Fanfic: Love Secrets | Tema: #emmaswan #ouat #reginamills #swanqueen
O dia amanheceu cinzento, mas afinal, nesse fim de mundo, qual dia não amanhecia assim? O castelo de verão já foi um dos lugares favoritos de Regina. A sua infância passando as férias por lá foram bastante divertidas. Acompanhada de sua irmã, costumavam explorar a floresta ao redor e, certa vez, até encontraram um campo de girassóis.
Atualmente, o castelo mais parecia a um mausoléu e, nem ela que costumava amar esse lugar, estava gostando muito de passar meus dias ali. Então, sempre que possível, fugia para os estábulos e se perdia no tempo, passava horas passeando ou conversando com os cavalos, seus únicos amigos.
Hoje, Cora iria aparecer para uma visita rápida e, finalmente, Regina teria a chance de confrontá-la. Por mais cruel que sua mãe fosse, negava-se a acreditar que tivesse algo a ver com o seu ataque. Precisava olhar nos seus olhos e ouvi-la negar tudo isso. Tinha que ser mentira. Afinal, qual mãe faria tamanho mal para a própria cria? Não. Não seria possível.
Após a noite de núpcias e abriga do dia posterior, a relação entre Regina e Daniel mudou da água para o vinho. Aquele que costumava ser seu amigo passou a ser seu maior inimigo. Conviviam debaixo do mesmo teto, porém sem nenhuma troca além do estritamente necessário. O diálogo não existia mais. Faziam todas as refeições juntos, mas em silêncio, dormiam no mesmo quarto, mas não se tocavam. Ao menos isso. Conviver forçadamente com o seu abusador já era castigo o suficiente. Ter que satisfazê-lo seria demais para ela.
Estava, como de costume, no estábulo, cuidando de seus cavalos quando notou a chegada da carruagem de sua família. Chegara a hora da verdade.
Caminhou de volta para o castelo a passos lentos. Sua respiração estava acelerada. Precisava se controlar. Sabia que, no pior dos cenários, seu pai iria apoiá-la.
– Cadê o meu pai? E a Zelena? – Regina questionava ao olhar em volta e não notar a presença dos demais.
Cora mal havia aparecido em seu campo de visão e já estava com cara de poucos amigos.
– Estão em casa, ocupados com suas atividades. – Desdenhou. – Onde está seu marido?
Ouvir Cora pronunciar “seu marido” fez seu estômago revirar.
– Ele não é meu marido. Ele é um abusador. E eu não vou permanecer nesse casamento!
Pela primeira vez, Regina ousou enfrentar sua mãe. Cora gargalhou.
– Não seja tola, Regina. Vocês são marido e mulher agora. Até que a morte os separe.
– Você sabia, não é? – Sua voz fraquejou.
– De que? – Cora ergueu a sobrancelha. – Do seu casinho com a promíscua filha da Eve? É claro que sim. E tive que tomar providências quanto a isso.
O rosto de Regina transformou-se, em espanto.
– Então o que o Daniel me contou era verdade. Você pagou para ele me atacar! – Estava incrédula. – Você arruinou a minha vida!
– Eu a impedi de arruinar a nossa família, de nos arrastar para lama. Você iria jogar todos os meus esforços fora. Acha mesmo que eu me casei com o seu pai por amor? Acha mesmo que em algum momento da minha vida eu amei aquele velho com quem divido a cama? Não, Regina! Eu não o amo e nunca vou amar. Mas eu me casei com ele e me submeti a isso para que você e a sua irmã tivessem a boa vida que meus pais não me deram. Eu fiz tudo por você e você estava prestes a fugir com outra mulher, prestes a me fazer passar a maior vergonha de minha vida.
– Diferente do meu pai, Daniel é um estuprador. Ele me forçou a deitar com ele, ele me bateu... – Suas palavras saiam pesadas, acompanhadas de suas lágrimas.
– Se cumprisse com as suas obrigações como esposa, não estaria passando por isso.
A cada frase dita por sua mãe, Regina ficava ainda mais incrédula. Como alguém poderia ser tão fria a esse ponto?
– Você realmente está me culpando? – O choque em sua voz era notável.
– Estou. Você já se casou e não há como voltar atrás. Eu não vou ter uma filha desonrada e sem marido. Escute o meu conselho, Regina. Seja uma boa esposa, agrade o seu marido. Homens só precisam se aliviar uma ou duas vezes na semana. Tenho certeza de que você consegue fingir por alguns minutinhos. Dê a ele o que ele quer e ele não precisará te forçar a nada. – Falava como se fosse algo simples, sem importância.
– Eu não acredito que você sugerindo isso! – A raiva tomava de conta da sua voz.
– Não interessa o que você acredita, muito menos o que você quer.
– Eu quero falar com o meu pai! Ele precisa saber das suas atrocidades!
– Seu pai não virá te salvar, Regina. Nem a sua irmã. Eu não vou permitir que isso aconteça.
Cora se retirou, entrando novamente em sua carruagem. Logo, o carroceiro a colocou de volta a estrada, rumo ao castelo. Regina chorava, diante do pesadelo que sua vida havia se tornado. Não podia aceitar isso. Precisava pensar em algo. Precisava de um plano. Iria embora daquele lugar ou morreria tentando. Qualquer coisa seria melhor que essa vida. Até a morte.
Sentiu uma forte tontura, acompanhada de uma vontade incontrolável de vomitar. Aparentemente, o café da manhã não lhe caiu bem. Ou talvez fossem as palavras de Cora. Nesse momento, ela se recusava a chamá-la de mãe. Não. Uma mãe de verdade jamais faria isso.
Regina retornou aos seus aposentos, sentindo-se cada vez mais enjoada. As descobertas recentes pairavam sob sua cabeça, impedindo-a de descansar, de fato.
– Com licença, senhora. Seu marido já está na mesa e a aguarda para almoçar. –
Uma das criadas a chamou, tirando-a completamente de seus devaneios. Como iria encarar Daniel sabendo que tudo que ele havia dito era verdade? Sua vida, nesse momento, parecia um verdadeiro pesadelo. Ainda assim, a contragosto, Regina pôs-se de pé, olhou-se no espelho, tentando ajustar sua aparência e desceu para fazer sua refeição.
Mal havia entrado no cômodo e o cheiro da comida já invadia suas narinas. Ignorando seu mal estar, sentou-se à mesa, em silencio, como de costume, e fez um sinal com a mão para que a servissem.
Porém, a sua criada mal havia coloca a comida em seu prato, quando Regina sentiu novamente uma onda de enjoos, dessa vez, muito maior. Sem conseguir se controlar, Regina acabou vomitando em cima do prato.
– Pelo amor de Deus, tenha modos, Regina! – Daniel praguejou, afastando seu prato de si.
– Me desculpa. – Foi a única coisa que conseguiu dizer, antes de vomitar novamente.
Enojado com a situação, Daniel se retirou. Sem nem ao menos perguntar se ela estava bem ou se precisava de um copo de água. Ótimo “marido” esse meu, Regina pensou.
Observando-a de um cantinho da sala, sua criada, a mesma que havia ia chamá-la para almoçar, se aproximou.
– Perdoe-me a intromissão, senhora... De quantas semanas a senhora está? – perguntou demonstrando preocupação genuína.
– Semanas de quê? – Regina estava confusa.
– Ó, céus! A senhora não sabia? Isso é... – Analisou-a bem, antes de continuar. – Eu acredito que a senhora possa estar grávida.
– O QUE? – O desespero era nítido em seu rosto. – Eu não... Não... Posso. Eu não quero estar grávida. Não pode ser!
– Posso chamar um médico para confirmar, caso a senhora queira, mas tenho certeza disso. Tenho reparado na senhora nos últimos dias, anda indisposta, tem dormido bastante, tem reclamado de tonturas, enjoos, e agora isso... – Apontou para mesa suja.
Só então as peças se encaixaram na cabeça de Regina. Estava atrasada. Estava casada a mais de um mês e não havia descido. Céus! Isso não podia ser real!
***
Autor(a): vitoriaesc_
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