Fanfics Brasil - Capítulo XXI Love Secrets

Fanfic: Love Secrets | Tema: #emmaswan #ouat #reginamills #swanqueen


Capítulo: Capítulo XXI

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– O QUÊ? – As palavras de Regina partiram o coração de Emma. Que logo começou a chorar. – Como você pode me falar isso?


– Emma, me desculpa...


– Não! – disse Emma se afastando de Regina.


– Eu não tenho escolha...


– Você tem sim. Você pode me escolher. Você pode nos escolher.


– Eu não posso, Emma.


– E o nosso plano? A promessa que fizemos uma a outra? Era tudo mentira?


– Não, Emma. Nada era mentira. Eu te amo e sempre vou te amar. Mas eu não posso enfrentar isso agora. Espero que algum dia você me perdoe.


– Não tem perdão, Regina! Fizemos um acordo. Fingimos estar apaixonadas por outras pessoas para que pudéssemos enganar nossas famílias e ficar juntas. E agora você joga tudo fora. Você me tirou a chance de ter um bom casamento. Tirou a chance do Killian de se casar com uma mulher que realmente o ame. Você é egoísta, Regina.


As palavras de Emma, apesar de duras, eram verdades. E Regina sabia disso. Afinal, o plano de fingir estarem sendo cortejadas partiu dela.


– Eu sinto muito mesmo, Emma. – uma lágrima rolou por seu rosto.


– Com quem, Regina? Com quem você vai se casar?


– Com o Daniel.


– Meu Deus! Então esse tempo todo você só me usou?


– Não foi isso... Eu te amo, Emma. Mas depois do que aconteceu, ninguém vai querer se casar com uma mulher como eu. – Regina baixou a cabeça, envergonhada.


– Isso tudo para proteger sua honra? E a minha honra, como fica? Ou você acha que eu já havia me deitado com outra pessoa antes de você? No fim das contas, Regina, você só pensou em você mesma.


Emma se afastou, recolheu suas roupas e as vestiu, o mais rápido que pode.


– Killian! Você pode me levar para casa?


– É claro.


Emma não conseguia contar as lágrimas. Desde a hora que havia recebido o bilhete, sentia que essa conversa não seria boa, mas em nenhum momento passou pela sua cabeça que Regina iria se casar.


Durante todo o percurso, Emma chorou em silêncio.


– Você quer voltar para casa agora? Tem um lugar muito legal aqui perto, posso te levar lá se quiser.


Pela primeira vez, desde que tinham saído da presença de Regina, Killian falou algo. Já Emma, não respondeu, apenas assentiu. Cavalgaram por mais alguns instantes até que chegaram a uma cachoeira, no meio da floresta.


– Nossa, que lugar lindo!


A combinação entre o barulho da água caindo e a brisa que vinha da cachoeira fez com que Emma se acalmasse um pouco.


– Meu pai me trazia aqui sempre que eu estava chateado. Eu sei que não posso comparar as frustrações de uma criança com um coração partido, mas pensei que poderia ajudá-la de alguma forma.


– Ajudou. Obrigada.


Emma sentou-se ao lado de Killian, que acariciou seus cabelos loiros, reluzindo sob a luz do luar. Ficaram sentados em silêncio, apenas ouvindo o chiar da cachoeira.


– É muito fundo? – perguntou Emma, já se despindo.


– O que você vai fazer? – Killian ficou confuso ao vê-la retirar seu vestido.


– Vou nadar.


– Desse jeito? – ele apontava para suas roupas íntimas.


– Você me viu pelada minutos atrás. – Emma deu de ombros. – Vem, vamos nadar!


Usando apenas sua lingerie de renda branca, pequena demais para a época, utilizada para provocar Regina outrora, Emma mergulhou na água fria. Com medo de que a correnteza a puxasse, Killian livrou-se de suas vestes e pulou logo atrás dela.


– Você é maluca, Emma!


Ambos riram.


O choque da água gelada em seu corpo a causava certa dor física, que era exatamente o que Emma precisava nesse momento para esquecer a dor emocional.


Já se passava da meia noite, Emma retornava ao castelo, ainda com seu cabelo molhado, e seu coração partido, mas ao menos, na companhia de seu amigo, conseguia sorrir um pouco.


Killian, como um bom cavalheiro, a deixou na porta do castelo e ficou parado, olhando-a entrar, para ter certeza de que estaria em segurança. Já dentro do castelo, Branca a aguardava.


– Emma! Isso são horas? Onde estava e porque está molhada? – Franziu o cenho.


– Oi, Branca. Desculpa a demora. Eu estava precisando espairecer e o Killian me levou para nadar na cachoeira.


– E a conversa? Como foi?


– Péssima, irmã. Ela me usou e agora decidiu se casar com o Daniel.


– Eu sinto muito, Emma.


Surpreendentemente, Branca não ficou surpresa com essa notícia.


– Você já sabia? – Emma a questionou.


– Eu a vi escolhendo tecidos brancos na modista...


– Você deveria ter me contado, Branca.


– Eu queria. Mas essa era uma conversa que a Regina tinha que ter com você. Me desculpa.


Emma a abraçou e, novamente, chorou.


Naquela noite, Emma adormeceu nos braços de sua irmã, que tentava confortá-la.


 


***


 


Na volta para casa, Regina parecia chateada.


– Ela não tinha o direito de falar aquelas coisas!


– Ela está magoada. – Zelena pontuava.


– Eu também estou. – Regina rebateu.


– Mas ela não tem culpa de nada. – Zelena continuava.


– E eu tenho? – Regina questionou.


Zelena deu de ombros. O que, claramente, irritou sua irmã.


– É sério Zelena? Você esta do lado de quem?


– Do seu, é claro. Mas não concordo com o que está fazendo.


– É o que você acha que eu devia fazer?


– Enfrentar nossa mãe. É simples.


Regina bufou de raiva. Até parece que era tão simples assim. Cora Mills não era uma mulher para quem se pudesse dizer um “não”. Quando ela decidia algo, estava decidido. E Regina sabia disso.


Por outro lado, Henry Mills era o tipo de pai que fazia qualquer coisa por suas filhas. Daria sua vida para vê-las felizes e, sem dúvidas, jamais concordaria com esse casamento de Regina se soubesse que ela ama uma outra pessoa. Independente de quem fosse. Enquanto Cora exigia que suas filhas se casassem com homens de posse, Henry só esperava que fossem felizes, da forma como quisessem.


Ainda assim, Zelena não concordava com o que estava acontecendo. Ela acreditava veementemente que Regina deveria enfrentar os pais e contar a verdade, que ama a Emma. Não seria nada fácil, mas, no fim, as coisas dariam certo. Ela teria seu total apoio, e de seu pai também. Seriam três contra um. Cora não ficaria feliz, mas, por fim, acabaria aceitando.


Porém, Regina não tinha a coragem necessária para tal ato. Foi criada sob rédeas curtas de sua mãe e ensinada a seguir suas regras, sem nem ao menos questioná-las. Foi assim durante a sua vida toda. Não seria agora que faria diferente.


Iria sofrer as consequências e torcer para esquecer a loira algum dia.


 


***


 



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Autor(a): vitoriaesc_

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