Fanfics Brasil - Capítulo XXVIII Love Secrets

Fanfic: Love Secrets | Tema: #emmaswan #ouat #reginamills #swanqueen


Capítulo: Capítulo XXVIII

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Logo nas primeiras horas do dia, Emma, ainda deitada em sua cama, se perguntava onde estava com a cabeça quando aceitou esse chá da tarde, que na verdade, era um tipo de encontro as cegas.


– Está decidido, irmã. Eu não vou!


– Emma, você sabe que não pode desistir assim... É deselegante. – Branca pontuava.


– Diga que estou com dor de cabeça. Oh! Melhor! Diga que estou com dor de barriga.


– Não, irmã. Isso seria ainda mais deselegante. Oras, pense comigo, que mal vai te fazer sair um pouco desse quarto? É só um chá, Emma.


Emma ponderou, por alguns segundos. Sua irmã tinha razão. Era só um chá da tarde. Que mal lhe faria? Na pior das hipóteses, o Duque de Hastings seria só mais um homem sem conteúdo que a faria revirar os olhos de tédio. Ou, quem sabe, seria seu príncipe encantando, montado em um cavalo branco, que a conquistaria desde o primeiro instante. Como se isso fosse possível. Emma riu, sozinha, com a hipótese.


De qualquer modo, havia prometido para si mesma que iria seguir a vida, e isso incluía arrumar um bom pretendente para se casar. A temporada já estava na metade, todas as garotas já haviam escolhido seus futuros maridos. As opções que restaram eram tão ruins, que não poderiam se quer serem consideradas. Então sim, Emma convenceu-se a ir a esse encontro e conhecer o tal Duque. Ela precisava disso. Mesmo não estando tão empolgada, tinha o dia todo para se preparar e juntar o máximo de informações possíveis sobre esse homem misterioso.


Conforme o dia foi passando, Emma buscou saber tudo que podia sobre Graham. Bom, agora pelo menos sabia seu nome. Mesmo depois de sondar, em todas as suas fontes, descobriu apenas que o Duque era um jovem bastante reservado, que tinha como principal hobby a caça de animais selvagens, que não costumava aparecer em eventos sociais, com exceção daqueles em que a sua ausência seria considerada uma falta de respeito. Logo, ninguém sabia lhe dizer, ao certo, como seria a sua aparência física. Só lhe restava pagar para ver.


Ansiosa com o evento do fim da tarde, Emma sequer viu as horas passarem e logo estava se arrumando, com ajuda de Branca, para ir a casa de Lady Harriet. Escolheu um vestido simples, de cor ver água e alguns acessórios para compensar a falta de informação no vestido. Seu cabelo estava solto, em ondas perfeitas e suas bochechas coradas, combinando com seus lábios levemente rosados.


– Tem certeza de que você não virá comigo? – Emma perguntava uma última vez a sua irmã, antes de entrar na carruagem.


– Tenho. Você precisa encarar esse momento sozinha.


– Mas você sabe que não é apropriado para uma moça ir sozinha encontrar um homem. – Apelou.


– Você não estará sozinha. A mamãe pediu que a Joana te acompanhasse. Não se preocupe. Tudo ficara bem.


Joana era como uma segunda mãe para Emma e Branca. Cuidava das meninas desde que nasceram. Esteve presente em todos os momentos em que, devido as obrigações do reino, Eva não pode acompanhar as filhas. Como nesse caso, que Eva e Leopoldo não poderiam acompanhá-la, pois estava viajando para negociar com outro reino.


A carruagem seguia pela entrada da grande casa e Emma sentia seu coração palpitar. Estava ansiosa, preocupada, com medo do que iria encontrar a seguir. Ainda assim, respirou fundo, colocou seu melhor sorriso e foi.


– Emma! Estávamos te aguardando. – Lady Harriet a cumprimentava. – Esse é o Duque de quem te falei.


– É um prazer conhecê-lo, Duque.


– Ah, por favor, me chame de Graham.


– É claro, Graham.


A tarde foi leve e a conversa fluiu. Ao contrário do que Emma pensava, o Duque de Hastings era um homem bastante jovem, bonito, extremamente inteligente, com gostos refinados e educadíssimo. Ele contou sobre suas aventuras pelo mundo a fora e a ouviu, atentamente, enquanto ela tagarelava sobre suas cavalgadas e até mesmo sobre sua habilidade com espadas, coisas que não costumava comentar com outras pessoas, pois, para época, não eram consideradas atividades femininas.


– Então quer dizer que você prefere uma espada a uma agulha?


– Sim. Meus pais sempre foram bastante permissivos e concordaram quando minha irmã e eu insistimos em aprender para nossa própria segurança.


– Interessante. A maioria das jovens da sua idade preferem tricotar ou tocar algum instrumento, para passar o tempo.


– Oh, não me entenda mal. Eu também sei tricotar, costurar, cozinha e até toco alguns instrumentos. Mas a minha grande paixão é a natureza. Prefiro passar meu tempo livre cavalgando, observando os pássaros, sentindo o sol e a brisa do vento no meu rosto.


– E quanto ao baile dessa noite, Emma, você irá? – Lady Harriet que estava apenas ouvindo as conversas finalmente pronunciou algo.


– Com certeza! – Emma parecia genuinamente animada. – Inclusive, já está um pouco tarde. Preciso voltar para casa. Agradeço bastante pelo convite e pelo chá.


– Te vejo mais tarde, Emma. Por favor, guarde uma dança para mim. – Graham sorria para Emma, que logo retribuiu o sorrido.


– Guardarei.


Durante todo o caminho de volta ao castelo, Joana comentava frivolamente sobre a beleza do Duque de Hastings e de como ele parecia ter gostado de Emma, o que a fazia rir.


No fim das contas, o encontro arranjado até que foi agradável e a fez esquecer de Regina por alguns instantes. Logo, a lembrança de que não a veria no baile dessa noite fez com que Emma se sentisse um pouco menos animada para o evento.


Ao chegar em sua casa, Emma corria contra o tempo para se arrumar, enquanto sua irmã a enchia de perguntas sobre o chá. Perguntas essas que ela fazia questão de evitar, pois não queria assumir que a sua tarde tinha sido prazerosa.


– Vamos, Emma, me conte algo, eu preciso saber. – Insistia.


– Estamos atrasadas, Branca.


– Como ele é? É bonito?


Emma revirou os olhos com a pergunta.


– Sim, ele é. E se você terminar de arrumar o cabelo antes do fim do baile, talvez, só talvez, tenha chance de conhecê-lo essa noite.


 


***


 


Como todos os outros, esse baile estava cheio de jovens garotas caçando maridos, como se suas vidas dependessem disso. E, de fato, algumas dependiam sim. A maioria das moças buscavam desesperadamente se casar com alguém de sua escolha, para que não fossem obrigadas a se casar com velho amigos de seus pais, que geralmente teriam mais que o dobro de suas idades.


Para Emma, parecia absurdo que um pai achasse correto casar sua filha com um velho asqueroso, só para evitar cochichos de pessoas desocupadas que falariam mal de solteironas. Ora, por muito tempo, ela se viu como uma solteirona, sem pretensão nenhuma de casamento.


Entretanto, os últimos acontecidos a convenceram de que, se não poderia ter o amor da sua vida em seus braços, escolheria um bom rapaz para dar orgulho a sua família.


Mal haviam chegado ao baile e já notaram que a atenção de todos estava voltada para um lugar específico. Lá, bem no meio do salão, estava um homem com cara de poucos amigos, tentando desviar de todas as garotas que praticamente se jogavam em cima dele e, pior ainda, das mães que ofereciam suas filhas como um pedaço de carne.


Por mais que se esforçasse, não conseguiam ver ao certo o motivo daquele alvoroço. Porém, uma voz logo a chamou.


– Emma! Você veio! – Graham sorria, indo de encontro a Emma.


Ao vê-la, o mesmo logo tratou de se aproximar.


– Por favor, me desculpe por te usar como válvula de escape. Mas aquele monte de mães fervorosas me arrodeando me deixam desnorteado.


– Tudo bem, eu sei como é isso. – Emma riu. – Essa aqui é minha irmã, Branca, e seu noivo, David Nolan.


– É um prazer conhecê-los. Vejo que a beleza é de família, com todo respeito, é claro.


Branca agradeceu o elogio, enquanto David e Graham apertavam as mãos.


– Não sei se você se lembra, mas me deve uma dança e eu estou entediada...


– Tudo bem, já entendi o recado. Vem, vamos dançar.


Enquanto dançavam, atraindo olhares que Emma já havia aprendido a ignorar, seus olhos insistiam em varrer o lugar, procurando uma pessoa específica, que ela sabia que não estaria ali.


 


***



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Autor(a): vitoriaesc_

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– Está procurando alguém? – Graham indagou. – Sim... Quer dizer, não. – Titubeou. – Sim ou não? – Arqueou a sobrancelha. – Na verdade, sim. Um amigo. Ele sempre me acompanha nos bailes e me ajuda a fugir das pessoas inconvenientes. – Vejo que tenho um concorrente... Interessante. Emma não ...


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