando-a só a alimenta ainda mais esse sentimento de culpa dentro dela.

– Eu sinto muito, Branca.

– Apenas fale com ela. Por favor. Eu não quero ser a pessoa que dará essa notícia. Ela precisa ouvir de você.

Regina assentiu. Branca seguiu seu caminho, pensando em como Emma ficaria em meio a tudo isso. Ela, mais do que ninguém, sabia o quanto Emma a amava e o quanto foi difícil para que aceitasse esse sentimento.

Enquanto isso, Regina e Zelena paravam para tomar um chá e papear um pouco mais. Depois do ocorrido, sem dúvidas seria bom para Regina respirar um pouco de ar puro. Ela esteve trancafiada dentro de um quarto nos últimos dias, tratando seus ferimentos e escondendo seus hematomas. Agora que as marcas haviam sumido, estava, aos poucos, sentindo-se mais confiante para retornar a sua vida.

– O que você fará agora? – Zelena a questionava bebericando seu chá.

– Vou falar com ela.

– Tem certeza de que conseguirá fazer isso?

Regina respirou fundo.

– Eu preciso.

Regina sabia que essa conversa não seria nada fácil. Para ambas. Amava Emma mais do que tudo e não tinha a menor dúvida de que esse sentimento era recíproco. O que Regina menos queria era magoar sua amada. Seria capaz de qualquer coisa, para evitar que isso acontecesse.

Assim que retornaram à sua casa, Regina pegou um papel, uma pena e escreveu um bilhete. Posteriormente, foi até um de seus guardas de maior confiança e pediu que entregasse o pequeno envelope endereçado a Emma, o mais rápido possível.

Sem pestanejar, o mensageiro pegou o bilhete e seguiu rumo ao castelo.

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